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A IMPORTÂNCIA DAS TECNOLOGIAS PARA O ENSINO DE LINGUA INGLESA

OLIVEIRA, Jamile Gonçalves Pinheiro1


GLENDAY, Candice Helen2

Resumo: O presente artigo tem como base estudos realizados por pensadores e estudiosos
quanto ao uso do computador no ensino de línguas, destacando autores como: Leffa (2006),
Franco (2012) e Oyama (2011). O objetivo do artigo é de discutir a importância do uso dos
recursos tecnológicos para o ensino e aprendizagem de línguas considerando os seguintes
aspectos de sua utilização: interação, motivação, autonomia dos professores e alunos. Os
pontos negativos também foram analisados levando em conta fatores como: dependência, o
mau uso do computador por professores e alunos, a mecanização das atividades pelo
computador e o processo de acomodação por parte dos usuários. Discutimos as implicações
do uso do computador associado à tecnologia frente ao processo de ensino. Por fim,
concluímos que a tecnologia vem se tornando cada vez mais abrangente no ensino de
línguas, possibilitando novos caminhos para educação como um todo.

Palavras-Chaves: Aprendizagem. Ensino. Tecnologia. Aluno.

1 INTRODUÇÃO

A presente pesquisa é de cunho bibliográfico cujo objetivo é o de discutir a


importância do uso do computador associado às tecnologias mais modernas para o
ensino de língua estrangeira. O uso da tecnologia é utilizado como um elemento
mediador na aquisição da língua estrangeira e serve como um elo entre o aluno e
ensino, dando ao professor a função de facilitador durante a aprendizagem.
Leffa (2006) e Moreira (2003) defendem que o computador é uma das
ferramentas que melhor complementam o ensino de línguas, pois é uma excelente
forma de transmissão de conhecimento e existem muitas possibilidades para o uso
desta ferramenta no processo de ensino-aprendizagem. Vale salientar que embora o
computador seja uma ferramenta que auxilie neste processo, ele é apenas um

1
Graduanda em Letras - Língua Inglesa e suas respectivas Literaturas pela Universidade
Estadual Vale do Acaraú (UVA).
2
Professora Orientadora, integrante do quadro docente do curso acima aludido.
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instrumento por apresentar algumas limitações como, por exemplo, a necessidade


da presença de um instrutor.
Ao longo das décadas, o computador vem contribuindo significativamente
para tornar a educação mais atrativa e estimulante para os jovens, já tão
acostumados e familiarizados com ela, além de reduzir as distâncias entre todos os
envolvidos no processo de ensino-aprendizagem (Franco, 2006). No que diz respeito
ao ensino de língua estrangeira, os programas específicos e cursos on-line permitem
ainda a gravação e reprodução de som e imagem, recursos estes que possibilitam o
estudante praticar a língua alvo em questão.
Mas o que vem a ser o ensino mediado pela tecnologia? Um exemplo do uso
da tecnologia para esse processo é o ensino online. Para isto, os educadores têm à
sua disposição um conjunto de ferramentas associado à Internet e à ciência da
aprendizagem e do ensino que permite alterar a natureza da instrução. Essa
alteração pode afetar quem é educado, o que o educando está envolvido no
processo de instrução, quem educa, e o significado da própria prática da educação.
No entanto, se os educadores se engajarão na prática da educação online de
maneira reflexiva, então eles precisam entender dois aspectos: primeiro, que a
educação on-line evoluiu a partir de concepções da educação; e, segundo, que
existem pressupostos e implicações éticas, sociais, políticas, e econômicas que
aparentemente parecem ser simples ações de design e instrução (Larreamendy-
Joerns & Leinhardt, 2006). Assim, a aprendizagem mediada por computador
corresponde ao uso das ferramentas disponíveis que possibilitam a aprendizagem
independente a fim de desenvolver as habilidades necessárias.
Como exposto acima, é importante enfatizar que o professor não perderá a
sua importância durante este processo, visto que este vai mediar todo processo de
aprendizagem do aluno. Segundo Leffa (2006, p 13), “o computador não substitui
nem o professor nem o livro”. As novas tecnologias para auxiliar no processo de
ensino-aprendizagem e na interação com outras pessoas, principalmente se a
tecnologia for associada à internet, faz do professor um importante mediador e não
poderá ser substituído, pelo menos por enquanto.
No entanto, é crucial que o professor tenha conhecimento sobre a tecnologia
para que possa, de fato, contribuir no desenvolvimento do conhecimento. Assim, a
capacitação dos professores é um aspecto fundamental para que o uso da
tecnologia seja um sucesso e não uma perda de tempo ou, pior, um meio de
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preencher o tempo, pois um professor que não domina os principais recursos


tecnológicos não consegue qualificar sua prática pedagógica sob esta perspectiva.

