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APRESENTAÇÃO

Se você é um ser humano e vive no planeta terra,


com certeza já experimentou emoções difíceis.

Raiva, desânimo, frustração, medo são alguns


exemplos, e se você prestou atenção no seu corpo,
percebeu que ele sofre diversas alterações com cada
emoção.

Uma explosão de raiva acelera seus batimentos


cardíacos e respiração, podendo te deixar tremendo
e até com dificuldade de respirar. Se você sentir raiva
constantemente pode desenvolver dores de cabeça,
pressão alta, problemas digestivos e até quadros
piores.

Felizmente, o oposto é verdadeiro. Alegria, paz,


gratidão ajudam o organismo a funcionar melhor e
facilitam a boa saúde em todos os níveis.

Emoções “negativas” ou desagradáveis fazem parte


da nossa herança e experiência como seres humanos
e tem o seu lugar, seu momento e sua importância.
Mas dependendo da frequência e da intensidade
tornam-se prejudiciais e afetam a saúde.
Hoje, médicos e cientistas reconhecem este fato, mas
há poucas décadas atrás, a crença era de que o
corpo e a mente eram entidades separadas.

O que você faz com seu corpo afeta sua mente e o


que você “faz” com a sua mente afeta o seu corpo e
sua saúde.

Você pode ter a melhor alimentação do mundo, ter


o físico de um atleta, dormir bem, ter acesso aos
melhores tratamentos médicos, mas se sua saúde
emocional e mental estiverem ruins, cedo ou tarde
você vai adoecer.

Vamos entender melhor esse tema fascinante e


adquirir conhecimento e ferramentas para uma saúde
emocional robusta.

Vem comigo!
INTRODUÇÃO

O QUE É UMA EMOÇÃO?


Todos conseguem reconhecer o que é uma emoção. É
algo tão fundamental e presente na vida humana que
nem mesmo notamos o seu grau de importância.

Os atos mais terríveis já cometidos, crimes,


assassinatos, guerras, traições, só existem por causa
das emoções negativas descontroladas… ódio,
ciúmes, raiva, desprezo, aversão, orgulho…

Os atos mais belos e sublimes, as grandes obras de


arte, atos de caridade, doação, serviço, cooperação,
construção, cura, derivam do amor, da compaixão,
da alegria, da empatia…

As emoções são o combustível que faz a história e a


vida se movimentarem.
Mas, apesar de tão presentes e universais, definir de
forma conclusiva e científica não é tão fácil. Ainda
hoje existem debates entre pesquisadores buscando
uma definição precisa e universal.

Podemos definir emoção como uma reação que


possui um componente psicológico e um componente
biológico.

É ativada por algum estímulo externo ou interno:


pode ser um animal, uma paisagem, uma memória,
uma frase que alguém falou, uma expressão facial,
um pensamento, uma expectativa, enfim, qualquer
coisa.

Se você encosta em algo muito quente, sente que está


se queimando e tem a reação de tirar a mão, isso
não é uma emoção, pois não contém um componente
psicológico. É apenas um mecanismo de preservação,
uma reação do sistema nervoso.
Mas, se por exemplo, ao queimar a mão você sentir
raiva do fogo, isso é uma emoção, você pensou e
sentiu algo em relação ao fogo. Ao sentir raiva, você
alterou seu batimento cardíaco, liberou adrenalina
e acelerou a respiração, aqui temos o componente
biológico.

Se você apenas pensou: como eu fui burro de


encostar a mão no fogo, mas não sentiu raiva nem
de si, nem do fogo, isso é apenas um pensamento.
Os pensamentos muitas vezes andam juntos das
emoções, mas nem sempre. Então, pensar é um
componente psicológico, mas sem a emoção não
possui a contraparte biológica.

Emoções desagradáveis não são em si mesmas


ruins, mas quando fora de controle, podem se tornar
prejudiciais, desequilibrando o corpo, contribuindo
para doenças, afetando as relações e até mesmo
resultar em crimes - os famosos crimes passionais ou
suicídio.
Por outro lado, quando reconhecidas e manejadas
com sabedoria levam ao que há de mais bonito na
vida humana. Através dela podemos nos comover,
nos conectar uns aos outros, amar, lutar pelo o que
acreditamos ser o correto, crescer, ter um código de
ética, moral.

Faça um exercício: lembre-se de um momento


maravilhoso da sua vida. Agora se pergunte: porque
ele foi importante para você? Certamente tem relação
com o que você sentiu: amor, compaixão, alegria,
gratidão, conexão profunda, bem-estar… sem as
emoções, não existiriam momentos especiais.

Agora lembre-se de uma situação muito ruim.


Excluindo aquelas situações de pura dor física
em acidentes e problemas parecidos, sempre
encontramos emoções como ansiedade, medo,
frustração, pânico, raiva, dentre outras.

Não sentir emoções é problemático. Um psicopata,


por exemplo, é uma pessoa que basicamente não
tem emoções, sendo assim, não se conecta com
as pessoas, não sente empatia e por isso podem
maltratar e abusar dos outros sem nenhum tipo de
remorso.
OS TIPOS DE EMOÇÕES

Emoções primárias ou
universais
Embora existam opiniões divergentes entre os
especialistas, a maioria dos cientistas da emoção
concorda que existem por volta de sete emoções
principais.

A pesquisa do Dr. Ekman mostra a evidência mais


forte até hoje de sete expressões faciais universais de
emoções.

O estudo das emoções acompanha o ser humano há


muito tempo, mas dentro da ciência e da biologia,
ele começa em 1872, quando Charles Darwin
publicou “A Expressão das Emoções no Homem e
nos Animais”, em que propôs, de forma pioneira,
que as emoções e suas expressões não seriam
produto cultural ou decorrente de processos de
aprendizagem, mas seriam universais e partilhadas,
de maneira comum, por todos os membros de uma
mesma espécie.
Trocando em miúdos, segundo Darwin, todos os
cachorros do mundo expressam raiva e medo
da mesma forma e todos os humanos do mundo
expressam alegria e tristeza da mesma forma e isso
acontece de forma instintiva.

Quais emoções são universais?

Pesquisas realizadas em várias partes do mundo, em


diferentes culturas, confirmaram a existência de pelo
menos 7 emoções básicas que possuem expressões
faciais universais.

Estas emoções são consideradas inatas, um bebê


recém-nascido já é capaz de expressar algum grau
delas.

São elas: Alegria, Tristeza, Raiva, Aversão,


Surpresa, Medo, Desprezo.

Independente da sociedade e cultura em que se vive,


ao experienciar uma dessas 7 emoções, os indivíduos
vão mover os mesmos músculos faciais.
Emoções Sociais, Secundárias
ou Aprendidas
Estas não são instintivas como as universais. Surgem
como consequência da socialização, interações e
do desenvolvimento de capacidades cognitivas. São
posteriores às primárias, isto é, se desenvolvem a
partir delas.

Exemplos: Ciúmes, culpa, orgulho, vergonha,


satisfação, diversão, ódio, angústia,
frustração, nostalgia, horror, calma,
confusão, entusiasmo.

Do ponto de vista biológico, as emoções contribuem


para a autodefesa e proteção, como raiva e medo,
para a exploração do ambiente, como a surpresa, à
integração social, como a alegria, dentre outras.
COMO UM EMOCIONAL
DESEQUILIBRADO AFETA
SUA SAÚDE?
O desequilíbrio emocional te prejudica de muitas
maneiras: você faz piores escolhas, machuca os
outros e a si mesmo, perde oportunidades, estraga
relacionamentos, perde o emprego, etc.

