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GRUPO SER EDUCACIONAL

CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA


ESTÁGIO SUPERVISIONADO II

Monaliza Marcely Lima de Paula Barbosa

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO II

RECIFE, 2024

Estágio supervisionado II – Farmácia


LISTA DE FIGURAS, QUADROS E TABELAS

Figura 1 – Fachada do estabelecimento pág 6


Figura 2 – Sala de Controle de Qualidade pág 7
Figura 3 – Laboratório de Líquidos e Semissólidos pág 7
Figura 4 – Laboratório de Sólidos pág 7
Figura 5 – Laboratório de Antimicrobianos pág 8
Figura 6 – Estoque de Ativos pág 8
Figura 7 – Documentação Regulatória pág 9
Figura 8 - Balança semi-analitíca pág 10
Figura 9 – Balança analítica pág 10
Figura 10 – Encapsuladora Manual pág 10
Figura 11 – Becker de plástico pág 10
Figura 12 – Gral e Pistilo pág 11
Figura 13 – Espátula de aço pág 11
Figura 14 – Saco para Alimentos pág 11
Figura 15- Bastão de Plástico pág 11
Figura 16 – Espátula de Silicone pág 12
Figura 17– Sílica em gel pág 12
Figura 18 – DANFE de Recebimento de Mercadoria pág 12
Figura 19 – Planilha de Temperatura pág 13
Figura 20 – Geladeira Termolábeis pág 13
Figura 21 – Pote para ativo pág 13
Figura 22 – Recipiente Descarte de Ativos pág 13
Figura 23 – Rotulagem dos Produtos pág 18
Figura 24 – Fitas para medição do PH pág 20
Figura 25- Quebra de Base pág 21
Quadro 1 – Ordem de Manipulação de Cápsulas de Magnésio pág 14
Quadro 2 – O.M de Sachês de Colágeno, Vitamina C e Ác. Hialurônico pág 15
Quadro 3 – Ordem de Manipulação Base Fortalecedora pág 16
Quadro 4 – Ordem de Manipulação Loção Hidroalcoólica de Queda de Cabelo pág 16
Quadro 5 –Ordem de Manipulação Shampoo Antifúngico pág 17
Quadro 6 – Ordem de Manipulação Creme Antifúngico pág 18
Quadro 7 – Controle de Qualidade Formulações Semissólidas pág 20
Tabela 1– Plano de Atividades de Estágio pág 8
Tabela 2 – Nº de Cápsulas e Capacidade Máxima pág 14
Tabela 3 – Controle de Qualidade Cápsulas de Magnésio pág 19
Tabela 4 - Controle de Qualidade Sachês de Colágeno, Vit C e AH pág 19

Estágio supervisionado II – Farmácia


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 05
2. CONTEXTUALIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO 06
2.1 Natureza da instituição, Endereço, Carga horária e Preceptora de Estágio 06
2.2 Áreas do estabelecimento 06
2.2.1 Térreo 06
2.2.2 Primeiro Andar 06
3. OBJETIVOS E PLANO DE ATIVIDADES 08
3.1 Objetivo Geral 08
3.2 Objetivo específico 08
4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 09
4.1 Documentação regulatória 09
4.2 Aquisição de produtos 09
4.3 Instrumentos e Equipamentos mais utilizados durante o estágio 10
4.4 Recebimento e conferência de Insumos 12
4.5 Armazenamento de Insumos e Controle de Temperatura 13
4.6 Verificação e retirada de Medicamentos Vencidos ou Próximo ao Vencimento 13
4.7 Manipulação de formulações 14
4.7.1 Manipulação de Sólidos 14
4.7.2 Manipulação de Líquidos e Semissólidos 16
4.8 Rotulagem de Produtos Finais 18
4.9 Atendimento ao Cliente 18
4.10 Controle de Qualidade 19
4.11 Quebra da Base de formulações 20
4.12 Mapa Polícia Federal 21
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 22
6. REFERÊNCIAS 23
ANEXOS - DOCUMENTOS 24
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1. INTRODUÇÃO
Estágio Supervisionado II é uma disciplina curricular obrigatória na graduação, em
que todo conhecimento adquirido no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) durante todo
curso é colocado em prática.Esta atividade foi desenvolvida numa farmácia magistral,
vivenciando mais uma área de atuação do farmacêutico, qualificando o aluno para atuar na
profissão após o término da graduação.
A farmácia magistral localiza-se numa galeria comercial de Parnamirim, em
proximidade com o Hospital Maria Lucinda e o Shopping Plaza, com grande fluxo de pessoas
e de fácil acesso. O local oferece um atendimento humanizado e personalizado, o mesmo
conta com uma variedades de insumos proporcionando várias formas farmacêuticas que se
adequam a necessidade individual do paciente e de acordo com a prescrição realizadas por
médicos, fisioterapeutas e nutricionistas, e neste ambiente o farmacêutico é imprescindível,
uma vez que esse profissional acompanha de perto todo processo na fabricação do produto
manipulado e garante que seja executado com qualidade.
O profissional farmacêutico atuante neste estabelecimento é o responsável técnico
Alcelino Júnior, que realiza todo processo da manipulação dos medicamentos, estando de
acordo com as resoluções: RDC 67/2007 e RDC 467/2017 . Durante o funcionamento é
realizado o recebimento de mercadorias, conferência e registro no sistema Fórmula Certa dos
ativos, conferência de estoque, registro de temperatura e umidade do ar e formulação de
produtos magistrais em diferentes formas farmacêuticas como cápsulas, sachês, sabonetes,
shampoos, séruns, loções, cremes e xaropes.
Então, ao estagiar na manipulação pude entender a funcionalidade da farmácia
magistral, o papel do farmacêutico neste ambiente e ver o quanto ele é crucial na orientação
aos pacientes e na entrega de produtos magistrais personalizados com qualidade.