Enquanto ferramenta, o computador é encarado como um dispositivo


de auxílio para completar tarefas de forma mais produtiva, é
desprovido de função de controle direto e não comporta uma
metodologia em si: cabe aos professores e aprendizes usá-lo
eficientemente para atingir os objetivos de aprendizagem de seu
contexto específico. Não se espera que o computador ensine a
língua, mas que atue como instrumento enriquecedor ou facilitador
da aprendizagem. (MOREIRA, 2003, p. 286)

Conclui-se, portanto, que as novas tecnologias facilitam o processo de


expressão do nosso pensamento, “o computador assume também a função de
ferramenta e estímulo ao pensamento crítico e à interação que leva o aprendiz a
entender e produzir a língua.” (Moreira, 2003). Esse é um dos papéis do uso do
computador no processo ensino-aprendizagem da língua inglesa. A interação aluno-
objeto, aluno-computador será, necessariamente, mediada por uma linguagem
específica e por um mediador que conheça bem as linguagens do processo.

2 A CONTRIBUIÇÃO DA TECNOLOGIA NO PROCESSO DE ENSINO-


APRENDIZAGEM

A tecnologia da informática é utilizada tanto para cursos em diversas áreas


(Coursera.org, que oferece cursos de várias universidades gratuitamente online)
como para o ensino de línguas estrangeiras. No que tange a aprendizagem da
língua inglesa, o computador conectado a internet permite que o aluno utilize a
língua alvo para se integrar a uma comunidade autêntica de usuários,
compartilhando experiências com pessoas de qualquer parte do mundo onde a
língua estudada seja falada (Facebook, Skype). Com isso, a prática das quatro
habilidades básicas (ouvir, falar, ler e escrever) pode ser integrada numa única
atividade e o aprendiz pode, por exemplo, ouvir um diálogo, gravar sua pronúncia,
ler o feedback que o sistema oferece e escrever um comentário (My English
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Online, Englishtown, dois exemplos de cursos de inglês online). Franco (2006)


constata que:

A aprendizagem de uma língua é vista como um processo de


socialização em comunidades discursivas específicas. Sob esse
ângulo, os alunos devem ser encorajados a participar de interação
social autêntica a fim de poderem praticar situações comunicativas
fora do contexto de sala de aula (FRANCO, 2006, p.5).

Segundo Franco (2006), o aprendizado de línguas deve transpor os limites da


sala, buscar novas possibilidades de prática da língua, a saber, a utilização de
computadores multimídia e da internet, pois estes permitem o uso da hipermídia
(recursos como texto, imagem, som, animação e vídeo) que, agrupados, permitem
ao aluno escolher seu próprio trajeto de navegação através de um simples clique.
Outro elemento da tecnologia que pode facilitar no processo de ensino-
aprendizagem é o uso de exercícios online e conversação em tempo real, o que
permite ao aluno tanto a revisão do que foi visto bem como a interação real com
falantes ativos através do uso de programas específicos ou por meio de um chat no
website do próprio curso.

A comunicação mediada por computador (da expressão em inglês


computer mediated communication (CMC)), apresenta uma
possibilidade de comunicação direta e de baixo custo entre
aprendizes da língua-alvo e outros aprendizes ou falantes nativos.
(FRANCO, 2006, p. 8)

De acordo com Franco (2006), as atividades de ensino de línguas mediadas


por computador focam na comunicação direcionada do uso da língua e este
processo deve apresentar a língua de forma indutiva, visto que há uma interação
entre falantes, encorajando a produção de modo autêntico e não pré-fabricado,
utilizando predominantemente, ou até mesmo exclusivamente, a língua alvo.

A tecnologia vem sendo utilizada no ensino de línguas como uma


ferramenta significativa para o processo de ensino-aprendizagem.
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Sob uma nova visão, com o ensino de línguas para a comunicação,


onde se objetivava um discurso autêntico, significativo e
contextualizado por parte do aluno, tudo isso possibilitou uma
integração da tecnologia na sala-de-aula. (ALENCAR, 2011, p.2)

Neste processo, os computadores multimídia e a internet possibilitam uma


reprodução clara e muito próxima da real com imagens que contextualizam a
informação apresentada. Estes subsídios audiovisuais favorecem uma prática maior
das habilidades da língua estudada.
O uso da tecnologia faz com que as aulas sejam mais dinâmicas, pois o aluno
tem um contato direto com a informação e interage através da prática de exercícios
online, complementando e consolidando a aprendizagem.
A internet tem duas grandes vantagens sobre todas as outras mídias.
Ela combina vantagens das outras mídias de forma a transmitir
imagens e sons que nenhum livro é capaz; é mais interativa que um
videoteipe e, diferentemente do cd-rom, pode ligar e contatar
pessoas em qualquer lugar do mundo a um baixo custo. (UESP,
2012, p. 34)

As novas tecnologias influenciam o processo cognitivo do aluno, atuando


como fator motivador. O aprendiz pode escolher onde, quando e onde quer estudar,
visto que as tecnologias estão cada vez mais presentes no nosso dia-a-dia,
reduzindo fronteiras.

