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Falta de manutenção coloca em risco acervos nos museus da cidade

Os dois museus da cidade, o Histórico e Pedagógico “Comendador


Virgolino de Oliveira” e o de História Natural, ambos instalados no Parque
Juca Mulato padecem de um problema crônico em relação à ausência de
uma manutenção adequada, especialmente no que diz respeito ao
entupimento das calhas.

Conforme apurou o TRIBUNA DE ITAPIRA, o Museu de História Natural


está fechado à visitação a 09 meses. O local vem enfrentando problemas
com a infiltração de água em suas dependências desde 2020.

A atual administração do prefeito Toninho Bellini tem realizado


intervenções pontuais no local, mas longe de resolver o problema,
conforme constatou a reportagem durante visita às instalações no
decorrer desta semana. Parte do acervo, que é constituída por animais
taxidermizados, precisa ser removida com muita frequência para não ser
danificada pela água da chuva. O mesmo acontece com uma formidável
coleção de insetos acondicionados em caixas especiais.

Para superar estas adversidades, José Carlos Simão Cardoso Junior,


idealizador do Museu e coordenador de museus da Secretaria de Cultura e
Turismo, recorre a uma nova sala que foi construída recentemente, para
onde levou boa parte do acervo. Apesar de recente, o novo ambiente já
tem marcas de infiltração de água nas paredes.

O problema continua sendo a necessidade da remoção periódica das


folhas que entopem as calhas, trabalho esse que não é executado nem
pela secretaria de Obras, nem pela pasta de Serviços Públicos. Para
contornar a situação, Cardoso Junior improvisa atendimento do lado de
fora do prédio, atendendo solicitações de escolas, principalmente.

Avarias
O caso do Museu Histórico e Pedagógico é ainda pior. A reportagem
constatou avarias no telhado, junto ao segundo andar. Uma pessoa que
circula pelo local disse, sob condição de anonimato, que em dias de chuva
é preciso colocar baldes em locais onde a goteira é mais intensa. A
situação vem se agravando há pelo menos um ano, desde que a
reportagem do Tribuna visitou o local pela última vez.

Uma frequentadora habitual, também sob condição de ter a identidade


preservada, disse que nunca viu o museu nessa situação e fez
questionamentos sobre o acervo. “Havia muitas peças exposição que
nunca mais vi”, comentou. Ao ser questionado a respeito desta
observação, Cardoso Junior disse que em situações normais o museu
deixa em exposição cerca de 30% do acervo, que em casos especiais,
como por exemplo a montagem de exposições, esse total pode ser
ampliado.

Sobre os problemas estruturais, o coordenador de museus, afirmou que o


assunto já vem tratado por parte do comando da secretaria de Cultura e
Turismo para encaminhamento de uma solução duradoura. Com a
proximidade do final do período mais chuvoso do ano, Cardoso Junior
acredita que parte dos problemas serão amenizados.

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