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Gestão de Tributos

Luiz Henrique de Freitas, Me.


AGENDA PLANEJADA

• Sistema Tributário Nacional;

• Princípios constitucionais tributários;

• Limitações ao poder de tributar;

• Elementos fundamentais do tributo;

• Tributos extrafiscais: II; IE; IPI e IOF;

• Tributos indiretos: ISS, ICMS, IPI, PIS e COFINS;

• Tributos diretos: IRPJ e CSL (Análise dos Regimes de Tributação


- Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro real);

• Noções de Planejamento Tributário.

1
2
Elusão = “Simulação”
“Abuso das Formas”

João Carlos

Sai Entra Pedro

3
Imunidade do ITBI
“Abordagem Tradicional da Economia do Crime”

Pagar Tributos = Renda X

Sonegar = Renda Y > X


“Risco P”

Caso Pego = Renda X – M


“Multa”

4
26 Estados
01 Distrito Federal
5.570 municípios

5
Sistema Tributário Nacional (STN)

O CTN conceitua tributos como “toda


prestação pecuniária compulsória, em moeda ou
em cujo valor nela se possa exprimir, que não
constitua sanção por ato ilícito, instituída em lei
e cobrada mediante atividade administrativa
plenamente vinculada”.

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Espécie dos Tributos

Impostos

Contribuições
Sociais Taxas

Empréstimos Contribuições
Compulsórios de melhoria

7
Competência Tributária (Quem tributa o quê?)

União 65% Estados e DF 28% Municípios 7%

Impostos
✓ Importação; ✓ Circulação de mercadorias e ✓ Serviços;
✓ Exportação; algumas prestações de ✓ Propriedades predial e
✓ Rendas e proventos de serviço; territorial urbana;
qualquer natureza; ✓ Propriedade de veículos ✓ Transmissão
✓ Produtos automotores; inter vivos, de bens
industrializados; ✓ Transmissão causa mortis e imóveis e de direitos
✓ Operações de crédito, doação. reais sobre imóveis.
câmbio e seguro;
✓ Propriedade territorial
rural;
✓ Grandes fortunas.

Outros Tributos
✓ Contribuições sociais; ✓ Taxas; ✓ Taxas;
✓ CIDE; ✓ Contribuições de ✓ Contribuições de
✓ Empréstimos Melhoria. Melhoria.
Compulsórios;
✓ Taxas;
✓ Contribuições de
Melhoria.

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Princípios Constitucionais Tributários

Competência

Uniformidade Geográfica

Não discriminação Tributária

Capacidade Contributiva

Seletividade

Tipologia Tributária

Autoridade Tributária
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Limitações ao poder de tributar ...

Legalidade

Irretroatividade

Isonomia

Anterioridade (Nonagesimal)

Vedação ao Confisco

Liberdade de Tráfego

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OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA

Relação de direito público onde o Fisco pode


exigir do contribuinte uma prestação.

PRINCIPAL Pagamento do tributo

Necessidade do Fisco de
ACESSÓRIA CONTROLAR
(para uma adequada
arrecadação do tributo)
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FATO GERADOR

SITUAÇÃO DEFINIDA POR LEI, que ao ser


praticada, dá origem à obrigação de pagar
determinado tributo.

BASE DE CÁLCULO

É o VALOR sobre o qual é aplicada a alíquota do


imposto a ser calculado.

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ALÍQUOTAS (%)

II e IE: específicas (valor em reais) ou “ad valorem” (expressa em %).


ISS: variam conforme a legislação de cada município.

ICMS: variam conforme a legislação de cada Estado, em função da


essencialidade da mercadoria.

IPI: variam conforme determinação da TIPI, em função da


essencialidade do produto.
PIS/PASEP e COFINS: variam conforme a personalidade jurídica
da entidade, da finalidade de obtenção ou não de lucro e do regime
de apuração.

IRPJ/CSL: variam conforme a atividade e o montante do lucro


apurado pela PJ. 13
TRIBUTOS EXTRAFISCAIS

Possuem o escopo de intervir ou regular a situação


estatal. Esta espécie de imposto não pode ser
confundida como “não arrecadatória”, contudo sua
intenção basilar é estimular, ou desestimular,
certos comportamentos sociais.

Não obedecem o Princípio da Anterioridade!

14
TRIBUTOS EXTRAFISCAIS

15
TRIBUTOS INDIRETOS

São aqueles repassados no preço de venda ou


serviço prestado, cujo ônus do imposto é
suportado pelo consumidor final.

ISS ICMS IPI

PIS COFINS
16
TRIBUTOS DIRETOS

São aqueles que não são repassados no preço de


venda ou serviço, cujo ônus do imposto é
suportado pelo contribuinte.

IR CSLL

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ISS
IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA

⚫ Decreto-Lei Federal 406/68.

Estabelece normas gerais aplicáveis ao ISS.

⚫ Lei Complementar 116/03.

Dispõe sobre o ISS.

⚫ Lei Complementar 157/16.

Altera a LC 116/03.

• Lei Complementar 175/20.


18
ISS

Esfera Municipal (art. 156 CF)

Tributo Indireto

Incidência = serviços prestados ao consumidor final (LC 116/03)

“Incide sobre a Importação de serviços” (LC 116/03, art. 1º)

“Não incide sobre a Exportação de serviços” (LC 116/03, art. 2º)

Base de Cálculo = Receita Bruta

“Por dentro”

19
Onde recolher ...

“Regra” 205

LOCAL DO SERVIÇO (LC 116/03, art. 3º): o serviço é


considerado prestado e o imposto devido no local do
estabelecimento prestador.

(Anexo com as Atividades de Serviços – citando 40 tipos)


(“Exceções – Incisos de I a XXV - art. 3º” )
LOCAIS ESPECÍFICOS (Exigem a presença física do prestador).

• Importação de serviço: local do estabelecimento do tomador ou


intermediário do serviço;
• Locação de andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas:
local da instalação;
• Engenharia e construção civil: local da execução da obra;
• Estacionamento e vigilância: local onde o bem estiver estacionado
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ou guardado.
LC 157/16 (29.12.2016)

- Alterou a LC 116/03 que nunca havia sofrido mudanças;

- Impossibilitou a concessão de isenções, incentivos tributários

ou financeiros ao ISS (para a maioria das situações);

- Ampliou a lista de serviços;

- Modificou o critério espacial do pagamento do ISS.

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LC 175/20 (23.09.2020)

Definir conflitos de competência territorial Em 3 anos

“O imposto incide sobre os seguintes serviços previstos nos subitens 4.22, 4.23, 5.09, 15.01 e
15.09 da Lista de Serviços anexa à Lei Complementar nº 116/2003:

4.22 – Planos de medicina de grupo ou individual e convênios para prestação de assistência


médica, hospitalar, odontológica e congêneres;

4.23 – Outros planos de saúde que se cumpram através de serviços de terceiros contratados,
credenciados, cooperados ou apenas pagos pelo operador do plano mediante indicação do
beneficiário;
... “Onde a atividade é
efetivamente prestada”.
5.09 – Planos de atendimento e assistência médico-veterinária;

15.01 – Administração de fundos quaisquer, de consórcio, de cartão de crédito ou débito e


congêneres, de carteira de clientes, de cheques pré-datados e congêneres; e

15.09 – Arrendamento mercantil (leasing) de quaisquer bens, inclusive cessão de direitos e


obrigações, substituição de garantia, alteração, cancelamento e registro de contrato, e demais
serviços relacionados ao arrendamento mercantil (leasing)”.
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CONTRIBUINTE: o prestador do serviço

RESPONSÁVEL TRIBUTÁRIO (LC 116/03, art. 6º):


contratantes de serviços de:
• locação de andaimes... ;
• engenharia e construção civil... ;
• vigilância, segurança...;
• (...)

Art. 6o Os Municípios e o Distrito Federal, mediante lei, poderão atribuir de


modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa,
vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a
responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo
do cumprimento total ou parcial da referida obrigação, inclusive no que se
refere à multa e aos acréscimos legais.
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ALÍQUOTAS

Variam de acordo com o tipo de serviço e com o município. A


alíquota não pode ser inferior a 2% (Emenda Constitucional 37/2002,
art. 3º). A alíquota máxima é de 5% (LC 116/2003 art. 8º).

Precificação do Serviço (Tributo “por dentro”)

Valor / (1 – %ISS)

R$ 3.800 / (1 – 0,05)

R$ 3.800 / 0,95 = R$ 4.000

Valor Líquido = R$ 3.800


24
ICMS
Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias
e sobre a Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e
Intermunicipal e de Comunicação

• Constituição da República Federativa do Brasil. Artigo 155,


Inciso I, letra ‘’b’’.
• Lei Complementar Federal nº 87, de 13 de setembro de
1996. Dispõe sobre o ICMS dos estados e do distrito federal e
dá outras providências.
• Lei 6.374 de 01 de março de 1989. Dispõe sobre a
instituição do ICMS no Estado de São Paulo.
• Decreto 45.490, de 30-11-2000. Aprova o RICMS-SP. 25
ICMS

Esfera Estadual

Tributo Indireto

Tributo Seletivo (atende a “Essencialidade”)

“Por dentro”

“Não Cumulativo”

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ICMS – Fato Gerador

Operações de:

• circulação de mercadorias;

• prestações de serviços de transporte interestadual e


intermunicipal;

• prestações de serviços de comunicação;

• fornecimento de energia elétrica.