O aluno pode navegar no conteúdo interagindo com o mesmo no


sentido de escolher o quê, como, quando e em qual nível de detalhe
quer estudar de acordo com seu nível de curiosidade sobre o
assunto. (OYAMA, 2011, p. 19)

Outro aspecto importante é que o computador contribui muito para a


privacidade do aluno, pois proporciona ao aluno uma maior liberdade de expressão
e permite que o aprendiz explore novas áreas da língua alvo. Essa privacidade faz
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com que o aprendiz consiga seguir o seu próprio ritmo no processo de ensino-
aprendizagem, sem se sentir constrangido pelos comentários de professores ou
colegas quando necessitar de maiores esclarecimentos sobre suas dúvidas. Um
recurso muito utilizado para tirar dúvidas é o chat em particular com o professor.

A multimídia permite aos aprendizes interagir com os materiais de


aprendizado em seu próprio ritmo. Aqueles que enfrentam mais
dificuldades não se sentem menos aptos ou sob pressão para
acompanhar os outros alunos, enquanto aqueles que se encontram
no outro extremo podem explorar atividades mais desafiadoras e
instigantes. Em ambas as possibilidades, os aprendizes não são
passivos, o processo é permeado pela necessidade de realmente se
pensar sobre as informações apresentadas e reagir a elas.
(MOREIRA, 2003, p.288)

O aluno necessita de algo que lhe motive no processo de ensino-


aprendizagem e que facilite a interação com os diferentes tipos de mídias a fim de
desenvolver a Língua Estrangeira (LE). Por sua vez, se os alunos tiverem
conhecimento proficiente da língua inglesa e forem conhecedores da tecnologia,
farão uso das duas de modo eficiente.
Há uma identificação do aluno com a diversificação da rotina em sala, tanto
na sua interação com o computador conectado à internet, quanto ao usar softwares
para a prática das habilidades linguísticas, pois trabalha com atividades que
exercitam suas habilidades auditivas e visuais. No entanto, é importante observar
que:

A aprendizagem efetiva de LE depende da capacidade do aprendiz


tomar para si a responsabilidade de aprender independentemente do
professor. Os alunos devem reconhecer suas dificuldades e
preencher suas necessidades. O modelo de completa autonomia
exige que o aluno saiba decidir o que é melhor para ele. É desejável,
também, que ele tome a iniciativa sobre o material didático e
recursos mais apropriados. Para que se consiga este grau de
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autonomia, o aluno deve ser preparado para atingir esse estágio.


(UESP, 2012, p.32)

A autonomia é um aspecto importante para a aprendizagem, mas o papel do


professor é o de auxiliar o aluno para que ele possa atingir os objetivos específicos e
que seja orientado para que não se perca o foco principal.

O sistema ideal de estudo individualizado é aquele que permite ao


estudante ter o controle de seus estudos conforme seu próprio
desejo e no qual o professor oferece orientação àqueles que
precisam, dando liberdade total para aqueles que conseguem ter
completa independência. (UESP, 2012, p.32)

O uso pedagógico das tecnologias varia de acordo com os objetivos do


professor e as necessidades de seus alunos que vão se criando e recriando diante
de infinitas possibilidades que a ferramenta oferece.

As ações pedagógicas com computadores devem ter propósitos


definidos para que os aprendizes e professores (co) construam,
reflitam e agreguem conhecimentos. Caso contrário, não haverá
educação para a autonomia e, sim, falta de organização e
planejamento. (UESP, 2012, p.13)

A tecnologia e os programas passaram a integrar a escrita, o áudio e vídeo.


Uma mudança qualitativa no processo de ensino-aprendizagem acontece quando
conseguimos integrar, dentro de uma visão inovadora, todas as tecnologias: as
telemáticas, as audiovisuais, as textuais, as orais, musicais, lúdicas e corporais.
3 ASPECTOS NEGATIVOS DA UTILIZAÇÃO DAS NOVAS TECNOLOGIAS NO
ENSINO E APRENDIZAGEM DE LÍNGUA INGLESA

Conforme exposto na seção anterior, os aspectos positivos da utilização das


novas tecnologias no ensino e aprendizagem de língua inglesa são significativos,
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mas há também aspectos negativos quanto ao uso das tecnologias para o ensino de
língua inglesa, a saber:

 As novas tecnologias podem levar o aluno à acomodação.

Nesta etapa do processo o sujeito assume o papel ativo na construção do seu


conhecimento de acordo com a comunidade virtual de seu interesse. E como a
Internet é muito dinâmica, a evolução nesta etapa tem nos proporcionado novas
ferramentas que promovem a interação e participação, através de comunidades, no
qual resultam em uma aprendizagem cada vez mais independente destes espaços
virtuais (NORTE, 2001, p 1-2).

A aprendizagem efetiva de LE depende da capacidade do aprendiz


tomar para si a responsabilidade de aprender independentemente do
professor. Os alunos devem reconhecer suas dificuldades e
preencher suas necessidades. Para que isso ocorra, é necessário
que o professor promova oportunidades para desenvolver as
capacidades do aluno de pensar de forma independente, de auto
gerenciar suas próprias atividades, de fazer escolhas com respeito a
seus processos de aprendizagem.

