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Responsabilidade

Civil do Estado
Prof. Herbert Almeida
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Responsabilidade Civil do Estado
Prof. Herbert Almeida
INTRODUÇÃO E CONCEITO

Prof. Herbert Almeida


RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO

↳ Que é?

[...] corresponde à obrigação de reparar danos causados a terceiros em


decorrência de comportamentos comissivos ou omissivos, materiais ou
jurídicos, lícitos ou ilícitos, imputáveis aos agentes públicos. (Di Pietro)
DCNIL → INDENIZAR $ )
✗TRACONTRATUAL → A@uh ANA
,

Resp f,v, L
PATRIMONIAL
,

DO ESTADO
[ MORAL
[ Reparação Do DANO →

↳MSSNAS MISSIVAS
◦ COMPORTAMENTOS
2. Exitos /Lírios
DPDF / 2022
A responsabilização civil do Estado pressupõe, conjunta e necessariamente, as


implicações penais e administrativas decorrentes do dano

{
ADMINIST
RESPONS [DPENAL
/CUMULAÍEIS
.

INDEP .


.

IL
TJAM / 2019
Ato antijurídico é aquele estritamente derivado de uma ilicitude do agente

[Ato ④
RESP
.
LIÚTOS

- Prejuízo =/ Ilícito CNIÍLIHIÍITOS
↳ INDENIZAÚEL
AJAA/STJ/2018
A responsabilidade civil do Estado por atos comissivos abrange os danos morais e
materiais.


EVOLUÇÃO HISTÓRICA

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Evolução histórica (teorias)
TADO IÕRESPONDIAP / Danos

[ IRRESPONSABILIDADE
REGIMES ABSOLUTISTAS
↳SDEGESTAÕ /Responda )

[
→ """A

↳ATOSDEIMPÉRD / RESPONDIA )
T.R-cgp.su/zgz-,,uA
(fumaças) Demonstração -
☐ poupam . Agente

→ DIFÍCIL DIFERENCIAR -
☐ A. G .
/ A. IMP .
Evolução histórica (teorias)
AH "" ÉDSERUÇO /IÕÉDO Agente Rá )

[
→ →

f- ☐a fam ↳ Serviço DIÚEXISTN /FUNCIONOU


.

ADMINISTRATIVA
-

↳ MAL
[

ULPADOSERV .
ATRASOU
CULPA ANÔNIMA
µ.mu ,m.gg/g,n*ay

µ ,#
↳ SUBJETIVA
Evolução histórica (teorias)

[
→ ADOTADA NO BRASIL (REGRA) (AÇÕES →
)
(omissivos

RESP OBJETIVA / INDEP Doha /CULPA)


.
.

"""" "'""""
7. Do Risco
itrsmmstratwo
* DANO NDUTA /NEXO
* FUNDAMENTOS → LEGALIDADE
↳SOLIDARIEDADE SOCIAL
↳ IGUALDADE
?⃝
Evolução histórica (teorias)

[
RESP OBJETIVA
.

② NÃO EXCLUDENTES
↳ """ Sairam Um""" /""
INTEGRAL IÕÉADOTADA
→ Regra →


Exceção → ACID NUCLEARES

[
.

/
TERRORISMO GUERRA
◦ DANO AMBIENTAL
?⃝
TRT 9 / 2022
A lei brasileira contempla a responsabilidade estatal com base na chamada “teoria do
risco integral”, que afasta as excludentes de responsabilidade, na hipótese de danos
causados por
a) conduta médica inadequada em hospital público. ✗

b) acidente em instalação nuclear
c) detento evadido de estabelecimento prisional. ✗
d) enchente, em razão da falha na limpeza de galerias de escoamento pluvial.
- ✗
e) desabamento de obra pública.×
SEFAZ AL/2020
Historicamente, a responsabilidade civil do Estado evoluiu a partir da teoria da
irresponsabilidade civil do Estado, passando por um período no qual predominaram
teorias de responsabilidade subjetiva. Atualmente, encontra-se sedimentada e


prevalecente a teoria da responsabilidade objetiva do Estado.