• Entrada de mercadoria importada do exterior, ainda quando se


tratar de bem destinado a uso, consumo ou ativo-permanente
do estabelecimento.

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A não-cumulatividade do ICMS ...

A A ICMS
PREÇO
RECUPERAR RECOLHER PAGO

Indústria 50,00 9,00 9,00

Atacadista 70,00 9,00 12,60 3,60

Varejista 100,00 12,60 18,00 5,40

Consumidor
18,00
Final

28
OOcontrole na
controle na empresa
empresa ... ...

Contabilização das Operações de Compra e de Venda:

Empresa Comercial Empresa Comercial Consumidor Final

Na compra: D - Estoque .......................... R$ 82.000,00


D - ICMS a recuperar .............. R$ 18.000,00
C - Disponível ........................ R$ 100.000,00

Na venda: D - Disponível
C - Receita de Vendas ............. R$ 150.000,00

D- CMV
C- Estoque .......................... R$ 82.000,00

D - ICMS sobre Vendas


C - ICMS a recolher .................. R$ 27.000,00
29
O controle na empresa ...

ICMS a Recuperar ICMS a Recolher

18.000 18.000 (1) (1) 18.000 27.000

9.000

D- ICMS a Recolher
C- ICMS a Recuperar ............. R$ 18.000,00

Apurando o Resultado das Operações:

Receita Bruta de Vendas ....................... R$ 150.000,00


(-) ICMS sobre vendas ........................ R$ (27.000,00)
Receita Líquida de Vendas .................... R$ 123.000,00
(-) CMV ................................................ R$ (82.000,00)
Resultado Bruto ................................... R$ 41.000,00
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Contribuinte

É qualquer pessoa natural ou jurídica, que, de modo

habitual comercialize mercadorias ou preste serviços de

transporte interestadual ou intermunicipal, ou ainda, de

comunicação.

31
ICMS – BASE DE CÁLCULO

Mercadoria Nacional destinada ao Processo Produtivo ou Revenda

BC ICMS = Valor dos Produtos + Despesas Acessórias (frete e seguro)

Mercadoria Nacional destinada ao Uso ou Consumo ou Ativo Permanente

BC ICMS = Valor dos Produtos + Despesas Acessórias (frete e seguro) + IPI

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O IPI é calculado “por fora”...

Valor do Produto (sem o IPI) = Base de Cálculo

R$ 10.000,00 x 10% = R$ 1.000,00 (IPI)

Valor Total da Nota Fiscal (com o IPI)

R$ 11.000,00 / 1,10 = R$ 10.000,00 (Base de Cálculo)

33
Um exemplo de cálculo:

Valor da NF = R$ 5.360.449,00

Valor da BC = R$ 5.360.449,00 / 1,10

Valor da BC = R$ 4.873.135,45

Valor do ICMS = R$ 877.164,38

Valor do IPI = R$ 487.313,55


34
*
*Recupera o IPI e o ICMS

*
*Recupera o ICMS;
o IPI é “custo”
(soma-se ao valor do estoque)

*
* O IPI faz parte da
Base de Cálculo do ICMS

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O controle na empresa
Contabilização ...
das Operações de Compra:

D - Estoque .......................... R$ 82.000,00


D - IPI a recuperar .................. R$ 10.000,00
D - ICMS a recuperar .............. R$ 18.000,00
C - Disponível ........................ R$ 110.000,00

D - Estoque .......................... R$ 92.000,00


D - IPI a recuperar .................. R$ 0,00
D - ICMS a recuperar .............. R$ 18.000,00
C - Disponível ........................ R$ 110.000,00
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PV com ICMS = PV com ICMS =

PV sem ICMS / ( 1 - % ICMS) PV sem ICMS / {1- [% ICMS x ( 1 + % IPI)]}

Nota Fiscal 134,15 Nota Fiscal 137,16

(-) IPI (12,20) (-) IPI (12,47)

Valor do Produto 121,95 Valor do Produto 124,69

(-) ICMS (21,95) (-) ICMS (24,69)

PV sem ICMS 100,00 PV sem ICMS 100,00


37
Principais créditos ...

Insumos para consumo no processo produtivo

Mercadorias para revenda

Devoluções de vendas

Fretes, nas aquisições para revenda ou para o processo produtivo

Combustíveis e Lubrificantes (processo produtivo)

Energia Elétrica (consumida no processo industrial)

Ativo Imobilizado (para as áreas comercial e industrial)

38
ICMS – ALÍQUOTAS INTERNAS

17% - 17,5% - 18% - 19% - 20% - 21% - 22%


Variam (para maior ou para menor) conforme a
mercadoria ou serviço, segundo o princípio da
seletividade. Por exemplo, a alíquota que tem maior
incidência no Estado de São Paulo é a de 18%.

Aplicam-se as alíquotas internas do estado de destino


às operações que destinarem mercadorias a não-
contribuinte localizado em outro Estado.

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Apenas como exemplo, em razão da essencialidade... (em SP)

Alíquota do
Operações com
ICMS (%)

Gêneros de primeira necessidade ou da cesta básica, tais


7
como arroz, feijão, charque, farinha de mandioca etc.

Energia elétrica, nas contas residenciais com consumo de até


12
200 kwh

Energia elétrica, nas demais contas 25

Pedra e areia 12

Óleo diesel 12

Serviços de transporte 12
40
ICMS – Novas Alíquotas e Vigência

41
ICMS – Autonomia dos Estabelecimentos

42
Alíquotas Interestaduais

a) Destinatário não contribuinte: deve-se aplicar a alíquota


interestadual e consultar a alíquota interna do Estado de destino
para aplicar o Diferencial de Alíquota (Convênio ICMS 152/2015).

b) Destinatário contribuinte: (Uso, consumo e Ativo Imobilizado = Diferencial de Alíquota)

Sul e Sudeste, exceto Norte, Nordeste, Centro- 7%


Espírito Santo Oeste e Espírito Santo

Sul e Sudeste, exceto Sul e Sudeste, exceto 12%


Espírito Santo Espírito Santo

Norte, Nordeste, Centro- Todos os Estados,


Oeste e Espírito Santo incluindo o DF 12%

c) Unificação da alíquota do ICMS para produtos importados 4%


(Resolução do Senado Federal nº 13 - (25.04.12) 43
Alíquotas Interestaduais

Resolução do Senado Federal nº 13 (25.04.2012)

Unificação da alíquota do ICMS para produtos importados = 4%

a) Não alcançará todos os produtos importados;

b) Será aplicável aos bens e mercadorias importados que, após o seu desembaraço
aduaneiro, não sejam submetidos a processo de industrialização;

c) Ainda que submetidos, somente será aplicada quando o produto resultante da


industrialização for composto por produtos importados no percentual superior a 40%:

CI = PI / OI for > 40%

CI = Conteúdo da Importação
PI = Valor total dos produtos importados
OI = Valor total das operações interestaduais

44
O ICMS Interestadual (E-Commerce)

Consumidor em Produto em
Goiás compra estoque sai de ... e é enviado a
um produto pela São Paulo Goiás (17%) !
internet (18%) (estado
fornecedor) ...

Alíquota interestadual = 7% 45
O ICMS Interestadual (E-Commerce)

O ICMS Interestadual (E-Commerce)

Como era até Como ficou


31.12.2015 a partir de
01.01.2016
São Paulo 18%
São Paulo 7%
Goiás 0% Goiás 10%

Diferencial de Alíquota
46
ICMS SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA (ICMS ST)

Contribuinte Substituto: fabricante ou importador.

Contribuinte Substituído: revendedor atacadista e varejista

O contribuinte substituto (fabricante ou importador)


cobra do contribuinte substituído (revendedor atacadista
e varejista), o ICMS devido em todas as etapas
seguintes da comercialização até o consumidor final.

