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Avaliação de

GRAMÁTICA
Estudante: Avaliação 1 Turma: 3ª série EM
Professor: Cláudia Cristiane Oliveira Garcia 1º Bimestre Data: 05/02/2024

Conteúdo: Semântica I e II (Módulos 1 e 2).

Questões
Questão 1 – Do capítulo Contrariedades, extraiu-se o fragmento que segue. Leia-o para responder à questão.
[...] Se tinha alguma virtude, era a de não enganar pela cara. Entre todas as suas qualidades possuía uma que
felizmente caracterizava naquele tempo, e talvez que ainda hoje, positiva e claramente o fluminense, era a
maledicência. José Manuel era uma crônica viva, porém crônica escandalosa, não só de todos os seus conhecimentos e
amigos, e das famílias destes, mas ainda dos conhecidos e amigos dos seus amigos e conhecidos e de suas famílias.
Debaixo do mais fútil pretexto tomava a palavra, e enfiava um discurso de duas horas sobre a vida de fulano ou de
beltrano.
ALMEIDA, M. A. Memórias de um Sargento de Milícias. Porto Alegre: L&PM, 2015.

No fragmento, considerando o contexto da obra, nota-se a presença da conotação enfática quando o narrador
emprega a expressão

a) “todos os seus conhecimentos e amigos” (L.4)


b) “crônica viva” (L.3)
c) “fútil pretexto” (L.6)
d) “amigos dos seus amigos” (L.5)
e) “fulano ou de beltrano.” (L.7)
Questão 2 – Leia a tirinha.

Avalie as afirmativas abaixo em relação à tirinha.


1. A denotação e a conotação foram responsáveis pelo humor produzido na tirinha.
2. Temos denotação no segundo quadrinho e conotação no primeiro.
3. O primeiro verbo dito pelo personagem masculino carrega a autoridade de quem o profere, por isso, está no
imperativo afirmativo.
4. Em “Siga essa receita que eu lhe garanto”, a palavra sublinhada é um pronome oblíquo e está sendo empregado
como objeto direto, já que completa o sentido do verbo “garantir”.
5. Sob o ponto de vista referencial, o pronome “essa” usado pelo personagem masculino, desobedece à linguagem
formal.

Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

a) São corretas apenas as afirmativas 1 e 4.


b) São corretas apenas as afirmativas 3 e 4.
c) São corretas apenas as afirmativas 1, 3 e 5.
d) São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 5.
e) São corretas apenas as afirmativas 3, 4 e 5.

Questão 3 – O meu guri


Quando, seu moço, nasceu meu rebento
Não era o momento dele rebentar
Já foi nascendo com cara de fome
E eu não tinha nem nome pra lhe dar
Como fui levando não sei explicar
Fui assim levando, ele a me levar
E na sua meninice ele um dia me disse
Que chegava lá, olha aí, olha aí
Olha aí, ai o meu guri, olha aí
Olha aí, é o meu guri e ele chega
Chega suado e veloz do batente
E traz sempre um presente pra me encabular
Tanta corrente de ouro, seu moço
Que haja pescoço para enfiar
Me trouxe uma bolsa já com tudo dentro
Chave, caderneta, terço e patuá
Um lenço e uma penca de documentos
Pra finalmente eu me identificar, olha aí
Olha aí, ai o meu guri, olha aí
Olha aí, é o meu guri e ele chega
Chega no morro com o carregamento
Pulseira, cimento, relógio, pneu, gravador
Rezo até ele chegar cá no alto
Essa onda de assaltos tá um horror
Eu consolo ele, ele me consola
Boto ele no colo pra ele me ninar
De repente acordo, olho pro lado
E o danado já foi trabalhar, olha aí
Olha aí, ai o meu guri, olha aí
Olha aí, é o meu guri e ele chega
Chega estampado, manchete, retrato
Com venda nos olhos, legenda e as iniciais
Eu não entendo essa gente, seu moço
Fazendo alvoroço demais
O guri no mato, acho que tá rindo
Acho que tá lindo, de papo pro ar
Desde o começo, eu não disse, seu moço?
Ele disse que chegava lá
Olha aí, olha aí
Olha aí, ai o meu guri, olha aí
Olha aí, é o meu guri
www.recantodasletras.com.br.chicobuarque.