IRRESPONS .
SUBJETIVA OBJETIVA
D
PRF/2019 ✓
A responsabilidade civil do Estado por ato comissivo é subjetiva e baseada na teoria
do risco administrativo,✓devendo o particular, que foi a vítima, comprovar a culpa ou
o dolo do agente público


RESPONSABILIDADE CIVIL
OBJETIVA

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Responsabilidade civil objetiva do Estado
Art. 37. [...] § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado
prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes,
nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra
o responsável nos casos de dolo ou culpa.

① DO ESTADO → OBJETIVA
↳ INDEP Das /CULPA
.

② Do AGENTE PUBÍKO → SUBJETIVA (DOLO/ CULPA)


↳ REGRESSO
MPE CE/2020
A responsabilidade civil da pessoa jurídica de direito público pelos atos causados
por seus agentes é objetiva, enquanto a responsabilidade civil dos agentes públicos
é subjetiva.

c
{

INDEP ATIVIDADE
.

D. PÁ"
ENTPOLIÍKAS /VEDEM / A. Direta
[

pessoa
AUTARQUIAS FVND PÚB D. RÉ

}

JURÍDICA ,
. .

D. PRNADOPRESTSERUÇOSPUBÍKOS /PSP)

IÕSEAPHKA
[
EPISEMIPSP ) / FUNAPÚAPRN

[
↳ .

↳ f. ESTATASIFAE)
→ DELEGATAÁOSSERV PUÍ
.
.HN/PERm./AvT) .

↳DPRN /SUBS
VSUARÍOS /IÕVSUAÃIOS
.
.


TRT 8ª Região
A responsabilidade civil objetiva das concessionárias e permissionárias de serviços
públicos abrange somente as relações jurídicas entre elas e os usuários dos serviços
públicos

1- IÕUSUARDS ⑥
TJ PA/2020
Quanto à responsabilidade civil por danos causados por seus agentes a terceiros,
uma entidade da administração indireta, dotada de personalidade jurídica de direito
privado e exploradora de atividade econômica estará sujeita
a) ao regime da responsabilidade civil objetiva do Estado.E

-

b) ao regime jurídico da responsabilidade civil privada


c) à teoria do risco administrativo.E
d) à teoria da falta do serviço.E
e) à teoria do risco integral. E
EPH-MYD.FR/U(ADO )
(
SUBJETIVA

(EAE) D. Comercial
DACONSUM .
TCE RO / 2019
Considere as seguintes situações hipotéticas.
I João, agente de uma fundação pública de direito público, no exercício de suas
funções, causou dano a terceiro. (OBI )
II Pedro, agente de sociedade de economia mista exploradora de atividade
(
econômica, no exercício de suas funções, causou dano a terceiro. SUBS
)
III Antônio, agente de empresa privada prestadora de serviços públicos, no exercício
de suas funções, causou dano a terceiro.
(OBI)
TCE RO / 2019
Assinale a opção que apresenta, na ordem em que aparecem, as formas de
responsabilidades das referidas pessoas jurídicas pelos danos causados por João,
Pedro e Antônio.
a) objetiva / objetiva / objetiva
b) objetiva / objetiva / subjetiva

c) objetiva / subjetiva / objetiva
d) subjetiva / objetiva / objetiva
e) subjetiva / subjetiva / objetiva
☐ DANO JURIDICO
① DANOID PATRIMONIAL (MATERIAL) /MORAL

|
→ AGENTE PUÂLKO
("
↳ SENT AMPLO
.
'

Reais ② ""'" " "" """ """""



CASOS ESPECIAIS →
( )
A-G. FATO SIM
↳ USURPADOR (NÃO)
→ Incita / LIÍITA

RELAÇÃO DANO CONDUTA


③ NEXO DE

→ VS .

CAUSALIDADE
] fumantes → ROMPEM O N"
TJMG / 2022 1
Na responsabilidade objetiva, o particular deve demonstrar o ato da administração
pública,2 o dano e o3 nexo de causalidade, preenchendo os requisitos para a
indenização.


