Você está na página 1de 5

Conceito. Métodos: empirismo e interdisciplinaridade. Objetos da criminologia: delito, delinquente, vítima, controle social.

Funções da criminologia

 Conceitos iniciais  Fase científica (pós positivismo) –  Método indutivo – experimental: parte da
 Criminologia – Ciência do “ser”  Escola positiva – Século XIX análise dos fatos e chega a uma conclusão. Um
Nomenclatura utilizada pela 1ª vez por  Foco no delinquente. exemplo: verificou-se que em uma determinada
TOPINARD e desenvolvida por GAROFALO.  O que leva um homem a cometer um crime é rua sem iluminação aconteciam vários roubos,
uma determinação biológica (já nasce com mas ao instalar iluminação, o índice de
 Crime – Fenômeno jurídico complexo (fato predisposição). criminalidade diminuiu. Um local com boa
social e/ou individual). iluminação, portanto, inibe o criminoso.
 Teorias importantes surgidas nessa época:  Crime tem caráter multifatorial: atavismo
 Política Criminal – atividade que tem por  Frenologia (1796 – Franz Gall) – Fazia um (critério biológico); epilepsia (questão mental) e
finalidade trabalhar as estratégias e meios de estudo não cientifico do crânio e cérebro e loucura moral (falha de caráter).
controle social da criminalidade. manifestações da alma através do cérebro.  Classificou os criminosos: natos (por critérios
Podemos ver que ele misturava as duas formas de biológicos); loucos (possuem doença mental); por
 Objetos da criminologia (atualmente) – Delito, estudos. Em que pese a pouca cientificidade, esses paixão (solucionar questões passionais) e por
Delinquente, Vítima, Controle Social. * estudos inspiraram Lombroso em seus trabalhos. ocasião (predisposição por hereditariamente).
 Fisiognomia (fisiognomonia): Estudo das
 Fase pré-científica (antes do positivismo) – aparências. Um queixo proeminente, por exemplo,  2ª fase: Sociologia Criminal – Enrico Ferri.
 Escola Clássica – Século XVIII poderia ser considerado uma característica física  Obra: Sociologia criminal (1892).
 Foco no delito. para cometer o crime ou praticar o mal.  Causas do crime (teoria dos motivos):
 Teoria Criminológica do Delito Utilitarista –  Estatísticas (Escola Cartográfica): Criada por anormalidade congênita (o indivíduo nascia com
O que leva um homem a cometer um crime é o Quetelet – Lei térmica da delinquência essa característica; anormalidade social (de acordo
livre arbítrio. (dependendo da variação do tempo ocorria mais com o meio que você vive) e ambiente físico
As penas ganham um caráter de prevenção geral crimes ou menos crimes). (onde ele estava, condições humanas que ele
(coação psicológica - Feuerbach) e especial  Começou-se a falar sobre a subnotificação dos estava).
(retribuição proporcional ao que ele fez). crimes (o que no futuro seria chamado de Cifra
 Humanização do sistema penal – O crime passa negra).  3ª fase: Fase jurídica – Rafaelle Garofalo
a ser uma violação do pacto social e o Estado  Regularidade estatística do crime em  Obra: Criminologia (1855)
passa a ter direito de punir. determinados locais  Sistematização jurídica (documentou
 Método lógico-dedutivo: primeiro cria-se uma juridicamente a teoria positiva)
ideia e, em seguida, aplica essa ideia aos fatos.  Escola positiva Italiana  O criminoso é perigoso, por isso deve ser
 Expoentes:  1ª fase: Antropologia Criminal (Lombroso) neutralizado. A sociedade / Estado utiliza a pena
 Cesare Bonesana, ou Marquês de Beccaria – Césare Lombroso como forma de defesa social.
Dos delitos e das penas (1764)  Obra: “O homem delinquente” (1876). Obs.: Paul Topinard foi o primeiro a usar o termo
 Feuerbach: cria a Teoria da dissuasão  Etiologia do delito: busca as causas para o ‘Criminologia’.
(Coação/intimidação) psicológica. Nullum crimen, crime.  Atavismo: estudo dos traços biológicos.
nulla poena sine lege (não há crime e não há pena Stigmata física (Ex: o estuprador traz essa
sem lei) = Princípio da Legalidade. característica desde os primatas e essa é a razão de
 Carrara (Francisco): entende que o crime é ser criminoso).
uma força psicológica e uma força moral.