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2. CONTEXTUALIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO
2.1-Natureza da instituição, Endereço, Carga horária e Preceptora de Estágio
O estágio foi realizado em uma Farmácia Magistral – Farmácia Essenciale, situada na
Rua João Tude de Melo, 77 (Loja 03) – Parnamirim/Recife, que funciona das 08:00 às 17:00
de segunda à sexta. Com período compreendido entre 01 de Fevereiro de 2024 a 14 de Março
de 2024 das 8:00 às 14:00 h totalizando 162 horas e 27 dias completos de estágio. A
supervisão foi executada pelo preceptor farmacêutico Alcelino Correia da Silva Júnior,
responsável técnico (RT) do estabelecimento com CRF/PE: 11589.
Figura 1 - Fachada do estabelecimento

Fonte: do autor

2.2 -Áreas do estabelecimento


2.2.1-Térreo
Possui uma área que é destinada a recepção dos clientes, no qual estes realizam a
retirada dos produtos solicitados. Também possui uma sala destinada aos atendimentos, que
são em sua maior parte por meios digitais (ligação ou mensagem via Whatsapp), emissão das
ordens de manipulação e das etiquetas que vão nas embalagens com as informações dos
produtos.
Mais internamente, temos uma copa que é para descanso e alimentação dos
funcionários e dois vestiários, no qual estes foram desativados e são utilizados para
armazenamento de embalagens, ativos e frascos vazios de ativos, pois o estabelecimento é
bem pequeno e não possui um estoque adequado para a demanda do estabelecimento.

2.2.2-Primeiro Andar

No primeiro andar possui uma área destinada ao Depósito de Materiais de Limpeza


(DML). E também neste local fica o laboratório, que é subdividido em :

● Sala de Controle de qualidade: local onde se realiza o controle de qualidade dos


ativos assim que chegam no estabelecimento. Só se realiza o PH, densidade e
características organolépticas, das formulações produzidas no local. Todo o controle
de qualidade restante necessário é realizado por uma empresa terceirizada, no qual não
foi informado durante o estágio pois estavam na pesquisa e negociação de uma nova
parceria. Nesta sala possui também um espaço para armazenamento de produtos em
quarentena, que são aqueles que estão no aguardo da emissão do laudo do controle de
qualidade para comercialização.

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Figura 2- Sala de Controle de Qualidade

Fonte: do autor

● Laboratório de Líquidos e Semissólidos: Local destinado a manipulação de produtos


Semissólidos como cremes, pomadas, xaropes, shampoos, esmaltes, protetor solar,
séruns, entre outros. Ele possui todos materiais e equipamentos necessários para a
produção destes.

Figura 3- Laboratório Líquidos e Semissólidos

Fonte: do autor

● Laboratório de Sólidos: Local destinado para a manipulação de produtos sólidos


como cápsulas e sachês. Ele possui todos materiais e equipamentos necessários para a
produção destes.
Figura 4- Laboratório de Sólidos

Fonte: do autor

● Laboratório de antimicrobianos: Local destinado para a manipulação de produtos


que na sua formulação possuem antimicrobianos. Mas o estabelecimento só possui a
sala, mas não comercializa pois não há procura pelos pacientes. Nessa sala também

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fica uma geladeira que armazena os ativos termolábeis e um armário para estocagem
de ativos.

