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Aula 12

Resumos para Concursos

Autor:

12 de Dezembro de 2023

35593621802 - Arianne Lustosa de Oliveira


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BIZU ESTRATÉGICO REGULAR DE DIREITO TRIBUTÁRIO

ANÁLISE ESTATÍSTICA
Segue abaixo uma aná lise estatística dos assuntos mais exigidos pelas bancas Cebraspe, FCC
e FGV, no â mbito da disciplina de Direito Tributário, tomando como base os concursos

realizados nos anos de 2020 a 2023:

Direito Tributário
Assunto % de cobrança
Competência Tributá ria - Impostos da União 20%

Impostos de Competência dos Estados 18%

Impostos dos Municípios - Repartição de receitas 16%

Imunidades tributárias 8%

Garantias e Privilégios do Crédito Tributário. Fiscalização 8%

Princípios constitucionais
7%

Obrigação Tributária 7%

Extinção do crédito tributário 6%

Legislação Tributária 4%

Com essa aná lise, podemos verificar quais são os temas mais exigidos pelas principais bancas
examinadoras e, por meio disso, focaremos nos principais pontos da disciplina em nossa
revis ã o!

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Competência tributária e Impostos Federais

1. Competência Tributária

CF/88 n ã o cria tributos, mas estabelece a competência de cada ente.


!
3
TÇ Tributos sã o instituídos por leis ordiná rias, medidas provisórias e leis complementares (alguns
£ casos).
s
< 5 Indelegável, imprescritível, inalterável, irrenunciável, facultativa.
%
CL
E
o Competência legislativa é concorrente. União define normas gerais em matéria tributária e
U Estados e Distrito Federal podem suplementá - las.

Divisão da Competência Tributária na CF/88

União Estados e Distrito Federal Municípios e Distrito Federal

 II, IE, IR, IPI, IOF, ITR, IGF  IPVA  IPTU

 Impostos e Contribuiçõ es  ICMSITCMD  ITBI

Residuais  ISS

 Impostos Extraordiná rios  COSIP

 Empréstimos compulsórios

 Contribuições especiais

 Contribuiçã o de melhoria

 Taxas

 Contribuiçõ es para Custeio do regime previdenciário dos seus servidores.

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2. Impostos Federais

IMPOSTO DE IMPORTA ÇÃO


Competência: União
Finalidade: Extrafiscal
Fato Gerador: Entrada de produtos estrangeiros em território nacional
Base de Cálculo: Se alíquota espec ífica : unidade de medida adotada pela lei;

Se alíquota ad valorem : Valor Aduaneiro (pre ço normal).


Alíquota : Reduzida / Majorada por ato do Poder Executivo (condições/ limites legais)

Obs.: Constitui exceção aos princípios Anterioridade Anual/Nonagesimal


Contribuinte: Importador ou quem a ele a lei equiparar
Lan çamento: Por homologa çã o

IMPOSTO DE EXPORTA ÇÃ O
Competência: União
Finalidade: Extrafiscal
Fato Gerador: Sa ída de produtos nacionais ou nacionalizados do territ ório nacional
Base de Cá lculo: Se alíquota específica : unidade de medida adotada pela lei;

Se alíquota ad valorem : Preço normal.


Alíquota: Reduzida / Majorada por ato do Poder Executivo (condições/limites legais )

Obs.: Constitui exceção aos princípios Anterioridade Anual/Nonagesimal


Contribuinte: Exportador ou quem a ele a lei equiparar
Lançamento: Por homologa çã o

IMPOSTO DE RENDA
Competência: União
Finalidade: Fiscal
Fato Gerador: Renda : produto do capital, trabalho ou ambos

Proventos de qualquer natureza: demais acr éscimos patrimoniais


Base de Cá lculo: Montante, real, arbitrado ou presumido, da renda ou dos proventos tributá veis.
Alíquota : Reduzida / Majorada por lei.

Obs.: Constitui exceçã o ao princ ípio da Anterioridade Nonagesimal


Contribuinte: Titular da renda e dos proventos ou seu possuidor.
Lançamento: Por homologa çã o

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IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS


Compet ência: União
Finalidade: Extrafiscal
Fato Gerador: I) desembaraço aduaneiro

II) saída dos estabelecimentos contribuintes do imposto

III ) arremata ção em leilã o


Base de Cálculo: I) preço normal + II + taxas + encargos cambiais

II) valor da opera çã o

III ) preço da arremata çã o


Alíquota: Reduzida /Majorada por ato do Poder Executivo (condições/ limites legais)

Obs.: Constitui exceçã o ao princípio Anterioridade Anual


Contribuinte: Importador ou a ele equiparado; ==74d03==

Industrial ou a ele equiparado;

Comerciante de produtos sujeitos ao IPI, destinados aos industriais;

Arrematante de produtos apreendidos ou abandonados.