Essa autonomia que o aluno tem diante do que é apreendido o torna mais
independente para escolher o que deve fazer e quando deve fazer. Em alguns
casos, o aprendiz pode se acomodar, visto que ele próprio administra o tempo
dedicado às atividades.

 As novas tecnologias podem causar dependência.

Acredita-se que a aprendizagem no ambiente virtual pode gerar dependência


reduzindo o hábito do aluno quanto à leitura de livros, bem como a socialização tão
necessária para a vida dele.
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A dependência da tecnologia pode causar outro problema mais sério:


o isolamento. A criança ou adolescente pode passar tantas horas
imerso no ciberespaço que acaba cortando os laços sociais com as
pessoas que o cercam. (OYAMA, 2011, p. 22)

Os atrativos que a tecnologia proporciona ao individuo, podem ser apontados


também como fatores prejudiciais na aprendizagem do aluno, tendo em vista que,
em alguns casos, pode gerar essa dependência quanto ao seu uso. Estes
questionamentos se fazem necessários porque o aluno pode chegar a ver as
tecnologias como o único meio de se aprender outra língua.

Essa conduta é perigosa visto que enfraquece as habilidades


interpessoais, empobrecendo o convívio da pessoa com seus pares
na família, escola e trabalho. Pode ser um dos fatores coadjuvantes
para o aparecimento de doenças psiquiátricas como a depressão e a
ansiedade (OYAMA, 2011).

A multimídia apesar de positiva, também pode trazer malefícios aos seus


usuários. Ao passo que proporciona para aqueles que enfrentam mais dificuldades
a não se sentirem menos aptos ou sob pressão para acompanhar os outros alunos,
e também para aqueles que se encontram no outro extremo poderem explorar
atividades mais desafiadoras e instigantes. Há também o risco, se mal empregada,
de ter prejuízos à vida dos que a utilizam.

Quando mal utilizada, a tecnologia pode agir negativamente do ponto


de vista comportamental. Apesar de seus benefícios é preciso ter
cuidado para que a utilização em excesso da tecnologia não impeça
o educando de se dedicar a outras atividades, comprometendo seu
desenvolvimento e sua socialização. (OYAMA, 2011, p. 27)
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Os problemas desenvolvidos pelo mau uso das tecnologias são de caráter


comportamental, o que gera uma complexidade maior. O uso destas tecnologias
deve ser feita de uma forma bem gerenciada para que a finalidade de ensino-
aprendizagem seja atingida de maneira satisfatória.
E não venha a trazer prejuízos à vida social do individuo com seu mau uso
tanto por parte do professor quanto pelo aluno. Todo o processo precisa ter uma
finalidade, pois o uso da tecnologia não pode ser apenas uma forma de
entretenimento.

[...] Ficar em frente ao computador sem convívio social adequado


pode desenvolver a característica negativa do individualismo, ou até
mesmo o egoísmo, extremamente prejudiciais ao convívio em
sociedade (OYAMA, 2011, p. 24).

Muitas vezes o uso em excesso e sem finalidade leva o aprendiz a


desenvolver comportamentos negativos como o egocentrismo, deturpando o
verdadeiro objetivo das tecnologias.

 As tecnologias podem ser má empregada pelo professor.

Observamos que aprender inglês e dominar as tecnologias em função deste


ensino-aprendizagem, que é obtido pelo Letramento Digital (LD), complementa para
formar e preparar o aluno para a sociedade atual, cujo objetivo principal é o domínio
de uma segunda língua. Percebemos que a escola e professores de língua inglesa
também são responsáveis pela a transformação das habilidades do aluno em L2,
que deve estar apto para o desempenho da mesma em meio social.

[...] As práticas de LEs podem transcender as paredes da sala de


aula com vistas à globalização. Tecnologias e comunicação devem
se constituir importantes vieses na aprendizagem de línguas, no
contato com os povos e no intercâmbio cultural, com uma visão de
língua como instrumento de comunicação para a transformação
social. É óbvio que a sala de aula não será abandonada, mas as
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aulas poderão ser complementadas pela autenticidade de acesso às


informações e conhecimento. (UESP, 2012, p. 13)

Compreendemos que o LD e as suas implicações devem ser abordados na


formação de professores para que eles tenham subsídios suficientes para oferecer
um ensino de qualidade aos alunos através da utilização do computador para
realizar atividades, solucionar problemas, e tornar sua prática docente mais
significativa durante o processo de aprendizagem do aluno.
O motivo pelo qual muitos professores fazem o mau emprego destas
tecnologias é a falta de domínio dos recursos tecnológicos que os impossibilitam de
usufruir destes e auxiliar os alunos na utilização das ferramentas como recurso no
processo de aprendizagem.

Os professores que não percebem as vantagens da utilização da


tecnologia em seus ensinamentos são menos propensos a fazer uso
das TIC. Qualquer programa de formação deve garantir que os
professores estejam cientes dos benefícios da utilização TIC em sala
de aula (ARAGÃO; BEATO; SANTOS, 2013.p. 06).