Mas como, exatamente, o emocional impacta a sua


saúde?

EMOÇÕES E SAÚDE NA MEDICINA CHINESA

Na medicina tradicional chinesa, assim como em


diversas outras tradições milenares, as emoções
podem causar doenças e desequilíbrios nos órgãos.

A medicina chinesa trabalha basicamente com cinco


conjuntos de órgãos principais: coração e intestino
delgado, fígado e vesícula biliar, rins e bexiga,
estômago e baço/pâncreas, pulmão e intestino
grosso.
Cada órgão corresponde a uma emoção e
o desequilíbrio dessa emoção pode afetar o
funcionamento do órgão.

Por exemplo, gastrite e problemas no estômago estão


relacionados ao excesso de preocupação, problemas
no fígado e dores de cabeça se relacionam com raiva
e irritabilidade, problemas respiratórios podem ser
causados ou agravados pela tristeza.

Muito interessante, né?

São cinco as principais emoções: medo, raiva,


alegria, tristeza e preocupação.

O medo afeta os rins e a bexiga, podendo causar


incontinência urinária. Pode afetar também o
coração e a mente, causando desarmonia interior,
fobias, diminuição da autoestima, entre outros.

A raiva é a emoção associada ao fígado,


interpretada em sentido mais amplo, inclui estados
emocionais como ressentimento, irritabilidade,
frustração, ira, ódio, indignação e amargura.
Quando estes estados emocionais persistem por muito
tempo podem causar estagnação do na energia do
fígado que resulta em cefaleia, tontura e rubor facial.

Alegria é a emoção do coração, porém, em excesso,


pode criar o estado de superexcitação que se pode
manifestar em palpitações, insônia, inquietude e
pressão alta..

Tristeza é a emoção relacionada com o pulmão.


A tristeza simboliza um movimento de olhar para
dentro e de recolhimento, mas quando exagerada e
prolongada, leva a pessoa à depressão, dificuldade
de respirar, sensação de desconforto no peito, maior
suscetibilidade a infecções respiratórias.

A preocupação está relacionada com o baço/


pâncreas e é uma das causas emocionais mais
comuns de doença em nossa sociedade. O excesso
de preocupação prejudica estes órgãos, podendo
levar a tensão nos ombros, suspiros, cansaço,
problemas digestivos e de açúcar no sangue.
Estou citando esses exemplos da medicina chinesa
apenas de maneira ilustrativa, já que este é um
conhecimento muito complexo, uma emoção não
afeta apenas um órgão e ponto, pois um órgão afeta
o outro e vai acontecendo uma reação em cadeia.

Dentro do conhecimento científico atual, o principal


mecanismo pelo qual nossas emoções afetam nossa
saúde é através do estresse excessivo ou crônico.

Por isso, você precisa entender o que é o estresse e


porque ele é chamado por muitos pesquisadores de
“assassino silencioso”.
ESTRESSE CRÔNICO - O ASSASSINO
SILENCIOSO
Qualquer coisa que ameace nossa integridade e
saúde é interpretada pelo nosso organismo como um
tipo de estresse.

O estresse em si não é ruim, é de fato uma resposta


necessária a situações de perigo, isso é vital quando
existe um perigo físico real.

Na natureza ou no modo de vida dos nossos


ancestrais o estresse acontecia apenas pontualmente:
um animal selvagem aparece, uma rocha despenca,
uma tribo inimiga invade seu território e situações
parecidas. Em geral, este tipo de ameaça durava
apenas alguns minutos ou no máximo algumas horas.

Os mecanismos fisiológicos do estresse englobam


a liberação dos hormônios cortisol, adrenalina e
epinefrina.
Quando estudamos o efeito desses hormônios, fica
claro que possuem ação benéfica nos momentos
necessários, nos ajudando a ter disposição extra,
foco para solucionar o problema, maior resistência
ao desconforto, mas podem causar desequilíbrios
diversos quando secretados por longos períodos.

O problema é que agora o estado de estresse é o


normal e não a exceção. Por quê?

Porque o nosso modo de vida mudou radicalmente


nas últimas centenas de anos e mais ainda nas
últimas décadas. Ainda que as ameaças diretas e
óbvias à nossa vida tenham diminuído muito e sejam
quase inexistentes no dia dia, as ameaças sutis e
psicológicas se multiplicaram e são estas que com o
tempo se tornam extremamente perigosas.

Um estresse sutil e constante pode ser muito mais


devastador do que um estresse intenso e curto.
A tensão do trânsito, contas para pagar,
preocupação com o filhos ou familiares,
preocupações com o futuro, toxinas ambientais e
consumidas com os alimentos, estímulos excessivos
de informação e tecnologia, tudo isso pode servir
como uma fonte de estresse e quando persistentes e
somadas vão “corroendo” o organismo por dentro,
inclusive o cérebro.

Tudo isso deixa nosso emocional sobrecarregado, o


que propicia reações emocionais desequilibradas.
Fica mais fácil perder a paciência… quem já não
presenciou xingamentos e até agressões por causa
do trânsito ou de um desentendimento no trabalho.
Ou aquela sensação de desespero quando o que
estávamos esperando acontecer não acontece…

As emoções negativas como raiva, medo, ciúmes,


tristeza etc, são fontes de estresse e quando
prolongadas, em excesso ou muito intensas,
impactam a saúde.
O IMPACTO NEGATIVO
DO ESTRESSE
Adrenalina e noradrenalina são substâncias
vasoconstritoras, estreitam os vasos sanguíneos,
elevando a pressão arterial e aumentando a
frequência cardíaca, em excesso levam à arritmias,
batimentos desordenados do coração, especialmente
em quem já tem algum tipo de problema cardíaco.

O cortisol aumenta os níveis de glicose sanguínea e,


em excesso, contribui para a resistência à insulina e
acúmulo de gordura abdominal, que aumenta o risco
de desenvolvimento do diabetes tipo 2 e síndrome
metabólica.

Além disso, a pessoa estressada e descontente


tem chances muito maiores de se alimentar
mal e desenvolver hábitos de vida ruins, como
sedentarismo, tabagismo e alcoolismo.

Todos esses elementos também acabam sendo fontes


adicionais de estresse, levando a um círculo vicioso.
O cortisol alto e desregulado:

Pode contribuir para o desenvolvimento da


resistência à insulina, diabetes tipo 2 e ganho de
peso.

Desregula o sistema imunológico, aumentando as


chances de infecções e complicações de saúde e
agravando doenças autoimunes.

Reduz seus níveis de DHEA, testosterona, hormônio


do crescimento e TSH, ou seja desregula seus
hromônios, diminuindo sua vitalidade, desempenho
sexial e muito mais.

Dificulta o ganho de massa muscular

Inibe os processos digestivos

Aumenta o risco de depressão, ansiedade e


desequilíbrios de humor

Contribui para doença cardiovascular

Não é exagero sugerir que o estresse contribui para


todas as doenças crônicas modernas.
Todos nós hoje em dia estamos mais suscetíveis ao
estresse, um assassino silencioso da nossa saúde,você
se conscientizar de que é impossível ter saúde
vivendo em um estado de estresse crônico

Para não se tornar presa do estresse, é de extrema


importância buscar o autoconhecimento e se dedicar
a aprimorar sua inteligência emocional.

Cada pessoa tem um ponto fraco. Para alguns, o


estresse emocional ataca o sistema gástrico, e por
isso ao sofrer uma situação de tensão a pessoa
acaba tendo diarreia ou dor de estômago. Outras
pessoas apresentam dor de cabeça, mas essa dor
não tem origem neurológica, é puramente tensional.
Há casos até em que a pessoa desenvolve dificuldade
para respirar, que pode chegar a asma.