Figura 5- Laboratório de Antimicrobianos

Fonte: do autor

● Estoque: O local é pequeno e armazena ativos para reposição e embalagens.

Figura 6- Estoque

Fonte: do autor

3. OBJETIVOS E PLANO DE ATIVIDADES


3.1-Objetivo Geral
Compreender na prática dos processos adotados pelo farmacêutico em orientar os
pacientes, em manipular e nas questões burocráticas relacionadas à farmácia magistral.

3.2-Objetivos Específicos
➔ Entender as atribuições do farmacêutico na Farmácia Magistral;
➔ Mostrar a importância do farmacêutico no controle de Qualidade dos produtos
manipulados;
➔ Desenvolver a prática no processo de manipulação de medicamentos,
cosméticos,produtos naturais e suplementos alimentares;
➔ Desenvolver na prática na atenção e assistência farmacêutica.

Tabela 1 - Plano de Atividades do Estágio


Atividade Setor Período

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DOCUMENTAÇÃO REGULATÓRIA ÁREA DE VENDAS 01/02/2024 A 14/03/2024

AQUISIÇÃO DE PRODUTOS ÁREA DE VENDAS 01/02/2024 A 14/03/2024

INSTRUMENTOS E EQUIPAMENTOS MAIS UTI LABORATÓRIO 01/02/2024 A 14/03/2024


UTILIZADOS NO ESTABELECIMENTO

RECEBIMENTO E CONFERÊNCIA DE INSUMOS ÁREA DE VENDAS 01/02/2024 A 14/03/2024

ARMAZENAMENTO, CONTROLE DE ÁREA DE VENDAS/ LABORATÓRIO 01/02/2024 A 14/03/2024


TEMPERATURA AMBIENTE E GELADEIRA

VERIFICAÇÃO DE VALIDADE E RETIRADA DE LABORATÓRIO/ESTOQUE 01/02/2024 A 14/03/2024


PRÓXIMOS AO VENCIMENTO

CONTROLE DE QUALIDADE LABORATÓRIO 01/02/2024 A 14/03/2024

MANIPULAÇÃO DE SÓLIDOS LABORATÓRIO 01/02/2024 A 14/03/2024

MANIPULAÇÃO DE LÍQUIDOS E SEMISSÓLIDOS LABORATÓRIO 01/02/2024 A 14/03/2024

MAPA POLÍCIA FEDERAL ÁREA DE VENDAS 01/02/2024 A 14/02/2024

ATENDIMENTO AO CLIENTE ÁREA DE VENDAS 01/02/2024 A 14/02/2024

ÁREA DE VENDAS /LABORATÓRIO 01/02/2024 A 14/03/2024


OBSERVAÇÃO E CUMPRIMENTO DOS POPS

4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
4.1-Documentação regulatória
Foi aprendido teoricamente e por observação sobre quais documentações são
necessárias para o funcionamento do estabelecimento, que são:Alvará Vigilância Sanitária
Local, Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE), Autorização Especial (AE),
Inscrição Estadual (IE), Documentação de Segurança e Saúde, Documentação de sistema de
Qualidade, Registro na Junta Comercial, Laudo de inspeção Corpo de Bombeiros, Manual
de Boas Práticas Farmacêuticas, Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Saúde
(PGRSS), Licença ou Alvará Sanitário emitido pelo órgão Municipal de Vigilância Sanitária
e Certidão de Regularidade Técnica (CRT)
Alguns destes documentos devem ficam visíveis para o público e para possível
fiscalização pela Vigilância Sanitária, devendo constar as seguintes informações: Razão
social, Número de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), Número da
AFE expedida pela Anvisa, Nome do Farmacêutico RT com seu número de inscrição no
Conselho Regional de Farmácia e Horário de trabalho do farmacêutico.

Figura 7 - Documentos regulatórios

Fonte: do autor

4.2-Aquisição de produtos

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É realizado semanalmente um levantamento dos insumos que estão em falta ou que


estão próximos de acabar.Notou-se que não há desperdício, uma vez que é realizada a compra
de acordo com a demanda de vendas.
A responsável por esta atividade é a Maria Betânia (Proprietária), que realiza o
levantamento e realiza os pedidos. Essa atividade não foi vivenciada na prática, só na teoria,
pois não está na rotina das atividades farmacêuticas neste estabelecimento.