Lan çamento: Por homologação

IOF
Competência: União
Finalidade: Extrafiscal
Fato Gerador: Crédito e câ mbio: valor entregue ou posto à disposiçã o;

Seguro: emissã o da apólice ou recebimento do prémio;

Títulos ou valores: emissão, transmissão, pagamento ou resgate.


Base de Cálculo: Crédito: montante ( principal -(- juros);

Câmbio: valor recebido ou posto à disposiçã o;

Seguro: montante do prémio;

Títulos e valores: Emissã o: valor nominal + ágio (se houver );

Transmissã o: Preço/Valor nominal/ Bolsa;

Pagamento ou resgate: o preço .


Al íquota : Reduzida/Majorada por ato do Poder Executivo (condições/ limites legais)

Obs.: Constitui exceçã o aos princípios Anterioridade Anual/ Nonagesimal


Contribuinte: Qualquer das partes na opera çã o tributada (a lei definirá )
Lançamento: Por homologação

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IMPOSTO SOBRE PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL

Competência: União
Finalidade: Extrafiscal
Fato Gerador: Propriedade, domínio útil ou posse de imóvel por natureza
Base de Cálculo: Valor fundiário (terra nua)
Alíquota: Reduzida/Majorada por lei.
Contribuinte: Proprietário do imóvel, titular do seu domínio útil ou o seu possuidor
Lançamento: Por homologação

Impostos dos Estados e Distrito Federal

3. Impostos Estaduais

i. Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e prestação de Serviços (ICMS):


 Incidência: sobre circula çã o de mercadorias e sobre prestações de serviços de
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que iniciados no
exterior;
 Não cumulativo;
 Alíquotas: resolução do Senado fixa as alíquotas aplic á veis às operações e presta ções
interestaduais. Alíquotas internas s ã o fixadas por cada Estado. As alíquotas
interestaduais, em regra, são inferiores às alíquotas internas.
 Não incidência:
 exportação (assegurada a manutençã o e o aproveitamento do imposto cobrado nas
opera çõ es e presta ções anteriores),
 sobre opera ções que destinem a outros Estados petr óleo, inclusive lubrificantes,
combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica;
 prestações de serviço de comunicaçã o nas modalidades de radiodifusã o sonora e de
sons e imagens de recepçã o livre e gratuita.

ii. Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação:


 Fato Gerador: a transmiss ã o, por causa mortis ou por doa çã o, de quaisquer bens ou
direitos;
 Competência:
 Bens imóveis e respectivos direitos - Estado da situa ção do bem ou Distrito Federal;

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 Bens móveis, títulos e cr éditos - Estado onde se processar o inventário ou


arrolamento, se causa mortis, ou Estado onde tiver domicílio o doador, em caso de
doaçã o.
 Base de cálculo: valor dos bens ou direitos transmitidos.

 Alíquota má xima fixada pelo Senado.

iii. Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores:


 Fato Gerador: propriedade de veículos automotores.
 Alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal.
 Alíquotas podem ser diferenciadas em funçã o do tipo e utilizaçã o do veículo.

Impostos dos Municípios e repartição tributária

4. IPTU

• A progressividade no tempo ( extrafiscal) está relacionada ao aproveitamento do imóvel, com o objetivo


de promover o desenvolvimento urbano;
• A adoção do IPTU progressivo não é a primeira medida a ser tomada pelo Poder Público, devendo ocorrer
primeiramente o parcelamento ou edificação compulsórios;
• A progressividade do IPTU depende de lei específica municipal e também de lei federal ( Lei 10.257/ 2001,
Estatuto da Cidade).

Progressividade Com base no valor


Após EC 29/00
Fiscal do imóvel

Desde 1988
Progressividade
( Promulga ção da Com base no tempo
Extrafiscal
CF/88)

Adicional Progressivo com base no Número Considerada INCONSTITUCIONAL


de Imóveis pelo STF.

Alíq. Difrentes p/ Imóveis Edificados ou Não


Considerada Constitucional pelo STF.
Edificados, Residenciais ou nio Residenciais

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; Art. 32. 0 imposto, de competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e ;


; territorial urbana tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem j
j imóvel por natureza ou por acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona ;
urbana do Município.

