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AUGUSTUS & ADVOGADOS ASSOCIADOS

Dr. Carlos Augusto Pereira Silva – OAB/PI nº 8716/ OAB- MA 13264-A


Rua Elias Oka, nº 409. Centro, Floriano – Piauí. CEP 64800-088
(89) 9406-5899 / (89) 9917-2655 E-mail:carlosaugusto10adv@hotmail.com

AO JUÍZO DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA


DE BALSAS – ESTADO DO MARANHÃO.

JOSEFA DA GUIA DOS SANTOS, já devidamente


qualificada nos autos do presente processo, vem
respeitosamente perante Vossa Excelência, através de seu
procurador, inconformado com a sentença proferida, interpor

RECURSO INOMINADO

com fulcro no art. 1.009 e segs. do CPC, c/c 42 da Lei


9.099/95. Nessa conformidade, REQUER o recebimento do
recurso, sendo remetidos os autos, com as razões recursais
anexas, à Egrégia Turma Recursal, para que, ao final, seja
dado provimento ao presente recurso. Por fim, deixa de
juntar preparo por ser beneficiário de AJG.

Termos em que, pede deferimento.

FLORIANO-PI, junho de 2022.

CARLOS AUGUSTO PEREIRA SILVA


ADVOGADO OAB PI 8716

Rua Elias Oka, nº 409,C entro Floriano – Piauí. CEP 64800-000


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Processo nº: 1000495-70.2021.4.01.3704

Recorrente: JOSEFA DA GUIA DOS SANTOS

Recorrido: Instituto Nacional do Seguro Social

Origem: Juizado Especial Federal – Balsas – MA

Colenda Turma

Eméritos Julgadores

RAZÕES DO RECURSO INOMINADO

O presente recurso trata de ação de concessão de


benefício de aposentadoria por idade rural, que foi julgado
improcedente com resolução do mérito pelo Exmo. Juiz
Federal a quo.
Com efeito, em que pese as recorrentes decisões
acertadas do Exmo. Juiz Federal do Juizado Especial, no
processo epigrafado o D. Magistrado incorreu em equivoco ao
concluir pela insuficiência de provas que indicassem a
qualidade de segurado especial do Recorrente.
Assim, se exporá de forma elucidativa os motivos
pelos quais deve ser reformada a sentença.

II. DO DIREITO

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II.1. DO TEMPO DE ATIVIDADE RURAL - INÍCIO DE PROVA


MATERIAL

Conforme narrado anteriormente, o I. Julgador entendeu


que, do contexto probatório, não provou o efetivo e
contínuo trabalho rural pelo tempo legalmente exigido à
aposentadoria. Alega ainda que a autora não provou a
condição de segurada especial em período equivalente á
carência, consoante trecho da sentença abaixo transcrito:

[...]

"A par de todo o conjunto probatório, entendo


que a prova material é extremamente frágil, sendo
a prova material em nome do ex-companheiro da
autora pouco extensível à ela, sobretudo porque,
em grande parte do período objeto de prova
(Súmula 74 da TNU), o casal já estaria separado,
recebendo a autora apenas o auxílio de seus
filhos na lida rural. Assim, por mais que a prova
oral tenha se mostrado harmônica, esta não tem o
condão, por si só, de ensejar a concessão de
benefício previdenciário. "

[...]

"Portanto, não ficou efetivamente demonstrada a


condição de segurada especial em período
equivalente à carência e até momento próximo ao
cumprimento do requisito etário, sendo a
improcedência do pleito inicial medida que se
impõe. "

DISPOSITIVO

"Diante do acima exposto, julgo improcedente a


pretensão inicial, sentenciando o feito com
resolução de mérito na forma do art. 487, I, do
CPC. "

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Em cumprimento ao comando supracitado, foram acostadas


ao presente feito provas materiais suficientes à
comprovação da atividade rural desenvolvida no período
alegado pela autora, senão vejamos:

1. CERTIDÃO DE CADASTRO ELEITORAL ONDE MENCIONA A


PROFISSÃO LAVRADOR;
2. CARTEIRA DO SINDICATO DOS TRABALHADORES RURAIS;