Conceito. Métodos: empirismo e interdisciplinaridade. Objetos da criminologia: delito, delinquente, vítima, controle social. Funções da criminologia
Teorias sociológicas (americanas): Escolas  Teoria da Desorganização Social – Shaw e  Estrutura da teoria da anomia:
macrossociológicas Mackay  Desvio – fenômeno normal
 Foco no desvio – tudo aquilo que se opõe às  A causa da criminalidade seria resultado da  Causas do desvio são: bioantropológicos
expectativas institucionalizadas. diminuição do controle informal (controle que as (patologia) e estrutura social. Ou seja, a causa do
 o crime seria um desvio humano dentro da pessoas fazem sobre as outras, através de grupos crime é uma patologia dentro da estrutura social.
sociedade. comunitários, família, igreja etc.). E, por  Quando ultrapassa os limites é algo negativo.
consequência, a solução seria fortalecer esse
 Teorias do consenso: controle através da reorganização social.  Merton, inspirado na Teoria da Anomia, cria
Objeto da criminologia – Desvio sua própria ideia de desvio, como um
Década de 30 nos EUA descompasso entre os fins culturais (casar e ter
Êxodo /migração  Teoria da Associação Diferencial – E. filhos; ser bem sucedido) e os meios de atingi-lo.
 Monismo cultural: busca-se somente um tipo de Sutherland  Crime é chamado inovação de meios.
sucesso A busca pelos ideais de sucesso = classe  O crime seria uma atividade aprendida através
média (família margarina). Seria como se somente de um processo de interação social (“más  Teorias do conflito:
esse objetivo fosse o ‘correto’. companhias”). Objeto da criminologia – Controle social
 Indivíduo – Desvia-se da sociedade.  White Collar Crimes (crimes de colarinho Década de 50/60 (Após 2ª Guerra Mundial)
branco)  Pluralismo axiológico (o termo axiológico
 Escola de Chicago – 1892 *  Teoria da Subcultura delinquente – A. Cohen deriva de ‘valores’): Valores da sociedade ficam
 Método científico: estudar a sociedade  Obra: Delinquent boys (1955) difusos. Às vezes, eu não quero buscar como
cientificamente.  Foco na delinquência juvenil sucesso a família margarina. Pode ser que pra mim
 Pragmatismo americano: o que importa é  O desvio tem duas finalidades: buscar o status o sucesso seja participar do Woodstock e fumar
entender e prevenir a criminalidade americana em da subcultura (gangues) e a vingança contra os maconha.
busca de resultados que a combatam. meios da classe média (“o sonho americano”).  Sociedade – Desvia-se do indivíduo
 A crise dos valores tradicionais e familiares, a
alta mobilidade, a explosão demográfica e o  Teoria da Anomia  Teoria do Labelling Aproach ou teoria da
enfraquecimento do controle social são “O suicídio” (Durkhein – séc XIX). rotulação social ou etiquetagem ou interacionista
considerados fatores criminógenos. Q1826510  A anomia seria a ausência de normas: a = não ou teoria da reação social
(negativa) das normas. Essa ausência não seria o  Expoentes: Erving Goffman; Edwin Lemert e
 Teoria Ecológica – Park/Burgess fato de não ter normas positivadas, e sim o não Howard Becker (Obra: Outsiders)
 Teoria dos Círculos Concêntricos – a relação de cumprimento dessas normas.  O sujeito que quebra uma regra (outsider =
criminalidade estava ligada ao mapa criminal da  O crime tem o lado positivo de unir a desviante) recebe um estigma sobre ele, que seria
cidade: quanto mais perto do centro, maior a sociedade contra ele, como se fossem anticorpos uma reação social negativa.
criminalização. contra um vírus. O grande problema é quando  Acredita-se que as normas impostas servem
ocorre em excesso. para defender os interesses das classes dominantes
e quem as quebra não seria um criminoso, mas um
“outsider”, ou seja, aquele que estava fora
daquelas regras impostas. E então, a sociedade o
rotula como um criminoso
Conceito. Métodos: empirismo e interdisciplinaridade. Objetos da criminologia: delito, delinquente, vítima, controle social. Funções da criminologia
 Lemert  Teoria criminológica crítica ou nova  Criminologia ambiental:
Apresenta a ideia de desviação primária e criminologia ou criminologia radical ou  Prevenção através do desenho ambiental
secundária. criminologia da criminologia (CPTED)
 Desviação primária: quebra da norma imposta.  Origem mediata – livro: “Punição e estrutura  C. Ray Jeffery – 1971
 Desviação secundária: é o social”  A prevenção do crime é baseada na engenharia
estigma/etiquetamento quando a norma é  Georg Rusche e Otto Kirchheimer – estudam a dos projetos arquitetônicos.
