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Aula 09

Receita Federal (Analista Tributário) Bizu


Estratégico - 2022 (Pré-Edital)

Autor:
Ricardo Sampaio, Jefferson de
Souza Correia, Roberto Cambraia
Costa, Amanda Alves, Heloísa
Tondinelli, Camila Damázio,
Elizabeth Menezes de Pinho Alves,
Cíntia Bócoli, Kauê Salvaterra,
Maria Clara de Lima Leal,
Guilherme Carvalho, Leonardo
Mathias

21 de Dezembro de 2021

85416800020 - Felipe Alegransi


Ricardo Sampaio, Jefferson de Souza Correia, Roberto Cambraia Costa, Amanda Alves, Heloísa Tondinelli, Camila Damázio, Eliz
Aula 09

BIZU ESTRATÉGICO – DIREITO TRIBUTÁRIO


RECEITA FEDERAL
Olá, pessoal! Tudo bem?

Neste material, trazemos uma seleção de bizus da disciplina de Direito Tributário para o concurso
da Receita Federal.

Nosso objetivo aqui não é resumir todo o conteúdo previsto no último edital, mas trazer um
material conciso, com os pontos essenciais exigidos pelas principais bancas organizadoras de
concursos da Área Fiscal, para uma revisão eficaz próxima à prova.

Siga o processo. Não pare até passar!

Leonardo Mathias
@profleomathias

Receita Federal (Analista Tributário) Bizu Estratégico - 2022 (Pré-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br

85416800020
1865040
- Felipe Alegransi
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ANÁLISE ESTATÍSTICA
Baseamos nossa análise estatística nas principais bancas organizadoras de concursos da Área
Fiscal – FCC, FGV e Cebraspe.

Direito Tributário
Assunto % incidência
Conceito, espécies e classificações dos tributos 11,95%
Extinção do crédito tributário 9,16%
Competência tributária 8,76%
Obrigação Tributária 8,37%
Crédito Tributário - lançamento e constituição do crédito tributário 7,17%
Impostos de Competência da União 7,17%
Impostos de competência dos Estados e do Distrito Federal 7,17%
Princípios Tributários 6,37%
Responsabilidade Tributária 5,58%
Administração Tributária - Fiscalização 4,78%
Garantias e Privilégios do Crédito Tributário 3,59%
Interpretação e integração da legislação tributária 3,19%
Legislação Tributária - disposições gerais 3,18%
Suspensão do crédito tributário 2,79%
Imunidades Tributárias 2,79%
Administração Tributária - Dívida Ativa 2,79%
Repartição das receitas tributárias 2,79%
Vigência e aplicação da legislação tributária 2,79%
Exclusão do crédito tributário 2,39%
Impostos de competência dos Municípios e do Distrito Federal 1,20%
Administração Tributária - Certidão Negativa 1,20%

Nosso bizu se concentrará nos assuntos mais frequentes em provas e as questões selecionadas
também. Vocês observarão que colocamos assuntos que, embora pouco importantes, estão
conexos com os outros, como é o caso de imunidade e princípios tributários.

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Assunto Bizus

Conceito, espécies e classificações dos tributos 1e2

http://questo.es/km2bwj

Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar 3e4

http://questo.es/di0fk7

Competência tributária 5

http://questo.es/d99rlw

Impostos Estaduais e Distritais 6

http://questo.es/hdfm7m

Obrigação Tributária 7

http://questo.es/1mtqgk

Responsabilidade Tributária 8e9

http://questo.es/643pqt

Crédito Tributário, Garantias e Privilégios 10, 11 e 15

http://questo.es/s2qkau

Suspensão, Exclusão e Extinção do Crédito Tributário 12 a 14

http://questo.es/bbtn3k

Fiscalização Tributária 16

http://questo.es/6gq3j9

Interpretação e Integração da Legislação Tributária 17 e 18

http://questo.es/n7ppkk

Impostos de Competência da União 19 a 25

http://questo.es/dhm53d

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Apresentação

Olá, futuro(a) aprovado(a)! Antes de darmos início aos nossos trabalhos, farei uma breve
apresentação:

Meu nome é Leonardo Mathias, tenho 32 anos e sou natural do Rio de


Janeiro. Atualmente, vivo em São Paulo em virtude do exercício do
cargo de Auditor de Controle Externo no Tribunal de Contas do
Estado de São Paulo (TCE-SP), tendo sido aprovado no último
certame, realizado no ano de 2017.

Sou Bacharel em Administração e Ciências Navais pela Escola Naval


(2011), Pós-Graduado em Gestão Pública pela Universidade Federal
do Rio de Janeiro (UFRJ), Pós-Graduado em Intendência pelo Centro
de Instrução e Adestramento Almirante Newton Braga (CIANB), e
trabalhei durante vários anos como Oficial da Marinha do Brasil, tendo
alcançado o posto de Capitão.