!. § Para os efeitos deste imposto, entende-se como zona urbana a definida em lei j
I; municipal; observado o requisito mínimo da existência de melhoramentos indicados em j
pelo menos 2 (dois) dos incisos seguintes, construídos ou mantidos pelo Poder Público:

! I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais;

! II - abastecimento de água;

! Ill • sistema de esgotos sanitários;

! IV - rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar;


j V - escola primária ou posto de sa úde a uma distância máxima de 3 (três) quilómetros do
; imóvel considerado.

.j § 2« A lei municipal pode considerar urbanas as á reas urbanizá veis, ou de expansã o urbana,
j constantes de loteamentos aprovados pelos órgãos competentes, destinados è habitação,
i à indústria ou ao comércio, mesmo que localizados fora das zonas definidas nos termos do
; par ágrafo anterior.

Art. 33. A base do cálculo do imposto é o valor venal do imóvel.

Parágrafo único. Na determinação da base de cálculo, nã o se considera o valor dos bens


móveis mantidos, em car á ter permanente ou temporário, no imóvel, para efeito de sua
utilização, exploraçã o, aformoseamento ou comodidade.

O contribuinte do IPTU é o proprietário do imóvel, o titular do seu


domínio útil ou o seu possuidor a qualquer título

O IPTU é um imposto lançado de ofício, j á que não há qualquer participação do sujeito


passivo, seja prestando declaraçõ es ou antecipando valores ao erário.

Igreja que não possui o próprio imó vel - A CF define que há imunidade sobre o IPTU
daquele imóvel, mesmo quanto seja locatária.

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S í ntese do IPTU

IMPOSTO SOBRE PROPRIEDADE TERRITORIAL URBANA


Compet ência: Município
Finalidade: Fiscal/Extrafiscal
Fato Gerador: Propriedade, domínio útil ou posse de imóvel por natureza ou acessã o física
Base de Cá lculo: Valor venal do imóvel

Obs.: Constitui exceçã o ao princípio Anterioridade Nonagesimal


Alíquota: Reduzida /Majorada por lei
Contribuinte: Proprietário do imóvel, titular do seu domínio útil ou o seu possuidor
Lançamento: De ofício

5. ITBI

IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO DE BENS IMÓVEIS


Competência: Município
Finalidade: Fiscal
Fato Gerador: Transmissão de bens imóveis, e direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão
dos direito a sua aquisição.
Base de Cálculo: Valor venal do imóvel
Alíquota: Reduzida/Majorada por lei
Contribuinte: Qualquer uma das partes na opera ção tributada
Lan ç amento: Por declara çã o

TOME
NOTA!

- Nã o incide ITBI sobre usucapiã o e desapropria ção.

-Incide ITBI sobre a arremata çã o em hasta pública.

 A jurisprudência do STJ entende que a base de cálculo do ITBI não precisa ser igual à
base de cálculo do IPTU.
 No julgamento do Recurso Especial 1.199.964/SP, o STJ decidiu que " o valor venal do
imóvel apurado para fins de ITBI n ã o coincide, necessariamente, com aquele adotado
para lanç amento do IPTU".

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6. ISS

O ISS não incide sobre as exportações de serviços para o exterior do País.

Súmula Vinculante 31 - É inconstitucional a incidência do Imposto sobre Serviços de Qualquer


Natureza - ISS sobre operações de locação de bens móveis.

Art. 1^ 0 Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de competência dos Municípios e


do Distrito Federal, tem como fato gerador a prestaçã o de serviços constantes da lista
anexa, ainda que esses não se constituam como atividade preponderante do prestador.

§ 19 O imposto incide também sobre o serviço proveniente do exterior do País ou cuja


prestação se tenha iniciado no exterior do País.

§ 29 Ressalvadas as exceções expressas na lista anexa, os serviços nela mencionados não


ficam sujeitos ao Imposto Sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e
Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação -
ICMS. ainda aue sua orestacão envolva fornecimento de mercadorias.

 Casos de nã o incidência:

• Nã o incide sobre a prestaçã o de serviços para o exterior ( art. 29, |, da LC 116/03 c/c art. 156, § 39, ||);
• Nã o incide sobre a presta çã o de serviços em relação de emprego, dos trabalhadores avulsos, dos
diretores e membros de conselho consultivo ou de conselho fiscal de sociedades e fundações, bem como
dos sócios-gerentes e dos gerentes-delegados ( art. 2», II, da LC 116/03);
• Nã o incide sobre o valor intermediado no mercado de títulos e valores mobiliários, o valor dos depósitos
bancários, o principal, juros e acréscimos moratórios relativos a operações de cr édito realizadas por
instituições financeiras (art. 29, III, da LC 116/03 );
• Nã o incide sobre a prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação
(trata-se do campo de incidência do ICMS);
• Nã o incide sobre a prestação de serviços pelo próprio Poder Público ( a opera ção está imune com base
no art. 150, VI, a, da CF /88 );
• Nã o incide sobre a presta çã o de serviço público específico e divisível ( trata- se do campo de incidência
das taxas de serviço);
• Não incide sobre a presta çã o de serviços a si próprio ( descaracteriza çã o do fato gerador, com base no
entendimento do STJ).