MPE BA / 2022
Joana, servidora pública do Município Alfa, ao manusear uma politriz portátil, com o objetivo de
dar polimento em um monumento situado em praça pública, terminou por danificar o veículo de
Pedro, que estava estacionado próximo ao local. Acresça-se que Joana não seguiu as orientações
de segurança estabelecidas pelo Município.
À luz da sistemática constitucional:
a) somente Joana será responsabilizada pelos danos causados a Pedro, mesmo que não seja
demonstrada sua culpa; E

b) o Município Alfa será responsabilizado pelos danos causados a Pedro, mas apenas se for
demonstrada a culpa de Joana; e

c) o Município Alfa será responsabilizado pelos danos causados a Pedro, ainda que não seja
demonstrada a culpa de Joana
d) é necessário que o Município Alfa e Joana sejam simultaneamente responsabilizados, desde que
provada a culpa desta última;✗
e) Joana e o Município Alfa não serão responsabilizados pelo dano causado a Pedro, pois o
interesse público prepondera sobre o individual. ✗
EXCLUDENTES DE
RESPONSABILIDADE

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{
① CULPA EXCLUSIVA DA VIÍIMA

EXCLUDENTES
② CASO IÕRTUITO RÇA MAIOR
DE RESP CIVIL DO ESTADO
.

¢"
EVENTOS IMPREVISÚEIS
µ
ROMPEM NEXO * """

ÂNUS DA PROVA
DA ADMIN
③ FATO EXCLUSIVO DE TERCEIROS
↳ ATOS DE MULTIDÕES
.
OBSERVAÇÕES

FULPA Concorrente →
ATENUANTE

D OMISSÃO CULPOSA → RESPONDE P/ OMISSÃO


( DANO ERA FVITAÍEL
[

SUBJETIVA
SEFAZ AL/2020
A culpa recíproca da vítima é causa excludente da responsabilidade do Estado
t.it

.
*
SEFAZ DF/2020
Uma vez que o ordenamento jurídico brasileiro adota a teoria da responsabilidade

objetiva do Estado,✓ com base no risco administrativo, a mera ocorrência de ato
-

lesivo causado pelo poder público à vítima gera o dever de indenização pelo dano
-

✓ -

pessoal e(ou) patrimonial sofrido, independentemente da caracterização de culpa



dos agentes estatais ou da demonstração de falta do serviço público.,Não obstante,
em caso fortuito ou de força maior, a responsabilidade do Estado pode ser mitigada
ou afastada.


TJPR/2019
O Estado responde civilmente por danos decorrentes de atos praticados por seus
agentes, mesmo que eles tenham agido sob excludente de ilicitude penal.


FXCLVDENTERESP CIVIL
.

≠ FXCLVDENTEIHKPENAL
SEDF/2017
A exploração e operação de determinado aeroporto foi transferida pelo governo
federal para um consórcio de empresas pelo prazo de vinte anos. Em determinado
dia, durante a vigência da execução desse serviço público pelo consórcio, uma
passageira sofreu um acidente grave em esteira rolante do aeroporto, a qual se
encontrava em manutenção devidamente sinalizada. A passageira, por estar
enviando mensagem no aparelho celular, não observou a sinalização relativa à
manutenção da esteira.
A respeito dessa situação hipotética e de aspectos legais e doutrinários a ela
relacionados, julgue o item subsequente.
Caso se comprove que o acidente decorreu de culpa exclusiva da passageira, o
consórcio de empresas não responderá civilmente pelo acidente.


TCM BA/2018
A responsabilidade civil do Estado por ato comissivo é afastada quando

}
a) ausente o dolo.
b) ausente a culpa.
. /
INDEP DOLO CULPA

c) presente o caso fortuito.


d) presente a força maior.
ANULADA
e) presente a culpa concorrente da vítima. ✗

↳ ATENUANTE

x
RESPONSABILIDADE CIVIL POR
OMISSÃO

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RESP SUBJETIVA (CULPA) IÕ PRECISA SER INDN

[[ [

→ .
.

" """ """""


"" "
GENÉRICA
↳ FALTA DO SERVIÇO (INEXIST /DEFICIENTE/ATRASO)
.

RESP CIVIL → DANO ERA EVITAÚEL


(REGRA)
.

Por OMISSÃO → ÔNUS DA PROVA Do TERCEIRO

☐"" ↳ """"° " " """ /° """ " ^^


↳"À
"
ESPECÍFICA ↳ ESTADO COMO GARANTE"
( EXCEÇÃO) → Resp OBJETIVA RISCO ADMIN)
.