Meu contato com os concursos públicos começou cedo: aos 13 anos,


em 2003, fui aprovado nos principais certames militares de nível médio
existentes no Brasil (Colégio Naval e EPCAr). Após quase 13 anos de
vida na caserna, decidi buscar novos horizontes de vida e voltei a estudar para concursos públicos,
tendo tido a felicidade de ser aprovado em alguns concursos, inclusive da Área Fiscal, mas optei
por tornar-me Auditor de Controle Externo do TCE-SP.

Como pode perceber, há pouco tempo, eu estava justamente aí onde você, concurseiro, está.
Logo, utilizarei as experiências e conhecimentos adquiridos ao longo da minha trajetória para
auxiliá-lo(a) na disciplina de Direito Tributário. Fiz uma análise bem cautelosa dos pontos mais
queridos pelas principais bancas examinadoras, e todos eles estão aqui! Cada questão no
concurso vale ouro, então não podemos dar bobeira! Mãos à obra!

Leonardo Mathias

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Conceito e Espécies Tributárias

1. Conceito de Tributo

i. Art. 3º, CTN: Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou


cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída
em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
ii. A natureza jurídica do tributo é determinada pelo fato gerador da obrigação,
independente de sua denominação ou destinação legal do produto de sua
arrecadação.

2. Espécies Tributárias – CF/88

▪ Tributos cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de
qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.
Impostos ▪ Não vinculados.
▪ Quando possível, terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade
econômica do contribuinte.
▪ Tributos vinculados, contraprestacionais – fato gerador relativo a uma atividade
estatal.
▪ Em razão do exercício do poder de polícia, ou pela utilização, efetiva ou potencial,
de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à
sua disposição.
▪ Podem ser instituídas por todos os entes federados dentro de suas atribuições.
Taxas
▪ SV 29: É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais
elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja
integral identidade entre uma base e outra.
▪ SV 41: O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa.
▪ Súmula STF 667: Viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa
judiciária calculada sem limite sobre o valor da causa.
Contribuições ▪ Fato gerador é a valorização imobiliária decorrente de uma obra pública.
de Melhoria ▪ Tributo vinculado, pode ser instituído por todos os entes federados.
▪ Para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de
Empréstimos
guerra externa ou sua iminência.
compulsórios
▪ Apenas União pode instituir e por lei complementar.
▪ Contribuições sociais.
Contribuições
▪ Contribuições de intervenção no domínio econômico (CIDE).
Especiais
▪ Contribuições corporativas.

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▪ Em regra, instituídas pela União.


▪ A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição,
cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime
previdenciário, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores
titulares de cargos efetivos da União.
▪ Contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública (COSIP) – Distrito
Federal e Municípios.
Taxas Preços Públicos
▪ Não possui natureza tributária.
▪ Natureza tributária.
▪ Decorre de contrato administrativo.
▪ Decorre da lei.
▪ Caráter facultativo.
▪ Caráter compulsório.
▪ Regime jurídico de direito privado.
▪ Regime jurídico de direito público
▪ Cobrada por pessoa jurídica de direito público e
▪ Cobrada por pessoa jurídica de direito público.
privado.
▪ Receita derivada.
▪ Receita originária.

Limitações constitucionais ao poder de tributar

3. Princípios Constitucionais Tributários

i. Princípio da legalidade: somente a lei pode estabelecer (CTN):


➢ Instituição, extinção, majoração e redução de tributos.
➢ Definição do fato gerador, fixação da alíquota e base de cálculo.
➢ Cominação de penalidade para ações ou omissões contrárias a seus
dispositivos.
➢ Tributos que devem ser instituídos por lei complementar: Imposto sobre Grandes Fortunas,
Impostos Residuais, Contribuições Residuais e Empréstimos Compulsórios.
➢ Medidas provisórias podem instituir e modificar tributos e contribuições sociais, ressalvados
os que dependem de lei complementar.
➢ Alterações de alíquotas que são exceções à legalidade: Imposto do Importação (II), Imposto
de Exportação (IE), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Imposto sobre
Operações Financeiras (IOF), redução e reestabelecimento das alíquotas da CIDE-
Combustíveis, ICMS-Combustíveis (alíquotas fixadas por convênio estadual).

ii. Princípio da Isonomia: é vedado a todos os entes federativos conferir tratamento desigual
entre pessoas que se encontram em situação equivalente.
➢ Princípio da capacidade contributiva: segundo STF, tributos serão graduados segundo a
capacidade econômica do contribuinte.

