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O exame
A imagem é realizada em duas condições: Estresse (esforço) e Repouso. O exame
pode ter duração de um ou dois dias (realizando as etapas separadamente), com a
utilização de isótopo único ( 201Tl ou 99m
Tc-MIBI) ou duplo ( 201Tl e 99m
Tc-MIBI) e o
estudo de viabilidade do miocárdio pode ser feito com a reinjeção de 201
Tl.
Preparo para 99m
Tc-MIBI
Suspender medicamentos com orientação médica; Não Fumar; 24 h não ingerir
bebida alcoólica, café, chá, chocolate, refrigerante; Dieta leve no dia do exame
(jejum 2 h antes); Vestimenta adequada (agasalho, tênis, etc).
Modalidades de estresse
Esta etapa de imagem pode ser feita de duas maneiras: Estresse físico (teste
ergométrico) ou Estresse farmacológico (injeção de um vasodilatador: dipiridamol,
adenosina, dobutamina).
No estresse físico normalmente usa-se uma esteira ergométrica; o radioisótopo é
injetado no pico do esforço; o paciente deve estar com uma vestimenta adequada e
com a punção venosa preparada.
Equipamentos de imagem
Os equipamentos que podem ser usados são: Gama câmara plana; SPECT e CZT
(telureto de cádmio e zinco – aumento de 5 a 10x a sensibilidade; maior resolução
espacial; diminuição de dose).
Protocolo – Cloreto de 201
Tl (THRALL & ZIESSMAN, 2003)
Preparo: jejum de 4 horas
Dose: 2 a 3,5 mCi; administração intravenosa
Tempo de imagem: 10 minutos após a administração do radiofármaco
Imagem plana
Imagem SPECT
Matriz: 64 x 64
Protocolo – 99m
Tc-MIBI (THRALL & ZIESSMAN, 2003)
Dose: 10 a 30 mCi; administração intravenosa
Imagem plana
SPECT
Matriz: 64x64
Imagem/arco: 64 vistas (180º)
Estudo de Inalação
Neste estudo é usado um sistema de geração de aerossol contendo o
radiofármaco 99m
Tc-DTPA e a administração é semelhante à técnica de nebulização.
Este radiofármaco possui partículas de 0,5 a 0,8 mícrons que com o tempo cruza a
barreira alvéolo-capilar, entra na corrente sanguínea e é excretado. Ele pode ser
realizado no mesmo dia, antes ou depois da perfusão.
Protocolo (THRALL & ZIESSMAN, 2003)
Radiofármaco: 99m
Tc-DTPA nebulizado
Dose: 25 a 75 mCi
Inalação: radiofármaco colocado num dispositivo semelhante a um nebulizador,
com blindagem especial. Misturado com oxigênio ou ar comprimido.
Paciente: é orientado a respirar lentamente e profundamente pela boca. Posição
ortostática preferencial. Apenas 5 a 10% da atividade colocada no nebulizador
chega ao pulmão. T 1/2 biológica: 60 min (eliminação renal).
Paciente em decúbito dorsal
Não pode se movimentar
Colimador sobre tórax
Colimador de furos paralelos, pico 140 keV, janela 20%, alta resolução
Estudo estático
Projeções: iguais da perfusão
Contagens: 150.000 a 250.000 ctgs/incidência
Início: logo após dose
A FIG. 8 mostra um exame típico de inalação pulmonar.
Normal
Epilepsia
Radiofármacos
Os radiofármacos utilizados nesta prática são compostos lipofílicos que atravessam
a barreira hematoencefálica. São de pequeno peso molecular, têm carga neutra e
alta taxa de extração cerebral, proporcional ao fluxo sanguíneo. Distribuem-se no
cérebro de acordo com o fluxo cerebral regional. Fixam-se nos neurônios com
pequena redistribuição. Abaixo são apresentadas as características de dois desses
radiofármacos, 99m
Tc-HMPAO (hexametilpropilenoaminooxima) e 99m
Tc-ECD
(etilenodicisteinato de dietila):
99m
Tc-HMPAO
99m
Tc-ECD
Modo de
beta menos C.E. T.I.
decaimento
T1/2 física 8d 13 h 6h
FIGURA 10. SPECT cerebral nos cortes axial e sagital, com hipocaptação parieto-temporal, padrão
sugestivo de Demência de Alzheimer.
Jejum de 6 h no dia; Dieta pobre em iodo por 15 dias antes (sal, peixe, leite,
enlatados, chocolate, corantes vermelhos, verduras de folhas verdes, etc);
Suspender medicações (com consentimento médico); Evitar substâncias que
contenham iodo 3 meses antes (Rx ou TC com contraste iodado); 30 dias (tintura
para cabelo; exame ginecológico; etc); 15 dias (esmalte; maquiagem – base, pó,
batom).
Protocolo captação com Iodo (THRALL & ZIESSMAN, 2003)
Dados de entrada: contagem no fantoma com amostra do padrão de iodo
radioativo; contagem no pescoço e contagem da radiação de fundo (ex: coxa).