O cortisol, hormônio do estresse, tem efeitos


poderosos na nossa bioquímica e afeta o
funcionamento cerebral de muitas maneiras.
O estresse repetido é um importante gatilho para a
inflamação. A inflamação crônica pode levar a uma
série de problemas de saúde, incluindo diabetes
e doenças cardíacas. O cérebro é normalmente
protegido das moléculas circulantes pela barreira
hematoencefálica, porém, o estresse frequente
danifica essa barreira e as proteínas inflamatórias
conseguem entrar no cérebro.

O hipocampo é uma região crítica do cérebro


para o aprendizado e memória e é particularmente
vulnerável aos efeitos destrutivos do estresse. Estudos
em humanos mostraram que a inflamação pode
afetar adversamente os sistemas cerebrais ligados à
motivação e agilidade mental.

Níveis altos e prolongados de cortisol têm sido


associados a transtornos do humor e ao encolhimento
do hipocampo.

O estresse crônico também altera as substâncias


químicas no cérebro que modulam a cognição e o
humor, incluindo a serotonina.

As duas maiores disfunções que surgem de um


emocional sobrecarregado são a ansiedade e
depressão.
SOMOS CAMPEÕES DE
ANSIEDADE E DEPRESSÃO
Segundo dados da OMS (Organização Mundial da
Saúde), nosso país tem o maior número de pessoas
ansiosas do mundo: 18,6 milhões de brasileiros
(9,3% da população) convivem com o transtorno, e
desde a classificação da Covid-19 como pandemia,
psicólogos e psiquiatras têm alertado a necessidade
de redobrar os cuidados com a saúde mental

Além disso, o Brasil é o segundo país das Américas


com maior número de pessoas depressivas,
equivalentes a 5,8% da população, atrás dos Estados
Unidos, com 5,9%.

ENTENDA A ANSIEDADE
Há uma grande diferença em sentir-se ansioso e ser
ansioso.

Emoções e sensações agradáveis e desagradáveis


passageiras, causadas por eventos ou preocupações
pontuais não configuram problema algum.

O problema é quando um padrão emocional se


instala e permanece, no caso da ansiedade, quando
isso acontece, podemos dizer então que a pessoa
não apenas está ansiosa, mas que é ansiosa, sofre de
ansiedade.
Estar ansioso é normal. Ser ansioso precisa
de cuidados especiais.

Se você está esperando alguém e esta pessoa não


chega, você pode começar a ficar preocupado,
tenso, com dificuldade em se concentrar em outra
coisa, ou se você tem uma conta para pagar e o
dinheiro não entrou, você pode ter uma dificuldade
maior para esquecer do assunto e pegar no sono,
esses são pequenos quadros de ansiedade que todo
mundo tem de vez em quando. São normais.

Pessoas que sofrem de transtorno de ansiedade têm


falta de controle sobre os pensamentos negativos, que
se repetem e geram um estado de tensão constante, o
que impede as atividades comuns do dia a dia.

Um transtorno de ansiedade se caracteriza por


preocupações constantes, medos exagerados, uma
sensação contínua de que um desastre ou algo muito
ruim vai acontecer, preocupações exageradas com
saúde, dinheiro, família ou trabalho; e medo extremo
de alguma situação em particular.
Dependendo do nível, traz sérios prejuízos, inclusive
à saúde física e aos relacionamentos pessoais. Um
estado de tensão e estresse constante leva a dores
de cabeça, dores musculares, problemas gástricos e
digestivos, além de problemas emocionais e mentais,
como falta de concentração, insônia, problemas de
memória, irritabilidade e vários outros.

Por isso, atente-se para a intensidade e a duração


das sensações: a partir do momento que você não
consegue se concentrar no trabalho, apresenta
dificuldade para dormir por ficar pensando o tempo
todo no que pode acontecer de ruim, se você não
consegue comer direito devido ao excesso de
preocupações ou tem compulsão alimentar, significa
que a ansiedade já pode estar afetando a sua vida.
Se for assim, não espere; comece a colocar em
prática a “respiração para controlar a ansiedade”,
junto com as outras atitudes listadas nesta edição. Se
necessário, procure ajuda profissional.
Os transtornos de ansiedade apresentam algumas
reações e sintomas como:

Taquicardia

Suor frio excessivo

Tontura

Falta de memória e atenção

Irritação

Tremores e calafrios

Falta de ar

Sensação de sufocamento

Desespero

Insônia

Excesso de preocupação

Retraimento social

Diminuição do rendimento escolar ou profissional.


DEPRESSÃO: A DOENÇA MAIS
INCAPACITANTE DO MUNDO
A depressão pode chegar de mansinho,
silenciosamente, através de sintomas como falta
de energia e cansaço, desinteresse em atividades
que antes davam prazer, isolamento, pessimismo,
mudanças no apetite e no sono.

A tristeza, apesar de ser um sintoma evidente, é


também uma emoção natural do ser humano e nem
sempre está associada à depressão.

O fato é que, uma vez instalados, todos esses


sentimentos e sintomas podem piorar, levando à
um sentimento de inutilidade, angústia, frustração
intensa, tormento e pensamentos recorrentes de morte
que, na pior das hipóteses, podem levar ao suicídio.
De fato, depressão é o principal fator que leva ao
suicídio e que ceifa a vida de aproximadamente 1
milhão de pessoas por ano.
A depressão é considerada a doença mais
incapacitante do mundo. Mais de 264 milhões
de pessoas são afetadas por este transtorno na
atualidade. No Brasil, 5,8% da população sofre
de depressão, o que significa quase 12 milhões
de brasileiros, e esses números parecem estar
aumentando geração após geração.

Apesar disso, muitas vezes não é levada tão a sério,


sendo encarada por amigos e familiares como uma
má vontade, preguiça e algum tipo de excentricidade
do indivíduo.

Assim como no caso da ansiedade, passar por


momentos ou períodos de desânimo e tristeza é
normal, se sentir deprimido acontece. Mas quando
isso se intensifica, se prolonga e começa a afetar
significativamente a vida da pessoa, temos um caso
de depressão, uma doença séria que pode colocar a
vida do paciente em risco.
Vivemos em uma sociedade que muitas vezes nos
impõe um ritmo de vida que não conseguimos
acompanhar, padrões de sucesso e beleza que são
quase sempre inatingíveis. Desse modo, surge uma
pressão para correspondermos às expectativas, o que
nos deixa sobrecarregados e desconectados do nosso
valor real e do que realmente queremos na vida.

Os efeitos de viver constantemente com esta


sobrecarga física e psíquica desencadeiam
sofrimentos que, não raro, levam a quadros
de ansiedade e depressão,destruindo a nossa
autoestima, um dos sentimentos mais importantes para
o ser humano, afinal como desempenhar sua função,
produzir, se relacionar socialmente e afetivamente,
se o amor-próprio está lá em baixo. Simplesmente
não é possível e este é um fator recorrente nos casos
de depressão: baixa auto-estima, provocada por
um sentimento de ser incapaz de atingir padrões e
expectativas gerados pela sociedade ou pela mídia.
Os principais sintomas da depressão são:

Tristeza persistente

Falta de energia

Irritabilidade

Ansiedade

Perda de interesse por atividades prazerosas

Baixa autoestima

Insônia ou excesso de sono

Alteração do apetite gerando emagrecimento ou


ganho de peso

A chave para prevenir, melhorar e reverter a


ansiedade, depressão e problemas psicológicos
diversos está no desenvolvimento da inteligência
emocional.
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

A maioria das pessoas está familiarizada com o


significado de inteligência como a capacidade
de aprender, aplicar o conhecimento, ter ideias e
resolver problemas. Mas este não é o único tipo de
inteligência.