47
ICMS SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA (ICMS ST)

48
ICMS ST

Quando há um preço de venda a consumidor final fixado


pelo fabricante, esse preço é utilizado no cálculo do ICMS-
ST quando da venda pelo fabricante. (PAUTA)

Quando não existe um preço de venda a consumidor final


fixado pelo fabricante, o órgão governamental competente
fixa um percentual de margem de valor agregado, para
ser utilizado no cálculo do ICMS-ST quando da venda pelo
fabricante. (MVA)

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Dentro do próprio Estado
• De Indústria para Indústria “não se fala em ST”
• Fornecedor e Comprador contribuintes
• “A intenção do destinatário em vender o produto”
- NCM
Operações... - Descrição Nota Fiscal
- Segmento

Para fora do Estado


• Convênio (entre todos os estados)
• Protocolo (entre 2 ou + estados)

50
Bases de Cálculo – ICMS e ICMS-ST

ICMS ICMS-ST

Valor da Mercadoria Valor do Produto


+ Frete + Frete
+ Seguro + Seguro
- Desconto Incondicional + IPI

IPI Desconto Incondicional


(não faz parte) (não faz parte)

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O ICMS ST
ICMS

INDÚSTRIA ATACADISTA VAREJISTA CONSUMIDOR


FINAL
ICMS X X
Valor do Produto = R$ 10.000,00

IPI = R$ 1.000,00
ICMS = R$ 1.800,00
MVA = 40%

Cálculo = (R$ 10.000,00 + R$ 1.000,00) x 1,40 = R$ 15.400,00

R$ 15.400,00 x 18% = R$ 2.772,00 – R$ 1.800,00 = R$ 972,00 (ICMS-ST)


52
Valor Total da Nota Fiscal = R$ 11.972,00
Nota Fiscal com ICMS ST MVA = 61,07318%

53
ICMS – ST com “Frete”

(10.500 x 15%) = 12.075 x 1,45 = 17.508,75

10.500 x 18%

54
ICMS – COMPENSAÇÃO DE SALDOS

Os saldos devedores e credores resultantes da apuração


no regime periódico, efetuada a cada período, em cada um
dos estabelecimentos do mesmo titular, localizados em
território paulista, poderão ser compensados
centralizadamente, sendo o resultado, quando “devedor,”
objeto de recolhimento único. O ICMS é apurado
mensalmente.

55
IPI
IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS

• Constituição da República Federativa do Brasil, Artigo


153, Inciso IV.

• Decreto 4.544 de 26 de dezembro de 2002.


Regulamenta a tributação, fiscalização, arrecadação e
administração do IPI. – vigência a partir de 27/12/2002.

• Decreto 6.006 de 28/12/2006.


Aprova a Tabela de Incidência do IPI – TIPI -
vigência a partir de 01/01/2007. 56
IPI

Esfera Federal

Tributo Indireto

Tributo Seletivo (atende a “Essencialidade”)

“Por fora”

Alíquotas estabelecidas na “Tabela do IPI” (TIPI)

“Não Cumulativo”

57
ESTABELECIMENTO INDUSTRIAL

É o que executa qualquer das operações caracterizadas como


industrialização.

INDUSTRIALIZAÇÃO

É caracterizada por qualquer operação que modifique a natureza,


o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade
do produto, ou o aperfeiçoe para consumo.

OPERAÇÕES DE INDUSTRIALIZAÇÃO

Transformação, Beneficiamento, Montagem, Acondicionamento ou


Reacondicionamento, Renovação ou Recondicionamento.

58
ESTABELECIMENTOS EQUIPARADOS A INDUSTRIAL

OBRIGATORIAMENTE

I - estabelecimentos importadores de produtos de procedência estrangeira, que


derem saída a esses produtos;

II - filiais e demais estabelecimentos que exercerem o comércio de produtos


importados, industrializados ou mandados industrializar por outro
estabelecimento do mesmo contribuinte, salvo se aqueles operarem
exclusivamente na venda a varejo;

III - estabelecimentos que comercializam produtos industrializados por outro


estabelecimento da mesma firma ou de terceiro, mediante a remessa, por eles
efetuada, de matérias-primas, produtos intermediários, embalagens, recipientes,
moldes, matrizes ou modelos.

59
Estabelecimentos Equiparados a Industrial POR OPÇÃO

I - Estabelecimentos comerciais que derem saída a bens de produção, para


estabelecimentos industriais ou revendedores.

matérias-primas

produtos intermediários, inclusive os que, embora não integrando o produto


final, sejam consumidos ou utilizados no processo industrial

produtos destinados a embalagem e


acondicionamento;

ferramentas empregadas no processo industrial, exceto as manuais

máquinas, instrumentos, aparelhos e equipamentos, inclusive suas peças,


partes e outros componentes, que se destinem a emprego no processo
industrial

60
Contribuinte
O importador, o industrial e o estabelecimento equiparado a
industrial

Base de Cálculo
Preço do produto
+ valor do frete
+ demais despesas acessórias cobradas do comprador

Base de Cálculo (Observação)

Não podem ser deduzidos do valor da operação os descontos, diferenças


ou abatimentos, concedidos a qualquer título, ainda que
incondicionalmente.

61
Principais créditos ...

Insumos para consumo no processo produtivo do imposto relativo a MP, PI


e ME, adquiridos para emprego na industrialização de produtos tributados,
incluindo-se aqueles que, embora não se integrando ao novo produto, forem
consumidos no processo de industrialização, salvo se compreendidos entre os
bens do ativo permanente;

Do imposto pago no desembaraço aduaneiro

Do imposto relativo a bens de produção recebidos por comerciantes equiparados a


industrial

Os estabelecimentos industriais, e os que lhes são equiparados, poderão,


creditar-se do imposto relativo aos insumos, adquiridos de comerciante
atacadista não-contribuinte, calculado mediante aplicação da alíquota a que
estiver sujeito o produto, sobre 50% do seu valor, constante da respectiva nota
fiscal.

62
PIS - PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL

COFINS – CONTRIBUIÇÃO AO FINANCIAMENTO DA


SEGURIDADE SOCIAL

• Lei Complementar nº 7 de 07/09/1970: Institui o PIS cumulativo.

• Lei Complementar nº 70 de 30/12/1991: Institui a COFINS cumulativa.

• Decreto 4.524, de 17/12/02: Regulamenta o PIS e a COFINS (cumulativos).

• Lei 10.637, de 30/12/02: dispõe sobre o PIS não cumulativo.

• Lei 10.833, de 29/12/03: dispõe sobre a COFINS não cumulativa.

• Lei 10.865, de 30/04/04: institui o PIS e a COFINS sobre a importação de


bens e serviços.

63
PIS e COFINS - Contextualização

Constituição Federal (1988) em seus artigos nº 195 e nº 239

PIS/PASEP + COFINS 1995 2002 2010 2015 2018 2020

Valor arrecadado (em R$ Bi) 21,2 64,0 180,2 255,5 331,4 299,7

% sobre a arrecadação federal 17,8% 20,2% 21,8% 21,4% 21,9% 19,6%

% sobre o PIB 3,18% 4,79% 4,81% 4,33% 4,57% 4,01%

Fonte: RFB 64
PIS e COFINS – MODALIDADES DE CONTRIBUIÇÕES

Contribuições
INDÚSTRIA
Cumulativas e COMÉRCIO
Não-Cumulativas
PREST SERVIÇOS

CONDOMÍNIOS
Contribuições das IGREJAS OU TEMPLOS
Entidades sem
fins lucrativos PARTIDOS POLÍTICOS
SINDICATOS
(...)
Contribuições
sobre as
importações BENS E SERVIÇOS
65
Regimes de Tributação
(Faturamento)

PIS e COFINS Receita Valor a


Cumulativos Bruta Pagar

Receitas Débitos
Totais

PIS e COFINS - Valor a


Não-Cumulativos Créditos Pagar
Mercadorias
Insumos Créditos
Energia
Aluguéis
(...)
66
Em geral ...
PIS e COFINS – ALÍQUOTAS

PIS COFINS

Lucro Real
1,65% 7,6%
(Não cumulativo)

Lucro Presumido
0,65% 3%
(Cumulativo)

67
PIS e COFINS – Regime Cumulativo/NãoCumulativo

Faturamento Totalidade das Receitas


(-) Exportações de Mercadorias e Serviços (entradas de divisas)
(-) Vendas canceladas e Devoluções de vendas
(-) Vendas e revendas com alíquota zero
(-) Revendas de produtos com tributação monofásica
(-) Descontos incondicionais concedidos
(-) IPI
(-) ICMS destacado no documento fiscal
(-) ICMS Substituição Tributária
(-) Reversões de provisões operacionais
(-) Recuperação de créditos baixados como perda
(-) Resultados positivos de investimentos (Método de Equiv. Patr.)
(-) Lucros ou dividendos recebidos ou a receber (Método de Custo)
(-) Receitas das vendas de itens do ativo não circulante (Inv, Imob e Intangível)
(-) Receita Financeira decorrente do Ajuste a Valor Presente
= Base de Cálculo de PIS e COFINS a Recolher
68
PIS e COFINS (Tratamento do ICMS)

Cenário 1 Cenário 2 Cenário 3 Cenário 4

Fato Gerador (Receitas) 100.000 100.000 100.000 100.000


ICMS sobre Vendas 18.000 18.000 18.000 18.000
Base de Cálculo 100.000 82.000 82.000 94.600
Alíquota 7,6% 7,6% 7,6% 7,6%
COFINS a recolher 7.600 6.232 6.232 7.189,60

Fato Gerador (Aquisições) 70.000 70.000 70.000 70.000


ICMS sobre Compras 12.600 12.600 12.600 12.600
Base de Cálculo 70.000 70.000 57.400 70.000
Alíquota 7,6% 7,6% 7,6% 7,6%
COFINS a recuperar 5.320 5.320 4.362,40 5.320

COFINS a Recolher 2.280 912 1.869,60 1.869,60

1. Não excluindo o ICMS da base de cálculo


2. Excluindo o valor do ICMS da base de cálculo na “saída”, mas não o excluindo na “entrada” (na Não Cumulatividade)
3. Excluindo o ICMS do preço de venda e da base de créditos (na Não Cumulatividade)
69
4. Excluindo o ICMS efetivamente recolhido (após a compensação de créditos) – COSIT 13 (13/10/18)
Créditos permitidos pela legislação

(IN 1911/2019 de 15/10/2019 – 766 art.)