Cálculo:% captação = (cpm cervical – cpm coxa) / (cpm administrada) x correção
de decaimento
Protocolo – Cintilografia da tireoide com Iodo (THRALL & ZIESSMAN, 2003)
Preparo: como mencionado
Radiofármaco: 123
I / 131
I (forma de iodeto); 100 – 400 mCi e 1 – 2 mCi,
respectivamente; administração via oral
Aquisição: 24 h ( 131I) e 6 e 24 h ( 123I)
Paciente em decúbito dorsal, hiperflexão cervicalIncidências: anterior, OAD e
OAE 45º
131
I: colimador de alta energia, furos paralelos, janela 20%, 364 keV
123
I: colimador de alta resolução, janela 20%, 159 keV, 200 a 250 mil contagens
Protocolo – Cintilografia com 99m
Tc (THRALL & ZIESSMAN, 2003)
Radiofármaco: Pertecnetato de sódio; administração intravenosa
Dose: 1 a 10 mCi
Colimador: alta resolução, janela 20%, 140 keV, 200 a 250 mil contagens por
incidência
Aquisição: 20 minutos pós-dose
Paciente em decúbito dorsal, hiperflexão cervical
Incidências: anterior, OAD e OAE 45º
Biodistribuição Normal
Os valores normais de captação são de 2 h = 3 a 8 % e 24 h = 12 a 32 %. No caso
de hipertireoidismo serão considerados os valores altos de captação e
hipotireoidismo os valores baixos de captação.Já na imagem a tireoide deve
aparecer na forma de borboleta (levemente angulada), com distribuição homogênea
do radiofármaco no leito tireoidiano e com contornos regulares, de acordo com a
anatomia (FIG. 11). A FIG. 12 mostra uma cintilografia normal da tireoide.
FIGURA 11. Anatomia da glândula tireoide.
Aplicações clínicas
Avaliação de nódulo (hipofuncionante,
normofuncionante, hiperfuncionante)
Tireoidite
Planejamento de tratamento
Osteomielite
Sarcoidose
Cardite
Os exames mistos
(estáticos/dinâmicos)
Apresentar ao aluno os protocolos de alguns exames da especialidade de Medicina
Nuclear, como a Cintilografia óssea; Linfocintilografia e Linfonodo Sentinela;
Cintilografia do sistema digestório e Cintilografia do sistema renal.
Prezado aluno, nesta aula vamos abordar, de forma simples e objetiva, os seguintes
protocolos dos exames de Medicina Nuclear: Cintilografia óssea;
Linfocintilografia e Linfonodo Sentinela; Cintilografia do Sistema digestório e
Cintilografia renal. Os exames aqui mencionados foram classificados como exames
mistos por conterem imagens estáticas e algumas vezes dinâmicas, dependendo do
objetivo do exame. Bom estudo!
Cintilografia óssea
O tecido ósseo representa uma estrutura em atividade constante. Em outras
palavras, um processo contínuo de remodelação. Este processo, por sua vez, é
composto por etapas sucessivas de repouso, ativação, reabsorção, fase reversa,
formação (síntese da matriz e sua mineralização), com retorno à fase de repouso
para iniciar um novo ciclo depois de determinado estímulo. O tecido ósseo é
composto pela matriz óssea, que contém colágeno na parte orgânica e íons, cristais
de hidroxiapatita na parte inorgânica; e composto pelas células ósseas
diferenciadas: osteoblastos (participam da síntese da matriz óssea), osteócitos
(fazem a manutenção do tecido ósseo) e osteoclastos (participam da reabsorção
óssea).
As atividades desenvolvidas por essas células são:
Etapas:
Tumores ginecológicos.
Adquirir a imagem
Cirurgia radioguiada com o uso de gamma probe até
24 h da injeção
Colimador LEAP ou HR
Trânsito esofágico
Esvaziamento gástrico
Glândulas salivares
Hemangioma Hepático
Fígado e baço
Nesta aula abordaremos apenas o estudo do fígado e vias biliares (FIG. 6), portanto
vamos relembrar alguns conceitos de fisiologia. A bile é uma substância produzida
pelo fígado para retirar detritos do fígado, bem como para ajudar a digestão de
gorduras. A vesícula biliar armazena a bile no período entre as refeições e a torna
mais concentrada antes dela ser descarregada ao intestino. Existem alguns canais
que conectam a vesícula biliar ao fígado e ao intestino e transportam a bile entre
esses órgãos (FIG. 7).
FIGURA 6. Relação anatômica do fígado, vesícula biliar e pâncreas.
FIGURA 7. Sistema digestivo.
Jejum 4 h.
Cintilografia Renal
O estudo renal é dividido em duas imagens:
Rim transplantado
Anomalias congênitas
Protocolo:
FIGURA 13. Cintilografia renal dinâmica mostrando o sistema excretor: rins, vias urinárias e bexiga.
Prezado aluno, nesta aula vamos abordar, de forma simples e objetiva, como
funciona um equipamento de Tomografia por emissão de pósitrons e vamos focar
no protocolo de imagem tumoral com o radiofármaco Flúor-18-Fluordeoxiglicose
(18F-FDG). Bom estudo!