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➢ ITCMD e ITR podem ser progressivos, ITBI não.

iii. Princípio do não confisco: vedação à sobrecarga tributária, visando à preservação da


capacidade econômica do contribuinte.
➢ Analisa-se a totalidade da carga tributária em relação à mesma pessoa política.
➢ Aplicação atenuada para tributos extrafiscais.
➢ Aplicável às multas tributárias – limite de 100% do valor do tributo para multa punitiva e
20% do valor do tributo para multa moratória.

iv. Princípio da irretroatividade: é vedado a todos os entes federativos cobrar tributos “em
relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver
instituído ou aumentado”.

v. Princípio da anterioridade: é vedado aos entes federativos exigir tributo no mesmo


exercício em que seja publicada a lei que os instituiu ou aumentou.
➢ Revogação de isenções: aumento indireto de tributo, deve observar a anterioridade.

Anterioridade anual: cobrança do tributo só pode Anterioridade nonagesimal: a cobrança de


ser realizada no exercício seguinte àquele que tributos deve ocorrer apenas 90 dias após a
tiver sido instituído ou majorado. publicação da lei que institua ou majore tributos.

Exceções: Exceções:
▪ II, IE, IPI, IOF
▪ II, IE, IOF
▪ Imposto Extraordinário de Guerra ▪ Imposto Extraordinário de Guerra
▪ Empréstimos Compulsórios
▪ Empréstimos Compulsórios
▪ Contribuição para o Financiamento da
▪ Imposto de Renda
Seguridade Social
▪ Base de Cálculo do IPTU
▪ ICMS-Combustível e CIDE-Combustível – apenas
redução e reestabelecimento das alíquotas. ▪ Base de Cálculo do IPVA

▪ Atualização do valor monetário do tributo.


▪ Norma legal que altera o prazo de recolhimento da obrigação tributária.

vi. Princípio da liberdade de tráfego: é vedado aos entes federados “estabelecer limitações
ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais,
ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público”.

vii. Princípio da Uniformidade Geográfica da Tributação: é vedada à União instituir tributo que
não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique em distinção ente os entes
federativos.

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➢ Permite-se a concessão de incentivos fiscais para promover o desenvolvimento


socioeconômico de determinadas regiões do país.

viii. Princípio da Uniformidade da Tributação da Renda: é vedado à União “tributar a renda das
obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como
a remuneração e os proventos dos respectivos agentes públicos, em níveis superiores aos
que fixar para suas obrigações e para seus agentes”.

ix. Princípio da Não Discriminação Baseada em Procedência ou Destino: é vedado aos Estados
Distrito Federal e Municípios instituir diferenças tributárias em razão da procedência ou
destino dos bens e serviços.

4. Imunidades Tributárias

i. Imunidade recíproca: veda que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios


instituam impostos sobre o patrimônio, renda e serviços uns dos outros.
➢ Extensível às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público no que
ser refere ao patrimônio, à renda e aos serviços vinculados a suas finalidades essenciais ou
às delas decorrentes.
➢ STF entende que abrange as empresas públicas e sociedades de economia mista
prestadoras de serviço público de prestação obrigatória e exclusiva do Estado.

ii. Imunidade religiosa: veda a instituição de impostos sobre templos de qualquer culto.
➢ Abrange também o patrimônio, a renda e os serviços relacionados com as finalidades
essenciais da entidade religiosa.
➢ Se um imóvel pertencente a entidade religiosa for alugado a terceiros e os recursos forem
destinados às finalidades essenciais destas entidades, a imunidade persiste.
➢ Cemitérios que forem extensões das entidades religiosas são imunes.

iii. Imunidade dos Partidos Políticos, Entidades Sindicais dos Trabalhadores, Instituições de
Educação e de Assistência Social: veda a instituição de impostos sobre o patrimônio, a
renda e os serviços destas entidades.
➢ SV 52: Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente
a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, “c”, da Constituição Federal, desde
que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram
constituídas.

iv. Imunidade Cultural: é vedado a todos os entes federados instituírem impostos sobre os
livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão.
➢ Não abranges os serviços de distribuição.
➢ Independe do valor cultural da obra. Inclui álbum de figurinhas e seus adesivos.

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➢ Alcança os livros eletrônicos (e-books) e equipamentos para sua leitura.


➢ Súmula STF 657: A imunidade prevista no art. 150, VI, d, da CF abrange os filmes e papéis
fotográficos necessários à publicação de jornais e periódicos.

v. Imunidade em favor da produção musical brasileira: é vedada a instituição de impostos


sobre fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras
musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por
artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham,
salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser.

vi. Outras espécies de imunidades tributárias:


➢ São a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: (a) o direito de
petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de
poder; (b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e
esclarecimento de situações de interesse pessoal.
➢ A ação popular é isenta de custas, salvo comprovada má-fé.
➢ O IPI não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior.
➢ O ouro, quando ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se exclusivamente à
incidência do IOF.
➢ São isentas (imunes) de impostos federais, estaduais e municipais as operações de
transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária.
➢ A celebração do casamento é gratuita, portanto, imune a taxas.
➢ Não incide ICMS sobre: operações que destinem mercadorias ao exterior, serviço de
comunicação de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita.

vii. Imunidade das entidades assistenciais em relação à contribuição para a seguridade social.