Porém, aprender a utilizar essas ferramentas não é sinônimo de sucesso nas


aulas, pois é necessário também que haja uma mudança nas práticas de ensino e
também conhecer maneiras de ensinar o aluno a fazer o mesmo em relação a seus
próprios interesses e necessidades de formação.

O importante é que o professor tenha conhecimento da existência de


diversas metodologias, consciência de que os alunos têm
características diferentes e que a partir das condições que se
encontrarem, estes professores possam se adaptar e se adequar,
buscando uma metodologia que melhor lhe ajudará em cada
situação, não esquecendo que o mais importante é a interação dos
sujeitos para a construção do conhecimento. (BORJA; GROSSI,
2009, p.7)
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O papel do professor é recriar dentro das suas possibilidades, novos meios de


práticas docentes, levando em consideração a diversidade de perfis que se tem
dentro de sala de aula.

[...] Os estilos de aprendizagem podem ser definidos como os modos


pelos quais se aprende. São vários os estilos de aprendizagem,
sendo assim, o professor não deve adotar uma mesma abordagem.
Seria um erro pensar que todo o aluno on-line tem o mesmo padrão
de aprendizagem. (MOSSOI; FLORES; BEHAR, 2007, p 7)

Almeida Filho (2005) ressalta a relevância dos alunos terem liberdade na sala
de aula e que o docente não assuma um papel dominador, mas antes que crie um
ambiente de mediação no processo de ensino, permitindo indagações e
apontamentos realizados pelos discentes; com isso, os alunos se sentirão cidadãos
capazes de questionar e opinar sobre as atividades escolares. Muitas vezes, as
atividades propostas não permitem que o aluno tenha uma participação cooperativa
no processo de ensino, levando-os a serem controlados, sendo-lhes atribuídas
atividades repetitivas o que não acrescentará em nada para sua produtividade.

É preciso que o professor compreenda a relação entre interação e


aprendizagem, as características do encontro interacional em sala de
aula e que aprenda compartilhar seu poder, abrindo espaço para a
voz do aluno ao aceitar seus tópicos e as suas construções
interpretativas. (BRASIL, 1998, p.62)

A postura docente diante dos recursos tecnológicos na escola se apresenta


como algo essencial, pois tem forte influência nos objetivos propostos no processo
de ensino-aprendizagem.
Por sua vez, a Internet não é somente um espaço onde o aprendiz
desenvolve suas habilidades é também um recurso, onde os professores podem
criar e aperfeiçoar suas práticas. E com o desenvolvimento das novas tecnologias, o
conhecimento do professor vem se tornando cada vez mais flexível e amplo frente
aos novos recursos. No entanto, há os analfabytes, termo que é utilizado para
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designar professores que não detém conhecimentos das novas tecnologias e


precisam e devem ser alfabetizados tecnologicamente e conscientizados de que a
tecnologia é um elemento auxiliar e não um substituto daqueles. Esta atualização é
necessária e benéfica para o ensino-aprendizagem porque possibilita uma melhor
abordagem dos conteúdos.

O computador não substitui nem o professor nem o livro. Tem


características próprias, com grande potencialidade e muitas
limitações, que o professor precisa conhecer e dominar para usá-lo
de modo adequado, como um componente da complexa atividade de
ensinar e aprender uma língua. (LEFFA, 2006, p.13)

Atualmente as tecnologias são um fato e oferecem muitas possibilidades ao


ensino. No entanto, o professor não tem a sua importância diminuída, pelo contrario,
o aprendiz precisa de um mediador que o ajude a buscar informações para a
construção do seu conhecimento (Leffa, 2006). As novas tecnologias em si não
bastam, ao contrário, acredita-se que a alfabetização tecnológica do professor deve
alinhar-se à reformulação da sua própria prática docente, pois não adianta utilizar
uma tecnologia nova com uma prática docente ultrapassada.

O computador é uma ferramenta extremamente versátil, com enorme


capacidade de adaptação; pode ser usado para inúmeras tarefas,
tanto no trabalho como no lazer, tanto na educação como na
pesquisa. É na educação, porém, que se reflete mais sobre essa
versatilidade, principalmente em termos do papel que o computador
deve desempenhar (LEFFA, 2006, p.15).

Como foi observado acima, o professor pode se apropriar deste instrumento


em prol do ensino-aprendizagem do aluno e também em benefício próprio. Ele pode
facilmente integrar o aluno em ambientes de interação Cultural, a Cybercultura, que
permite o aprendiz compartilhar de várias culturas em um ambiente virtual.
O professor tem como público alvo, alunos que nasceram em uma era
totalmente digital e subentende-se que o professor precisa se especializar na
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utilização desses novos meios de ensino para que as aulas de língua inglesa
ganhem uma nova roupagem.