4.3-Instrumentos e equipamentos mais utilizados no processo de manipulação


Em todas as ordens de manipulação, foi usado os seguintes instrumentos e
equipamentos:
● Balança analítica e semi-analítica: Equipamento usado para pesagem dos ativos. No
estabelecimento possui 1 analítica que fica no laboratório de semissólidos e líquidos e
duas semi-analíticas, uma fica no laboratório de sólidos e outra fica no laboratório de
antibióticos.

Figura 8- Balança Semi-Analítica Figura 9- Balança Analítica

Fonte: do autor Fonte do Autor

● Encapsuladoras manuais: usada no encapsulamento de ativos nas cápsulas, no local


possui os tamanhos: 0,00,1, 2, 3 e 4.

Figura 10- Encapsuladora Manual

Fonte: do autor

● Espátula para encapsuladora: Tem a finalidade de espalhar os pós nas cápsulas.


● Becker de plástico: copo para medidas que também foi usado para fazer reações entre
soluções e dissolver substâncias sólidas.
Figura 11- Becker de Plástico

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Fonte: do autor

● Gral com pistilo: equipamento usado para maceração de substâncias sólidas, o pistilo
em atrito com o Gral, vai macerar o ativo até transformá-lo em pó mais fino e
uniforme.
Figura 12- Gral com Pistilo

Fonte: do autor

● Espátulas de aço: Instrumento usado para retirada de amostras dos frascos.


Figura 13- Espátula de aço

Fonte: do autor

● Sacos para alimentos: Todos os ativos são colocados dentro dele e esse material tem
a finalidade de misturar de forma manual e deixar o produto com mistura homogênea.
Também usado para transferir substâncias Semissólidas para a embalagem.
Figura 14- Saco de Alimentos

Fonte: do autor

● Bastão de plástico: Utilizada na homogeneização de substâncias semi-sólidas ou


líquidas.
Figura 15- Bastão de plástico

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Fonte:do autor
● Espátula de Silicone: Tem a finalidade de misturar e homogeneizar substâncias.
Figura 16- Espátula de Silicone

Fonte: do autor

● Sílica gel: ela ajuda no controle do excesso de umidade, ajudando na conservação do


produto,evitando também a proliferação de fungos, mofo ou a oxidação.
Figura 17- Sílica em gel

Fonte: do autor

● Seladora elétrica: tem a finalidade de selar embalagens de ativos e sachês.


● Exaustor: Ajuda na eliminação de gases e vapores tóxicos durante a manipulação.

4.4-Recebimento e conferência de Insumos


Esta atividade foi só teórica, uma vez que as mercadorias são entregues no fim da
tarde.O recebimento de mercadorias dos fornecedores é realizado semanalmente ou
mensalmente dependendo da demanda. Na chegada desta, é realizada a conferência da nota
fiscal, onde é verificado o fornecedor, quantidade de volumes, príncipio ativo, lote e
validade.
O farmacêutico retira amostras dos ativos para realização do controle de qualidade e
são enviadas para empresa responsável. E o resto é guardado em quarentena até o retorno do
laudo e esse laudo é comparado pela ficha técnica enviada pelo fabricante do ativo.
Se estiver com conformidade o mesmo pode ser retirado da quarentena e colocado
para elaboração dos produtos manipulados.

Figura 18- DANFE de Recebimento de Insumos

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Fonte: do autor
4.5-Armazenamento de Insumos e controle de temperatura
É uma atividade executada diariamente. Os ativos ficam armazenados na sua
embalagem original ou em potes identificados com lote, validade e nome do ativo. A
temperatura do ambiente e da geladeira é monitorada diariamente no horário das 08:00 e
13:00, através de um termo-higrômetro, que verifica a temperatura e umidade do ar. Essas
informações são anotadas numa planilha que fica armazenada em cada porta dos
laboratórios.
A temperatura deve ser 15Cºa 25ºC e a umidade precisa ser inferior a 65%. Valores
acima do estabelecido oferecem risco à conservação e estabilidade dos ativos que são usados
na produção dos produtos comercializados no estabelecimento.
O estabelecimento trabalha com ativos termolábeis, da mesma forma que o ambiente,
,ela é verificada diariamente e anotada na planilha. Os medicamentos dessa classe devem
ficar refrigerados e numa temperatura entre 2ºC e 8º C para manter sua estabilidade. A
atividade de verificação de temperatura da geladeira foi realizada de forma teórica, pois o
estabelecimento está com o aparelho neste local com defeito.
O estoque é bem pequeno, ficando na área do corredor do laboratório. Os potes de
ativos ficam armazenados nos armários e prateleiras que ficam dentro do laboratório.