Bens adquiridos para revenda (EXCETO MONOFÁSICA, ALÍQUOTA ZERO E ST)

+ Bens e serviços utilizados como insumos “essencialidade e relevância”

+ Energia elétrica e térmica

+ Aluguéis e arrendamentos (prédios e máquinas junto à PJ)

+ Edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de 3ºs

+ Fretes e armazenagem na operação de venda (depósito de 3ºs)

+ Depreciação de bens do ativo imobilizado

+ Devoluções de vendas*

+ Peças e serviços de manutenção

+ Vale transporte, alimentação e uniformes (limpeza, conserv)

= Base de Cálculo de PIS e COFINS a Recuperar


70
Exclusão do ICMS – Faturamento

15.03.2017 13.05.2021 26.05.2021 15.12.2022

RE Parecer SEI IN RFB nº


574.706/PR 7.698/2021 2.122/2022
Modulação
O ICMS não “Consolidação”
dos PGFN explica as
integra a base orientações Inc XII, artigo 26
Efeitos
de cálculo do preliminares Exclusão do ICMS
destacado na NF
Pis e Cofins

12.01.2023

Medida Provisória nº 1.159


Altera as Leis 10.637/02 e 10.833/03

Exclusão do ICMS da Base de Cálculo do Crédito do Pis e da COFINS


(a partir de 01/05/2023)

71
Insumos –IN 2.121/22 (Art. 176)

Parágrafo 1º - Consideram-se insumos, inclusive:

I - bens ou serviços necessários à elaboração de insumo em qualquer etapa anterior de produção de bem destinado à
venda ou na prestação de serviço a terceiros (insumo do insumo);

II - bens ou serviços que, mesmo utilizados após a finalização do processo de produção, de fabricação ou de prestação
de serviços, tenham sua utilização decorrente de imposição legal;

III - combustíveis e lubrificantes consumidos em máquinas, equipamentos ou veículos responsáveis por qualquer etapa
do processo de produção ou fabricação de bens ou de prestação de serviços;

IV - bens ou serviços aplicados no desenvolvimento interno de ativos imobilizados sujeitos à exaustão e utilizados no
processo de produção, de fabricação ou de prestação de serviços;

V - bens e serviços aplicados na fase de desenvolvimento de ativo intangível que resulte em:

a) insumo utilizado no processo de produção ou fabricação de bens destinados à venda ou de prestação de serviços; ou

b) bem destinado à venda ou em serviço prestado a terceiros;

VI - embalagens de apresentação utilizadas nos bens destinados à venda;

VII - bens de reposição e serviços utilizados na manutenção de bens do ativo imobilizado utilizados em qualquer etapa
do processo de produção de bens destinados à venda ou de prestação de serviços cuja utilização implique aumento de
vida útil do bem do ativo imobilizado de até um ano;

VIII - serviços de transporte de insumos e de produtos em elaboração realizados em ou entre estabelecimentos da


pessoa jurídica;

IX - equipamentos de proteção individual (EPI);


72
X - moldes ou modelos utilizados para dar forma desejada ao produto produzido, desde que não contabilizados no ativo
imobilizado;

XI - materiais e serviços de limpeza, desinfecção e dedetização de ativos utilizados em qualquer etapa da produção de
bens ou da prestação de serviços;

XII - contratação de pessoa jurídica fornecedora de mão de obra para atuar diretamente nas atividades de produção de
bens destinados à venda ou de prestação de serviços;

XIII - testes de qualidade aplicados sobre matéria-prima, produto intermediário e produto em elaboração e sobre produto
acabado, desde que anteriormente à comercialização do produto;

XIV - a subcontratação de serviços para a realização de parcela da prestação de serviços;

XV - frete e seguro no território nacional quando da aquisição de bens para serem utilizados como insumos na produção
de bem destinado à venda ou na prestação de serviço a terceiros;

XVI - frete e seguro no território nacional quando da importação de bens para serem utilizados como insumos na
produção de bem destinado à venda ou na prestação de serviço a terceiros;

XVII - frete e seguro no território nacional quando da importação de máquinas, equipamentos e outros bens incorporados
ao ativo imobilizado utilizados na produção de bem destinado à venda ou na prestação de serviço a terceiros;

XVIII - frete e seguro relacionado à aquisição de bens considerados insumos que foram vendidos ao seu adquirente com
suspensão, alíquota 0% (zero por cento) ou não incidência;

XIX - frete e seguro relacionado à aquisição de máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado
de que trata o inciso I do caput do art. 179 quando a receita de venda de tais bens forem beneficiadas com suspensão,
alíquota 0% (zero por cento) ou não incidência;

73
XX - parcela custeada pelo empregador relativa ao vale-transporte pago para a mão de obra empregada no processo
de produção ou de prestação de serviços; e

XXI - dispêndios com contratação de pessoa jurídica para transporte da mão de obra empregada no processo de
produção de bens ou de prestação de serviços.

Parágrafo 2º - Não são considerados insumos, entre outros:

I - bens incluídos no ativo imobilizado;

II - embalagens utilizadas no transporte de produto acabado;

III - bens e serviços utilizados na pesquisa e prospecção de minas, jazidas e poços de recursos minerais e
energéticos que não cheguem a produzir bens destinados à venda ou insumos para a produção de tais bens;

IV - bens e serviços aplicados na fase de desenvolvimento de ativo intangível que não chegue a ser concluído ou que
seja concluído e explorado em áreas diversas da produção ou fabricação de bens e da prestação de serviços;

V - serviços de transporte de produtos acabados realizados em ou entre estabelecimentos da pessoa jurídica;

VI - despesas destinadas a viabilizar a atividade da mão de obra empregada no processo de produção ou fabricação
de bens ou de prestação de serviços, tais como alimentação, vestimenta, transporte, cursos, plano de saúde e seguro
de vida;

VII - dispêndios com inspeções regulares de bens incorporados ao ativo imobilizado;

VIII - dispêndios com veículos, inclusive combustíveis e lubrificantes, utilizados no setor administrativo, vendas,
transporte de funcionários, entrega de mercadorias a clientes, cobrança, etc.;
74
IX - dispêndios com auditoria e certificação por entidades especializadas;

X - testes de qualidade não associados ao processo produtivo, como os testes na entrega de mercadorias, no serviço de
atendimento ao consumidor, etc.;

XI - bens e serviços utilizados, aplicados ou consumidos em operações comerciais; e

XII - bens e serviços utilizados, aplicados ou consumidos nas atividades administrativas, contábeis e jurídicas da pessoa
jurídica.

§ 3º O valor do dispêndio a que se refere o inciso XXI do § 1º será determinado por meio da proporcionalização entre o
número de trabalhadores empregados na produção ou na prestação de serviços e o número total de trabalhadores
transportados, em relação ao total dispendido com o transporte.

§ 4º Para efeito do disposto nesta Subseção, considera-se bem, não só produtos e mercadorias, mas também os
intangíveis.

Expansão do Conceito de Insumo

75
A Instrução Normativa 2.121/2022:

- Está atualizada com a Tabela TIPI 2022 (Decreto nº 11.158/2022)

* Quando o IPI for considerado “custo”

Proibiu a tomada de crédito de PIS e COFINS sobre o IPI não

recuperável destacado na Nota Fiscal de compra.

“Insegurança Jurídica”

76
Um exemplo simplificado...

Lucro Real Lucro Presumido


(Não Cumulativo) (Cumulativo)

Receita de Vendas R$ 100.000,00 R$ 100.000,00

(-) Créditos (R$ 50.000,00) 0,00

Base de Cálculo R$ 50.000.00 R$ 100.000,00

COFINS 7,6% = R$ 3.800,00 3% = R$ 3.000,00

77
PIS e COFINS – NÃO-CUMULATIVOS

NÃO ESTÃO SUJEITAS

• Instituições Financeiras;

• Prestação Serviços Transporte Coletivo, Hospitalares e


outros;

• PJ optantes pelo SIMPLES NACIONAL;

• PJ imunes a impostos;

• Órgãos Públicos.

78
PIS – ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS (Cálculo)

VALOR DEVIDO = 1% DA FOLHA DE PAGAMENTO

Não integram a base de cálculo:

• o salário família;
• o aviso prévio indenizado;
• o FGTS inclusive pago diretamente ao empregado na rescisão
contratual;
• a indenização por dispensa, desde que dentro dos limites legais.