Existem outros tipos de inteligência, sendo que a


inteligência emocional é, sem dúvida, uma das mais
importantes. Muitos pesquisadores afirmam que a
inteligência emocional é a principal responsável
pelo sucesso e, principalmente, pela felicidade.
Sendo assim, pode ser até mais importante do que a
inteligência mental.

O que é Inteligência
Emocional?
O criador dessa expressão, o psicólogo e estudioso
do cérebro Daniel Goleman, a define como a
capacidade de ter consciência das próprias emoções,
reconhecê-las e controlá-las, ter motivação para
atingir seus objetivos, reconhecer as emoções
das outras pessoas e ter habilidade nas relações
interpessoais.

Cinco elementos definem a inteligência emocional:


AUTOCONSCIÊNCIA

Autoconsciência é estar consciente de seus próprios


sentimentos e motivações. Pessoas emocionalmente
inteligentes geralmente demonstram um alto nível
de autoconsciência. Você sabe como suas emoções
afetam a si mesmo e aos outros e não permite que
suas emoções o controlem.

Assim que você consegue reconhecer e nomear o


que sente, já está mais perto de lidar com elas de
modo mais saudável. A autoconsciência permite você
alcançar a autorregulação.
AUTORREGULAÇÃO

Pessoas com capacidade de autorregulação não


tomam decisões impulsivas. Você faz uma pausa
e pensa nas consequências de uma ação antes de
prosseguir.

Por exemplo, se você reconhece que está com raiva,


antes de expressar e agir de maneira impulsiva,
você pode optar por confrontar através do diálogo
e mostrar os motivos de estar irritado, em vez de
simplesmente atacar e “descontar” sua raiva, ou
pode avaliar que é mais construtivo se afastar dessa
pessoa.

Talvez você opte por estabelecer alguns limites


saudáveis ​​no trabalho ou com seus entes queridos.
MOTIVAÇÃO

Pessoas com inteligência emocional são produtivas


e motivadas. Você pensa no quadro geral e avalia
como suas ações contribuirão para o sucesso a longo
prazo.

EMPATIA

Pessoas emocionalmente inteligentes são menos


propensas a serem egocêntricas. Em vez disso, você
simpatiza com os outros e suas situações. Você tende
a ser um bom ouvinte, lento para julgar e rápido
para compreender as necessidades e desejos dos
outros. Por esta razão, uma pessoa emocionalmente
inteligente é muitas vezes vista como um amigo leal e
compassivo.
HABILIDADES SOCIAIS

É mais fácil para você colaborar e trabalhar em


equipe. Você tende a ser um excelente líder por
causa de suas fortes habilidades de comunicação e
capacidade de gerenciar relacionamentos.
Aqui estão alguns sinais que podem indicar boa
inteligência emocional:

ser visto como uma pessoa empática pelos outros

ser um excelente solucionador de problemas

não ter medo de ser vulnerável e compartilhar seus


sentimentos

estabelece limites e não tem medo de dizer “não”


quando necessário

consegue se dar bem com diferentes tipos de


pessoas em diferentes situações

não se abate por momentos ruins e segue em frente

faz perguntas e busca entender os outros e a


situação

aceita críticas construtivas sem dar desculpas ou


culpar os outros

excelente ouvinte

não tem medo de admitir seus erros e pedir


desculpas

automotivado

entende suas próprias ações e comportamentos


Agora veja alguns sinais que podem indicar falta de
inteligência emocional:

dificuldade em ser assertivo ou assumir o controle

não lida bem com opiniões diferentes

não aceita críticas

guardar rancor

não admite seus erros

sente-se incompreendido

crítico, julga excessivamente os outros

fica facilmente ofendido

tem dificuldade em manter relacionamentos

não entende as próprias emoções

não percebe o que os outros estão sentindo ou


precisando
A inteligência emocional
pode ser aprendida?
Algumas pessoas nascem com maior inteligência
emocional, mas qualquer um pode se aprimorar.

Melhorar suas interações com os outros é uma


maneira de desenvolver inteligência emocional. Ser
empático não é algo natural para todos. Faça um
esforço para se colocar no lugar do outro. Ao fazer
isso, será mais fácil ter empatia com suas situações
e entender por que eles respondem de determinadas
maneiras.

Outra maneira de desenvolver a inteligência


emocional é praticar a humildade e deixar que
os outros tenham a chance de brilhar por suas
realizações. Aprenda a alcançar seus objetivos sem
atenção ou elogios.

Trabalhe para melhorar a forma como você lida com


situações difíceis.
Se você costuma ficar chateado, estressado ou com
raiva, pratique manter a calma. Faça a si mesmo
algumas perguntas para entender a raiz de suas
emoções. Permanecer calmo pode exigir afastar-se de
uma situação ou respirar fundo.

A chave é aprender a controlar suas emoções e não


deixar que suas emoções o controlem.

Além disso, assuma a responsabilidade por suas


ações e comportamento. Críticas construtivas e
feedback fazem parte da vida. Em vez de culpar ou
dar desculpas, ouça o feedback. Reconheça o ponto
de vista da outra pessoa e faça as melhorias ou
ajustes necessários.

Em muitos casos, a crítica construtiva não é para


te ofender. Destina-se a ajudá-lo a crescer como
indivíduo.
COMO ESTÁ SUA SAÚDE
EMOCIONAL?
Tenha em mente que ter uma boa saúde emocional
não significa que você está sempre feliz ou livre de
emoções negativas. Trata-se de ter as habilidades e
recursos para gerenciar os altos e baixos do dia-a-
dia.

Veja algumas características que ilustram uma boa


saúde emocional:

Ter auto-responsabilidade e
1 encarar a adversidade como
oportunidade para crescer

Isso não é fácil, mas todo passo em direção ao


desenvolvimento desta habilidade é recompensador.

Por exemplo, se ficou com raiva por ter sido magoado


por alguém, ter auto-responsabilidade aqui não é se
culpar pelo ocorrido, é buscar entender como você
ajudou a criar essa situação.

Será que houve uma falta de limites? Será que


você se negou a perceber o comportamento da
pessoa e permitiu que a coisa explodisse até esse
ponto? Reconhecer como nossas próprias falhas e
comportamentos contribuíram para a situação nos
ajuda não apenas a compreender melhor a situação
e o outro, mas tomar consciência das nossas próprias
falhas e modificar nosso comportamento para melhor,
o que evitará problemas do mesmo tipo no futuro.

Observação e transformação
2
dos seus próprios julgamentos

Uma autocrítica muito forte ou a tendência a se julgar


e se condenar internamente é um traço que alimenta
as emoções negativas podendo deixá-las patológicas.

Ao observar essa voz interior, você pode transformá-


la.

Por exemplo, quando você se vê envolvido em


uma conversa interna negativa, se culpando, se
depreciando, se desvalorizando, pode se perguntar:

“Se meu filho, parceiro ou melhor amigo estivesse


passando por esta situação, como eu responderia? Eu
seria tão duro com eles como sou comigo?”

“O que torna desafiador para mim me tratar da


mesma maneira que trato os outros?”
3 Curiosidade
A saúde emocional floresce quando você está
curioso sobre seus pensamentos, comportamentos
e sentimentos e por que eles podem surgir em
determinados momentos.