(
TJMG / 2022
Não é preciso provar a culpa do Estado, em caso de responsabilidade subjetiva,


-

ocorrendo omissão estatal que provoque danos ao particular


TJPR/2019

A responsabilidade civil do Estado por condutas omissivas é subjetiva, devendo ser
comprovados concomitantemente a negligência na atuação estatal, o dano e o nexo
de causalidade entre o evento danoso e o comportamento ilícito do poder público.

DANO DANO

OMISSÕES [admissão CULPOSA (NEGLIGÊNCIA)

AÇÕESDCONDUTA -

↳ Nexo ↳ Nexo
M. Economia / 2020
Considere que o caminhão de Alípio tenha sido retido por alegado excesso de peso
após passar pela balança de pesagem de determinada concessionária em uma
rodovia federal. Considere ainda que, enquanto Alípio era levado pelo agente ao
interior do escritório da concessionária para a lavratura do auto de infração, seu
caminhão tenha sido furtado nas dependências do referido posto de pesagem.
Nessa situação hipotética, é devida indenização a Alípio, pois a conduta do agente
foi comissiva, o que configura a responsabilidade objetiva do Estado

↳ Omissão Espec .
?⃝
STJ/2018 "
GARANTE"
Excetuados os casos de dever específico de proteção, a responsabilidade civil do

Estado por condutas omissivas é subjetiva,✓devendo ser comprovados a negligência
✓ ✓
na atuação estatal, o dano e o nexo de causalidade.


TJ BA/2019
(F ) O Estado é responsável pela morte de detento causada por disparo de arma de
fogo portada por visitante do presídio, salvo se comprovada a realização regular de
revista no público externo
(F ) O Estado necessariamente será responsabilizado em caso de suicídio de pessoa

[
presa, em razão do seu dever de plena vigilância
"
PROTEÇÃO
"
FALTA DO DEVER ESPEC
.
De
RESPONSABILIDADE PRIMÁRIA E
SUBSIDIÁRIA

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DDOAG-C✓NTEGP.MARTYpou-icn.A-NT.ADM.AONC.RS/?fy
→ PESSOA JURIDICA -

→ (ONECSSION SERV PVÍ


.
.
.
C-ST /PSP
.
)

{
☐ ⇐"°
É ↳^"

{
→ ↳° "
° """" ↑""À" "

DE INDENIZAR
guzs,☐ AÍ,A
TITUHAR Sr Paz
Pessoa Pará
. .

→ ,a

] INST ENT ADMIN


.
.
.
EMAP/2018
Na hipótese de uma empresa pública prestadora de serviços públicos não dispor de
recursos financeiros para arcar com indenização decorrente de sua responsabilidade
civil, o ente político instituidor dessa entidade deverá responder, de maneira
subsidiária, pela indenização.


AÇÃO DE REPARAÇÃO

TERCEIRO X ADMINISTRAÇÃO

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① AMIGÁVEL ADMINISTRATIVA (ACORDO )
(

ONDE ATUA
AGENTE

|

MOVIDA →
PI → CAUSADORA DO DANO

"""" ""
' →
TEORIA DUPLA GARANTIA
↳µ
☐ em
⇐p.ae

"

, não,

→ VALOR → (
DANOS EMERGENTES PERDEU GASTOU) +

LUCROS CESSANTES (DEIXOU DE GANHAR)



/
DANO MORAL SE FOR O CASO)
STM/2018
Um servidor público federal que, no exercício de sua função, causar dano a terceiros
poderá ser demandado diretamente pela vítima em ação indenizatória


AÇÃO DE REGRESSO

ADMINISTRAÇÃO X AGENTE PÚBLICO

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Ação de regresso
Pedro
(agente
público) Ação de regresso
(se houver dolo ou culpa)

Condenado a indenizar

Maria Estado
(terceiro) Ação de ressarcimento
(independe de dolo ou culpa)
[

.
( )
PESSOA IRÁ ESTADO ☐ AGENTE PVÃLKO

RESP SUBJETIVA → Das /CULPA
Ação
.

de

Regresso Pressupostos → Daslu"


↳ CONDENAÇÃO DO ESTADO

→ HERDEIROS → LIMITE DA HERANÇA

→ SUBSISTE → APÓS A EXTINÇÃO VIÚCULO


EBSERH/2018
Em caso de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a fazenda
=
pública, em ação regressiva./ EM CASO DOLO / CULPA
.