3. RECIBO DO SINDICATO DOS TRABALHADORES RURAIS;


4. CERTIDÃO DE NASCIMENTO DOS FILHOS, ONDE A QUALIFICA
COMO DOMESTICA;

Observa-se assim, através de todos os documentos


idôneos acima relacionados carreados ao presente processo,
que o período de carência foi devidamente cumprido.
A Lei n.º 8.213/91 define quais documentos que
servem para a comprovação da atividade rural:

Art. 106.
(...)
Parágrafo único. A comprovação do exercício de
atividade rural referente a período anterior a 16
de abril de 1994, observado o disposto no § 3º do
artigo 55 desta Lei, far-se-á alternativamente
através de:
II - contrato de arrendamento, parceria ou comodato
rural;
III - declaração do sindicato de trabalhadores
rurais, desde que homologada pelo INSS;
IV - comprovante de cadastro do INCRA, no caso de
produtores em regime de economia familiar;
V - bloco de notas do produtor rural.

A jurisprudência do Tribunal Regional Federal da


Quarta Região reconhece que qualquer dos documentos
arrolados no art. 106 da Lei n.º 8.213/91 serve, por si só,
como prova da atividade rural.

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Ressalte-se, que a relação não é taxativa, mas


exemplificativa, podendo ser aceitos outros documentos,
consoante jurisprudência abaixo colacionada:

Os documentos arrolados no art. 106 da L. 8.213/91


bastam, por si só, para comprovar a atividade
rural. A relação, entretanto, não é taxativa de
modo que outros documentos ali não relacionados
poderão também servir para a comprovação do labor
rurícola. Para que fique caracterizado o início de
prova material, não é necessário que os documentos
apresentados comprovem, ano a ano, o exercício da
atividade rural, seja porque se deve presumir a
continuidade nos períodos imediatamente próximos,
seja porque é inerente à informalidade do trabalho
campesino a escassez documental. É firme o
entendimento jurisprudencial de que os documentos
apresentados em nome de terceiros (pai, filho,
marido, esposa) são hábeis à comprovação do
trabalho rural desenvolvido pelos outros membros do
grupo que labora em regime de economia familiar.
(TRF4, AC 2001.04.01.033315-5, 5ª Turma, Des. Néfi
Cordeiro, sem grifo no original).

Dessa forma, resta demonstrado que a Parte Autora


cuidou de juntar o início de prova material para o período
postulado, que poderá ser complementada pela prova
testemunhal, em atenção ao princípio da livre valoração da
prova.
Considerando a dificuldade de se obter documentos
para provar a atividade rural, situação inerente à condição
simplória da vida no campo, a jurisprudência dominante tem
mitigado a exigência probatória e aceitado diversos
documentos como início de prova material, desde que
contemporâneos aos fatos alegados:
Neste sentido:

PREVIDENCIÁRIO - APOSENTADORIA POR IDADE RURAL E


URBANA - INÍCIO DE PROVA MATERIAL - PROVA
TESTEMUNHAL - CORROBORAÇÃO - EXTRATO DO CNIS E
CÓPIA DA CTPS - VÍNCULOS URBANOS E RURAIS
COMPROVADOS - CARÊNCIA COMPROVADA - ÚLTIMO VÍNCULO
URBANO OU RURAL - IRRELEVÂNCIA - JUROS E CORREÇÃO