É importante poder se perguntar: “Por que reajo


dessa maneira?” ou “O que há no meu passado que
pode me levar a ter uma forte reação a x, y e z?”

Por que isso é tão importante?

Muitas vezes passamos por situações que nos deixam


com reações automáticas, é só apertar o botão e
volta tudo.

Para algumas pessoas, um sentimento de rejeição


que pode resultar em raiva, para outras pode resultar
em tristeza e afastamento. Quando alguém passa
por uma situação de ameaça ou de humilhação
e acontece qualquer coisa parecida, ou que nós
julgamos parecida, a tendência é repetir padrões, por
isso tenha curiosidade sobre o seu comportamento,
sobre o seu passado, mas uma curiosidade curativa,
que quer encontrar respostas, que busca soluções,
não justificativas para permanecer se sentindo mal.
Você pode estar pensando “puxa, mas isso dá
trabalho” e eu te respondo que sim, dá trabalho, mas
tudo tem seu preço e o que você ganha com uma boa
saúde emocional vale muito o trabalho.

Você não vai ser feliz sem esforço, isso é uma ilusão.
Você não vai ficar em forma sem atividade física, não
vai ganhar dinheiro sem trabalhar, não vai ter força
e disposição sem se alimentar direito, não entendo
como as pessoas acham que ser feliz ou ter boa
saúde emocional pode acontecer “do nada”.

Existe uma frase que diz: “nenhuma pessoa de


sucesso acredita no acaso”.

O que isso quer dizer? Todos aqueles que


conquistaram algo, sabem que só conseguiram por
causa do esforço, da inteligência, do treino, da
persistência.

As pessoas com excelente saúde emocional também


não acreditam no acaso, você precisa treinar.

Não se esqueça: Trabalhar em nossa


saúde emocional é tão importante quanto
cuidar de nosso bem-estar físico. No final
das contas, sem saúde emocional não haverá
bem-estar físico.
Você será recomensado com:

Resiliência ao estresse, ou seja, será menos afetado


em situações estressantes e terá respostas mais
efetivas, dessa maneira evitando grande parte das
consequências negativas do excesso de estresse.

Relacionamentos mais profundos e verdadeiros.


Quando você está equipado com as habilidades
para gerenciar suas emoções, é mais fácil se
conectar com os outros e mostrar mais empatia e
compaixão. Você também é mais capaz de manter
argumentos e falar sobre seus sentimentos.

Auto-estima mais elevada. Seus pensamentos,


sentimentos e experiências influenciam a maneira
como você se sente sobre si mesmo. Uma boa
saúde emocional ajuda você a ver o melhor em si
mesmo, apesar dos desafios.

Mais energia. Ter uma perspectiva positiva faz você


se sentir mais energizado e ajuda a se concentrar
e pensar com mais clareza, enquanto uma saúde
emocional ruim esgota seus recursos mentais e leva
à exaustão.

Tudo isso, resumido em uma frase: Você se torna


mais feliz e mais saudável.
COMO SER FELIZ TE DEIXA
MAIS SAUDÁVEL

O antigo filósofo grego Aristóteles escreveu há mais


de dois mil anos: “A felicidade é o significado e o
propósito da vida, todo o objetivo e fim da existência
humana.”

Felicidade é um termo amplo que descreve a


experiência de emoções positivas, como alegria,
contentamento e satisfação.

Pesquisas mostram que ser mais feliz não apenas


faz você se sentir melhor, mas traz uma série de
benefícios potenciais para a saúde.

Vamos conhecer alguns desses benefícios já


descobertos pela ciência.
Facilita um estilo de vida saudável

Quando você está feliz, é natural que faça melhores


escolhas de alimentação e estilo de vida. Pessoas
felizes tendem a comer dietas mais saudáveis,
com maior ingestão de frutas, vegetais e alimentos
minimamente processados.

Um estudo com mais de 7.000 adultos descobriu que


aqueles com um bem-estar positivo eram 47% mais
propensos a consumir frutas e vegetais frescos do que
seus colegas menos positivos .
No mesmo estudo, os pesquisadores descobriram que
indivíduos com bem-estar positivo tinham 33% mais
chances de serem fisicamente ativos, com 10 ou mais
horas de atividade física por semana.

Além disso, ser mais feliz também pode melhorar


os hábitos e práticas de sono, o que é importante
para concentração, produtividade, desempenho no
exercício e manutenção de um peso saudável.

Outro estudo, com mais de 700 adultos, descobriu


que os problemas de sono, incluindo dificuldade em
adormecer e dificuldade em manter o sono, eram
47% maiores naqueles que relataram baixos níveis de
bem-estar positivo.
Melhora o sistema imunológico

A saúde emocional é de extrema importância para o


sistema imunológico.

Existe um campo de estudo chamado de


psiconeuroimunologia que estuda justamente essa
relação entre o estado psicológico, o sistema nervoso
e o sistema imunológico.

Pesquisas mostram que ser mais feliz pode ajudar a


manter seu sistema imunológico forte e reduzir o risco
de desenvolver resfriados e infecções respiratórias.

Um estudo em mais de 300 pessoas saudáveis ​​


analisou o risco de desenvolver um resfriado depois
que os indivíduos receberam um vírus do resfriado
comum por meio de gotas nasais.

As pessoas menos felizes tinham quase três vezes


mais chances de desenvolver o resfriado comum em
comparação com as mais felizes.
Em outro estudo, pesquisadores deram a 81
estudantes universitários uma vacina contra a hepatite
B, um vírus que ataca o fígado. Alunos mais felizes
eram quase duas vezes mais propensos a ter uma
alta resposta de anticorpos, um sinal de um sistema
imunológico forte.

Um estudo publicado em 2014 sobre a relação entre


o estresse e a imunidade afirma que
“o estresse a longo prazo suprime ou desregula as
respostas imunes inatas e adaptativas, alterando o
equilíbrio de citocinas tipo 1 e Tipo 2, induzindo
inflamação crônica de baixo grau e suprimindo o
número, a movimentação e a função das células
imunoprotetoras”.

Em outras palavras: o estresse crônico causa


inflamação crônica e diminui a eficiência do sistema
imune, você fica mais suscetível a doenças e a
sintomas mais graves.

Um estudo do Instituto HeartMath sobre o


efeito negativo do estresse foi feito medindo a
imunoglobulina A (IgA) salivar.
Foram medidas as taxas de IgA em trinta indivíduos
antes e depois de experimentar estados emocionais
de bem-estar e auto-cuidado e frustração intensa e
raiva.

Emoções positivas produziram um aumento


significativo nos níveis de IgA.

Examinando os efeitos durante um período de seis


horas, foi observado que a raiva, produziu uma
inibição significativa da IgA de uma a cinco horas
após a experiência emocional.

O estudo concluiu que técnicas de gerenciamento do


estresse e cultivo de sentimentos positivos podem ser
úteis para minimizar os efeitos imunossupressores de
emoções negativas.
Ajuda a combater o estresse

Vários estudos demonstram que os níveis de cortisol


tendem a ser mais baixos quando as pessoas são
mais felizes

De fato, um estudo com mais de 200 adultos deu aos


participantes uma série de tarefas estressantes em
laboratório e descobriu que os níveis de cortisol nos
indivíduos mais felizes eram 32% mais baixos do que
nos participantes infelizes.
Pode proteger seu coração

A felicidade pode proteger o coração reduzindo a


pressão arterial, um importante fator de risco para
doenças cardíacas.

Um estudo com mais de 6.500 pessoas com mais de


65 anos descobriu que o bem-estar positivo estava
associado a um risco 9% menor de pressão alta.