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r
i Art. 4* - Considera-se estabelecimento prestador o local onde o contribuinte desenvolva ;
.
m

j a atividade de prestar serviços, de modo permanente ou temporário, e que configure :


; unidade económica ou profissional, sendo irrelevantes para caracterizá-lo as ;
i denominações de sede, filial, agência, posto de atendimento, sucursal, escritório de j
; representação ou contato ou quaisquer outras que venham a ser utilizadas.

Em regra, o ISS é devido ao Município onde estiver situado o estabelecimento prestador


ou o domicílio do prestador.

A base de cálculo do ISS é o preço do serviço.

Os contribuintes do ISS são os prestadores de serviço.

Grave esses prazos:

Prazo para Declarar Informa ções 25 ? dia do mês seguinte ao de ocorr ência dos fatos
geradores

Prazo para Pagar o ISS -> 15? dia do mês seguinte ao de ocorr ência dos fatos geradores

Destaque-se que, foi fixada a alíquota máxima de 5% e mínima de 2% pela lei complementar. Vale
lembrar que a fixação da alíquota mínima passou a ser prevista na LC 116/03, apenas com a alteração
promovida pela LC 157/16, já que antes dessa norma o limite já existia, porém em regra transitória prevista
no art. 88, do ADCT.

Resumindo as exceções:

•Obras de construção (administração, empreitada ou subempreitada ) civil, hidráulica ou


elétrica;

-Obras de reparação e conservação e reforma de edifícios, estradas etc.

-Transporte municipal de passageiros ( ônibus, metrô, trem e catamarã )

A modalidade de lançamento a que est á sujeito o ISS é por homologaçã o, pois o contribuinte, a cada
fato gerador, fica obrigado a calcular o valor do imposto devido e antecipar o pagamento sem o pr évio exame
da autoridade administrativa.

 Jurisprudências importantes:

É taxativa a lista de serviços sujeitos ao ISS a que se refere o art . 156, III, da Constituição
Federal, admitindo -se, contudo, a incidência do tributo sobre as atividades inerentes aos
serviços elencados em lei em razão da interpretação extensiva. (STF, RE 784439 )

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Sobre os serviços feitos sob encomenda, guarde o seguinte:

Súmula STJ 156 - A prestação de serviço de composição gr áfica, personalizada e sob encomenda,
ainda que envolva fornecimento de mercadorias, esta sujeita, apenas, ao ISS.

Observe também a Súmula 167 do STJ:

Súmula STJ 167 - 0 fornecimento de concreto, por empreitada, para construção civil, preparado
no trajeto até a obra em betoneiras acopladas a caminhões, é prestação de serviço, sujeitando -
se apenas a incidência do ISS. J
É relevante citar que o ISS incide sobre as atividades das operadoras de plano de saúde ( Tema 581), apesar
de, em fevereiro de 2019, o Supremo Tribunal Federal ter reconhecido que o ISS não incide sobre o seguro
saúde, mas apenas sobre os serviços de planos de saúde:

ds operadoras de planos de saúde realizam prestação de serviço sujeita ao Imposto sobre


Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN, previsto no art. 156, III, da CRFB/ 88. (STF, RE
651703 )

Destacamos, ainda, a possibilidade de incidência do ISS sobre o leasing financeiro, conforme Tema 125 de
Repercussão Geral:

É constitucional a incidência do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS sobre as


operações de arrendamento mercantil ( leasing financeiro ). (STF, RE 592905 )

7. Repartição de receitas tributárias

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Item Uni ão Estados e DF Municí pios

1% - FPM

( Setembro )
1% - FPM

(Dezembro )

11 25% (ou 2,5%)


IPi > 10% FPEx >
Observação: Quanto ao item 10, há que se destacar que o montante entregue no mês de
dezembro de cada ano foi incluído pela EC 55 /2007, o montante entregue no mês de julho
de cada ano constitui regra constitucional com o advento da EC 84/ 2014, e o montante a
ser entregue em setembro de cada ano foi instituído pela EC 112/2021.