Figura 19- Planilha Temperatura Figura 20- Geladeira de Termolábeis Figura 21- Pote para ativo

Fonte: do autor Fonte: do autor Fonte: do autor

4.6–Verificação e retirada de medicamentos próximos ao vencimento


Pelo estabelecimento ter um estoque reduzido e com controle, não foi vivenciado na
prática a retirada de produtos vencidos e viu que realmente se faz necessário realizar um
controle, a fim de reduzir as perdas.
Os medicamentos com validade vencida são retirados do estoque, se realiza a baixa
desses no sistema e armazenados em um local específico. A empresa responsável
(BRASCON) deixa um recipiente de coleta, que num tempo determinado recolhe e realiza a
destinação final.

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Figura 22 - Recipiente descarte de ativos

Fonte: do autor
4.7-Manipulação de Formulações
Foi uma prática realizada diariamente e tem alto índice de solicitações pelos
clientes. A preparação deste é feita por uma ordem de manipulação que é emitida de forma
personalizada, sendo destinada a um determinado usuário, através de uma orientação
terapêutica por um profissional habilitado ou prescrição médica. O Estabelecimento
trabalha com cosméticos, suplementos alimentares e medicamentos.
4.7.1 Manipulação de Sólidos
Foi realizada na prática a manipulação de cápsulas e sachês.
● As cápsulas são formas farmacêuticas sólidas em que os ativos e/ou excipientes estão
contidos dentro de um invólucro solúvel duro ou mole, que possuem vários tamanhos
que vão depender do miligrama (mg) total como mostra a Tabela 2. Normalmente
são formadas de gelatina, mas também podem conter outras substâncias.
Tabela 2- Nº de Cápsula e Capacidade Máxima
Nº CÁPSULA CAPACIDADE MÉDIA (mg)

00 400 mg até 600 mg

0 310 mg até 400 mg

01 210 mg até 300 mg

02 150 mg até 200 mg

03 100 mg até 200 mg

04 até 100 mg

● Sachês são formas farmacêuticas sólidas que para consumo precisam ser diluídas em
água.
Exemplos de formulações realizadas durante o estágio:
Quadro 1 - Ordem de Manipulação (O.M) de Cápsulas de Magnésio
120 CÁPSULAS DE MAGNÉSIO
MAGNÉSIO L TREONATO 98% 150MG 9g

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MAGNÉSIO QUELATO 30% 100 MG (C:3,33) 9g


MAGNÉSIO DIMALATO 30% 100MG 6g
DILUCAP CLASSE 1 7,379g
INOSITOL 500MG 30g
CÁPSULA 0 120un
PROCEDIMENTO:

Pesar os pós solicitados, com o auxílio da balança, observando as respectivas quantidades.


A cada pó pesado é colocado dentro do saco de alimentos. Após pesar todos, criar ar dentro
do saco e agitar para misturar todos os pós. Pegar uma encapsuladora manual do tamanho
0, preencher com 120 cápsulas, e retirar a tampa de todas elas, colocar o pó na
encapsuladoras e com a ajuda da espátula, preencher todas as 120 cápsulas de forma
uniforme. Dar uma batida, e continuar preenchendo de forma uniforme, fazer isso até
acabar o pó ou até a cápsula preencher por completo. Retirar todo o excesso de pó que ficar
nas cápsulas com a ajuda de uma toalha. Realizar controle de qualidade.Pegar uma
embalagem, nela colocar um saco de sílica e as cápsulas.

FOTOS DA ATIVIDADE:

Quadro 2 - O.M de Sachês Colágeno, Vitamina C (Vit. A) e Ácido Hialurônico (AH)


30 SACHÊS COLÁGENO, VITAMINA C E ÁCIDO HIALURÔNICO
COLÁGENO PÓ 3g 90g
VITAMINA C REVESTIDA 500 mg 15g
ÁCIDO HIALURÔNICO 50 mg 1,5g
REFRESCO SABOR LARANJA 2g 60g
EMBALAGEM PARA SACHÊ 30 un
PROCEDIMENTO:

Pesar os pós solicitados, com o auxílio da balança, observando as respectivas quantidades.