Vários estudos mostraram que ser feliz está associado


a um risco 13 a 26% menor de doença cardíaca.

Um estudo de longo prazo com 1.500 adultos


mostrou que a felicidade foi associada a um risco
22% menor durante o período de estudo de 10 anos,
mesmo após a contabilização de fatores de risco,
como idade, níveis de colesterol e pressão arterial.
Pode aumentar sua
expectativa de vida
Um estudo publicado em 2015 analisou o efeito da
felicidade nas taxas de sobrevivência em 32.000
pessoas. O risco de morte durante o período de
estudo de 30 anos foi 14% maior em indivíduos
infelizes em comparação com seus colegas mais
felizes.

Uma grande revisão de 70 estudos analisou a


associação entre bem-estar positivo e longevidade
em pessoas saudáveis e ​​ com uma condição de saúde
pré-existente, como doença cardíaca ou renal e
verificou-se que um maior bem-estar positivo teve um
efeito favorável na sobrevivência, reduzindo o risco
de morte em 18% em pessoas saudáveis ​​e em 2%
naquelas com doença pré-existente.

Pessoas mais felizes vivem mais e melhor.


Pode ajudar a reduzir a dor

Vários estudos descobriram que um maior bem-estar


positivo pode reduzir a dor e a rigidez associadas à
artrite, uma condição comum que envolve inflamação
e degeneração das articulações, causando
articulações dolorosas e rígidas, que geralmente
pioram com a idade.

Também pode melhorar o funcionamento físico em


pessoas com artrite.

Um estudo em mais de 1.000 pessoas com artrite


dolorosa do joelho descobriu que indivíduos mais
felizes caminhavam 711 passos extras por dia –
8,5% a mais do que seus colegas menos felizes

A felicidade também pode ajudar a reduzir a dor


em outras condições. Um estudo em quase 1.000
pessoas em recuperação de acidente vascular
cerebral descobriu que os indivíduos mais felizes
tinham classificações de dor 13% mais baixas após
três meses de saída do hospital.

Sentimentos positivos ajudam na liberação de


endorfinas e outras moléculas que diminuem a
sensação de dor e aumentam o bem-estar.
9 ATITUDES PARA MAIS
SAÚDE EMOCIONAL
Aplique os princípios a seguir para ter mais saúde
mental, emocional e física, e melhorar o seu nível de
felicidade e bem-estar.

1 Cultive a Gratidão

Gratidão é um sentimento que engloba a apreciação,


o contentamento, o agradecimento, a humildade.

Este costume é um antídoto contra o desânimo, a


negatividade, a inveja, as preocupações e irritação.

O estresse crônico, a ansiedade e a depressão fazem


com que a pessoa se concentre nos problemas, no
que não deu certo, nos traumas do passado e nas
ameaças do futuro.

O cultivo da gratidão oferece um alívio desta


perspectiva sombria e facilita que, de modo gradual,
a percepção se torne mais limpa, menos carregada
e as emoções positivas, mais frequentes e naturais.
Ao invés de se concentrar nas coisas que você não
tem, agradeça pelas coisas que você já tem. Ao invés
de focar no que deu errado, agradeça pelo que deu
certo.
Existem muitas maneiras de exercitá-la, uma delas é o
“Diário da Gratidão”.

Escreva diariamente uma pequena lista de 5 coisas


pelas quais é grato em sua vida.

Você também pode treinar expressar com mais


frequência apreciação e admiração pelas pessoas,
agradecer mais por qualquer ato, favor ou gesto que
alguém faça por você ou mesmo para outros.

As pesquisas indicam que pessoas que sentem


gratidão pelas coisas boas ( ou mesmo
desagradáveis, que possam trazer lições) em suas
vidas, quer sejam pequenas ou grandes, desfrutam de
mais saúde e mais felicidade.
2 Medite

Existem muitos estilos de meditação, sugiro que você


pesquise e selecione aquele mais fácil e de acordo
com sua preferência. O principal efeito que buscamos
na meditação é “esvaziar” a mente dos pensamentos
e vivenciar o momento presente. Para isso, um dos
elementos mais utilizados é a atenção na respiração.

A meditação se popularizou muito nos últimos anos, e


não foi só entre os praticantes de yoga e admiradores
da cultura oriental. Empresários, atletas, soldados,
professores, médicos e pessoas de todas as áreas têm
buscado e praticado a meditação, justamente por
possuir benefícios imediatos e também a longo prazo.

A ciência relata diminuição do estresse, aumento


da atividade de algumas regiões do cérebro e
diminuição da atividade em regiões hiperativas,
que pode resultar em mente mais clara, melhor
memória e mais tranquilidade, superação de medos
e novas redes neurais (novos “caminhos” entre os
neurônios), o que facilita a mudança de hábitos e o
desenvolvimento de novas habilidades.
Todos esses efeitos contribuem para aprimorar sua
inteligência e saúde emocional.

Com a prática da meditação cultivamos um estado de


“atenção plena” ao momento presente, muitas vezes
chamado de mindfulness. Isso é muito importante,
pois problemas emocionais que resultam em
ansiedade, desânimo e depressão tendem a focar o
passado e o futuro.

Quem “vive” no passado, costuma se entristecer


pelo que aconteceu ou não aconteceu, e justificar os
problemas e as condições negativas de acordo com
acontecimentos passados.

Quem “vive” no futuro, desenvolve ansiedade - tanto


pelo medo de coisas ruins acontecerem, como pela
expectativa de coisas boas.

As pessoas mais saudáveis emocionalmente e felizes


são aquelas que vivem o presente.

Não se prenda ao passado e nem fique obcecado


pelo futuro.
Sugestão para a prática da meditação:

Reserve um tempo e um local onde você não será


interrompido, desligue o celular ou coloque no
modo avião (se quiser marcar o tempo).

Encontre uma postura confortável e simplesmente se


conscientize do seu corpo e das sensações.

Foque a respiração, perceba o ar entrando pelas


narinas, preenchendo os pulmões, sinta o ar saindo
lentamente pela boca ou nariz.

Continue focando na respiração, sempre que se


distrair com pensamentos, simplesmente volte a
perceber a sensação do ar entrando e saindo.

Finalize com uma respiração mais profunda e um


grande sorriso.

Levante-se, massageie os rostos, se espreguice e


dê alguns passos para retornar a um estado mais
desperto.

Pratique diariamente, mas no começo limite sua


prática a poucos minutos, como 3 ou 5 minutos.
Como qualquer outra habilidade, meditar também
envolve um treinamento e começar com períodos
maiores pode acabar desestimulando sua prática
frequente.
3 Cultive o otimismo

Expressões como “olhar o lado positivo das coisas”


ou perceber um “copo metade cheio” ao invés de
“metade vazio” são exemplos de uma mentalidade
otimista.

Ser otimista não significa que você deixa de perceber


aspectos negativos ou desagradáveis do mundo e de
si mesmo, mas que você decide concentrar-se mais no
que é positivo, construir o que é bom e solucionar o
que pode ser solucionado.

Um tipo especial de otimismo é aquele em relação a


si e à sua própria vida no futuro.