Estamos diante de uma nova tecnologia que requer um novo modelo


de comunicação e, consequentemente, novas demandas cognitivas.
A língua da internet é o inglês e é exatamente por isso que a
aprendizagem de línguas estrangeiras se torna cada vez mais
necessária e também cada vez mais acessível a um grande número
de pessoas (PAIVA, 2001a, p.108 apud SANTOS E
BERGSLEITHNER, 2010, p.114)

A tecnologia como recurso pedagógico se consolida cada vez mais como uma
ferramenta imprescindível para o ensino de línguas. Quanto à formação do
professor, existem programas de educação específicos (English Teachers’ Portfolio
(ETP); Teachers’ Link: Reflexão e Desenvolvimento para Professores de Inglês;
Didática para o Ensino de Línguas Online (DELO)), no Brasil que auxiliam
professores via internet a se aprimorarem em sua área de atuação ou no campo das
novas tecnologias de comunicação e informação.
Professores podem usar recursos como o Powerpoint e o Prezi para agilizar e
dinamizar o ensino da gramática, levar músicas para trabalhar o vocabulário, e usar
imagens para facilitar a compreensão de vocábulos.

 O uso das novas tecnologias no ensino de Língua Inglesa pode tornar o processo
mecânico.

Outra crença negativa quanto ao uso da tecnologia é que a mesma pode vir a
se tornar o processo muito mecânico e que possa afastar a interação aluno-aluno e
aluno-professor, tendo em vista que o aluno vai ter uma interação maior com a
máquina.
Acredita-se que toda tecnologia se torna repetitiva com tempo, pois os
exercícios constantes e repetitivos podem causar uma aprendizagem mecânica e
artificial. Este fator não permite a socialização face-to-face e leva o aluno ao stress.
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No contexto de sala de aula, o uso do computador raramente deve


envolver um único aluno, ou seja, as atividades devem ser
planejadas sempre para grupos de alunos, pois os comentários entre
alunos possibilitam maior interação entre
alunos/professores/máquinas e maior aprendizagem. (UESP, 2012,
p. 23)

A tecnologia pode provocar a automação no aprendizado, elemento este que


contribui para tornar o processo mecânico. As atividades são feitas de forma
repetitivas pelos alunos e se não forem criadas novas possibilidades de ensino a
mecanização pode se constituir como um fator negativo para a aprendizagem do
aluno.
É necessário frisar que tanto o papel do professor quanto do aluno no
aprendizado de uma língua estrangeira esteja amparado pela abordagem
comunicativa, pois facilitará o processo de ensino. Entende-se que o docente
deixaria de ser o centralizador no processo, embora não perca sua autoridade em
sala de aula, mas permitiria organização, ou seja, a construção da aprendizagem.
Por sua vez, o aluno deixaria de ser um mero receptor de informação e passaria a
ter um papel ativo na busca do seu próprio conhecimento.
Os PCNs enfatizam que:

É preciso, assim, que se invista na formação continuada de


professores que já estão na prática de sala, como também daqueles
que estão em formação, de modo que possam compreender estes
parâmetros para traduzi-los nas práticas de ensinar e aprender. Isso
exige essencialmente o envolvimento do professor na reflexão sobre
sua prática em sala de aula (BRASIL, 1998, p. 109).

Serão necessárias constantes inovações metodológicas nas práticas de


ensino do professor e uma postura receptiva do aluno para que este processo de
ensino seja possível. A não articulação adequada dos professores acarreta muitos
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problemas no aprendizado do aluno e, consequentemente, cria uma prática artificial


e presa a estruturas mecânicas, limitando a desenvoltura eficiente do aprendiz.

4 AS IMPLICAÇÔES DO USO DA TECNOLOGIA PARA O ENSINO E


APRENDIZAGEM DE LINGUA INGLESA

O estudo realizado é reflexo do grande crescimento nos últimos anos da era


das tecnologias. Compreende-se de imediato a grande contribuição que as mesmas
têm diante do processo de ensino e aprendizagem de alunos e professores.
Neste estudo, destacamos os dois lados da utilização das tecnologias do
ensino de língua inglesa. No que diz respeito à positividade, contamos com vários
elementos que fortalecem essa teoria. O fator interação, por exemplo, contempla a
aprendizagem de uma maneira muito significativa, pois sem ela a aquisição da
língua seria de certa forma limitada para o aluno. Essa interação passa a ser tão
fundamental, visto que o aluno precisa estar em contato com o meio.
A utilização das tecnologias pode provocar uma série de transformações no
ensino de língua, minimizando muitos dos aspectos negativos na aprendizagem. O
uso dessas ferramentas tecnológicas fortalece e reforça a aprendizagem,
consolidando o que foi aprendido.
As novas tecnologias atuam como fator motivador para o aluno, contribuindo
para o seu desenvolvimento cognitivo. O aluno ao entrar em contato com este
mundo virtual se sente motivado pelo universo desconhecido, porém atraente e
altamente convidativo.

É imprescindível o envolvimento do aprendiz e seu papel deve ser


ativo interpretando cognitivamente as novas experiências evoluindo
seus esquemas e conhecimentos. Essa construção de
conhecimentos deve ser realizada em um ambiente propício que
contribua para o acionamento dos comportamentos e estruturas
cognitivas e afetivas. (UESP, 2012, p. 26)
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Quando destacamos a interação como mais um fator contribuinte no processo


de aprendizagem, falamos de algo que é de fundamental importância para a
aquisição de línguas, a interação entre aluno e objeto de estudo.