Competência Tributária

5. Competência Tributária

CF/88 não cria tributos, mas estabelece a competência de cada ente.


Competência Tributária

Tributos são instituídos por leis ordinárias, medidas provisórias e leis complementares
(alguns casos).

Indelegável, imprescritível, inalterável, irrenunciável, facultativa.

Competência legislativa é concorrente. União define normas gerais em matéria tributária e


Estados e Distrito Federal podem suplementá-las.

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Divisão da Competência Tributária na CF/88


União Estados e Distrito Federal Municípios e Distrito Federal
▪ II, IE, IR, IPI, IOF, ITR, IGF ▪ IPVA ▪ IPTU
▪ Impostos e Contribuições Residuais ▪ ICMS ▪ ITBI
▪ Impostos Extraordinários ▪ ITCMD ▪ ISS
▪ Empréstimos compulsórios ▪ COSIP
▪ Contribuições especiais
▪ Contribuição de melhoria
▪ Taxas
▪ Contribuições para Custeio do regime previdenciário dos seus servidores.

Impostos de Competência dos Estados e do Distrito Federal

6. Impostos Estaduais

i. Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e prestação de Serviços (ICMS):


➢ Incidência: sobre circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que iniciados no exterior;
➢ Não cumulativo;
➢ Alíquotas: resolução do Senado fixa as alíquotas aplicáveis às operações e prestações
interestaduais. Alíquotas internas são fixadas por cada Estado. As alíquotas interestaduais,
em regra, são inferiores às alíquotas internas.
➢ Não incidência:
▪ exportação (assegurada a manutenção e o aproveitamento do imposto cobrado nas
operações e prestações anteriores),
▪ sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes,
combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica;
▪ prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de
sons e imagens de recepção livre e gratuita.

ii. Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação:


➢ Fato Gerador: a transmissão, por causa mortis ou por doação, de quaisquer bens ou
direitos;
➢ Competência:
▪ Bens imóveis e respectivos direitos - Estado da situação do bem ou Distrito Federal;

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▪ Bens móveis, títulos e créditos – Estado onde se processar o inventário ou arrolamento,


se causa mortis, ou Estado onde tiver domicílio o doador, em caso de doação.
➢ Base de cálculo: valor dos bens ou direitos transmitidos.

➢ Alíquota máxima fixada pelo Senado.

iii. Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores:


➢ Fato Gerador: propriedade de veículos automotores.
➢ Alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal.
➢ Alíquotas podem ser diferenciadas em função do tipo e utilização do veículo.

Obrigação Tributária

7. Obrigação Tributária

Obrigação principal Obrigação secundária

Prestações acessórias - obrigação de fazer ou


Dever de dar dinheiro ao Fisco
deixar de fazer algo para facilitar arrecadação e
(pagamento) - tributos e multas
fiscalização.

Independe da existência de obrigação principal,


Extingue-se juntamente com o crédito
mas se não cumprida, surge uma obrigação
tributário dela decorrente.
principal - multa

O fato gerador é situação necessária e Fixada pela legislação tributária - atos


suficiente instituída em lei. normativos primários e secundários.

i. Legislação tributária: leis, tratados e convenções internacionais, decretos e normas


complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a
eles pertinentes.
ii. Considera-se ocorrido o fato gerador:
➢ Se situação de fato: desde o momento em que o se verifiquem as circunstâncias
materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios;
➢ Se situação jurídica: desde o momento em que esteja definitivamente constituída, nos
termos de direito aplicável.

iii. Atos e negócios jurídicos condicionais são considerados perfeitos e acabados:


➢ Se a condição for suspensiva – a partir de seu implemento;
➢ Se condição resolutória – desde a prática do ato ou da celebração do negócio.

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iv. A definição legal do fato gerador independe:


➢ Da validade jurídica dos atos praticados;
➢ Dos efeitos dos fatos ocorridos.

v. Sujeito ativo: ente federativo titular da competência para instituir o tributo.


vi. Sujeito passivo: particular (pessoa física ou jurídica) obrigada ao pagamento do tributo.
➢ Contribuinte: relação pessoal e direta com o fato que constitua a fato gerador.
➢ Responsável: não é contribuinte, sua obrigação (integral ou supletiva) decorre de
disposição expressa de lei. Deve possuir certa relação ou vínculo com a situação que deu
origem ao fato gerador.

vii. São solidariamente obrigadas: pessoas que tenham interesse comum na situação que
constitua o fato gerador da obrigação principal ou aquelas expressamente definidas em lei.