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MONETÁRIA - ENTENDIMENTO DO C.STF - RECURSO DO INSS


PARCIALMENTE PROVIDO.
1. O trabalhador tem direito a se aposentar com as
idades citadas no § 3º, do artigo 48, da Lei nº
8.213/1991, desde que cumprida a carência com a
utilização de labor urbano ou rural, ou de ambos.
2. Como início de prova material de seu trabalho
apresentou documentos que demonstram o período de
labor rurícola que quer ver reconhecido,
corroborado por prova testemunhal e pelos vínculos
rurais anotados na CTPS.
3. Os vínculos urbanos estão comprovados na CTPS e
extrato do CNIS, não sendo relevante se o último
vínculo é urbano ou rural, bastando a comprovação
de idade e carência.
4.Juros e correção monetária conforme entendimento
do C.STF.
5.Apelação parcialmente provida apenas em relação
aos juros e correção.
(TRF 3ª Região, OITAVA TURMA, ApReeNec -
APELAÇÃO/REMESSA NECESSÁRIA - 2298942 - 0009317-
46.2018.4.03.9999, Rel. DESEMBARGADOR FEDERAL LUIZ
STEFANINI, julgado em 11/06/2018, e-DJF3 Judicial 1
DATA:25/06/2018 )

PREVIDENCIÁRIO - APOSENTADORIA POR IDADE RURAL E


URBANA - INÍCIO DE PROVA MATERIAL - PROVA
TESTEMUNHAL - CORROBORAÇÃO - EXTRATO DO CNIS E
CÓPIA DA CTPS - VÍNCULOS URBANOS E RURAIS
COMPROVADOS - CARÊNCIA COMPROVADA - ÚLTIMO VÍNCULO
URBANO OU RURAL - IRRELEVÂNCIA - JUROS E CORREÇÃO
MONETÁRIA - ENTENDIMENTO DO C.STF - RECURSO DO INSS
PARCIALMENTE PROVIDO.
1. O trabalhador tem direito a se aposentar com as
idades citadas no § 3º, do artigo 48, da Lei nº
8.213/1991, desde que cumprida a carência com a
utilização de labor urbano ou rural, ou de ambos.
2. Como início de prova material de seu trabalho
apresentou documentos que demonstram o período de
labor rurícola que quer ver reconhecido,
corroborado por prova testemunhal e pelos vínculos
rurais anotados na CTPS.
3. Os vínculos urbanos estão comprovados na CTPS e
extrato do CNIS, não sendo relevante se o último
vínculo é urbano ou rural, bastando a comprovação
de idade e carência.
4.Juros e correção monetária conforme entendimento
do C.STF.
5.Apelação parcialmente provida apenas em relação
aos juros e correção.

2. Em conformidade com a Súmula nº 149 desta Corte,


exige-se início razoável de prova material para a
comprovação de tempo de serviço rural. 3. Certidão
de Casamento, Título do INCRA ou Escritura Pública,
contemporâneos aos fatos alegados, em que conste a

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profissão de agricultor do mesmo ou do seu cônjuge,


é aceito nesta Corte, como início de prova
material, suficiente, para comprovar o labor
agrícola em determinada época. 3. A simbiose do
início de prova material com a segurança das provas
testemunhais, suprem a carência exigida pela
legislação previdenciária. 4. Recurso Especial que
se nega provimento.
(STJ, REsp 586923, 6ª Turma, Min. Paulo Medina).

PRESUNÇÃO DA VERACIDADE DO DOCUMENTO PÚBLICO


No presente caso, foi anexado aos autos, cópia da Certidão
do Título de Eleitor, onde consta a profissão de lavradora
da autora, documento este público, possuindo, outrossim, fé
pública, gozando da presunção juris tantum de veracidade.
Há, portanto, elementos probatórios suficientes para
comprovar o efetivo exercício de atividade rural da autora,
estando apta a receber o benefício previdenciário nos
termos requeridos.

DA QUALIFICAÇÃO COMO DOMÉSTICA


A qualificação da mulher como "doméstica" ou "do lar"
na certidão de nascimento dos filhos não desconfigura sua
condição de segurada especial, seja porque na maioria das
vezes acumula tal responsabilidade com o trabalho no
campo, seja porque, em se tratando de labor rural
desenvolvido em regime de economia familiar. De modo algum
tal registro se torna um obstáculo à sua pretensão, posto
que tal condição pode perfeitamente coexistir com suas
responsabilidades com o trabalho no campo. A qualidade de
segurado especial do marido se estende para fins de
reconhecimento da condição de rurícola de sua mulher e
constitui indício aceitável de prova material do exercício
da atividade rural.