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Imunidades

Imunidades Tributárias

i. Imunidade recíproca: veda que a Uniã o, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios


instituam impostos sobre o património, renda e serviços uns dos outros.

⮚ Extensível à s autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público no que


ser refere ao património, à renda e aos serviços vinculados a suas finalidades essenciais
ou à s delas decorrentes.
⮚ STF entende que abrange as empresas públicas e sociedades de economia mista
prestadoras de serviço público de presta çã o obrigatória e exclusiva do Estado.

ii. Imunidade religiosa: veda a instituição de impostos sobre templos de qualquer culto.

⮚ Abrange também o património, a renda e os serviços relacionados com as finalidades


essenciais da entidade religiosa.
⮚ Se um im óvel pertencente a entidade religiosa for alugado a terceiros e os recursos
forem destinados às finalidades essenciais destas entidades, a imunidade persiste.
⮚ Cemitérios que forem extensões das entidades religiosas sã o imunes.

iii. Imunidade dos Partidos Políticos, Entidades Sindicais dos Trabalhadores, Instituições de
Educação e de Assistência Social: veda a instituição de impostos sobre o património, a
renda e os serviços destas entidades.

⮚ SV 52: Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel


pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art . 150, VI, " c" , da Constitui ção
Federal , desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais tais
entidades foram constitu ídas.

iv. Imunidade Cultural: é vedado a todos os entes federados instituírem impostos sobre os
livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão.

⮚ Nã o abranges os serviç os de distribuiçã o.


⮚ Independe do valor cultural da obra. Inclui á lbum de figurinhas e seus adesivos.
⮚ Alcanç a os livros eletrónicos (e -books) e equipamentos para sua leitura.
⮚ Súmula STF 657: A imunidade prevista no art . 150, VI, d, da CF abrange os filmes e
papé is fotogr áficos necess á rios à publicação de jornais e periódicos.

v. Imunidade em favor da produção musical brasileira: é vedada a instituição de impostos


sobre fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras
musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por

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artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os


contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser,
vi. Outras espécies de imunidades tributárias:

⮚ São a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: (a) o direito de


petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de
poder; (b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e
esclarecimento de situações de interesse pessoal.
⮚ A a çã o popular é isenta de custas, salvo comprovada má -fé.
⮚ O IPI n ã o incidir á sobre produtos industrializados destinados ao exterior.
⮚ O ouro, quando ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se exclusivamente à
incidência do IOF.
⮚ São isentas (imunes) de impostos federais, estaduais e municipais as opera ções de
transfer ência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária.
⮚ A celebração do casamento é gratuita, portanto, imune a taxas.
⮚ Nã o incide ICMS sobre: operações que destinem mercadorias ao exterior, serviço de
comunicação de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita.

vii. Imunidade das entidades assistenciais em relação à contribuiçã o para a seguridade


social.

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Garantias e Privilégios do Crédito Tributário e Fiscalização

9. Garantias e Privilégios do Crédito Tributário

i. Responde pelo crédito tributá rio a totalidade dos bens do sujeito passivo, espólio ou
massa falida, exceto aqueles declarados em lei como absolutamente impenhoráveis.
ii. Presunção de fraude à execução fiscal - exige-se que ocorram, cumulativamente, as
seguintes situa ções:

⮚ Cr édito tribut á rio inscrito em dívida ativa (após comunicaçã o oficial);


⮚ Aliena çã o de bens ou seu come ç o;

iii. Nã o houver reserva de bens ou rendas para quitar o cr édito inscrito.


Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começ o, por
sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por cr édito tribut á rio
regularmente inscrito como dívida ativa, exceto se tiverem sido reservados, pelo
devedor, bens ou rendas suficientes ao total pagamento da dívida inscrita.
iv. Prefer ência: o Crédito Tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou
o tempo de sua constituição, ressalvados os cr éditos decorrentes da Legislação do
Trabalho ou do Acidente de Trabalho.

10. Fiscalização

i. Todas as pessoas submetem-se à fiscalização tributária, inclusive aquelas que gozem de


imunidade tributá ria ou de isenção de car áter pessoal.
ii. Súmula STF 439 - Estão sujeitos a fiscalização tributária ou previdenciá ria quaisquer
livros comerciais, limitado o exame aos pontos objeto da investigação.
iii. Súmula STF 323 - É inadmissível a apreensão de mercadorias como meio coercitivo para
pagamento de tributos.
iv . As autoridades fiscais podem requisitar aos bancos informações financeiras de
contribuintes relativas a processo administrativo fiscal em curso, sem pr évia autorizaçã o
judicial.
v. A Fazenda Pública da União e as dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
prestar-se-ã o mutuamente assistência para a fiscalização dos tributos respectivos e
permuta de informa çõ es, na forma estabelecida, em car áter geral ou específico, por lei
ou convénio.
vi. Dever de sigilo por parte da Fazenda Pública ou de seus servidores: é vedada a
divulgação de informa ção obtida em razão do ofício sobre a situação económica ou
financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o estado de seus
negócios ou atividades.