Você pode cultivá-lo através de visualizar a si mesmo


ou aspectos da sua vida de forma ideal. Ao fazer
isso você não apenas cria uma expectativa positiva,
como também treina o seu cérebro de que aquilo
é uma realidade. A mente é poderosa, se você se
visualizar diariamente que você é cansado, fraco,
triste, pode ter certeza de que estará criando essas
características, tanto é que um dos aspectos mais
marcantes da depressão consiste em pensamentos
negativos em relação a si e à própria vida.
Ao mentalizarmos a pessoa que desejamos ser, nosso
cérebro convida os nossos neurônios a trabalhar
para isso, estruturando um novo caminho neural
ou aglomerações de células que, juntas e ativadas,
trabalham para criar memórias ou comportamentos
aprendidos. Ao repetir a visualização, o caminho
neural se fortalece, facilitando os comportamentos
e hábitos que vão resultar no estado positivo que
desejamos.

A visualização te inspira e te ajuda a construir uma


vida melhor, mas ela não vai construir sozinha essa
vida para você.
4 Pratique a bondade

Os cientistas concluíram que fazer algo pelos outros


é mais recompensador e gera mais felicidade do que
fazer algo para nós mesmos.

Os estudos detectaram que a felicidade de ver o


outro feliz é mais profunda e mais duradoura do que
a felicidade auto-direcionada.

Doar dinheiro e fazer trabalho social são atividades


que podem aumentar muito a felicidade.

Um estudo das universidades de Harvard e Columbia


envolvia entregar envelopes com 5 e 20 dólares
para pessoas, algumas sendo instruídas a gastar com
elas mesmas ou comprando algo para um amigo.
As pessoas do grupo que gastaram dinheiro com
os outros estavam mais contentes com elas mesmas,
mas não havia diferença nas estatísticas para as
quantidades, de 5 ou 20 dólares.

O ato de doar traz felicidade.


5 Cultive relações significativas

Boas amizades, relações íntimas e uma boa relação


com familiares (quando possível) são indispensáveis
para a saúde emocional e física.

Passar a maior parte do tempo sozinho, sem


interações significativas, está se tornando cada vez
mais comum e os efeitos desastrosos deste aspecto
da vida moderna já chamam a atenção de muitos
pesquisadores e profissionais de saúde.

Quando você está interagindo com outra pessoa,


sua mente não tem a mesma chance de se debruçar
sobre os pensamentos negativos repetitivos. Além
disso, outras pessoas enxergam uma mesma situação
de diferentes maneiras e conversar sobre os seus
problemas aumenta exponencialmente a chance de
soluções.
Outro fator positivo é que na interação com os outros,
você nota que os seus problemas e dilemas são
frequentemente os mesmos e muitas vezes menores
do que de outras pessoas, isso traz uma aceitação
natural e a percepção de que todos nós passamos
por dificuldades e todos nós temos a capacidade de
superá-las e crescer através delas - principalmente
juntos.

Além de tudo, simplesmente estar em contato com


pessoas que gostamos aumenta a dopamina,
ocitocina e outras substâncias benéficas, que
equilibram a química do nosso cérebro.

Conviver com aqueles em quem confiamos e com


os quais temos afinidade reforça nossas qualidades
e nos traz um benéfico senso de segurança e
pertencimento. Estar cercado de pessoas que
promovam comportamentos saudáveis e positivos é
ainda mais importante.

Pesquisadores relatam que o convívio social saudável


pode ajudá-lo a viver até 50% mais. De fato, apenas
três laços sociais pode diminuir o risco de morte
prematura em mais de 200%!

Os estudos também vinculam relações sociais


saudáveis à mudanças positivas no coração, cérebro
e hormônios.
6 Espiritualidade e propósito
de vida
Independente da religião, a espiritualidade afeta
positivamente a saúde – são muitas as evidências
científicas que revelam isso.

O necessário para que você possa sentir os efeitos


positivos, de acordo com as pesquisas, é possuir uma
prática frequente relacionada à reflexão ou cultivo de
aspectos nobres e edificantes.

Manter uma rotina de preces, leitura de um texto


sagrado ou qualquer tipo de meditação fortalece a
saúde física e psicológica.

Além disso, nos torna mais fortes e resilientes para


lidar com os desafios do dia a dia, até mesmo
para cumprir as outras metas, como a de ter uma
alimentação mais saudável, cuidar melhor do corpo,
ter relacionamentos mais amorosos.
A fé e a dedicação aos princípios morais e espirituais
desempenham um grande papel na vida das pessoas
com alto nível de inteligência emocional.

Um conjunto de crenças e princípios fornece um


direcionamento claro e construtivo e muitas vezes
cria a sensação de que somos parte de algo maior.

Isso também fortalece o vínculo entre as pessoas


e contribui de maneira decisiva para a saúde
emocional e social. Facilita dar e receber ajuda,
o que alivia a sensação de solidão e diminui
enormemente as chances de depressão ou
comportamentos destrutivos.

A espiritualidade e a fé não se limitam à crenças


religiosas, mas incluem a confiança numa força
superior, a preocupação com os outros, a disposição
em ajudar, e um conjunto de valores a serem
seguidos, como honestidade, justiça e assim por
diante.
Isso facilita ter um propósito de vida, algo que traz
direcionamento, ânimo, satisfação e apreciação pela
vida.

Ter um propósito te impulsiona a crescer, se expandir


e contribuir com aquilo que você tem de melhor,
beneficiando os outros também. Ele pode incluir
muitas áreas e ser bastante variado, por exemplo,
você pode ter o propósito de melhorar um aspecto
da saúde para continuar a ser independente, de ver
os netos irem para a faculdade, de ajudar os filhos
no restaurante, de manter uma horta para alimentar
pessoas necessitadas, de se aprimorar em alguma
arte ou na sua fé, continuar desempenhando sua
profissão, cuidar de um ente querido e por aí vai.

Descubra seu propósito, se conecte com algo maior e


viva com paixão.
7 Contato com a natureza

O contato com a natureza diminui os níveis de


cortisol, equilibra a pressão arterial, contribui
para a produção de endorfinas e fornece estímulos
importantes para o cérebro e sistema nervoso.

De acordo com uma pesquisa de 2015 da


Universidade de Stanford, nos EUA, as pessoas que
têm mais contato com a natureza (andando pelos
parques, por exemplo), registraram níveis menores de
pensamentos obsessivos e negativos.

Em ambientes naturais, respiramos um ar mais puro,


revitalizante e também é uma ótima oportunidade
para unir diversos elementos positivos em uma única
ocasião, como estar ativo fisicamente, tomar sol, se
divertir, estar junto de quem gosta.
Acho que todo mundo já sentiu “na pele” os
benefícios de passear no parque, ir à praia, observar
um belo pôr-do-sol. A natureza é relaxante, consegue
nos acalmar e nos inspirar.

Além desse efeito perceptível, interagir com


ambientes naturais nos coloca em contato com
diferentes espécies de microorganismos, que ajudam
a compor a nossa microbiota (o ecossistema de
microorganismos que habitam nossos intestinos, pele,
etc.) e nossa imunidade.

Se você vive na cidade ou em um grande centro


urbano, minha dica é fazer caminhadas em um
parque arborizado e sempre que possível viajar para
passar algumas horas ou alguns dias na praia, no
campo ou na montanha.

Portanto, é muito importante encontrar oportunidades


para estar em contato com a natureza: passear no
parque, fazer uma trilha, ir à praia.

Além disso, você pode cultivar um jardim ou mesmo


plantas em vasos e ter um bichinho de estimação.
8 Arte, criatividade e hobbies

Expressar o que a gente sente e buscar um estado


brincalhão, onde não estamos sendo monitorados e
nossas ações não precisam ser avaliadas ou julgadas
é uma excelente maneira de aliviar o estresse e se
conectar com os outros.