Considerando o conteúdo semântico dos versos:


“Chega suado e veloz do batente
E traz sempre um presente pra me encabular”,

O sentido de “batente” corresponde a (à)

a) beco.
b) jogo.
c) praça.
d) labuta
e) farra.

Questão 4 – Considere as seguintes afirmações.


I - O verso “O dia voa como um pássaro” está em sentido denotativo.
II - O verso “A História é um carro alegre” traz uma metáfora.
III - A frase “Eu já te falei um milhão de vezes que não a perdoarei!” é ambígua.

Quais estão corretas?

a) Apenas I.
b) Apenas III.
c) Apenas II.
(D) Apenas I e II.
(E) Apenas II e III.

Questão 5 – A questão refere-se ao texto “O valor da verdade na era do fake news”.

O valor da verdade na era do fake news


O jornalismo, não como empresa, mas como instituição, precisa criar um escudo para se proteger dessas práticas
obscuras

Já dizia o filósofo e escritor italiano Umberto Eco: “O drama da internet é que ela promoveu o idiota da aldeia
a portador da verdade.” Segundo ele, os “idiotas da aldeia” tinham o direito à palavra em um bar após uma taça de
vinho, mas sem prejudicar a coletividade. Com o advento das redes sociais, no entanto, hoje eles “têm o mesmo
direito à palavra de um Prêmio Nobel”. A teoria de Eco é comprovada por um levantamento realizado pelo Grupo de
Pesquisa em Políticas Públicas de Acesso à Informação da USP, na semana que antecedeu a votação do impeachment
da ex-presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, em abril de 2016. A diligência, que investigou mais de 8
mil reportagens publicadas em jornais, revistas, sites e blogs no período, concluiu que três das cinco notícias mais
compartilhadas no Facebook eram falsas. Juntos, os textos tiveram mais de 200 mil compartilhamentos, o que nos
leva a crer que mais de 1 milhão de pessoas tenham sido impactadas por notícias falsas em menos de uma semana.
A má notícia (e essa não é falsa) é que a onda de inverdades não se restringiu ao processo de impeachment de
Dilma Rousseff – ela está presente em nosso dia a dia e hoje influencia discussões nas mais diferentes áreas, da política
ao esporte, passando pela economia e pela cobertura ambiental. Vivemos a era do fake news, na qual blogs com
interesses escusos deturparam o princípio básico do jornalismo, que é a imparcialidade, para manipular a opinião
pública de acordo com os interesses de determinados grupos. Nos últimos anos, essa se tornou uma atividade
altamente lucrativa – talvez até mais rentável que o jornalismo de verdade. Prova disso é que atualmente existe uma
verdadeira indústria que movimenta bilhões de dólares por ano através dos fake facts.
Mas nem só de blogs sujos vivem os fakes news. Em um momento de debates polarizados, de “nós contra
eles”, muitos profissionais da área têm misturado jornalismo com ativismo, levando a desinformação até mesmo aos
veículos que gozam de credibilidade junto ao seu público. O que pouca gente se dá conta é que notícias falsas ou
coberturas jornalísticas tendenciosas podem afetar não somente a política, como também pessoas e empresas,
destruindo a reputação e gerando prejuízos bilionários às corporações.
O jornalismo, não como empresa, mas como instituição, precisa criar um escudo para se proteger dessas
práticas obscuras e não ser predado pelo fake news. É cada vez mais necessário zelar pela história, pelos valores e
pelos princípios dos veículos tradicionais – e sobretudo pela credibilidade conquistada por eles ao longo de décadas.
Muitos desses meios de comunicação contam atualmente com checadores profissionais de informações, uma arma
eficiente na busca pela diferenciação. Outros apostam em parcerias com empresas especializadas em checagem de
notícias, um negócio novo, mas que se tornou altamente relevante nos dias de hoje. Até mesmo companhias como
Facebook, Google e Twitter – que não produzem conteúdo, apenas os distribuem entre seus usuários – vêm investindo
fortemente em ferramentas de checagem, buscando aumentar a credibilidade de seus serviços.
Mas a busca pela verdade, é preciso dizer, não é uma tarefa exclusiva dos veículos de comunicação. Do lado do
leitor, também é preciso cuidado para interpretar as notícias, avaliar a credibilidade de quem as veicula e,
principalmente, não colaborar para a difusão de conteúdos falsos, uma tarefa que acaba dificultada pelo cunho
ideológico dos principais virais. A luta contra as fake news precisa ser encarada como uma via de mão dupla. Se por
um lado é preciso criar uma relação de confiança com o leitor, esse, por sua vez, precisa valorizar as fontes confiáveis.
Em tempos de pós-verdade, somente o bom jornalismo pode fazer a diferença para a sociedade. Essa é a informação
que vale.