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vii. Nã o é vedada a divulgação de informa ções relativas a:

⮚ representa ções fiscais para fins penais;


⮚ inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública;
⮚ parcelamento ou moratória.

Princípios Tributários

11. Princípios Constitucionais Tributários

Princípio da legalidade: somente a lei pode estabelecer (CTN):

⮚ Instituição, extinçã o, majora çã o e redução de tributos.


⮚ Definição do fato gerador, fixa çã o da alíquota e base de c á lculo.
⮚ Cominação de penalidade para a ções ou omissões contr árias a seus
dispositivos.
⮚ Tributos que devem ser instituídos por lei complementar: Imposto sobre Grandes
Fortunas, Impostos Residuais, Contribuições Residuais e Empr éstimos Compulsórios.
⮚ Medidas provisórias podem instituir e modificar tributos e contribuições sociais,
ressalvados os que dependem de lei complementar.
⮚ Altera ções de alíquotas que são exceções à legalidade: Imposto do Importa çã o ( II),
Imposto de Exportaçã o (IE), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Imposto
sobre Opera ções Financeiras (IOF), redução e reestabelecimento das alíquotas da
CIDE-Combustíveis, ICMS-Combustíveis (alíquotas fixadas por convénio estadual).

ii. Princípio da Isonomia: é vedado a todos os entes federativos conferir tratamento


desigual entre pessoas que se encontram em situaçã o equivalente.

⮚ Princípio da capacidade contributiva: segundo STF, tributos ser ã o graduados segundo


a capacidade económica do contribuinte.
⮚ ITCMD e ITR podem ser progressivos, ITBI n ã o.

iii. Princípio do não confisco: veda çã o à sobrecarga tribut á ria, visando à preservaçã o da
capacidade económica do contribuinte.

⮚ Analisa -se a totalidade da carga tributária em rela ção à mesma pessoa política.
⮚ Aplica çã o atenuada para tributos extrafiscais.
⮚ Aplicável às multas tributárias - limite de 100% do valor do tributo para multa punitiva
e 20% do valor do tributo para multa moratória.

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iv. Princípio da irretroatividade: é vedado a todos os entes federativos cobrar tributos " em
rela çã o a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver
instituído ou aumentado ".
v. Princípio da anterioridade: é vedado aos entes federativos exigir tributo no mesmo
exercício em que seja publicada a lei que os instituiu ou aumentou.

⮚ Revoga ção de isenções: aumento indireto de tributo, deve observar a anterioridade.

Anterioridade anual: cobrança do tributo só pode Anterioridade nonagesimal: a cobranç a de tributos


ser realizada no exercício seguinte à quele que deve ocorrer apenas 90 dias após a publicaçã o da
tiver sido instituído ou majorado. lei que institua ou majore tributos.

Exceções: Exceções:

▪ II, IE, IPI, IOF ▪ II, IE, IOF


▪ Imposto Extraordinário de Guerra ▪ Imposto Extraordin ário de Guerra
▪ Empr éstimos Compulsórios ▪ Empr éstimos Compulsórios
▪ Contribuiçã o para o Financiamento da ▪ Imposto de Renda
Seguridade Social ▪ Base de Cálculo do IPTU
▪ ICMS-Combustível e CIDE- Combustível - apenas ▪ Base de Cálculo do IPVA
reduçã o e reestabelecimento das alíquotas.
▪ Atualiza çã o do valor monetário do tributo.

▪ Norma legal que altera o prazo de recolhimento da obrigação tributá ria.

vi. Princípio da liberdade de tráfego: é vedado aos entes federados "estabelecer limita ções
ao tr á fego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais,
ressalvada a cobrança de pedágio pela utilizaçã o de vias conservadas pelo Poder
Público ".
vii. Princípio da Uniformidade Geográfica da Tributa ção: é vedada à União instituir tributo
que nã o seja uniforme em todo o território nacional ou que implique em distinção ente
os entes federativos.