79
COFINS – ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS

VALOR DEVIDO = 3% das receitas

não decorrentes da atividade principal

PIS – PJ DIREITO PÚBLICO

VALOR DEVIDO = 1% do valor mensal


das receitas correntes arrecadadas e das
transferências correntes e de capital
recebidas no mês.
80
81
O Digital

82
Gol lança check-in com impressão em lata de
Guaraná Antarctica

83
O Autoatendimento

84
A Robotização

85
Os dez maiores salários em empresas
brasileiras listadas na Bolsa

86
70% 6%

24% 9% 6% 85%

87
Resolução
Simples Nacional nº 140/2018
Comitê Geral do Simples Nacional

• Regime compartilhado de arrecadação, cobrança e fiscalização de tributos aplicável


às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, previsto na Lei Complementar nº
123, de 14 de dezembro de 2006;

• Abrange a participação de todos os entes federados;

• É administrado por um Comitê Gestor composto por oito integrantes: quatro da


Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), dois dos Estados e do Distrito Federal
e dois dos Municípios.

Para o ingresso no Simples Nacional é necessário o cumprimento das seguintes condições:

- enquadrar-se na definição de microempresa ou de empresa de pequeno


porte;

- cumprir os requisitos previstos na legislação; e

- formalizar a opção pelo Simples Nacional.


88
Simples Nacional

DA DEFINIÇÃO DE MICROEMPRESA E DE EMPRESA DE


PEQUENO PORTE

• I - no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário,


receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 ;

• II - no caso da empresa de pequeno porte, aufira, em cada


ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 e igual
ou inferior a R$ 4.800.000,00.

89
Simples Nacional (ME e EPP)

“8 em 1”
ISS

ICMS

IPI

PIS / COFINS

IR / CSLL

Contribuição Previdenciária Patronal (CPP)


90
SIMPLES NACIONAL
• Novos limites de faturamento para enquadramento

Quando exceder a R$ 3.600.000,00 acumulados no ANO CALENDÁRIO o ICMS


e o ISS serão calculados “a parte” (inclusive com as obrigações acessórias
normais)

• Novos participantes

Produtores e atacadistas de bebidas alcoólicas (cervejarias, vinícolas) inscritos


no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento); (Serviços médicos,
representação comercial, auditoria)

• Introdução do “Fator R”

Análise dos últimos doze meses: (inclui “pro-labore”)


LC 123/06
Folha de Pagamento ≥ a 28% do Faturamento (Anexo 3)

Folha de Pagamento < a 28% do Faturamento (Anexo 5) LC 155/16


• Investidor Anjo (Pessoa Física ou Jurídica)

INOVAÇÃO

O investimento deverá permanecer de 2 a 5 anos

Não possui direito a voto ou gerência

Não será sócio. 91


Não poderá se beneficiar a PJ que...

• I - de cujo capital participe outra pessoa jurídica;

• II - que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa

jurídica com sede no exterior;

• III - de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como

empresário ou seja sócia de outra empresa que receba tratamento jurídico

diferenciado nos termos desta Lei Complementar, desde que a receita

bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste

artigo;

• IV - cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do

capital de outra empresa não beneficiada por esta Lei Complementar,

desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II

do caput deste artigo;

92
Não poderá se beneficiar a PJ que...
• V - cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra pessoa
jurídica com fins lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse o
limite de que trata o inciso II do caput deste artigo;

• VI - constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo;

• VII - que participe do capital de outra pessoa jurídica;

• VIII - que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de


desenvolvimento, de caixa econômica, de sociedade de crédito,
financiamento e investimento ou de crédito imobiliário, de corretora ou de
distribuidora de títulos, valores mobiliários e câmbio, de empresa de
arrendamento mercantil, de seguros privados e de capitalização ou de
previdência complementar;

• IX - resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de


desmembramento de pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos 5
(cinco) anos-calendário anteriores;

• X - constituída sob a forma de sociedade por ações. 93


Livro Caixa x Escrituração Contábil

Art. 27. As microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional
poderão, opcionalmente, adotar contabilidade simplificada para os registros e controles das
operações realizadas, conforme regulamentação do Comitê Gestor. (Para fins fiscais)

Livro Caixa e o Livro Registro de Inventário

Motivos para manter a escrituração contábil:

a) Servir de prova em juízo e em eventuais acertos de direitos dos sócios, acionistas, seus
herdeiros e sucessores (Código Comercial Brasileiro);

b) No Livro Caixa não são registradas as compras e vendas a prazo, os empréstimos e os


demais valores a pagar ou a receber;

c) O levantamento de balancetes e de balanços que buscam reduzir a insegurança e os


prejuízos que podem ser acarretados pela falta de registro de direitos e obrigações.

94
Novas Tabelas do Simples Nacional - 2018

Anexo Participantes
I Empresas de comércio (lojas em geral).

II Fábricas/indústrias e empresas industriais.

Empresas que oferecem serviços de instalação, de reparos e de


manutenção. Consideram-se neste anexo ainda agências de
III viagens, escritórios de contabilidade, academias, laboratórios,
empresas de medicina e odontologia.

Empresas que fornecem serviço de limpeza, vigilância, obras,


IV construção de imóveis, serviços advocatícios. (CPP via GPS)

Empresas que fornecem serviço de auditoria, jornalismo,


V tecnologia, publicidade, engenharia, entre outros.

95
96
Cálculo do Simples Nacional

“Empresa Comercial”

Mês Jun Jan Jun Total


Jul Ago Set Out Nov Dez Fev Mar Abr Mai
Ano 2022 2023 2023 12
meses

R$ 15 15 15 15 25 25 30 20 20 10 10 20 25 220

97
(220.000 x 7,30%) – 5.940 / 220.000 = 4,60% 98
Cálculo do Simples Nacional

Mês Jun Jan Jun Total


Jul Ago Set Out Nov Dez Fev Mar Abr Mai
Ano 2022 2023 2023 12
meses

R$ 15 15 15 15 25 25 30 20 20 10 10 20 25 220

Simples Nacional devido no mês = (R$ 25.000,00 x 4,60%) =

R$ 1.150,00

99
“Enquadramento” no Simples Nacional
Enquadramento - Ano Calendário

Ano Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Total

2023 20 20 10 10 20 25 105

2022 15 15 15 15 25 25 30 20 20 10 10 20 220

Simples Nacional devido no mês = (R$ 25.000,00 x 4,60%) =

R$ 1.150,00

100
Simples Nacional – Exclusão por faturamento

Se ultrapassar o limite:

• Microempresa EPP.

• EPP Lucro Presumido ou Lucro Real.

Se a empresa se desenquadrar em:

• Até 20 % - comunicação de exclusão até 31/01/ano seguinte


• Em mais de 20% - comunicação até último dia do mês seguinte.
Sem comunicação

• Vai automaticamente para o Lucro Presumido


• CPP 20% + Obrigações acessórias e as novas guias de tributos

101
Simples Nacional – Exclusão por faturamento

Início de atividade:

Se a empresa se desenquadrar em:

• Até 20 % - comunicação de exclusão até 31/01/ano seguinte;


• Em mais de 20% - comunicação até último dia mês seguinte.

Produzindo efeitos retroativamente

102
Início das Atividades (Proporcionalidade)

Receita Faixa Simples


Média
Mês do Mês Proporcional % Nacional
Aritmética
(R$) (x 12) (R$)
Jan 15.000 15.000 180.000 4 600

Fev 20.000 15.000 180.000 4 800

Mar 25.000 17.500 210.000 4,47 1.117,50

Abr 30.000 20.000 240.000 4,82 1.446,00

103
Obrigações Acessórias – Simples Nacional

• Declaração única;

• Declaração eletrônica de serviços;

• Emissão de Nota Fiscal e arquivamento;

• Livros Fiscais e Contábeis;

• Dispensa de Livros;

• Livros específicos;

• Nota Fiscal Eletrônica;

• Normas de escrituração;

• Controles Especiais

• Guarda de documentos;

• Exclusão ou impedimento;

• Contabilidade Simplificada. 104


IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICA – IRPJ

CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO - CSL

• Decreto 3.000 de 26 de março de 1999.


• Decreto 9.580 de 22 de novembro de 2018.
Regulamento do Imposto de Renda (RIR)

105
LUCRO PRESUMIDO (LP)

Presunção (%s sobre o faturamento)

Trimestral

Faturamento até R$ 78.000.000,00 (ano calendário)

Não obrigadas à apuração do Lucro Real

Proibida a dedução de incentivos fiscais

Proibida a compensação de prejuízos fiscais

106
LUCRO PRESUMIDO (LP)

APURAÇÃO DA BC DA CSL

Para cálculo do limite:

A receita total de R$ 78.000.000,00 inclui as não-tributáveis, como


as de “equivalência patrimonial”.
Da receita total são deduzidas:
- Vendas canceladas, devolvidas ou anuladas;
- Descontos incondicionais concedidos;
- IPI e o ICMS ST, quando registrados como receita.