PRESCRIÇÃO

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TERCEIRO ☐ ESTADO

( )
LESADO

ANOS DPJD .BE/PJ.D.Prw.(PSP )


◦ IMPRESCRITÍVEL ☐ REGIME MILITAR - DMORAIS
↳ PATRIM .
ESTADO ☐ AGENTE PÚBLICO (E OUTROS )

[
↳ REGRA ☐ PRESCRIÇÃO
""" "" À ) ""

☐ TRIBUNAL CONTAS - ☐ ANTES DECISÃO → PRESCREVE ( LEI )


↳ Após Decisão - ☐ PRESCREVE /LEF) /JANOS

DFXCEÇÃO → IMPRESCRIT .
→ AÇAÕRESSARC .


IMPROBIDADE
Prejuízo DOLOSO
Aplica-se o prazo prescricional quinquenal - previsto do Decreto 20.910/32 - nas
ações indenizatórias ajuizadas contra a Fazenda Pública, em detrimento do prazo
trienal contido do Código Civil de 2002.
REsp 1251993/PR, Tema Repetitivo 553 (j. 12/12/2012)

É de cinco anos o prazo para a cobrança da multa aplicada ante infração


administrativa ao meio ambiente, nos termos do Decreto nº 20.910/32, o qual que
deve ser aplicado por isonomia, à falta de regra específica para regular esse prazo
prescricional.
REsp 1112577/SP, Tema Repetitivo 146 (j. 9/12/2009)
A fundação privada de apoio à universidade pública presta serviço público, razão
pela qual responde objetivamente pelos prejuízos causados a terceiros,
submetendo-se a pretensão indenizatória ao prazo prescricional quinquenal
previsto no art. 1º-C da Lei n. 9.494/1997.
AREsp 1.893.472-SP, Rel. Min. Og Fernandes, Segunda Turma, por unanimidade,
julgado em 21/06/2022, DJe 28/06/2022.
TJ AM /2019
Em processos contra a fazenda pública, a prescrição quinquenal abrange a

O
administração direta e indireta, desde que pessoas jurídicas de direito público, a

f-
qualquer título

¢ ☐
D. PÚB
.

D. Prv / PSP
.
)
MPC PA /2019
Segundo entendimento do STJ, a imprescritibilidade da pretensão de recebimento
de indenização decorrente de atos de tortura ocorridos durante o regime militar de
exceção não alcança as ações por danos materiais


RESPONSABILIDADE POR ATOS
LEGISLATIVOS E JUDICIAIS E
CASOS ESPECIAIS

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{

REGRA → RESPONDE
ATOS EXCEÇÕES ↳""" ↳"""""°

① LEIS INCONST [ PREJUÍZOS CONCRETOS


LEGISLATIVOS .

② LEIS MATERIAIS → EFEITOS CONCRETOS (= ATOS ADMIN1ST )


.

[
"""" "" " " °
DIÕ PRISÃO PREV /TEMPORÁRIA

(
.

Atos →

Judiciais
ERRO JUDICIARIO / PRISÃO ALÉM DO ( )
TEMPO PENAL
avise / Dão DEOFIÍD
IÕ CUMPRIR
☐ - ☐ PROVIDÊNCIA ✓DREQUERIDAP/ PARTE
-
?⃝
Responsabilidade por atos judiciais

CF. art. 5º [...] LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário,
assim como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença;

CPC. art. 143. O juiz responderá, civil e regressivamente, por perdas e


danos quando: I - no exercício de suas funções, proceder com dolo ou
fraude; II - recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência que
deva ordenar de ofício ou a requerimento da parte.
DPE TO / 2022
Os atos emanados da administração pública que produzam danos estarão sujeitos à
responsabilidade civil. No que tange aos atos legislativos,
a) a responsabilidade civil é atribuída ao Estado em relação aos danos gerados por ato

responsabilidade. C-
- O
praticado com base em lei inconstitucional, sendo a lei, e não o ato, causa direta da

b) é vedada a atribuição de responsabilidade civil ao Estado, uma vez que atos legislativos
não produzem danos indenizáveis aos indivíduos. C-
c) a responsabilidade civil atribuída ao Estado é circunscrita aos atos legislativos emanados
do Poder Executivo. E

d) a responsabilidade civil é atribuída ao Estado quando a lei, objeto de declaração de
inconstitucionalidade, produz danos aos particulares
=

T
e) é vedada a atribuição de responsabilidade civil ao Estado, porque a responsabilidade é
restrita aos atos administrativos.
.
TJ AM/2019
Em caso de aplicação de lei de efeitos concretos que gere danos ou prejuízos a
pessoas determinadas, é possível a responsabilização civil do Estado.