⮚ Permite-se a concessão de incentivos fiscais para promover o desenvolvimento


socioeconô mico de determinadas regiões do país.

viii. Princípio da Uniformidade da Tributação da Renda: é vedado à União "tributar a renda


das obriga ções da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
bem como a remunera çã o e os proventos dos respectivos agentes públicos, em níveis
superiores aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes".

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ix. Princípio da Não Discriminação Baseada em Procedência ou Destino: é vedado aos


Estados Distrito Federal e Municípios instituir diferenç as tributá rias em razã o da
procedência ou destino dos bens e serviços.

Obrigação Tributária

12. Obrigação Tributária

Obrigaçã o principal Obrigaçã o secundária

Presta ções acessó rias - obriga çã o de fazer ou


Dever de dar dinheiro ao Fisco
(pagamento) - tributos e multas — deixar de fazer algo para facilitar arrecadaçã o e
fiscaliza çã o.

Independe da existência de obrigaçã o principal,


Extingue-se juntamente com o cré dito
mas se não cumprida, surge uma obriga çã o
tributário dela decorrente.
principal - multa

O fato gerador é situa çã o necessá ria e Fixada pela legislação tributária - atos
suficiente instituída em lei. normativos primá rios e secundá rios.

i. Legislação tributária: leis, tratados e convenções internacionais, decretos e normas


complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e rela ções jurídicas
a eles pertinentes.
ii. Considera-se ocorrido o fato gerador:
 Se situação de fato: desde o momento em que o se verifiquem as circunstâncias
materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe sã o pr óprios;
 Se situação jurídica: desde o momento em que esteja definitivamente constituída,
nos termos de direito aplicá vel.
iii. Atos e negócios jurídicos condicionais sã o considerados perfeitos e acabados:
 Se a condiçã o for suspensiva - a partir de seu implemento;
 Se condição resolutória - desde a prática do ato ou da celebração do negócio.
iv. A definição legal do fato gerador independe:
 Da validade jurídica dos atos praticados;
 Dos efeitos dos fatos ocorridos.
v. Sujeito ativo: ente federativo titular da compet ência para instituir o tributo.
vi. Sujeito passivo: particular (pessoa física ou jurídica) obrigada ao pagamento do tributo.
 Contribuinte: relaçã o pessoal e direta com o fato que constitua a fato gerador.

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 Responsável: não é contribuinte, sua obrigação (integral ou supletiva) decorre de


disposiçã o expressa de lei. Deve possuir certa relaçã o ou vínculo com a situação que
deu origem ao fato gerador.
vii. São solidariamente obrigadas: pessoas que tenham interesse comum na situação que
constitua o fato gerador da obrigação principal ou aquelas expressamente definidas em
lei.

Aproveita aos
Pagamento
demais

Exonera todos os
demais
devedores
Efeitos da
Isenção/Remissã o
Solidariedade
Exceto se pessoal Subsiste saldo
a um deles p/demais
Salvo disposiçã o de
lei em contrário...
Favorece ou
Interrupção da
Prescrição
prejudica os
demais

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Extinção do crédito tributário

13. Extinção do crédito tributário

Extinguem o cr édito tributário:

Pagamento
ATENTO!

Compensa çã o

Transa çã o

Remissão

Prescriçã o e decadência

Conversã o de depósito em renda

Pagamento antecipado e homologaçã o do lançamento.

Consigna çã o em pagamento

i. Pagamento: a imposiçã o de penalidade nã o dispensa o pagamento integral do cr édito


tributá rio.

⮚ Súmula STF 70: - É inadmissível a interdi ção de estabelecimento como meio coercitivo
para cobranç a de tributo.
⮚ Súmula STF 323: É inadmissível a apreens ão de mercadorias como meio coercitivo para
pagamento de tributos.
⮚ O cr édito não pago no vencimento é acrescido de juros de mora - 1%a.m.
⮚ Quando pagar tributo indevido ou al ém do valor devido, o sujeito passivo tem direito à
restituição, independente de prévio protesto - repetição do indébito.
⮚ Sobre o valor da restituição incidem juros simples a partir do tr â nsito em julgado da
decisã o que ordenar a devoluçã o e correçã o moratória aplicada desde a data do
pagamento indevido.
⮚ Restituiçã o de tributo indireto: se o contribuinte de direito provar que assumiu o
encargo ou for autorizado pelo contribuinte de direito a receber a restituiçã o.
⮚ O contribuinte tem 5 anos, a partir da extinçã o do cr édito tribut á rio, para solicitar a
restituiçã o. Se a decisão for denegatória, pode contestar em até 2 anos.
⮚ Súmula STJ 391: O ICMS incide sobre o valor da tarifa de energia elétrica
correspondente à demanda de potência efetivamente utilizada.

ii. Transação: concessões mútuas para por fim a um litígio entre o sujeito passivo e a
Fazenda Pública. Depende de lei autorizativa.
iii. Remissão: perdã o de tributo ou multa, cujo cr édito tribut á rio já tenha sido constituído.