Tocar um instrumento, colocar suas músicas preferidas


e danças, assistir um bom filme, ler um livro, pintar,
desenhar, etc. são todas maneiras de se descontrair e
se esvaziar das preocupações do dia a dia.

Inclusive, um ponto forte dos tratamentos psicológicos


e mentais, é a arteterapia, graças aos bons resultados
para a saúde mental e bem-estar geral.

Você ainda pode escolher qualquer tipo de atividade


ou hobby, como esportes, jogos, jardinagem,
palavras cruzadas, dentre outros.
9 Cuide do seu corpo:
alimentação e estilo de vida
As nossas edições anteriores trazem as informações
que você precisa para se cuidar de modo completo.

Não podemos esquecer que a alimentação e


os diferentes aspectos do estilo de vida também
impactam a saúde emocional.

O cérebro precisa de nutrientes para funcionar bem.


Carências nutricionais podem levar a desequilíbrios
mentais e emocionais.

A atividade física é muito benéfica e o seu efeito é


comparável ao de antidepressivos.

Em um estudo, mesmo trinta minutos de caminhada


rápida, três vezes por semana, resultaram em uma
melhora considerável em pacientes com depressão,
com a mesma eficácia daqueles que tomaram o
medicamento - com um adicional - os pacientes em
tratamento com o medicamento tiveram três vezes
mais probabilidades de se tornarem deprimidos
novamente, o que não aconteceu com o grupo que se
exercitou.
Atividades tão variadas como caminhadas,
ciclismo, corrida e levantamento de peso têm sido
recomendadas como altamente eficazes.

Você também precisa de uma exposição saudável ao


sol.

Receptores especializados no cérebro respondem


de modo preciso à quantidade de luz que você se
expõe e de acordo com a intensidade e duração da
luz ativa inúmeras respostas fisiológicas incluindo
a produção e liberação de serotonina, dopamina e
endorfinas, essenciais para o bom humor, clareza
mental e disposição.

Sem exposição adequada à luz, o relógio biológico


fica fora de sincronia e desregula os diversos sistemas
do corpo, incluindo o apetite, o sono e a quantidade
de hormônios e neurotransmissores. Quando
isso acontece por um período prolongado pode
desencadear até mesmo depressão.

Além dos benefícios citados, essas atitudes também


vão proporcionar um sono de melhor qualidade, que
é outro fator determinante para a boa saúde mental.
A privação do sono impacta diretamente nosso
funcionamento cerebral. Se você não dorme bem,
não consegue pensar com tanta clareza, fica mais
facilmente irritado e estressado.

Com pouco sono, você fica mais vulnerável a


pensamentos e sentimentos negativos.

Problemas de sono estão fortemente associados à


depressão, e há evidências de que a maioria dos
episódios de transtorno de humor são precedidos por
várias semanas repletas de noites mal dormidas.

Dormir a quantidade de horas necessárias para


o repouso total do organismo favorece o não
aparecimento de estados depressivos e o tratamento
daqueles já existentes.
CONCLUSÃO

Entender a importância e a repercussão das emoções


pode modificar completamente a sua vida. Suas
prioridades mudam, sua maneira de lidar com as
pessoas e situações, o modo como você se sente,
tudo muda para melhor.

É claro que isso não acontece da noite para o dia, e


mesmo que as dificuldades, o sofrimento, a tristeza
continuem fazendo parte da vida, um maior nível
de inteligência emocional nos ajuda a aceitar isso,
crescer e a nos tornar seres humanos melhores a cada
nova experiência, boa ou ruim.

Quero que a partir de hoje você coloque em prática o


que aprendeu nesta edição. Você pode avançar muito
com seus próprios esforços, com ajuda de amigos,
familiares e profissionais de saúde ou psicólogos.

Lembre-se: terapeutas e psicólogos não são apenas


para casos graves, todos nós podemos nos beneficiar
de um auxílio profissional nesta jornada tão valiosa.

Grande Abraço.
Referências Bibliográficas

https://online.uwa.edu/news/emotional-psychology/

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5308597/
Nature and mental health: An ecosystem service perspective

Nature Contact and Human Health: A Research Agenda

The physiological effects of Shinrin-yoku (taking in the forest at-


mosphere or forest bathing): evidence from field experiments in
24 forests across Japan

Long-term exercise training improves memory in middle-aged


men and modulates peripheral levels of BDNF and Cathepsin B

Exercise-Mediated Neurogenesis in the Hippocampus via BDNF

Effects of exercise on the levels of BDNF and executive... : Medi-


cine

Brain-derived neurotrophic factor (BDNF) as a potential mecha-


nism of the effects of acute exercise on cognitive performance

Spending at least 120 minutes a week in nature is associated


with good health and wellbeing
The health benefits of the great outdoors: A systematic review
and meta-analysis of greenspace exposure and health outcomes.

Happiness is in our Nature: Exploring Nature Relatedness as a


Contributor to Subjective Well-Being

Positive Psychological Well-Being and Mortality: A Quantitative


Review of Prospective Observational Studies

Social Networks, Host Resistance, and Mortality: A Nine-Year


Follow-Up Study of Alameda County Residents

Minimum amount of physical activity for reduced mortality and


extended life expectancy: a prospective cohort study

Global positive expectancies in adolescence and health-related


behaviours: longitudinal models of latent growth and cross-lag-
ged effects

Positive psychological attributes and cardiac outcomes: associa-


tions, mechanisms, and interventions

Link between healthy lifestyle and psychological well-being in


Lithuanian adults aged 45–72: a cross-sectional study - PMC

Positive Affect and Health Behaviors Across 5 Years in Patients


With Coronary Heart Disease: The Heart and Soul Study
Positive affect, psychological well-being, and good sleep

Mood and cytokine response to influenza virus in older adults

Positive emotional style predicts resistance to illness after experi-


mental exposure to rhinovirus or influenza a virus

Emotional style and susceptibility to the common cold

Trait positive affect and antibody response to hepatitis B vaccina-


tion

Stressed and Happy? Investigating the Relationship Between Ha-


ppiness and Perceived Stress | SpringerLink

Stressors and mood measured on a momentary basis are asso-


ciated with salivary cortisol secretion

Neuroendocrine and inflammatory factors associated with positi-


ve affect in healthy men and women: the Whitehall II study

Positive affect and health-related neuroendocrine, cardiovascular,


and inflammatory processes - PMC

Positive affect and biological function in everyday life

Hypertension in older adults and the role of positive emotions


A Prospective Study of the Association Between Dispositional Op-
timism and Incident Heart Failure - PMC

Heart health when life is satisfying: evidence from the Whitehall


II cohort study

Emotional vitality and incident coronary heart disease: benefits


of healthy psychological functioning

Relationships between positive psychological constructs and heal-


th outcomes in patients with cardiovascular disease: A systematic
review

Positive psychological well-being and mortality: a quantitative


review of prospective observational studies

Positive affect as a factor of resilience in the pain-negative affect


relationship in patients with rheumatoid arthritis

Examinations of chronic pain and affect relationships: applica-


tions of a dynamic model of affect

When it hurts, a positive attitude may help: The association of


positive affect with daily walking in knee OA: the MOST Study -
PMC

Counting blessings versus burdens: an experimental investigation


of gratitude and subjective well-being in daily life
Physical activity and psychological well-being in advanced age:
a meta-analysis of intervention studies

The Effects of Sleep Continuity Disruption on Positive Mood and


Sleep Architecture in Healthy Adults

What is the best dose of nature and green exercise for improving
mental health? A multi-study analysis

Mindfulness and self-compassion may mediate the meditation–ha-


ppiness relationship - ScienceDirect

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