A cada pó pesado é colocado dentro do saco de alimentos. Após pesar todos, criar ar dentro

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do saco e agitar para misturar todos os pós. Com auxílio de papel manteiga, pesar 5, 56 g e
colocar na embalagem de sachê. Fazer esse procedimento com os 30 sachês. Com o auxílio
de uma seladora,fechar todos os 30 sachês. Realizar controle de qualidade. Após isto, pegar
uma embalagem e colocar os sachês e depois para finalizar colocar um lacre.
FOTOS DA ATIVIDADE:

4.7.2 Manipulação de líquidos e semissólidos


Foi realizada na prática a manipulação de creme, sabonete, loção, shampoo e sérum.
Todas as preparações são para uso tópico, que podem ser aplicadas na pele e/ou mucosas,
para ação local ou penetração percutânea dos princípios ativos ou ainda para uma ação
emoliente ou protetora.
● Exemplo de formulações:
Quadro 3 - Ordem de Manipulação de Base Fortalecedora
BASE FORTALECEDORA
FORMOL 10% 1g
BASE DE ESMALTE INDUSTRIALIZADA 9 ml
PROCEDIMENTO:

Pesar o formol na balança, após isto colocar dentro do vidro que contém o esmalte, e agitar.
Realizar controle de qualidade.
FOTOS DA ATIVIDADE:

Quadro 4 - Ordem de Manipulação de Loção Hidroalcoólica para Queda de Cabelo (L.H.Q.C)


LOÇÃO HIDROALCOÓLICA PARA QUEDA DE CABELO
MINOXIDIL SULFATO 5% (C:1,23) 7,38g

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EDTA 0,2 % 0,24g


FINASTERIDA DILUÍDA 1:10 0,25% (C:10) 0,36g
ÁLCOOL a 70 % 48 g
ÁGUA PARA INJEÇÃO 72g
PROCEDIMENTO:
Pesar os pós solicitados, com o auxílio da balança, observando as respectivas quantidades.
Colocar os pós (Finasterida, EDTA e Minoxidil) dentro do becker, após isto, inserir o
álcool a 70% e misturar até ficar transparente. Quando a mistura ficar transparente,
acrescentar a água para injeção e misturar.Realizar controle de qualidade. Após realizar a
mistura colocar o conteúdo do becker na embalagem.

FOTO DA ATIVIDADE:

Quadro 5 - Ordem de Manipulação de Shampoo Antifúngico


SHAMPOO ANTIFÚNGICO
ÁCIDO SALICÍLICO 2% 4g
CETOCONAZOL 2% 4g
ÓLEO DE MACADÂMIA 2% 4g
SHAMPOO BASE qsp
EDTA 0,4g
PROPILENOGLICOL qsp
LAURIL SULFATO DE SÓDIO 70% 2g
ESSÊNCIA DE ERVA DOCE 4 gts
PROCEDIMENTO:

Pesar o ácido salicílico, e colocar no gral. Com a ajuda do pistilo, macerar até ficar um pó
fininho e uniforme, após isso reservar. Pesar o EDTA e o Cetoconazol, colocar num becker.
Após isso, acrescentar o propilenoglicol para dissolver e formar uma mistura uniforme.
Após isso reserve. Pesar o óleo de macadâmia, e colocar dentro do becker com a mistura do
EDTA com Cetoconazol. Após isso, acrescentar nesse mesmo becker 60 ml do shampoo

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base e misturar. Após isso, completar com o shampoo base até chegar a 120 ml. Misturar
novamente e acrescentar o ácido salicílico macerado, e continuar misturando. No final,
pesar 2 g do lauril, acrescentar no becker com a mistura e mexer novamente.Pingar 4 gotas
de essência de Erva doce, e misturar. Realizar controle de qualidade. Após verificar que a
mistura está toda uniforme, colocar na embalagem.
FOTO DA ATIVIDADE:

Quadro 6 - Ordem de Manipulação de Creme Antifúngico


CREME ANTIFÚNGICO
NITRATO DE MICONAZOL MICRONIZADO 2% 4g
BASE PARA CREME qsp
PROCEDIMENTO:
Pesar o Miconazol com o auxílio de papel manteiga, e colocar num becker. No becker com
miconazol, acrescentar a base de creme até 205 g e misturar.Realizar controle de qualidade.
Após a mistura, colocar num saco de alimentos, fazer um furinho e transferir para
embalagem.
FOTO DA ATIVIDADE:

4.8- Rotulagem de produtos finais


Após o produto ser colocado na embalagem, temos que colocar a etiqueta, no qual a
mesma consta as seguintes informações: Farmacêutico Responsável e Número Inscrição CRF,
ativos contidos na formulação, data de fabricação e validade, quantidade de cápsulas e modo
de uso. Não foi vivenciada na prática essa atividade, só observação e teoria, uma vez que essa
atividade é desenvolvida pela atendente do estabelecimento.
Figura 23 - Rotulagem dos produtos