(NASSAR, Paulo. O valor da verdade na era do fake news. 26/02/2018. Disponível em http://noticias.botucatu.com.br/2018/02/26/opiniao-o-valor-da-verdade-na era-do-fake-news/. Adaptado. Acessado em

25 mar. 2018)

No que concerne a aspectos semântico-sintáticos do texto, está incorreto o que se afirma em:

(A) A palavra “diligência” (1º. parágrafo) está sendo utilizada em sentido figurado, pois não se refere a uma carruagem
de tração animal utilizada para o transporte de passageiros, mas a uma providência ou medida necessária para
alcançar determinado fim.
(B) Para manter a correção e a atenção à língua culta, recomenda-se que a informação “Se por um lado é preciso criar
uma relação de confiança com o leitor” (5º. parágrafo) esteja seguida da construção “por outro”, respeitadas as
adequações que garantissem a concordância dos termos.
(C) A primeira ocorrência da palavra “que”(1º. parágrafo), poderia ser substituída por “a qual”, sem prejuízo na
correção do período, uma vez que se estaria substituindo um pronome relativo por outro.
(D) A alteração do trecho “o que nos leva a crer que mais de 1 milhão de pessoas tenham sido impactadas (1º.
parágrafo) por “o que nos leva a crer que mais de 1 milhão de pessoas foram impactadas” dispensa outras
transformações no texto.
(E) A subtração da vírgula logo após “fake news” (1º. parágrafo) possibilitaria a compreensão de que há mais do que
uma era do fake news, mas que o texto faz menção especificamente àquela na qual blogs com interesses escusos
deturparam o princípio básico do jornalismo.

Questão 6 –
O ápice da narrativa da tirinha está centrado no uso de significados diferentes para a mesma palavra, o que dependerá
do contexto em que está inserida, como é o caso da palavra “barbero”. A essa propriedade damos o nome de:

(A) Antonímia.
(B) Denotação.
(C) Polissemia.
(D) Conotação.
(E) Paronímia.

Questão 7 – Leia o poema e responda à questão.

Disponível em: <http://auribertoeternochocalheiro.blogspot.com.br/2011/02/haikai-voce-conhece.html>. Acesso em: set. 2015.

No texto de Millôr Fernandes é possível identificar


(A) as funções emotiva e fática.
(B) uma linguagem metalinguística.
(C) predomínio da função referencial.
(D) somente uma linguagem denotada.
(E) uma linguagem esteticamente trabalhada.
Questão 8 – A questão toma por base uma passagem do artigo Os operários da música livre, de Ronaldo Evangelista.

Desde o final do século 20, toda a engrenagem industrial do mercado musical passa por intensas transformações,
como o surgimento e disseminação de novas tecnologias, em grande parte gratuitas, como os arquivos MP3s, as redes
de compartilhamento destes arquivos, mecanismos torrentes, sites de armazenamento de conteúdo, ferramentas de
publicação on-line — tudo à disposição de quem quisesse dividir com os outros suas canções e discos favoritos. A era
pós-industrial atingiu toda a indústria do entretenimento, mas o braço da música foi quem mais sofreu, especialmente
as grandes gravadoras multinacionais, as chamadas “majors”, que sofreram um declínio em todas as etapas de seu
antigo negócio, ao mesmo tempo em que rapidamente se aperfeiçoavam ferramentas baratas e caseiras de produção
que diminuíam a distância entre amadores e profissionais.
A era digital é também chamada de pós-industrial porque confronta o modelo de produção que dominava até o final
do século 20. Esse modelo industrial é baseado na repetição, em formatar e embalar. Por trás disso, a ideia é obter a
máxima produção — o que, para produtos em geral, funciona muito bem. Quando esses parâmetros são aplicados à
arte, a venda do produto (por exemplo, o disco) depende do conteúdo (a canção). A canção que vai resultar nessa
“produção máxima” é buscada por meio de um equilíbrio entre criatividade e uma fórmula de sucesso que desperte o
interesse do público. Como estudos ainda não conseguiram decifrar como direcionar a criatividade de uma maneira
que certamente despertará esse interesse (e maximizará a produção), a opção normalmente costuma ser pela solução
mais simples.
“Cada um tem descoberto suas fórmulas e possibilidades, pois tudo tende a ser cada vez menos homogêneo”, opina
o baiano Lucas Santtana, que realizou seus discos recentes às próprias custas. “Claro que ainda existe uma distância
em relação aos artistas chamados “mainstream”, continua. “Mas você muda o tamanho da escala e já está tudo igual
em termos de business. A pergunta é se essa geração faz uma música para esse grande mercado ou se ela está
formando um novo público. Outra pergunta é se o grande mercado na verdade não passa de uma imposição de uma
máfia que dita o que vai ser popular.”
(Galileu, março de 2013. Adaptado.)

