Marilena Chaui

Marilena Chaui estudou no Colégio Estadual Presidente Roosevelt, onde teve

aulas com o professor de filosofia João Villalobos, que fez com que ela se
encantasse pelo universo da disciplina. Desse período Marilena relembra:
“Julguei que a filosofia abarcaria todas as outras disciplinas que eu desejava
cursar e por isso me decidi por ela. ¨

Foi assim que, depois de completar o ensino médio, ingressou na Faculdade

de Filosofia, Ciências e Letras, em 1960. Durante o curso, o país vivia uma
severa ditadura militar. Marilena acabou a graduação em 1965.

Em 1966 entrou na pós-graduação recém-criada, na mesma instituição, e em

fevereiro de 1967 apresentou a dissertação “Merleau-Ponty e a crítica do
humanismo”, tendo concluído o mestrado em apenas um ano.

Depois de defender a dissertação embarcou para a França, onde ficou de 1967

a 1969 inicialmente no interior (em Clermont-Ferrand) e depois em Paris.

O doutorado de Marilena, defendido em 1971, foi feito na USP com tese

“Introdução à leitura de Espinosa”.

 Livro sobre Educação

Em defesa da educação pública, gratuita e democrática (2018).

Questões da Educação

* A Filósofa não almeja em sua obra dar modelos educacionais, ou mesmo

vincular-se a modelos de aprendizado.

* Aponta o combate ao autoritarismo presente em nosso sistema de ensino.

Que esteve mais visível na ditadura, mas que encontra-se menos visível nos
dias de hoje

* Em um artigo intitulado ¨Ideologia e Educação¨ Marilena problematiza a

questão de cunho filosófica: Até que ponto a discussão educacional, marcada
em grande medida pela regra da competência, encobre ou não alguma
ideologia.

* Ideologia como a distinção de classes sociais contraditórias, como uma

representação de lógicas das ocultações

* A pedagogia, discurso sobre a educação.

* ¨A regra da competência¨ dependem de normas prévias a respeito de quem

pode falar ou ouvir.

* A burocracia estatal se julga competente para falar sobre a Educação por

intermédio das secretarias de educação.

* Crítica à semântica das dinâmicas em grupo, aparentemente pode

apresentar-se como uma solução da relação hierárquica entrega professor e
aluno, mas na verdade gera uma forma nova e mais sutil de dependência
recíproca.

* Formar e informar, assim como aprendizagem e treinamento são

complementares.

* A problemática da conscientização da Educação.

* Seria mais rica uma pedagogia que levasse a sério o fenômeno

de uma consciência contraditória
O que seria o Professor?

* Ao professor não cabe dizer ¨Faça como eu¨, mas ¨faça comigo¨

* O diálogo com o aluno é com o pensamento, com o a cultura nas obras e nas
práticas sociais, linguagens e gestos do professor, que é um simples mediador.

* Um professor utópico, que poderia existir ou não, pois de onde vem e porque vem a
sedução de tornar-se guru?