Os exames de PET ou PET/CT podem ser utilizados, por exemplo, nas áreas de
Cardiologia e Neurologia, mas seu principal impacto é na área de Oncologia.
Os tipos de tumores mais indicados para este exame são: Tumor Pulmonar,
Carcinoma Colorretal, Linfoma, Esôfago, Melanoma, Carcinoma de mama,
Tumores cerebrais, entre outros.
As principais indicações para se pedir um exame PET ou PET/CT em Oncologia
são:
Estadiamento inicial;
Detecção de recorrência;
Princípio de aplicação
O mecanismo de captação funciona da seguinte maneira: o radiofármaco, ao cair na
corrente sanguínea, é ligado a uma proteína transportadora de glicose, que o leva
para dentro da célula. Dentro da célula, a molécula de FDG- 18F é fosforilada pela
enzima hexoquinase, respeitando o mesmo ciclo da glicose. A hexoquinase
transforma a molécula em FDG- 18F-6-fosfato, uma substância à qual a membrana
celular é impermeável. A partir desse momento os mecanismos não reconhecem
mais a molécula, fazendo com que ela vá se acumulando dentro da célula (FIG. 2).
No serviço
Ficha cadastral
Posicionamento
Decúbito dorsal
Técnica de aquisição
Quiz
Exercício Final
Referências
RAMOS, C.D.; SOARES, J.J. e vários colaboradores. PET e PET/CT em
Oncologia: Sociedade Brasileira de Biologia, Medicina Nuclear e Imagem
Molecular. São Paulo: Atheneu, 2011.
IODOTERAPIA
O tratamento da glândula tireoide é realizado com o Iodo-131, isótopo emissor de
radiação beta (606 keV) e gama (364 keV). A partícula beta penetra
aproximadamente 0,45 mm no tecido e deposita toda sua energia na sua
proximidade. Quebra o DNA nuclear, impedindo a replicação celular e
promovendo a morte celular.
Algumas indicações clínicas são:
Gravidez
Interromper amamentação
Cuidados pós-dose
O elemento 131
I emite radiação gama de alta energia, isto leva à exposição do meio
ambiente, ao redor do paciente. Portanto, há a necessidade de se fazer o tratamento
em regime de internação, em quarto especial, seguindo as normas de radioproteção
da CNEN.
De acordo com a norma CNEN NN 3.05, algumas considerações ao isolamento do
paciente são:
Tomar 3 banhos.
OUTRAS TERAPIAS
As práticas terapêuticas dentro da Medicina Nuclear vêm crescendo e cada vez
mais ganhando espaço. A iodoterapia é o tratamento clássico, mas outros
elementos foram estudados e hoje em dia possuem aplicações com sucesso em
algumas patologias.
O propósito deste tópico é informar as outras aplicações terapêuticas disponíveis
dentro da Medicina Nuclear, sem detalhamento de metodologia. Segue abaixo a
lista dessas outras aplicações terapêuticas:
Terapia de neuroblastoma e feocromocitoma com 131I-MIBG.
Terapia de tumores neuroendócrinos
com 177Lu-DOTATATO/DOTATATE e 90Y-DOTATOC.
Terapia de Linfoma com 90Y-ibritumomab tiuxetan (ZevalinR) e 131I-
tositumomab (BexxarR).
Terapia de hepatocarcinoma e outras lesões hepáticas com 131I-
lipiodol.
Sinovectomia radioisotópica com 90Y-HA ou 153Sm-HA.
Terapia de metástases ósseas com 153Sm-EDTMP (paliativo) e 223Ra.
Lembre-se, estes protocolos são todos baseados em literatura e podem sofrer
alterações de serviço para serviço.
Quiz
Exercício Final
Referências
THRALL, J.H.; ZIESSMAN, H.A. Medicina Nuclear. 2 ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2003.
HIRONAKA, F.H.; SAPIENZA, M.T.; ONO, C.R.; LIMA, M.S.; BUCHPIGUEL,
C.A. Medicina Nuclear: princípio e aplicações. São Paulo: Atheneu, 2012.
COMISSÃO NACIONAL DE ENERGIA NUCLEAR. Requisitos de radioproteção
e segurança para serviços de medicina nuclear: CNEN - NN 3.05. Rio de Janeiro:
CNEN, 1996. Disponível em: http://www.cnen.gov.br/seguranca/normas/
O processamento de imagens
Neste tópico vamos estudar os métodos de processamento das imagens de
Medicina Nuclear
1. Métodos de Analise das imagens de
Medicina Nuclear:
Em Medicina Nuclear, existem três métodos de analise dos dados coletados
durante os exames. São eles:
Áreas de interesse. Área de interesse contornando cada um dos rins. Área de interesse curvilínea
contornando a porção inferior de cada rim é utilizada para cálculo da radiação de fundo.
Renograma normal. As curvas bilaterais mostram 3 fases.
O processamento de imagens
INICIAR
Referências
THRALL, J.H. Medicina Nuclear. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.
Capítulo 9: Oncologia
THRALL, J.H. Medicina Nuclear. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.
Capítulo 13: Sistema Geniturinário