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Aliás, não se pode omitir que a recorrente é pessoa


do sexo feminino, sendo de conhecimento público e notório
que até o início dos anos 90, sobretudo em cidades
interioranas, como é o caso da cidade que a recorrente
mora, a mulher era tratada com grande diferença em relação
ao homem, sendo muito comum em qualquer repartição não
perguntarem a qualificação da mulher, fazendo constar
apenas a qualificação do pai ou do marido e indicar a
profissão da filha e da esposa como sendo "do lar" ou
"doméstica", ou seja, a mulher era tratada como um
acessório do homem.

PERÍODO DE CARÊNCIA
Os requisitos para a concessão da aposentadoria por
idade aos trabalhadores rurais são: a) idade mínima de 60
anos para o homem e de 55 anos para a mulher (Lei n.º
8.213, art. 48, § 1º); b) exercício de atividade rural,
ainda que de forma descontínua, no período imediatamente
anterior ao requerimento do benefício, em número de meses
idênticos à carência deste (Lei n.º 8.213, art. 143),
independentemente de recolhimento de contribuições
previdenciárias.
Por conseguinte, tendo a parte autora demonstrado seu
labor rural em regime de economia familiar por um período
superior ao mínimo legalmente exigido de 180 meses, através
da comprovação do documento público onde consta a profissão
lavradora, faz jus ao reconhecimento da aposentadoria por
idade rural na forma determinada na sentença.

Excelências, a partir das provas documentais


juntadas ao presente feito, não parece minimamente

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aceitável entender que não restou satisfeito o início de


prova material a que se refere o artigo 55 da LBPS.

Neste sentido, a Turma Regional de Uniformização


da 4ª Região possui firme entendimento de que, em casos
tais, há presunção de continuidade da atividade rural. Vale
conferir:
PREVIDENCIÁRIO. TEMPO RURAL. INÍCIO DE PROVA
MATERIAL. RECONHECIMENTO DO INSS EM RELAÇÃO À PARTE
DO PERÍODO. PRESUNÇÃO DE CONTINUIDADE DO TRABALHO
RURAL. 1. A presunção de continuidade do trabalho
rural permite que, com base em testemunhas,
inexistente prova em sentido contrário, sejam
ampliados os efeitos probantes dos documentos
existentes no feito. 2. Incidente de uniformização
conhecido e provido. (IUJEF 0004708-
41.2008.404.7251, Turma Regional de Uniformização
da 4ª Região, Relator André Luís Medeiros Jung,
D.E. 10/07/2012, grifos acrescidos).

Portanto, conforme exposto, o entendimento do


Magistrado a quo contraria diametralmente a jurisprudência
dos Tribunais integrantes da Justiça Federal da 4ª Região,
o que enseja a reforma da sentença e o reconhecimento da
qualidade de segurada especial em regime de economia
familiar, em razão das atividades desenvolvidas.

III. REQUERIMENTOS FINAIS


Desta forma, não há que se falar em ausência de provas
quanto à qualidade de segurada da recorrente, de maneira
que os documentos juntados, bem como o depoimento do autora
são completamente harmônicos, não havendo maiores dúvidas
quanto a atividade rurícola exercida, sendo que o
depoimento testemunhal se coaduna com todas as demais
provas produzidas, de maneira a não restar qualquer dúvida
a respeito do direito da recorrente.

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Portanto, considerando que fora preenchida a qualidade


de segurada da autora, bem como sua idade e a ilegalidade
do indeferimento do benefício vindicado pelo INSS, há
necessidade urgente de reforma da decisão, posto que
absurdamente injusta.

Em face do exposto, requer o provimento do Recurso


Inominado, com o fim de reforma da r. decisão proferida
pelo Juiz a quo, nos termos da fundamentação retro, para
concessão do benefício de aposentadoria por idade rural
desde a DER do benefício.

Termo em que, pede deferimento.

Floriano-PI, 13 de junho de 2022.

CARLOS AUGUSTO PEREIRA SILVA


ADVOGADO OAB – PI 8716

LUANA MARIA ALVES ABREU


ESTAGIÁRIA

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