Responsabilidade Tributária

8. Responsabilidade Tributária – responsabilidade por substituição

Responsabilidade por substituição: o responsável fica obrigado antes ou no momento da


ocorrência do fato gerador.
i. Substituição tributária regressiva ou “para trás”: substituição das pessoas que estão nas
etapas anteriores da cadeia de produção ou circulação de mercadorias.
➢ Diferimento do pagamento dos tributos devidos.

ii. Substituição tributária progressiva ou “para frente”: pessoas que estão nas etapas
posteriores são substituídas pelas ocupam posição anterior.

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➢ Antecipação do pagamento dos tributos – presunção da base de cálculo e do fato gerador.


➢ Se o fato gerador presumido não ocorrer, devolve-se o que foi pago.
➢ Se a base de cálculo efetiva for inferior à presumida, restitui-se diferença.

9. Responsabilidade Tributária – responsabilidade por transferência

i. Transferência por solidariedade: são solidariamente obrigadas as pessoas que tenham


interesse comum na situação que constitua o fato gerador.

ii. Transferência por sucessão na transmissão de bens imóveis: quando uma pessoa adquire
um imóvel, assume a responsabilidade pelos impostos, taxas e contribuições de melhoria
incidentes sobre ele.
➢ Adquirente não responderá se houver prova de quitação dos tributos (Certidão Negativa
de Débitos).
➢ Adquirente não responde pelos tributos relativos ao imóvel adquirido em hasta pública.
Débitos tributários são pagos pelo valor da arrematação.

iii. Transferência por sucessão de bens móveis: adquirente ou remitente responde pelos
tributos relativos aos bens móveis adquiridos ou remidos.

iv. Transferência por sucessão causa mortis: a responsabilidade pelos tributos devidos pelo de
cujus se divide entre os sucessores, cônjuge meeiro e espólio, a depender do momento em
que o fato gerador ocorre.
➢ De cujus: contribuinte pelos fatos geradores ocorridos antes da morte. A responsabilidade
é transferida ao espólio.
➢ Espólio: responsável pelos fatos geradores ocorridos antes da abertura da sucessão (morte)
e contribuinte pelos fatos ocorridos após a abertura da sucessão.
➢ Sucessores: responsáveis pelos fatos geradores ocorridos antes da partilha e contribuintes
pelos fatos que ocorrerem depois.

v. Transferência por sucessão empresarial: a pessoa jurídica de direito privado que resultar de
fusão, transformação ou incorporação de outra ou em outra é responsável pelos tributos
devidos até à data do ato pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas,
transformadas ou incorporadas.
➢ Responsabilidade abrange multas moratórias e punitivas referentes a fatos geradores
ocorridos até a data da sucessão.
➢ Em caso de extinção, se a atividade for continuada por sócio remanescente ou seu
espólio, sob a mesma ou outra razão social, a responsabilidade tributária permanece.

vi. Responsabilidade do adquirente de fundo de comércio ou estabelecimento profissional: o


adquirente que continua a exploração da atividade comercial, sob a mesma ou outra razão

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social ou sob firma individual, responde pelos tributos relativos ao fundo ou


estabelecimento adquirido.
➢ Responsabilidade:
▪ Subsidiária: se o alienante continuar atividade comercial ou iniciar uma nova em até 6
meses.
▪ Integral: se o alienante cessar exploração comercial.
➢ Falência ou recuperação judicial: adquirente dos fundos de comércio e dos
estabelecimentos não são responsáveis.
▪ Adquirente é responsável se: sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou
de sociedades controladas pelo devedor; parentes do devedor ou dos sócios; agente
do falido ou do devedor em recuperação judicial.

vii. Responsabilidade de terceiros com atuação regular: primeiro exige-se do contribuinte, não
havendo o cumprimento da obrigação principal, o terceiro passa a ser responsável solidário
(benefício de ordem).
➢ Terceiro responsável deve ter colaborado, de algum modo, para o não pagamento do
tributo e das multas moratórias.
➢ Responsáveis: pais, tutores e curadores, administradores de bens de terceiros,
inventariante, síndico e comissário, tabeliães e sócios.

viii. Responsabilidade de terceiros com atuação irregular: aqueles terceiros responsáveis por
atuação regular, mandatários, prepostos e empregados, diretores, gerentes e representantes
de pessoas jurídicas de direito privado são pessoalmente responsáveis quando agirem com
excesso de poderes ou infração da lei, contrato social ou estatutos.
➢ Súmula STJ 430: O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade não gera, por
si só, a responsabilidade solidária do sócio-gerente.
➢ Súmula STJ 435: Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar
no seu domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes, legitimando o
redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente.

ix. Responsabilidade pessoal do agente: a responsabilidade pelas infrações cabe a quem praticou
o ato ilícito.
➢ Exceções: se forem praticadas no exercício regular da administração ou se for por
cumprimento de ordem expressa emitida por quem de direito.

x. Denúncia espontânea: contribuinte confessa os ilícitos tributários e paga o valor devido.