}
{

INDEPENDE QUEM REALIZA
Só FATO
DA OBRA → RESPONS → DO ESTADO
↳ OBJETIVA
.

DANOS DECORRENTES
De Anastasia
ADMIN →OBJETIVA
MÁ EXECUÇÃO [ ↳ ADMIN
.

Quem .

[ particular

DA OBRA EXECUTA ?
→ SUBJETIVA ?
↳ Do CONTRATADO
L8666: Art. 70. O contratado é responsável pelos danos causados diretamente à Administração ou
a terceiros, decorrentes de sua culpa ou dolo na execução do contrato, não excluindo ou
reduzindo essa responsabilidade a fiscalização ou o acompanhamento pelo órgão interessado.

L14133: Art. 120. O contratado será responsável pelos danos causados diretamente à
Administração ou a terceiros em razão da execução do contrato, e não excluirá nem reduzirá essa
responsabilidade a fiscalização ou o acompanhamento pelo contratante.

L14133: Art. 140. § 6º Em se tratando de obra, o recebimento definitivo pela Administração não
eximirá o contratado, pelo prazo mínimo de 5 (cinco) anos, admitida a previsão de prazo de
garantia superior no edital e no contrato, da responsabilidade objetiva pela solidez e pela
segurança dos materiais e dos serviços executados e pela funcionalidade da construção, da
reforma, da recuperação ou da ampliação do bem imóvel, e, em caso de vício, defeito ou
incorreção identificados, o contratado ficará responsável pela reparação, pela correção, pela
reconstrução ou pela substituição necessárias.


PRIMARIA /DIRETA
DO ESTADO Á OBJETIVA

NOTAÃIOS E
Oriana Reais → A. Reais ir.
-
→ Rearesswa
↳ SUBJETIVA


"
DEVER DE (
REGRESSO" Dois /CULPA )
↳ ATO IMPROBIDADE ADMIN .
MPC PA/2019
Conforme entendimento do STF, a responsabilidade civil do Estado por atos de
notários e oficiais de registro que, nessa qualidade, causarem danos a terceiros é
direta, primária e objetiva.


JURISPRUDÊNCIA

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Foragido do sistema prisional

Nos termos do artigo 37 §6º da Constituição Federal, não se caracteriza a
responsabilidade civil objetiva do Estado por danos decorrentes de crime
praticado por pessoa foragida do sistema prisional, quando ✗
não demonstrado o
nexo causal direto entre o momento da fuga e a conduta praticada. (RE 608.880,
Tema 362, julgado em 14/9/2020),

[
PREJUÍZO NEXO - • FUGA
↳ CONDUTA PREJVIÍO
↳ FORAGIDO →

OBJETIVA
Fraude em concurso
O-Estado responde subsidiariamente por danos materiais causados a candidatos
em concurso público organizado por pessoa jurídica de direito privado (art. 37, §
6º, da CRFB/88), quando os exames são cancelados por indícios de fraude.
[RE 662.405, rel. min. Luiz Fux, j. 29-6-2020, P, DJE de 13-8-2020 Tema 512.]

→ PRIMARIA → .
.

( )
PJD PRN BANCA

→ SUBSIDIARIA → ESTADO
Comércio de fogos de artifício
Para que fique caracterizada a responsabilidade civil do Estado por danos
decorrentes do comércio de fogos de artifício, é necessário que exista a violação
de um dever jurídico específico de agir, que ocorrerá quando for concedida a
licença para funcionamento sem as cautelas legais ou quando for de
conhecimento do poder público eventuais irregularidades praticadas pelo
particular.
[RE 136.861, rel. p/ o ac. min. Alexandre de Moraes, j. 11-3-2020, P, DJE de 13-8-
2020 Tema 366.]
DO ESTADO ① LICENÇA → SEM CAUTELAS LEGAIS
[ { VIOLAÇÃO [
DANO
{Com Foaos
.