Os descontos incondicionais concedidos e as vendas canceladas ou


devolvidas são deduzidos da receita correspondente, antes da aplicação
do % de presunção.
107
LUCRO PRESUMIDO (LP)

PJ IMPEDIDAS DE OPTAR:

I - instituições financeiras e equiparadas;


II - que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do
exterior;
III - que queiram usufruir de benefícios fiscais de isenção ou redução do IR;
IV - que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado o recolhimento
mensal com base em estimativa;
V - que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de
serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito,
seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber e factoring;
VI - cuja receita bruta total do ano-calendário anterior foi superior a
R$ 78.000.000,00.

108
LUCRO PRESUMIDO (LP)

Receita bruta em situações específicas

Nos casos em que a PJ iniciou as atividades durante o


curso do ano-calendário anterior, o limite a ser
considerado será proporcional ao número de meses em
que esteve em funcionamento no referido período, isto é,
deverá ser multiplicado o valor de R$ 6.500.000,00 pelo
número de meses em que esteve em atividade, para efeito de
verificação do limite em relação à receita bruta total (Lei nº
9.718/98, art. 13).

109
PERCENTUAIS APLICÁVEIS PARA APURAÇÃO DA BC DO IRPJ e CSL
(RIR/2018, art. 592)

Base do Base da
Receitas
IR CSL
Venda ou Revenda de bens e produtos 8% 12%
Prestação de Serviços 32% 32%
Administração, locação ou cessão de bens e direitos de qualquer
natureza (inclusive imóveis) 32% 32%

Transporte de passageiros 16% 12%


Transporte de Cargas 8% 12%
Serviços hospitalares 8% 12%
Prestação de serviços até R$ 120 mil/ano, exceto serviços hospitalares
e as sociedades civis de prestação de serviços de profissão legalmente 16% 32%
regulamentada

Revenda, para o consumo de combustível derivado de petróleo, álcool


etílico carburante e gás natural 1,6% 12%

Outras receitas não definidas no estatuto ou contrato social 100% 100%

110
Aplicação

O Posto de Gasolina ATENDE BEM Ltda. auferiu, no


segundo trimestre de 2023, um total de receitas no valor de
R$ 1.000.000,00 composto da seguinte maneira:

Receitas de Revenda de Combustível R$ 800.000,00

Receitas de Prestação de serviços R$ 155.000,00

Receitas de Revenda de Produtos R$ 25.000,00

Receitas de Aluguel R$ 15.000,00

Receitas financeiras R$ 5.000,00

111
Aplicação

Cálculo dos Tributos

IR CSL

Receitas Valor (em R$) BC BC


% %
Presunção (em R$) Presunção (em R$)

Revenda de Combustível 800.000,00 1,6 12.800,00 12 96.000,00

Prestação de Serviços 155.000,00 32 49.600,00 32 49.600,00

Revendas de Produtos 25.000,00 8 2.000,00 12 3.000,00

Aluguel 15.000,00 100 15.000,00 100 15.000,00

Financeiras 5.000,00 100 5.000,00 100 5.000,00

Totais 1.000.000,00 84.400,00 168.600,00

112
Aplicação

Cálculo do IR e da CSL

Base de Cálculo do IR = R$ 84.400,00

IR = 84.400,00 x 15% = R$ 12.660,00

AIR = (84.400,00 – 60.000,00) x 10% = R$ 2.440,00

Base de Cálculo da CSL = R$ 168.600,00

CSL = 168.600,00 x 9% = R$ 15.174,00

Valor total dos tributos = R$ 30.274,00


113
LUCRO PRESUMIDO (LP)

Incentivos fiscais
Do imposto apurado com base no lucro presumido não será permitida
qualquer dedução a título de incentivo fiscal (RIR/99, art. 526, in fine).

Prejuízos fiscais
Não há compensação de prejuízos fiscais no regime do lucro presumido.

Lucros distribuídos
Os lucros distribuídos ficam isentos do IR até o valor da Base de Cálculo
do IRPJ, deduzido do IRPJ, da CSL, do PIS e da COFINS.

Empresa com escrituração contábil

A empresa que mantiver escrituração contábil regular, se apurar lucro


líquido (após a dedução do IR) de valor superior ao do lucro presumido,
poderá distribuí-lo sem a incidência do imposto.
114
LUCRO REAL (LR)

É a forma de pagamento do IRPJ e da CSLL cujo lucro,


sobre o qual serão calculados os impostos, é apurado com
base no resultado líquido contábil ajustado, denominado
de Lucro Real.

CONCEITO DE LUCRO REAL

Lucro real é o lucro líquido contábil do período de


apuração ajustado pelas adições, exclusões ou
compensações prescritas ou autorizadas pela legislação do
imposto de renda.

Anual ou Trimestral
115
LUCRO REAL (LR)

“Lucro Real” (Lucro Líquido Contábil Ajustado)

Anual (estimativa) ou Trimestral

Faturamento superior a R$ 78.000.000 (ano calendário)

Instituições financeiras, lucros ou ganhos do exterior,


usufrua de incentivos fiscais

Permitida a dedução de incentivos fiscais

Permitida a compensação de prejuízos fiscais

116
PJ OBRIGADAS À APURAÇÃO DO LUCRO REAL

I - cuja receita total, no ano-calendário anterior, seja superior ao limite de


R$ 78.000.000,00 ou proporcional ao número de meses do período, quando
inferior a doze meses;
II - cujas atividades sejam de instituições financeiras e equiparadas;
III - que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;
IV - que usufruam de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do
imposto;
V - que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal
pelo regime de estimativa;
VI - que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços
de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos,
administração de contas a pagar e a receber e factoring.

117
Exemplo de Apuração do Lucro Real

DRE (2022) LALUR (parte “A”) - 2022

Receita Bruta de Vendas


(-) Deduções e Abatimentos Resultado Contábil
(-) Impostos sobre a receita
(-) Receitas Não Tributáveis
Receita Líquida de Vendas (RV)
(-) Custo dos Produtos, Mercadorias e Serviço Resultado + Despesas Não Dedutíveis
Resultado Bruto
Contábil
(-) Despesas de Vendas
= Resultado Fiscal
(-) Despesas Gerais e Administrativas
R$ 1.000.000 – R$ 240.000
(+/-) Outras receitas e despesas operacionais
Participações em coligadas e controladas

Dividendos e rendim de investimentos


IR (15%) = R$ 150.000,00
Ganhos de capital e Perdas de capital

Resultado antes do Res Financ e Tributos


AIR (10%) = R$ 76.000,00
(+/-) Resultado Financeiro Líquido

Resultado antes dos Tributos sobre o Lucro CSLL (9%) = R$ 90.000,00

118
LUCRO REAL (LR)

COMPENSAÇÕES DE PREJUÍZOS FISCAIS

O prejuízo compensável é o apurado na demonstração do

lucro real e registrado no LALUR. A compensação poderá ser

total ou parcial, em um ou mais períodos de apuração, à

opção do contribuinte, observado o limite de 30% do lucro

líquido ajustado.

119
Compensação de Prejuízos Fiscais

LALUR (parte “B”) LALUR (parte “A”) - 2022


(Controle dos Prejuízos Fiscais)
Resultado Contábil
2019 = (R$ 100.000) (-) Receitas Não Tributáveis
2020 = (R$ 120.000)
Compensar + Despesas Não Dedutíveis
2021 = (R$ 80.000) até 30% = Resultado Fiscal
Soma (R$ 300.000) do
Compensação R$ 300.000 Resultado R$ 1.000.000
Saldo 0 Fiscal (R$ 300.000)
R$ 700.000

Se o saldo fosse > R$ 300.000: o saldo


remanescente poderia ser compensado em IR (15%) = R$ 105.000
momento futuro.

Se o saldo fosse < R$ 300.000: AIR (10%) = R$ 46.000


compensaríamos o valor controlado no
Lalur (Parte B) CSLL (9%) = R$ 63.000

120
LUCRO REAL (LR)

MUDANÇA DE CONTROLE SOCIETÁRIO E DE RAMO DE ATIVIDADE

A pessoa jurídica não poderá compensar seus próprios prejuízos fiscais (e a


base de cálculo negativa da CSLL) se entre a data da apuração e da
compensação houver ocorrido, cumulativamente, modificação de seu
controle societário e do ramo de atividade.

INCORPORAÇÃO, FUSÃO E CISÃO

A PJ sucessora por incorporação, fusão ou cisão não poderá compensar


prejuízos fiscais (e base de cálculo negativa da CSLL) da sucedida.

No caso de cisão parcial, a pessoa jurídica cindida poderá compensar os


seus próprios prejuízos (e sua base de cálculo negativa da CSLL),
proporcionalmente à parcela remanescente do patrimônio líquido. 121
Tributáveis
Receitas

Não Tributáveis (-)

Dedutíveis
Despesas

Não Dedutíveis (+) 122


Análise das Receitas

Regra Geral = Toda receita é tributável.

No entanto ...

... existem Receitas contabilizadas e Não Exigidas pelo Fisco:

- Reversão de Provisões Não Dedutíveis constituídas em


períodos anteriores;
- Receitas de dividendos;
- Receitas de participação em controladas e coligadas (MEP);
- Prêmio na emissão de debêntures.