➢ Para este fim, parcelamento não equivale ao pagamento do tributo.
➢ Afasta multas moratórias e punitivas.
➢ Antes do início de qualquer procedimento fiscalizatório.

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➢ Súmula STJ 360: O benefício da denúncia espontânea não se aplica aos tributos sujeitos a
lançamento por homologação regularmente declarados, mas pagos a destempo.

Crédito Tributário

Não esgotaremos todo o tema, mas destacaremos o principal dele. Por isso não detalharemos todas as
hipóteses de suspensão do crédito tributário, por exemplo, apenas as mais frequentes em provas.

10. Lançamento Tributário

Verifica ocorrência do fato gerador da obrigação tributária


Lançamento

Determina a matéria tributável


tributário

Calcula o montante do tributo devido

Identifica o sujeito passivo

Propoe aplicação da penalidade cabível (se for o caso)

i. Lançamento tributário: declara obrigação tributária e constitui o crédito tributário.


ii. Apenas a autoridade administrativa pode constituir o crédito pelo lançamento.

Instituição do tributo Ocorrência da


Lançamento (surge o
por lei (hipótese de situação prevista em
crédito tributário)
incidência) lei (fato gerador)

Obrigação de pagar o Contribuinte pode


Se não pagar, o
tributo ou multa surge pagar a obrigação ou
crédito é inscrito em
com a notificação do impugnar o
dívida ativa.
lançamento lançamento

iii. Legislação aplicável:

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Aspectos materiais Aspectos formais


Lei vigente na data do lançamento, que adote
Legislação em vigor na data da
novos critérios de apuração ou processos de
ocorrência do fato gerador, mesmo
fiscalização, ampliação dos poderes das
que posteriormente modificada ou
autoridades ou dê mais garantias ou
revogada
privilégios ao crédito.

Lançamento possui efeitos A menos que a lei vigente na data do


retroativos - ex tunc. lançamento tenha atribuído responsabilidade
Ultratividade da lei tributária. a terceiros.

11. Alteração do lançamento

Alteração do lançamento

Iniciativa de ofício da autoridade


administrativa:
Impugnação do sujeito
passivo - quando lei determinar

- Contribuinte contesta - declaração fora do prazo ou irregular


Recurso de ofício
a exigência. - falta atendimento a pedido de
quando a decisão de esclarecimento
- Se a decisão de primeira instância é
primeira instância for desfavorável ao FIsco. - falsidade, erro, inexatidão ou omissão.
desfavorável, sujeito - dolo, fraude ou simulação
passivo pode apresentar - fato não conhecido ou naõ provado
recurso voluntário.
- fraude ou falta funcional da autoridade
lançadora

i. Lançamento por homologação: sujeito passivo antecipa o pagamento sem prévio exame
da autoridade administrativa e esta, ao conferir os valores recolhidos, realiza a
homologação do pagamento.
➢ 5 anos é o prazo decadencial para o Fisco verificar o que foi pago e lançar eventuais
diferenças.
➢ Ultrapassado esse prazo, o lançamento é considerado homologado tacitamente.
➢ Súmula STJ 436: A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal
constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do fisco.

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Suspensão do Crédito Tributário

12. Suspensão da exigibilidade do crédito tributário

i. A autoridade pode promover o lançamento para evitar a decadência, mas não pode exigir
o crédito tributário.
• Moratória
MOR

• Depósito do montante integral


DE

• Reclamações e Recursos Administrativos


R

• LIMinares em mandado de segurançança ou liminar ou tutela


MORDER e LIMPAR LIM antecipada em outras ações.

• PARcelamento
PAR

ii. Moratória: dilação do prazo para cumprimento da obrigação.


➢ Abrange os créditos constituídos e os em fase de lançamento.
➢ Caráter geral: lei generaliza os sujeitos passivos.
➢ Caráter individual: benefício restrito a pessoas que preencham os requisitos estabelecidos
em lei.
➢ Moratória heterônoma: concedida pela União, quanto aos tributos de competência dos
Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. Mas, para isso, deve:
▪ Estender o benefício a todos os tributos instituídos pela União.
▪ Estender às obrigações de direito privado – contratos civis, empresariais e trabalhistas.

iii. Parcelamento: não exclui incidência de juros e multas, a menos que a lei permita.

iv. Reclamações e recursos no âmbito do processo administrativo fiscal: instaurado o processo


administrativo, a exigência do crédito tributário fica suspensa:
➢ Súmula vinculante 21: É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios
de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo.
➢ Súmula 373 do STJ: É ilegítima a exigência de depósito prévio para admissibilidade de
recurso administrativo.
➢ Súmula Vinculante 28 - É inconstitucional a exigência de depósito prévio como requisito de
admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade de crédito
tributário.