ARTIFICÍ, DEVEREAGK ]② CONHECIMENTO IRREG .


Jornalista ferido
É objetiva a Responsabilidade Civil do Estado em relação a profissional da
imprensa ferido por agentes policiais durante cobertura jornalística, em
manifestações em que haja tumulto ou conflitos entre policiais e manifestantes.
Cabe a excludente da responsabilidade da culpa exclusiva da vítima, nas hipóteses
em que o profissional de imprensa descumprir ostensiva e clara advertência sobre
acesso a áreas delimitadas, em que haja grave risco à sua integridade física.
[RE 1.209.429, rel. Min. Marco Aurélio, red. do ac. Min. Alexandre de Moraes, j. 10-
6-2021, P, Informativo 1.021, RG, Tema 1.055.]

FERIDO POLICIAIS ESTADO OBJETIVA


JORNALISTA
[

[

↳ ↳ RESPONSA
[ fxcwd.fupafxcl.us VÍTIMA
"
BERT.
MANK .

.
Jornalista ferido
1. O Estado responde civilmente por danos causados a profissional de imprensa
ferido pela polícia, durante cobertura jornalística de manifestação popular. A
apuração da responsabilidade dá-se na forma da teoria do risco administrativo,
pacificamente aceita pela jurisprudência e pela doutrina.
2. Admite-se a invocação da excludente de responsabilidade civil da culpa exclusiva
da vítima, nas hipóteses em que em que o profissional de imprensa I - descumpra
ostensiva e clara advertência sobre o acesso a áreas delimitadas em que haja grave
risco à sua integridade física; ou II - participe do conflito com atos estranhos à
atividade de cobertura jornalística.
Morte ou lesão de preso
Em caso de inobservância de seu dever específico de proteção previsto no art. 5º,
inciso XLIX, da CF/88, o Estado é responsável pela morte de detento.
STF. Plenário. RE 841526/RS, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 30/3/2016 (repercussão
geral) (Info 819).

{
→ OBJETIVA

MORTE / LESÃO

RISCO ADMIN .

☐⇐µ,
→ →
Dever fgp proteção
.

→ ADMITE -
SE EXCLUDENTE /CAUSA IMPEDITIVA DE AGIR
Morte ou lesão de preso
(...) 2. A decisão monocrática deu provimento ao apelo nobre para reconhecer a
responsabilidade civil do ente estatal pelo suicídio de detento em estabelecimento
prisional, sob o argumento de que esta Corte Superior possui jurisprudência
consolidada no sentido de que seria aplicável a teoria da responsabilização objetiva
ao caso.
3. O acórdão da repercussão geral é claro ao afirmar que a responsabilização
objetiva do Estado em caso de morte de detento somente ocorre quando houver
inobservância do dever específico de proteção previsto no art. 5º, inciso XLIX, da
Constituição Federal.
4. O Tribunal de origem decidiu de forma fundamentada pela improcedência da
pretensão recursal, uma vez que não se conseguiu comprovar que a morte do
detento foi decorrente da omissão do Estado que não poderia montar vigilância a
fim de impedir que ceifasse sua própria vida, atitude que só a ele competia.
Morte ou lesão de preso
5. Tendo o acórdão recorrido consignado expressamente que ficou comprovada
causa impeditiva da atuação estatal protetiva do detento, rompeu-se o nexo de
causalidade entre a suposta omissão do Poder Público e o resultado danoso. Com
efeito, o Tribunal de origem assentou que ocorreu a comprovação de suicídio do
detento, ficando escorreita a decisão que afastou a responsabilidade civil do
Estado de Santa Catarina.
6. Em juízo de retratação, nos termos do art. 1.030, inciso II, do CPC/2015, nego
provimento ao recurso especial.
STJ. 2ª Turma. REsp 1305259/SC, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em
08/02/2018.
Condições do sistema prisional
Considerando que é dever do Estado, imposto pelo sistema normativo, manter em
seus presídios os padrões mínimos de humanidade previstos no ordenamento
jurídico, é de sua responsabilidade, nos termos do art. 37, § 6º, da Constituição, a
obrigação de ressarcir os danos, inclusive morais, comprovadamente causados aos
detentos em decorrência da falta ou insuficiência das condições legais de
encarceramento.