123
Análise das Despesas (Dedutibilidade)

4 REGRAS BÁSICAS para a dedutibilidade:

- Serem despesas necessárias;

- Serem comprovadas e escrituradas;

- Serem debitadas no período-base competente;

- Não serem computadas nos CUSTOS.

124
Análise da Dedutibilidade

Valores registrados e aceitos como despesa pelo Fisco:

- Depreciação acelerada incentivada;

- Juros sobre capital próprio;

- Incentivo fiscal para atividade audiovisual.

125
Dedutibilidade - Depreciação
Prazos mínimos e Taxas máximas

Bens Taxa de depreciação Prazo de vida útil

Veículos de passageiros 20% ao ano 5 anos

Veículos de carga 20% ao ano 5 anos

Motociclos e periféricos 25% ao ano 4 anos

Computadores e 20% ao ano 5 anos


Periféricos

Máquinas e 10% ao ano 10 anos


Equipamentos
Móveis e utensílios 10% ao ano 10 anos

Instalações 20% ao ano 5 anos

Edifícios e benfeitorias 4% ao ano 25 anos

IN SRF 162/98 126


Legislação Societária

Depreciação a ser contabilizada: a que corresponder ao desgaste

efetivo pelo uso ou perda de sua utilidade, mesmo por ação da natureza

ou obsolescência.

Item II do § 3º (Lei 11.941/09):

“A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a

recuperação dos valores registrados no imobilizado e no intangível, a fim

de que sejam revisados e ajustados os critérios utilizados para

determinação da vida útil econômica e para cálculo da depreciação,

exaustão e amortização.”

127
Legislação Societária x Legislação Fiscal

Registro da depreciação na Contabilidade:

Vida útil econômica estimada – Valor Residual

A diferença entre “Contábil e Fiscal”

Ajuste do LALUR ( Livro de Apuração do Lucro Real)

Contabilidade > FISCO: adição à base tributável referente à parcela

considerada não dedutível;

FISCO > Contabilidade: exclusão da base tributável a parcela

considerada dedutível que supera a depreciação reconhecida pela

contabilidade.
128
Análise da Dedutibilidade

• Despesas com Provisões (Dedutíveis: Técnicas)

– Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa - PCLD; (não dedutível)

– Provisão de Perdas ao Valor Recuperável do Ativo - Impairment; (não


dedutível)

– Provisão para perdas em processos trabalhistas; (não dedutível)

– Riscos Fiscais e tributos com exigibilidade suspensa; (não dedutível)

– PLR; (dedutíveis, desde que sejam efetivadas como despesas)

– Provisão para perdas em processos cíveis; (não dedutível)

– Provisão para ajustes a valor de mercado; (não dedutível)

– Provisão para garantias de produtos com defeitos; (não dedutível)

– Provisão para manutenção de bens do imobilizado; (não dedutível)

– Provisão para contingências. (não dedutível)


129
Análise da Dedutibilidade

• Gastos com cartões de crédito corporativos; (dedutíveis, desde que


diretamente ligados à necessidades operacionais da empresa);

• Previdência Privada; (dedução limitada à 20% do total dos salários dos


empregados e da remuneração dos dirigentes da empresa beneficiados
pelo Plano)

• Perdão de dívida; (não dedutível; entretanto, tributado na empresa que


teve a sua dívida perdoada)

• Despesa de equivalência patrimonial; (não dedutível)

• Despesas de alimentação e do Vale-Transporte do Trabalhador; (dedutível)

• Alimentação de acionistas, administradores e sócios; (não dedutível)

• Honorários e participações de administradores. (dedutíveis, exceto


benefícios)

• Multas (não são dedutíveis aquelas de caráter punitivo) e Juros (são


dedutíveis); 130
Uma análise gerencial do efeito tributário...
O impacto das despesas financeiras!

Empresa A Empresa B

Receita de Vendas 100.000 100.000


(-) Custos (40.000) (40.000)
(-) Despesas Gerais (30.000) (30.000)
(-) Despesas Financeiras 0 (10.000)
Lucro Antes do IR 30.000 20.000
(-) IR (30%) (9.000) (6.000)
Lucro Líquido do Exercício 21.000 14.000

131
Análise da Dedutibilidade

• Despesas com propaganda (são dedutíveis), brindes (não dedutíveis) e

bonificações (são dedutíveis);

• Prejuízos por desfalques, roubos, furtos ou apropriação indébita

praticada por empregados ou terceiros; (são dedutíveis se houver

inquérito nos termos da legislação trabalhista ou queixa policial e, se

bens segurados, somente o valor que ultrapassar o reembolso)

• Despesas com viagens; (são dedutíveis se estiverem com comprovação e

pagas pela empresa para empregados fora do gozo de férias)

• Gastos (Despesas) realizados com a formação profissional de

empregados são dedutíveis.

132
Análise da Dedutibilidade

• Gratificações a empregados; (são dedutíveis)

• Doações “não” especificadas pela legislação fiscal; (não dedutíveis)

• Despesas médicas, odontológicas e farmacêuticas; (são dedutíveis desde

que destinados a todos os seus empregados)

• Demais adições. (todas as despesas que não se enquadrem como

necessárias às atividades e à manutenção da respectiva fonte produtora).

133
LUCRO REAL (LR)

APURAÇÃO “Por Estimativa”

Neste regime o IRPJ e a CSLL são apurados mensalmente com


base num lucro estimado.

O Lucro Real Anual é apurado por meio de balanço levantado


em 31 de dezembro de cada ano. Dessa forma, no final do
ano é apurado o IRPJ e a CSLL com base no lucro real anual e
comparado com a soma do imposto calculado mensalmente
com base no lucro estimado para verificação da diferença a
recolher ou a restituir (compensar).

134
LUCRO REAL (LR) – “Por estimativa”

APURAÇÃO DO LUCRO ESTIMADO MENSAL PARA O IRPJ

• Percentuais aplicados sobre a Receita Bruta Mensal e;

• Ganhos de Capital, demais receitas e resultados positivos.

Observe-se que:
• A receita bruta mensal compreende a venda de bens e o preço
dos serviços prestados;
• Na receita bruta não se incluem as vendas canceladas, os
descontos incondicionais concedidos e os impostos não
cumulativos cobrados destacadamente do comprador.

135
LUCRO REAL (LR) – “Por estimativa”

Receitas que não devem ser computadas


na apuração do lucro estimado mensal – IRPJ

• Rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa, submetidos à


incidência do IRRF;
• Ganhos líquidos em operações financeiras de renda variável,
submetidos à tributação mensal separadamente;
• Lucros e dividendos recebidos de participações societárias avaliadas
pelo custo de aquisição;
• Resultado positivo na equivalência patrimonial;
• Recuperação de créditos que não representem ingresso de novas
receitas;
• Reversão de provisões consideradas não dedutíveis;
• Juros sobre o capital próprio
136
LUCRO REAL (LR) – “Por estimativa”

Percentuais para apuração do lucro estimado mensal – IRPJ

ATIVIDADES %

Revenda de combustíveis. 1,6

Fabricação própria, revenda de mercadorias, industrialização por encomenda, transprte de 8


cargas, serviços hospitalares, atividade rural.
•Serviços de transporte (exceto transporte de cargas)
•Instituições financeiras, bancos e assemelhados 16

•Administração de consórcios
•Hotelaria e estacionamento
•Serviços profissionais habilitados
•Representante comercial 32
•Administração e locação de imóveis
•Corretagem em geral
•Serviços de construção civil
•Factoring

137
LUCRO REAL (LR) – “Por estimativa”

Percentuais para apuração do lucro estimado mensal – IRPJ

A base de cálculo mensal do imposto das pessoas jurídicas


exclusivamente prestadoras de serviços (exceto para aquelas que
prestam serviços hospitalares e de profissão legalmente regulamentada),
cuja receita bruta anual seja de até R$ 120.000,00 será determinada
mediante aplicação do percentual de 16% sobre a receita bruta auferida
mensalmente.

138
LUCRO REAL (LR) – “Por estimativa”

ALÍQUOTAS

IRPJ

• 15% do Lucro Estimado Mensal, mais;

• adicional de 10% do Lucro Estimado Mensal que superar o


valor de R$ 20.000;

CSL

• 9% da Base de Cálculo Mensal Estimada.

139
LUCRO REAL (LR) – “Por estimativa”

APURAÇÃO DO LUCRO ESTIMADO MENSAL PARA A CSL

A base de cálculo da CSLL é apurada pela soma dos seguintes


valores:

a) 12% da Receita Bruta Mensal;

b) ganhos de capital;

c) rendimentos de aplicações financeiras;

d) demais receitas.