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13. Exclusão da exigibilidade do crédito tributário

i. A exclusão do crédito tributário impede a constituição do crédito tributário, por isso a


dívida não é exigível.
Isenção Anistia
▪ Perdão a infrações cometidas antes da vigência
▪ Dispensa legal do pagamento de tributo. da lei que a conceder.
▪ Ainda que prevista em contrato, decorre de lei. ▪ Pode ser concedida limitadamente a: infrações
▪ Pode ser restrita a determinada região do de determinado tributo, infrações de até
território da entidade tributante. determinado montante, certa região, sob
▪ Salvo disposição em contrário, não abrange taxas condição do pagamento de tributo fixado na lei
e contribuições de melhoria nem tributos que a conceder.
instituídos após sua concessão. ▪ Não se aplica: crimes e contravenções, atos
▪ Isenção onerosa – concedida por prazo certo e praticados com dolo, fraude ou simulação, e,
em função de determinadas condições – não salvo disposição em contrário, às infrações
pode ser livremente suprimida. resultantes do conluio entre pessoas naturais ou
jurídicas.

ii. A legislação que disponha sobre suspensão, exclusão e dispensa do cumprimento de


obrigações acessórias é interpretada literalmente.

Extinção do Crédito Tributário

14. Extinção do crédito tributário

Extinguem o crédito tributário:


➢ Pagamento
➢ Compensação
➢ Transação
➢ Remissão
➢ Prescrição e decadência
➢ Conversão de depósito em renda
➢ Pagamento antecipado e homologação do lançamento.
➢ Consignação em pagamento
➢ Decisão administrativa irreformável
➢ Decisão judicial passada em julgado.
➢ Dação em pagamento em bens imóveis.

i. Pagamento: a imposição de penalidade não dispensa o pagamento integral do crédito


tributário.

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➢ Súmula STF 70: - É inadmissível a interdição de estabelecimento como meio coercitivo para
cobrança de tributo.
➢ Súmula STF 323: É inadmissível a apreensão de mercadorias como meio coercitivo para
pagamento de tributos.
➢ O crédito não pago no vencimento é acrescido de juros de mora – 1%a.m.
➢ Quando pagar tributo indevido ou além do valor devido, o sujeito passivo tem direito à
restituição, independente de prévio protesto – repetição do indébito.
➢ Sobre o valor da restituição incidem juros simples a partir do trânsito em julgado da decisão
que ordenar a devolução e correção moratória aplicada desde a data do pagamento
indevido.
➢ Restituição de tributo indireto: se o contribuinte de direito provar que assumiu o encargo
ou for autorizado pelo contribuinte de direito
1 a receber a restituição.
➢ O contribuinte tem 5 anos, a partir da extinção do crédito tributário, para solicitar a
restituição. Se a decisão for denegatória, pode contestar em até 2 anos.
➢ Súmula STJ 391: O ICMS incide sobre o valor da tarifa de energia elétrica correspondente
à demanda de potência efetivamente utilizada.

ii. Transação: concessões mútuas para por fim a um litígio entre o sujeito passivo e a Fazenda
Pública. Depende de lei autorizativa.

iii. Remissão: perdão de tributo ou multa, cujo crédito tributário já tenha sido constituído.

Decadência Prescrição
▪ Prazo que a autoridade possui para promover o
lançamento.
▪ Prazo para a autoridade promover a ação de
▪ 5 anos a partir do 1º dia do exercício seguinte
execução fiscal – 5 anos a partir da constituição
àquele em que o lançamento poderia ter sido
definitiva do crédito tributário.
efetuado ou da data que tornar definitiva a
decisão de anular lançamento anterior. ▪ Tributos lançados por homologação: 5 anos a
contas da data do vencimento da obrigação ou
▪ Tributos lançados por homologação: 5 anos a
da data da entrega da declaração, se posterior.
partir da ocorrência do fato gerador. Se declara e
não paga, aplica-se regra geral.
Se o contribuinte paga crédito prescrito ou decaído, faz jus à restituição.