[
(RE 580.252 – Tema 365, rel. Ministro GILMAR MENDES, Plenário, 16.02.2017)
"
PRINC Reserva Possivel
"
NÃO
[

.

INDEN .
→ CONDIÇÕES → INDEN Ã AFASTA A COND → NÃO
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INAD PRESIÕDS
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Responsabilidade por ato de
notários e registradores
O Estado responde, objetivamente, pelos atos dos tabeliães e registradores oficiais
que, no exercício de suas funções, causem dano a terceiros, assentado o dever de
regresso contra o responsável, nos casos de dolo ou culpa, sob pena de
improbidade administrativa.
STF. Plenário. RE 842846/RJ – Tema 777, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 27/2/2019
(Informativo 932).
Jurisprudência
Jurisprudência
Sefaz AM / 2022
Fernando, profissional da imprensa, foi ferido por agentes policiais durante
cobertura jornalística, em manifestação em que houve tumulto e conflitos entre
policiais e manifestantes.
Os policiais que atuaram no evento portavam câmeras que filmaram o tumulto,
restando comprovado que Fernando descumpriu ostensiva e clara advertência
sobre acesso a áreas delimitadas, em que havia grave risco à sua integridade física.
No caso em tela, de acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal,
aplica-se a responsabilidade civil
a) subjetiva do Estado, mas incide a excludente da responsabilidade da culpa
-

exclusiva da vítima.
E
Sefaz AM / 2022
b) objetiva do Estado,✓
✗ mas incide a excludente da responsabilidade da culpa
exclusiva da vítima.
O
c) objetiva do Estado, e não incide a excludente da responsabilidade do caso
fortuito, em razão da imprevisibilidade dos danos sofridos por Fernando. E
d) objetiva do Estado,✓e não incide a excludente da responsabilidade da culpa
exclusiva da vítima, em razão da relevante função desempenhada pelo profissional

÷
de imprensa.
e) subjetiva do Estado, e não incide a excludente da responsabilidade da culpa
exclusiva da vítima, em razão da relevante função desempenhada pelo profissional
de imprensa.
MPE GO / 2022
Em janeiro de 2020, José foi condenado a 12 anos de reclusão pela prática do crime de
estupro de vulnerável e cumpria pena, em regime fechado, em um presídio do Estado Alfa,
quando conseguiu = fugir, através de um túnel subterrâneo, em janeiro de 2021. Oito meses
depois, José se associou a outros delinquentes em organização criminosa e praticou
latrocínio, que causou a morte da cidadã Maria.
Familiares de Maria ajuizaram ação indenizatória contra o Estado Alfa, alegando sua
responsabilidade civil objetiva, eis que Maria foi morta por José, que ainda deveria estar
preso, tendo o Estado Alfa sido omisso por não exercer a contento a vigilância do preso José,
que estava originariamente sob a sua custódia.
No caso em tela, de acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a
responsabilidade civil objetiva do Estado Alfa por danos decorrentes do novo crime praticado
por José, pessoa foragida do sistema prisional, que vitimou Maria
MPE GO / 2022
a) não está caracterizada, pois incidiu a causa de exclusão da responsabilidade civil
consistente em caso fortuito ou força maior. E
b) está caracterizada,✗não havendo que se provar o elemento subjetivo do dolo ou culpa dos
agentes penitenciários, responsáveis pela omissão que ensejou a fuga de José. E

c) nãoestá caracterizada, pois não restou demonstrado o nexo causal direto entre o
momento da fuga de José e o latrocínio que matou Maria.
d) está caracterizada, havendo que se provar o elemento subjetivo do dolo ou culpa dos
agentes penitenciários responsáveis pela omissão que ensejou a fuga de José.C-
e) está caracterizada, e o Estado Alfa, caso condenado, deve promover ação de regresso em
face dos agentes públicos responsáveis pela fuga de José, mediante a demonstração de seu
dolo ou culpa.
E
OBRIGADO!

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