NOTA: Na Receita Bruta Mensal não devem ser computados o IPI,


os descontos incondicionais e as devoluções de vendas.
140
LUCRO REAL (LR) – “Por estimativa”

APURAÇÃO DO LUCRO ESTIMADO MENSAL PARA A CSL

A base de cálculo da CSLL sobre o lucro estimado é de 32% para as


empresas que exerçam as seguintes atividades:
- prestação de serviços em geral, exceto serviços hospitalares;
- intermediação de negócios;
- administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de
qualquer natureza;
-prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia,
mercadológica, gestão de crédito, seleção de riscos, administração de
contas a pagar e a receber e factoring.
(Lei 10.684, de 30/05/2003)

141
LUCRO REAL (LR) – “Por estimativa”

DEDUÇÕES DO IMPOSTO DEVIDO NA ESTIMATIVA

IRPJ

a)Incentivos de dedução do imposto (Programa de Alimentação do


Trabalhador - PAT, ...);
b) IRRF, sobre receitas computadas na base de cálculo;
c) IRPJ pago a maior em períodos anteriores.

CSLL

a) Paga mensalmente, correspondentes aos meses anteriores do mesmo


ano-calendário;
b) Retida na fonte por órgãos públicos;
c) A compensar de anos anteriores, nos quais a empresa foi tributada pelo
lucro real anual.

142
LUCRO REAL (LR) – “Por estimativa”

SUSPENSÃO OU REDUÇÃO DO PAGAMENTO DA ESTIMATIVA

A PJ poderá suspender ou reduzir o pagamento do imposto devido

em cada mês, desde que demonstre, através de balanços ou

balancetes mensais, que o valor acumulado já pago excede o valor

do imposto, inclusive adicional, calculado com base no lucro real do

período em curso. O balanço ou balancete deverá ser transcrito no

Diário.

143
LUCRO REAL (LR) – “Por estimativa”

SUSPENSÃO DO PAGAMENTO DA ESTIMATIVA (IR Mensal)

E
s
t
Jan/23 RB R$ 100.000 x 8% 8.000 x 15% 1.200 Pg i
m
a
Fev/23 RB R$ 200.000 x 8% 16.000 x 15% 2.400 Pg t
i
Mar/23 Lucro Real até 31.03.10 = R$ 20.000 x 15% v
a

IR = R$ 3.000

Suspende o Pagamento !

144
LUCRO REAL (LR) – “Por estimativa”

REDUÇÃO DO PAGAMENTO DA ESTIMATIVA (IR Mensal)

E
s
Jan/23 RB R$ 100.000 x 8% 8.000 x 15% 1.200 Pg t
i
m
Fev/23 RB R$ 200.000 x 8% 16.000 x 15% 2.400 Pg a
t
Mar/23 RB R$ 150.000 x 8% 12.000 x 15% 1.800 i
v
a
Mar/23 Lucro Real até 31.03.23 = R$ 30.000 x 15%

IR = R$ 4.500

Reduz o Pagamento, pagando R$ 900 !

(4.500 - 3.600)
145
Planejamento Tributário

Definição

É o estudo realizado preventivamente, antes da realização do fato


administrativo, pesquisando-se os seus efeitos jurídicos e
econômicos e as alternativas legais menos onerosas.

Trata-se, então, da utilização da interpretação tributária de forma


legal em busca da ausência de previsão do legislador ou de alguma
hipótese que poderá trazer mais benefícios ao contribuinte, a fim de
permitir que a conduta normalmente onerada de forma mais gravosa
possa ser beneficiada por uma redução da carga tributária ou, até
mesmo, por uma situação de não incidência de tributos. 146
Lei 6.404/76 – Lei das S/A

"O administrador da companhia deve empregar, no


exercício de suas funções, o cuidado e a diligência que todo
homem ativo e probo costuma empregar na administração dos
seus próprios negócios."

Portanto, antes de ser um direito, uma faculdade, o


Planejamento Fiscal é obrigatório para todo bom
administrador.

147
O Planejamento Tributário

Figura Descrição

Prática lícita; ocorre antes do fato gerador. Objetivo: não pagar


Elisão ou reduzir o valor do tributo. Eficaz perante o Fisco.
(Incentivos fiscais)

Prática abusiva; ocorre antes do fato gerador. Objetivo: não


Elusão pagar ou reduzir o valor do tributo. Não tem eficácia perante o
Fisco. (Compra e Venda x Doação)

Prática criminosa; ocorre depois do fato gerador. Objetivo: sair


da relação jurídica tributária por meio de fraude ou sonegação.
Evasão
É crime e deve ser combatida pelo Fisco. (Ausência de
emissão de NF numa operação comercial)

148
Há duas espécies de elisão fiscal:

• 1. aquela decorrente da própria lei;

- o próprio dispositivo legal permite ou até mesmo induz a


economia de tributos.

• 2. a que resulta de lacunas e brechas existentes na própria lei.

- contempla hipóteses em que o contribuinte opta por configurar


seus negócios de tal forma que se harmonizem com um menor
ônus tributário, utilizando-se de elementos que a lei não proíbe
ou que possibilitem evitar o fato gerador de determinado tributo
com elementos da própria lei.
149
O Planejador tributário necessita de:

1. Informações precisas sobre os tributos (base de cálculo,


alíquotas, prazos de recolhimento, fato gerador); e,

2. Dados internos e externos do contribuinte (lucratividade,


volume de negócios, forma de operações, entre outros).

150
Planejamento Tributário

- operacional: refere-se aos procedimentos formais prescritos


pelas normas e pelo costume, ou seja, na forma específica de
contabilizar determinadas operações e transações, sem alterar
as suas características básicas; e,

- estratégico: implica em mudança de algumas características


estratégicas da empresa como sua estrutura de capital,
localização, tipos de empréstimos, dentre outras.

151
Exemplos de Planejamento Tributário Operacional

- Regimes de Tributação;
- Depreciação acelerada;
- Remuneração aos Sócios;
- Retenção na Fonte do IRPJ, CSLL, PIS e Cofins;
- Variações Monetárias;
- Imobilizado (RIR/2004, art. 301);
- Compensação de Tributos;
- Contabilização de Incentivos Fiscais;
- Gastos com Pesquisas Tecnológicas e Projetos de Patentes.

152
Exemplos de Planejamento Tributário Estratégico

- Disputas Tributárias;

- Receitas de Terceiros;

- Arrendamento Mercantil de Bens;

- Guerra Fiscal como Instrumento de Planejamento Tributário;

- Processos de Reorganização Empresarial (incorporação, fusão e cisão);

- Franquia Empresarial (a implementação de contratos de franquia

empresarial - “franchising” - em uma empresa que possui várias filiais

pode reduzir sua carga tributária).

153
Planejamento Tributário
Exemplos no âmbito internacional

- uso de países com tributação favorecida: é a utilização dos benefícios


fiscais, concedidos por alguns países, comumente denominados paraísos
fiscais (tax havens);
- uso abusivo de acordos internacionais mais benéficos: (treaty
shopping);
- sub-capitalização de empresas (thin-capitalization): situação que
ocorre quando o capital da empresa é pequeno em relação ao seu passivo;
- preços de transferência (transfer price): operação de empréstimo
financeiro ou de compra e venda realizada entre empresas vinculadas,
localizadas em jurisdições diferentes, utilizando-se preços artificiais, de
modo a reduzir o lucro da empresa situada em país de maior pressão fiscal,
em benefício da companhia situada em país onde a tributação é menor.
154
Reforma Tributária – Aprovada

❑ A CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços reunirá os


tributos federais (Pis, Cofins e IPI)
❑ O IBS contará com o ICMS e o ISS
❑ Criação do Imposto Seletivo (prejudiciais à saúde e ao meio
ambiente)
❑ “Cashback obrigatório” – para famílias de baixa renda na
compra do gás de botijão + reembolso na conta de luz
❑ “Bonificação” aos entes federados que arrecadarem mais
durante o processo de transição da reforma (50 anos);
incentiva estados e municípios a fiscalizarem o cumprimento
da nova legislação.
155
❑ Prorrogação de incentivos fiscais às montadoras do Norte,
Nordeste e Centro-Oeste

❑ Criação de 2 tipos de cesta básica:

- Cesta básica Nacional – será isenta de imposto e terá uma


lista mais enxuta de produtos (enfrentamento da fome)

- Cesta básica estendida (abrigará uma gama maior de


produtos, mas com tributos reduzidos). Será cobrado 40% da
alíquota geral e a possibilidade de devolver “parte do dinheiro”
(definição por lei complementar).

❑ A proposta em discussão no senado prevê o corte de 60% de


tributos para vários setores. A alíquota que será cobrada será
40% do IBS e da CBS.

156
Setores Beneficiários:

❑ Serviços de educação;

❑ Serviços de saúde;

❑ Dispositivos médicos, incluindo fórmulas nutricionais;

❑ Dispositivos de acessibilidade para pessoas com

deficiência;

❑ Medicamentos e produtos de cuidados básicos à saúde

menstrual;
157
❑ Serviços de transporte coletivo de passageiros

rodoviário e metroviário de caráter urbano, semiurbano

e metropolitano.

❑ Produtos agropecuários, pesqueiros, florestais e

extrativistas vegetais in natura

❑ Insumos agropecuários, alimentos destinados ao

consumo humano e produtos de higiene pessoal.

O relator ainda propôs uma redução de 30% em relação à


alíquota geral na prestação de serviços de profissionais
autônomos. 158
159

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