Art. 174 - (...):


Parágrafo único. A prescrição se interrompe:
I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal;
II - pelo protesto judicial;
III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;

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IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento
do débito pelo devedor.

iv. Consignação em pagamento: sujeito passivo aciona o Poder Judiciário para exercer seu
direito de pagar e quitar a obrigação tributária, nos seguintes casos:
➢ Recusa do recebimento ou subordinação ao pagamento de outro tributo, penalidade ou
obrigação acessória.
➢ Subordinação do pagamento a exigências administrativas sem fundamento legal.
➢ Exigência, por mais de uma pessoa jurídica de direito público, de tributo idêntico sobre
mesmo fato gerador.

v. Dação em pagamento em bens imóveis: entrega de bens imóveis para pagamento de


crédito tributário. c
➢ Depende de lei autorizativa do ente federado.

Garantias e Privilégios do Crédito Tributário

15. Garantias e Privilégios do Crédito Tributário

i. Responde pelo crédito tributário a totalidade dos bens do sujeito passivo, espólio ou massa
falida, exceto aqueles declarados em lei como absolutamente impenhoráveis.
ii. Presunção de fraude à execução fiscal – exige-se que ocorram, cumulativamente, as
seguintes situações:
➢ Crédito tributário inscrito em dívida ativa (após comunicação oficial);
➢ Alienação de bens ou seu começo;

iii. Não houver reserva de bens ou rendas para quitar o crédito inscrito.
Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por
sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente
inscrito como dívida ativa, exceto se tiverem sido reservados, pelo devedor, bens ou rendas
suficientes ao total pagamento da dívida inscrita.
iv. Preferência: o Crédito Tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o
tempo de sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes da Legislação do Trabalho
ou do Acidente de Trabalho.

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Fiscalização Tributária

16. Fiscalização

i. Todas as pessoas submetem-se à fiscalização tributária, inclusive aquelas que gozem de


imunidade tributária ou de isenção de caráter pessoal.
ii. Súmula STF 439 - Estão sujeitos a fiscalização tributária ou previdenciária quaisquer livros
comerciais, limitado o exame aos pontos objeto da investigação.
iii. Súmula STF 323 - É inadmissível a apreensão de mercadorias como meio coercitivo para
pagamento de tributos.
iv. As autoridades fiscais podem requisitar aos bancos informações financeiras de
contribuintes relativas a processo administrativo fiscal em curso, sem prévia autorização
==1c7550==

7
judicial.
v. A Fazenda Pública da União e as dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios prestar-
se-ão mutuamente assistência para a fiscalização dos tributos respectivos e permuta de
informações, na forma estabelecida, em caráter geral ou específico, por lei ou convênio.
vi. Dever de sigilo por parte da Fazenda Pública ou de seus servidores: é vedada a divulgação
de informação obtida em razão do ofício sobre a situação econômica ou financeira do
sujeito passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o estado de seus negócios ou
atividades.
vii. Não é vedada a divulgação de informações relativas a:
➢ representações fiscais para fins penais;
➢ inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública;
➢ parcelamento ou moratória.

Interpretação e Integração da Legislação Tributária

17. Interpretação da Legislação Tributária

i. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre:


➢ suspensão ou exclusão do crédito tributário;
➢ outorga de isenção;
➢ dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias.

ii. Lei tributária que define infrações, ou lhe comina penalidades, interpreta-se da maneira
mais favorável ao acusado, em caso de dúvida quanto (reparem que a interpretação mais
favorável é apenas no caso de infração, na hipótese de existir dúvida em um dos pontos
abaixo):

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➢ à capitulação legal do fato;


➢ à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou
➢ extensão dos seus efeitos;
➢ à autoria, imputabilidade ou punibilidade;
➢ à natureza da penalidade aplicável, ou à sua graduação.

iii. Os princípios gerais de direito privado utilizam-se para pesquisa da definição, do conteúdo
e do alcance de seus institutos, conceitos e formas, mas não para definição dos respectivos
efeitos tributários, esta tarefa cabe às leis.
iv. A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos
e formas de direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela Constituição
Federal, pelas Constituições dos Estados, ou pelas Leis Orgânicas do Distrito Federal ou
dos Municípios, para definir ou limitar competências
5 tributárias.

18. Integração da Legislação Tributária

i. Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação


tributária utilizará sucessivamente, na ordem indicada:
➢ a analogia;
➢ os princípios gerais de direito tributário;
➢ os princípios gerais de direito público;
➢ a equidade.
➢ O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei.
➢ O emprego da equidade não poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo devido.

Impostos de Competência da União

19. Imposto de Importação

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20. Imposto de Exportação

5
21. Imposto de Renda

22. Imposto sobre Produtos Industrializados

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23. Imposto sobre Operações Financeiras

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24. Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural

25. Imposto sobre Grandes Fortunas

Vamos ficando por aqui.

Espero que tenha gostado do nosso Bizu!

Bons estudos!

“Se não puder voar, corra. Se não puder correr, ande. Se não puder andar, rasteje, mas continue
em frente de qualquer jeito”. (Martin Luther King)

Leonardo Mathias
@profleomathias

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