A interação é essencial ao ensino-aprendizado [...]. A cibercultura e


suas ferramentas de comunicação social promovem a interação
rápida e aproxima as pessoas. Essa interação quando excessiva e
mal gerenciada pode trazer a falta de privacidade expondo
informações pessoais e trazendo danos morais e intelectuais.
(OYAMA, 2012, p.24)

Esses recursos melhoram a utilização do tempo na aprendizagem. Isso


significa que o usuário tem não só rapidez de informação nas práticas com a língua
como também diversidade no que engloba a recursos do meio.

As inovações tecnológicas acentuaram a necessidade de novas


posturas no processo de ensino e aprendizagem. O professor não
deveria ser, simplesmente, visto como único detentor e transmissor
do conhecimento e nem o aluno como receptor passivo. O ensinar e
o aprender começam a ser subsidiados (e não substituídos) pelo
aparato tecnológico, que tem como uma de suas funções otimizar a
construção de situações de aprendizagem significativas. (UESP,
2012, p. 10)

Outro ponto importante decorrente do processo é a constante inovação que


as tecnologias sofrem. A criação de novas ferramentas pode beneficiar no ensino.
Estas inovações precisam e devem ser acompanhadas também por mudanças do
próprio usuário que diante disso precisa estar preparado para se adaptar às
mudanças.

A crescente inovação tecnológica apresenta novas interfaces e


dispositivos, cada vez mais sofisticados, e novas utilidades para os
mesmos. Apesar de positiva, essa mudança exige que os usuários
aprendam as novas formas de utilização e alterem a infraestrutura
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existente para recebê-las. Cada nova mudança envolve o gasto de


recursos financeiros e de tempo na adaptação à nova tecnologia.
(OYAMA, 2012, p.24)

Os recursos aqui apresentados são de suma importância para integrar o


aprendiz a um universo totalmente propício à aquisição de uma L2. Reuniu-se neste
estudo vários elementos que de alguma forma facilitam a aprendizagem.
Destacamos também a importância da autonomia do aluno no que diz
respeito a sua aprendizagem. Esta autonomia é consequência do amadurecimento
por parte desses alunos, no que se refere à seleção do que é aprendido. Isso pode
se evidenciar por meio do seu contato com as ferramentas de pesquisas.

Ao pesquisar, criar e distribuir informações em computadores e


equipamentos eletrônicos, o usuário faz muitas vezes uso individual
da tecnologia. Isso pode promover o desenvolvimento autônomo e
promover a capacidade de resolver problema sozinho, em seu
próprio ritmo de aprendizado. (OYAMA, 2012, p.24)

Essas características tornam o indivíduo mais seletivo e o prepara não só


para o aprendizado de línguas, mas para a própria vida social.

A tecnologia incentiva à autonomia. Visto que o uso do computador


ou equipamento tecnológico é normalmente individual o usuário
tende a ter um comportamento autônomo, executando tarefas
sozinho e buscando auxílio na própria ferramenta tecnológica por
meio de arquivos de ajuda, tutoriais e buscas na internet. . (OYAMA,
2012, p.20)

Porém, destacam-se também os aspectos negativos do mau uso destas


tecnologias. É importante enfatizar que os efeitos negativos destas podem ser
associados ao mau uso das mesmas pelo indivíduo. A dependência, por exemplo, é
um dos principais fatores associados ao mau emprego destes recursos tecnológicos,
19

visto que muitos usuários passam a viver único e exclusivamente em função desses
ambientes virtuais, deixando de viver uma vida normal em meio social.

Ficar em frente ao computador sem convívio social adequado pode


desenvolver a característica negativa do individualismo, ou até
mesmo o egoísmo, extremamente prejudiciais ao convívio em
sociedade. (OYAMA, 2012, p.24)

Essa característica está fortemente associada ao isolamento. Um elemento


preocupante é o afastamento das pessoas do seu meio social. O aprendiz precisa
desta interação com a máquina, mas se faz necessário também à relação
interpessoal entre alunos e professores e a escola proporciona essa relação ao
aluno.

As tecnologias não podem ser consideradas como substitutas


permanentes do processo de ensino-aprendizado. Entretanto elas
têm se mostrado como ferramentas complementares e eficazes que
incentivam uma atuação interativa, cooperativa e comunicativa tanto
do educador como do educando. [...] (OYAMA, 2011, p. 27)

As tecnologias também podem ser má utilizada pelos professores. Estes


muitas vezes não detêm o conhecimento necessário e adequado para a utilização
da mesma, tendo como consequência, muitas vezes, o não alcance de seus
objetivos.
Esta postura não viabiliza o uso adequado destas ferramentas em função do
aprendizado do aluno, visto que o professor que faria a mediação não detém os
conhecimentos necessários para a aplicabilidade destas funções, comprometendo
por sua vez o processo de ensino e aprendizagem do aluno.