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Fonte: do autor

4.9– Atendimento ao cliente


Essa atividade não foi realizada na prática, só houve observação e teoria. As classes
de medicamentos manipulados durante o estágio foram de emagrecedores, anti-hipertensivos,
Venotónicos, anticoagulantes, anti-fúngicos, diuréticos, corticoides, antidiabéticos,
termolábeis, anti-inflamatórios, suplementos alimentares, vitaminas, homeopáticos e
fitoterápicos.
Os atendimentos são realizados por meio digital (Ligação, Whatsapp e Instagram). No
qual os pacientes enviam as receitas, solicitam indicação terapêutica ou realizam a solicitação
de recompra dos produtos.
Notou-se que há uma grande demanda de solicitação de indicação terapêutica, onde o
farmacêutico é uma figura muito importante, uma vez que esses pacientes precisam de uma
orientação especializada, a fim de evitar possível uso indiscriminado de medicamentos.

4.10– Controle de Qualidade


O estabelecimento possui uma sala para realização do controle de qualidade dos ativos
que são recebidos na mercadoria. Mas a mesma não é utilizada, uma vez que esse controle é
feito por uma empresa terceirizada contratada pelo estabelecimento. E durante o estágio não
foi vivenciado esta atividade, só houve teoria. Mas eles realizam o controle de qualidade dos
produtos que são manipulados antes de embalar, nos produtos sólidos (cápsulas e sachês), é
feito o Peso Médio, onde se pega 10 unidades e pesa cada um deles. Após isso tira uma
média. Utiliza o resultado da média e aplica na seguinte fórmula:
PM(%): Peso Médio da Cápsula X 100 %
Média das 10 Cápsulas
Se a cápsula estiver acima de 95%, ela está apta para uso do paciente e pode prosseguir
para embalagem. Mas se tiver abaixo disso, tem que refazer todo processo de manipulação.

Exemplos das formulações sólidas citadas no relatório:

Tabela 4- Controle de Qualidade Cápsulas de Magnésio


CÁPSULA PESO MÉDIO (%)

1) 0,704 100,14

2) 0,703 100

3) 0,704 100,14

4) 0, 702 99,85

5) 0,703 100

6) 0,705 100,28

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20

7) 0,704 100,14

8) 0,706 100,42

9) 0, 701 99,71

10) 0,700 99,57

MÉDIA 0,703

Tabela 5 - Controle de Qualidade Sachês de Colágeno, Vit C e AH


SACHÊ (g) PESO MÉDIO (%)

1) 5,56 100,54

2) 5,54 100,18

3) 5,53 100

4) 5,52 99,81

5) 5,55 100,36

6) 5,56 100,54

7) 5,55 100,36

8) 5,52 99,81

9) 5,52 99,81

10) 5,54 100,18

MÉDIA 5,53

Enquanto que nos produtos líquidos e semissólidos é verificado o PH, Peso total
final e características Organolépticas como cheiro, cor, aspecto,

Figura 24- Fitas para medição PH

Fonte: do autor

Exemplos das formulações Semissólidas e líquidas relatadas do relatório:

Estágio supervisionado II – Farmácia


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Quadro 7- Controle de Qualidade das formulações semissólidas e líquidas realizadas


FORMULAÇÃO ODOR PH ASPECTO DESCRIÇÃO PESO TOTAL

BASE FORT. S/ ESSÊNCIA 5,0 TRANSPARENTE VISCOSO 10,1g

L.H.Q.C S/ ESSÊNCIA 5,0 TRANSPARENTE LÍQUIDO 120,2g

SHAMPOO ESSÊNCIA 6,0 BRANCO VISCOSO 200,3g


ANTIFÚNGICO ERVA DOCE LEITOSO

CREME S/ ESSÊNCIA 5,0 BRANCO VISCOSO 200,2 g


ANTIFÚNGICO

4.11– Quebra da Base do produto Manipulado

Nas formulações semissólidas foram vivenciadas a quebra da base, que seria a mudança da
consistência ou a formulação tem a aparência de talhado, quando acrescenta os ativos. Muitas
vezes isso acontece pois o ativo não possui afinidade com a base por conta de suas
características químicas ou a quantidade de ativo é esta superior para a quantidade da base.