Em seu depoimento no artigo, o músico Lucas Santtana sugere que o grande mercado talvez não passe da imposição
de uma máfia. O termo máfia, nesse caso, foi empregado no sentido de
a) domínio dos partidos políticos sobre o mercado musical, privilegiando tudo o que interesse apenas ao poder
público.
b) organização criminosa com origem na Itália, com poderosas ramificações pelo mundo inteiro.
c) sindicato de grandes músicos brasileiros que visa impedir a ascensão e o sucesso de músicos mais jovens.
d) grupos anarquistas constituídos para tumultuar e desmoralizar os músicos mais jovens e a música popular brasileira.
e) organização que emprega métodos imorais e ilegais para impor seus interesses em determinada atividade.

Questão 9 – Rios sem discurso


Quando um rio corta, corta-se de vez
o discurso-rio de água que ele fazia;
cortado, a água se quebra em pedaços,
em poços de água, em água paralitica.
Em situação de poço, a água equivale
a uma palavra em situação dicionária:
isolada, estanque no poço dela mesma,
e porque assim estanque, estancada;
e mais: porque assim estancada, muda,
e muda porque com nenhuma comunica,
porque cortou-se a sintaxe desse rio,
o fio de água por que ele discorria.
João Cabral de Melo Neto. A educação pela pedra.
No texto, predominam as seguintes funções da linguagem:
a) fática e referencial.
b) referencial e conativa.
c) metalinguística e poética.
d) poética e conativa.
e) metalinguística e fática.

Leia o texto para responder à questão 10.

Projeto de Lei prevê multa e prisão para quem cria e compartilha fake news
Pena pode chegar a até 10 anos de prisão caso o autor da notícia esteja por trás de um grupo de disseminação de fake
news
De autoria da deputada Rejane Dias, o Projeto de Lei 2389/20 altera o Código Penal e prevê punição com detenção
para aqueles que se beneficiam compartilhando notícias falsas. A iniciativa é reduzir o número de fake news na
internet, que são compartilhadas por ingenuidade mas também podem ser criadas propositalmente para
favorecimento de pessoas e/ou instituições.
Caso o beneficiamento da pessoa com a proliferação de fake news seja comprovado, a PL 2389/20 prevê detenção de
2 a 4 anos. A pena pode aumentar para até 10 anos caso o autor da notícia falsa seja o líder ou coordene um grupo
responsável pela disseminação – os famigerados bots.
“É um desserviço à população e um atentado à segurança coletiva, um gesto de desumanidade e prejuízo frontal (…). A
notícia falsa, além de afetar seriamente a vida das pessoas, pode também ajudar a reforçar um pensamento errôneo”,
disse a deputada autora do projeto, que reforçou como a disseminação de fake news na atual época de pandemia que
estamos vivendo é perigosíssima e um atentado à vida das pessoas.
Em análise na Câmara dos Deputados, o texto já está dando o que falar e algumas pessoas, inclusive que trabalham
com política, estão dizendo que a PL é um complô e é tendenciosa. A pergunta é: para quem?
Para não cair em notícias falsas, confira sempre o veículo em que ela foi publicada, se ele é renomado, por exemplo,
duvide de sites poucos conhecidos e de conteúdos compartilhados em grupos de WhatsApp, principalmente de textos
copiados e colados que não têm links ou fontes.
(Por Isabella Otto, Revista Capricho)

Questão 10 – O editorial é um gênero textual sendo um texto essencialmente


a) narrativo-descritivo
b) descritivo-narrativo
c) prescritivo-descritivo
d) dissertativo-argumentativo
e) injuntivo-opinativo

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