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Diversificação alimentar

6 meses
● Volume total da refeição atingido progressivamente – 200-250 mL
● Introdução de puré de legumes (substitui uma refeição láctea; preparar para 3 dias e guardar no frigorífico)
○ Inicialmente 1 batata + 1 cenoura ou abóbora
○ Sem sal
○ Temperar com um fio de azeite no final da cozedura
○ Triturar para obter mistura homogénea
● 3 dias depois, introdução da carne
○ 25 g por dia, carne magra e sem osso
○ Iniciar com frango, galinha ou borrego. Depois peru, coelho e vaca (esta pelos 8 meses) e porco.
○ Carne triturada com o puré de legumes
● 3 dias depois, introduzir papa sem glúten noutra refeição (não láctea – preparar com leite, láctea – preparar com
água). Substitui outra refeição láctea.
● 3 dias depois, papa passa a ser com glúten
● 3 dias depois, introdução da fruta
○ Banana, pêra, maçã (cruas, em puré homogéneo, que se consegue se se adicionar pouca água)
○ Oferecer como sobremesa após o puré de legumes
● 3 dias depois, introduzir gradualmente quaisquer outros legumes (agriões, feijão verde, alface, etc), com intervalos
de pelo menos 3 dias entre cada um. Espinafre, nabo, aipo, beterraba ou nabiça só a partir dos 12 meses
● Fica nesta idade com 2 refeições diversificadas, sendo as restantes de leite
7 meses
● Alternar a papa com iogurte natural de leite de transição a que se adiciona bolacha esmagada (2-3 bolachas)
● Introdução do peixe (fresco ou congelado, magro, cozido ou grelhado), misturado no puré de legumes; 3 vezes por
semana
● Introdução progressiva da gema de ovo (cozida e ralada, adicionada ao puré de legumes, no máximo três vezes por
semana) e depois a clara de ovo. Substitui a carne ou peixe da refeição.

8 meses
● Adaptação progressiva a diferentes consistências – caldeirada, açorda, esmagadas, empadão, pedaços de cenoura,
batata ou peixe bem cozidos no puré de legumes, etc. Começar a deixar a criança mexer na comida com as mãos.

9 meses
● Introdução de outras frutas (manga, abacate, papaia, uvas, ameixas, nêsperas, diospiros)
● Introdução das leguminosas – bem cozidas, podem ser dadas na sopa. Se duras, é preferível esmagar.
● Regime de quatro ou cinco refeições (2 ou 3 lácteas – leite e papa - e 2 de purés ou outras consistências, com carne
ou peixe ou ovo e fruta)
● Quantidade aconselhada de leite/lácteos por dia de 500 mL

A partir dos 12 meses


● Alimentação o mais diversificada possível, igual à da restante família, com ligeiras adaptações, ao mesmo tempo que
a restante família e idealmente sem brinquedos, televisão ou tablet.
● Pode continuar com fórmula láctea até aos 3 anos (vantagem de ser enriquecido em ferro e probióticos, menor teor
proteico) ou passar a leite pasteurizado gordo até aos 2 anos
● Outras frutas (laranja, morango, amora, kiwi, maracujá)
Sinais para recorrer a um serviço de urgência (após contacto com pediatra ou
808 24 24 24)
● Vómitos repetidos mais de 12h
● Desidratção - olhos encovados, pele seca, irritabilidade, prostração intensa, mucosa secas, olhos encovados, língua
seca, sonolência significativa
● Febre, principalmente acima de 39ºC axilar ou 40º rectal, que não baixa com dose correcta de antipirético ou com
calafrios (tremer de frio) associados
● Manchas na pele que não branqueiam por instantes à pressão da polpa de um dedo
● Dificuldade respiratória – tiragem, frequência respiratória muito elevada, respiração ruidosa que não do nariz
● Alteração do estado de consciência ou neurológicas – coma, sonolência extrema, convulsões

Conduta face a sintomas comuns


Febre
● Constitui um mecanismo de defesa do organismo contra as infecções. Deve ser tratada quando for motivo de
prostração, dor ou irritabilidade. O seu tratamento não previne o aparecimento das convulsões febris
● Nos bebés pequenos pode ser medida no recto. Nas restantes crianças deve ser medida na axila. A temperatura rectal
e auricular é 1oC superior à axilar.
● Febre = temperatura axilar >37.5oC ou temperatura rectal ou auricular >38.3oC
● Medicamentos para a febre: Paracetamol = Ben-u-ron em supositórios ou xarope – 10-15 mg/Kg/dose. Pode ser
dado 6/6h se necessário. Ibuprofeno = Brufen em suspensão oral – 5-7 mg/Kg/dose. Dar no máx. de 8/8h.

Vómitos
● Mais habitualmente surgem no contexto de gastrenterite aguda. Mas deve ser valorizada a presença de febre ou de
dor abdominal persistente, que implica contacto com profissional de saúde (Saúde 24, médico de família ou pediatra).
Podem durar até 12h.
● Parar alimentação com sólidos durante 4-6 horas, principalmente se forem vómitos repetidos ou não associados à
tosse
● Dar chá preto fraco açucarado ou soro de reidratação oral, uma colher de 3 em 3 minutos durante essas 4-6 horas.
● Iniciar posteriormente a alimentação, refeições mais pequenas e mais frequentes, respeitando o apetite da criança.

Diarreia
● Aumento da quantidade total de dejecções por dia, com alteração da consistência - mole ou líquida.
● Pode administ-rar-se um probiótico e deve reforçar-se a hidratação, idealmente com soro de reidratação oral
preparado com água fresca (melhora o sabor), 10mL/Kg de peso da criança por cada dejecção diarreica, oferecidos
com seringa em direção à bochecha ou copo ou biberon.
● Parar verduras e gorduras enquanto estiver presente.
● Se for muito prolongada, estiver a piorar depois de ter começado a melhorar, com assadura perineal, fezes muito
líquidas e ácidas, pode ser necessário parar a lactose 1-2 semanas.

Rinorreia
● Cabeceira elevada para dormir (almofada debaixo do colchão, por exemplo), lavar nariz com soro fisiológico se
necessário, mas não em esguicho, eventual aplicação de gotas de fenilefrina no máximo 3 dias.

Tosse
● Constitui um mecanismo de defesa das vias aéreas, que pode durar até 4 semanas na sequência de uma infecção.
Reforçar a hidratação para fluidificar as secreções
● A lavagem do nariz com soro pode melhorar um pouco a tosse. Valorizar mais se estiver associada a dificuldade
respiratória ou respiração ruidosa.

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