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Decadência Prescrição

▪ Prazo que a autoridade possui para promover o


lançamento. ▪ Prazo para a autoridade promover a a ção de
▪ 5 anos a partir do 1 dia do exercício seguinte
o
execução fiscal - 5 anos a partir da constituiçã o
à quele em que o lan ç amento poderia ter sido definitiva do cr édito tributário.
efetuado ou da data que tornar definitiva a ▪ Tributos lançados por homologação: 5 anos a
decisã o de anular lançamento anterior. contas da data do vencimento da obriga çã o ou
▪ Tributos lanç ados por homologa ção: 5 anos a da data da entrega da declara çã o, se posterior.
partir da ocorr ência do fato gerador. Se declara
e nã o paga, aplica - se regra geral.
Se o contribuinte paga cr édito prescrito ou decaído, faz jus à restituiçã o.

Art. 174

Par ágrafo ú nico . A prescrição se interrompe:

I - pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal;

II - pelo protesto judicial;

III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor ;

IV - por qualquer ato inequ ívoco ainda que extrajudicial , que importe em

reconhecimento do débito pelo devedor .

iv. Consigna ção em pagamento: sujeito passivo aciona o Poder Judiciário para exercer seu
direito de pagar e quitar a obriga çã o tribut á ria, nos seguintes casos:

⮚ Recusa do recebimento ou subordinação ao pagamento de outro tributo, penalidade ou


obrigação acessória.
⮚ Subordina çã o do pagamento a exigências administrativas sem fundamento legal.
⮚ Exigência, por mais de uma pessoa jurídica de direito público, de tributo idêntico sobre
mesmo fato gerador.

v. Dação em pagamento em bens imóveis: entrega de bens imóveis para pagamento de


cr édito tribut á rio.

⮚ Depende de lei autorizativa do ente federado.

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Legislação Tributária

14. Interpretação da Legislação Tributária

i. Interpreta -se literalmente a legisla çã o tributária que disponha sobre:


 suspensão ou exclusão do cr édito tributá rio;
 outorga de isenção;
 dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias.

ii. Lei tributá ria que define infrações, ou lhe comina penalidades, interpreta-se da maneira
mais favorável ao acusado, em caso de dúvida quanto (reparem que a interpreta çã o
mais favorá vel é apenas no caso de infração, na hipótese de existir dúvida em um dos
pontos abaixo):
 à capitulação legal do fato;
 à natureza ou às circunst â ncias materiais do fato, ou à natureza ou
 extens ã o dos seus efeitos;
 à autoria, imputabilidade ou punibilidade;
 à natureza da penalidade aplic á vel, ou à sua gradua ção.

iii. Os princípios gerais de direito privado utilizam-se para pesquisa da definiçã o, do


conteúdo e do alcance de seus institutos, conceitos e formas, mas não para definição
dos respectivos efeitos tributários, esta tarefa cabe à s leis.
iv. A lei tributá ria não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos,
conceitos e formas de direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela
Constituiçã o Federal, pelas Constituições dos Estados, ou pelas Leis Orgâ nicas do
Distrito Federal ou dos Municípios, para definir ou limitar competências tributárias.

Aqui está um assunto relevante, inclusive cobrado no último certame da Receita Federal (2022).
Por isso, preste bastante aten çã o! Veja a jurisprudência cobrada nesse certame:

O Supremo Tribunal Federal entende que a fixação e a alteração de prazo para pagamento de
tributo não se submete à legalidade estrita, podendo ser realizada por ato infralegal , uma vez
que tais matérias não se encontram no rol taxativo do art. 97 do CTN .

Assim, depreende-se que, por exemplo, um Decreto do Presidente da República ampliando o


prazo de pagamento de certo tributo federal de 30 para 45 dias é ato normativo apto para
realizar essa alteração de prazo.

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15. Integraçã o da Legislação Tributária

i. Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a legisla ção


tributá ria utilizar á sucessivamente, na ordem indicada:
 a analogia;
 os princípios gerais de direito tribut á rio;
 os princípios gerais de direito público;
 a equidade.
 O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei.
 O emprego da equidade não poder á resultar na dispensa do pagamento de tributo
devido.

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