O papel do professor é complexo. Ele deve ser preparado para ser


um facilitador da aprendizagem e não somente um repassador de
conteúdos e informações. Vários outros aspectos são exigidos do
professor, que deve ser agente transformador, mediador,
20

colaborador, co-construtor e criador de um ambiente propício. Deve


ainda, conhecer o conteúdo a ser ensinado e técnicas
computacionais, desafiar, instigar a dúvida, compartilhar problemas e
procurar soluções. Dessa forma, ele estará mudando sua postura
filosófica, resgatando a verdadeira finalidade da Educação e
proporcionando aos seus alunos condições para que eles lidem com
o conhecimento em busca de autonomia, enquanto seres humanos.
(UESP, 2012, p. 26)

E é justamente por essa ausência de postura que, muitas vezes, o objetivo do


ensino-aprendizagem não é alcançado e que se precisa de uma decisão segura e
direta do professor para que a aprendizagem seja orientada e direcionada.

A grande responsabilidade do uso da internet na educação está nas


mãos do professor, que além da escolha da abordagem de ensino e
aprendizagem, tem que saber selecionar as informações desejáveis
entre os milhares disponíveis; deve ser crítico e julgar a pertinência e
a procedência dos ‘sites’. O professor tem que ter em mente que,
apenas, colocar à disposição do aluno toda essa informação não
significa colaborar no seu processo de aprendizagem, pois a
informação por si só não produz aprendizagem, não produz uma
nova conduta e a ‘web’ não foi concebida somente para instruir, mas
também para distrair, condicionar e seduzir. (UESP, 2012, p. 35)

Os aspectos aqui destacados são de ordem técnicas e comportamentais. No


que se referem aos problemas técnicos, estes são pontos que podem ser facilmente
solucionados porque envolvem o financeiro e o intelectual. Quanto aos aspectos
comportamentais ferem-se a interação individual e em grupo do individuo na sua
comunidade.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
21

Através deste estudo, foi possível compreender a contribuição que o


computador e suas ferramentas podem trazer para o ensino de línguas.
Compreendemos que esta revolução tecnológica do século 21 era necessária, pois
os avanços na educação foram muito significativos.
Sob uma visão totalmente diferente se cria e recria possibilidades dentro do
ensino. Esta máquina, o computador, e suas ferramentas possibilitam uma nova
visão na prática no ensino de línguas.
As tecnologias dão à educação uma nova roupagem de possibilidades no
processo de ensino, trazendo novos recursos de caráter inovador para este campo.
Visto que a introdução do computador nas escolas já é uma realidade concreta,
contribuindo de forma direta nos resultados finais produzidos pelos alunos, o aluno
passa a ser um participante ativo e autônomo na aquisição de conhecimento.
No que se refere ao professor ficou claro que este mantém a sua importância,
pois o aluno precisa de um elo facilitador que o auxilie e domine os conhecimentos
da maquina. De maneira que este se alinhe a estas novas ferramentas, usando-as
ao seu favor em prol de um aprendizado proficiente. E para isso, o professor precisa
não só repensar suas práticas como também o Letramento Digital. Assim, o
professor poderá fazer um uso adequado destas tecnologias tanto para si como para
os seus alunos.
Quanto ao aluno, este possui um papel fundamental como construtor de seu
conhecimento. Vimos que o aluno pode explorar essas ferramentas de várias
maneiras. Observamos que elas não só motivam os alunos como também contribui
no processo de autonomia deste.
Abordamos também as implicações que o computador e as tecnologias
podem provocar nos usuários. Visto que alguns efeitos podem depender do uso que
o individuo faz na sua prática.
Desta forma, concluímos quem embora o computador e suas tecnologias
possam apresentar alguns aspectos negativos provocados pelo uso em excesso,
sua contribuição é muito maior que as suas negatividades. Lembrando que as
tecnologias não são uma forma de substituição permanentes do ensino-
aprendizagem, embora elas venham se mostrando muito eficazes neste processo.

THE IMPORTANCE OF TECHNOLOGY FOR TEACHING ENGLISH LANGUAGE


22

ABSTRACT- The present article has as base studies achieved by thinkers and researchers
as regards the usage of computer at teaching of languages, it points out authors such as
Leffa (2006), Franco (2012) and Oyama (2011). The bourne of the article is the one of
discussing the importance of the use of technological resources to learning and teaching of
languages regarding the ensuing aspects of its utilization; interaction, motivation, autonomy
of teachers and pupils, amongst others. The negative points also have been checked taking
into account factors such as: dependency, the misuse of computer by teachers and students,
the mechanization of assignments by computer and the accommodation process on the part
of users. The analysis of pieces, works by three researchers aforesaid contributed
preponderantly for the outcome of this study. Next, we are going to discuss the implications
of the use of computer related to technology ahead to teaching process. Eventually, the
analysis by Oyama (2011) sheds a light on his viewpoint and his conclusions over the subject
matter at question.

Key Words: Learning. Education. Tech. student

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