Figura 25- Quebra de Base

Fonte: do autor

4.12– Mapa Polícia Federal

O estabelecimento trabalha com produtos que são controlados pela polícia federal pois são
aqueles que podem ser destinados à elaboração ilícita de substâncias entorpecentes,
psicotrópicas ou que determinem dependência física ou psíquica. O estabelecimento trabalha
com cafeína e manitol, então mensalmente é enviado esse mapa com as informações de
quantidade, validade e lote, para a polícia federal.Ele é enviado através do sistema Fórmula
certa. A atividade foi vivenciada só na teoria, uma vez que a atividade não foi realizada no
fim de tarde.

Figura 25- Sistema Fórmula Certa

Estágio supervisionado II – Farmácia


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Fonte: do autor

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estágio supervisionado é uma fase acadêmica de suma importância, nele, colocamos
em prática todo aprendizado vivenciado ao longo de 5 anos de graduação, além também de
gerar um incentivo no discente de acrescentar em seu currículo experiência profissional.
Durante o estágio realizado na Farmácia de Manipulação Essenciale, além do
conhecimento técnico-científico adquirido, também foi transmitido valores como
compromisso, responsabilidade e respeito, e o quão eles são cruciais nas relações
profissionais e que isso faz com que o ambiente se torne equilibrado e produtivo.
Foi bem visível o quanto é crucial o farmacêutico no estabelecimento de saúde, pois
ele consegue oferecer orientação especializada, uma vez que a saúde pública ou particular não
consegue oferecer um serviço de saúde com qualidade. Então a inclusão de uma sala de
atendimento farmacêutico, seria uma ótima opção, para ter um ambiente especialmente para
essa atividade e também deveria incluir um estoque maior de ativos, para também dessa forma
ter uma gama de produtos para atender a um maior diversidade de pacientes.
A graduação ficaria incompleta sem a disciplina de Estágio Supervisionado em
Farmácia de Manipulação, uma vez que ela é mais uma área de atuação do farmacêutico, no
qual bem parecido com a Drogaria, é um local que este profissional tem maior proximidade
com a comunidade, tendo maior acessibilidade a uma orientação personalizada e
especializada, além de ofertar produtos que possuem uma quantidade adequada para o
tratamento, evitando assim o uso indiscriminado de medicamento.
O preceptor Alcalino Junior, com experiência juntamente sua orientação clara e com
riqueza de informações e detalhes, contribui para um ganho de conhecimento e experiência
tão prazerosa e enriquecedora, que não se tem palavras que possam mensurar.Foi bastante
enriquecedor e gratificante, vivenciar o quanto é crucial o farmacêutico na farmácia de
manipulação e adquirir as competências para desempenhar essa área de atuação. Além
também de aprender que o conhecimento sobre os ativos que trabalhamos e suas
propriedades, é indispensável.
Uma sensação de orgulho em fazer parte deste universo, e saber que é muito
abrangente e que podemos atender as pessoas de forma personalizada e atendendo às suas
expectativas., torna ainda mais gratificante a graduação ao longo de 5 anos.

Estágio supervisionado II – Farmácia


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6. REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. RDC nº 67, de 08 de outubro de 2007. Dispõe sobre as boas
práticas de manipulação de formulações Magistrais e Oficinais para Uso humano em
farmácias. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Camaragibe, 18 de Março de
2024.

BRASIL. Ministério da Saúde. RDC nº 467, de 28 de Novembro de 2017. Define,


regulamenta e estabelece as atribuições e competências do farmacêutico na manipulação de
medicamentos e de outros produtos farmacêuticos. Diário Oficial da República Federativa do
Brasil. Camaragibe, 18 de Março de 2024.

BRASÍLIA. CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. Guia Prático do Farmacêutico


Magistral.2017. Disponível em: https://www.cff.org.br/userfiles
/file/guia%20pr%C3%A1tico% 20do%20farmac%C3%AAutico%20 magistral_08dez2017
_WEB.pdf. Acesso em: 20 mar. 2024.

DA SILVA PETROCELI, ROSANA NUNES; BAIENSE, ALEX SANDRO RODRIGUES.


Papel do Farmacêutico na Garantia do Controle de Qualidade da Farmácia Magistral. Revista
Ibero-americana de Humanidades, Ciências e Educação, v. 9, n. 4, p. 358-370, 2023.

VASCONCELOS, THALLES YURI L. et al. A farmácia clínica no âmbito da farmácia


magistral. J Appl Pharm Sci [Internet], v. 3, p. 4-6, 2016.

OLIVEIRA, THALITA; DE ANDRADE, LEONARDO GUIMARÃES. 7. Revista


Ibero-americana de Humanidades, Ciências e Educação, v. 7, n. 9, p. 378-391, 2021.

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7. ANEXOS-DOCUMENTOS

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