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Em sua obra mais conhecida, "Institutional Economics", Commons argumenta que as instituições
econômicas são o resultado de conflitos e negociações entre diferentes grupos de interesse. Ele
desenvolveu a teoria da "economia do conflito", em que os interesses dos grupos econômicos e
sociais entram em choque e são resolvidos por meio de acordos e negociações. Essa abordagem
influenciou a criação de políticas públicas que visam equilibrar os interesses dos diferentes grupos
sociais.
Apesar de sua importância, Commons foi criticado por alguns economistas neoclássicos, que
consideravam sua abordagem "imprecisa" e "não científica". No entanto, sua contribuição para o
desenvolvimento de uma Economia mais voltada para a solução de problemas reais e para a
avaliação dos impactos sociais das políticas públicas é inegável.
A obra "O contexto socioeconômico americano no século XX: capital e trabalho", escrita por John
Rogers Commons, apresenta um panorama do capitalismo financeiro nos Estados Unidos no
século XX. O autor destaca o surgimento de grandes empresas associadas aos bancos e ao
rentismo financeiro, bem como o papel fundamental da massa trabalhadora na formação do valor
intangível da indústria.
A obra de Commons é uma importante referência para entender o cenário econômico dos Estados
Unidos no século XX. O autor enfatiza a importância das mudanças estruturais no sistema
capitalista norte-americano, que representaram papel fundamental na teoria e prática reformista
do Institucionalismo abordado por ele. Os Estados Unidos da América já se apresentavam como a
nação capitalista mais próspera e dinâmica, ultrapassando as grandes potências imperialistas do
século XIX, como a Inglaterra, em termos de PIB e PIB per capita.
Hobsbawn (2008) chama esse período de Era dos Impérios (1875 a 1914), marcado por um
mundo cada vez mais globalizado, com avanços profundos na produção e distribuição capitalista.
Entretanto, tais aspectos de mudança também acentuaram ainda mais a desigualdade na
distribuição dos frutos dos avanços capitalistas entre as classes.
Embora a virada do século tenha representado um período de expansão capitalista, os frutos da
sua prosperidade não eram distribuídos de forma igualitária entre as classes, evidenciando o
conflito entre capital e trabalho. Commons dedicou grande parte dos seus esforços reformistas em
"salvar o capitalismo deixando-o bom" (Commons, 1934), ao melhorar as condições de trabalho e
a distribuição de renda entre as classes.
Com essa obra, Commons deixa claro que o sistema capitalista não deve ser visto como uma
fonte de desigualdade, mas sim como um meio para promover o bem-estar social. É importante
destacar que a obra de Commons é uma referência crucial para aqueles que buscam entender o
desenvolvimento econômico dos Estados Unidos e as mudanças estruturais do capitalismo
financeiro no século XX.