quebrada. relação do sistema punitivo e o capitalismo.  As estratégias adotadas são: vigilância natural,
 Críticas ao labelling:  O capitalismo gera pobreza e desigualdade, e controles de acesso, modelo defensivo de
 Trivialização da delinquência. Como se a essa desigualdade é a causa do crime. Ou seja, de Newman (estrutura defensiva).
delinquência fosse algo trivial e o desvio fosse acordo com essa ideia, se acabar o capitalismo,
algo normal, e não contra a sociedade, pois ela que acabaria o crime.  Teoria das atividades rotineiras:
cria o delinquente.  O crime é praticado no meio das relações
 Atentados a bem jurídicos fundamentais.  Teorias da reação penal: estabelecidas pela sociedade.
Delitos em si mesmos. O criminoso não é sempre Estuda como o direito penal reage ao crime.  Essas relações podem ser estabelecidas através
vítima da sociedade, pois está ferindo bens de três elementos (química do crime): Infrator
jurídicos em razão de ser realmente um criminoso,  Modelo de ressocialização clássico, dissuasório motivado; Vítima adequada; Ausência de
e não vítima do sistema. ou retributivo: guardião.
 Falta de evidências empíricas. Não existem  A reação do direito penal em relação ao crime é  O Estado procura neutralizar algum desses
estudos que comprovem essa estigmatização. de punição e neutralização. elementos para conseguir prevenir o crime.
 Teoria enviesada – pensamento de esquerda.  A ideia seria retirar o criminoso de circulação,
 Certa ‘vitimização’ do criminoso. utilizando as penas como efeito de retribuição.  Teoria da escolha racional:
 No Brasil, após a reforma do CP em 1984, a  Parte da ideia utilitarista
 Teoria da criminalização secundária (Zaffaroni) pena passou a ter caráter retributivo  O criminoso tem um processo de tomada de
 A criminalização primária se refere ao poder de (repressivo) e preventivo (geral e especial). decisão, ou seja, ele pensa quais os riscos e
criar a lei penal e inserir no ordenamento jurídico recompensas.
a tipificação de determinada conduta. Ressocializador, humanista ou neoclássico  O processo de decisão passa por fases delitivas:
 A criminalização secundária é o poder estatal  Intervém no delinquente, pois a punição, por si Seleção, determinação, planejamento, espreita,
aplicando a lei penal que foi introduzida no só, não é suficiente. ação.
ordenamento. Criminalização secundária é a ação  A utilidade da pena é evitar a reincidência.  Dessa forma, quando se entende o caminho para
punitiva (sempre seletiva) a prática do crime, é possível agir no momento
Restaurador (justiça restaurativa) correto e evitar que os delitos sejam praticados.
Foca-se na recuperação do delinquente e a vítima
ganha relevância com a reparação do dano e ações  Teoria do Padrão Criminal
conciliadoras.  Busca entender o espaço de atividade onde os
 A base desse modelo de reação é que o sujeito crimes ocorrem: os trajetos e as zonas de conforto
assuma a culpa. (também chamadas de awareness space).
 Foi solidificada no Brasil através da Lei
9.099/95, por exemplo.
Conceito. Métodos: empirismo e interdisciplinaridade. Objetos da criminologia: delito, delinquente, vítima, controle social. Funções da criminologia
 Criminologia Cultural  Vitimização indireta: Trata-se do sofrimento  Vítima tão culpada quanto o delinquente: É
 Deriva da teoria crítica. das pessoas que estão relacionadas intimamente à aquela cuja participação ativa é imprescindível
 A análise é feita do geral (cultura estabelecida) vítima de um delito, e que sofrem juntamente com para a caracterização do crime. Ex.: o estelionato
para a subcultura. ela. onde a vítima também age com má fé, é a torpeza
 A cultura estabelece ao queconsidera como bilateral.
“certa” e tudo aquilo que desvia desse caminho é  Heterovitimização: é a autorrecriminação da  Vítima mais culpada que o delinquente ou
“etiquetado”. vítima pela ocorrência do crime contra si, vítima provocadora: Por provocação, dão causa ao
 O desvio, então, é a resistência à cultura buscando razões que, possivelmente, tornaram-na delito.
dominante. responsável pelo delito.  Vítima como única culpada: é a única
classificação que isenta o criminoso de pena.
 Vitimologia *  Fenômenos vitimológicos: Ex.: indivíduo embriagado que atravessa rua
 É o estudo da relação da vítima com o  Síndrome da mulher de Potifar – Falsos relatos movimentada, vindo a falecer atropelado.
fenômeno criminoso. de crimes de violência sexual.
 A partir da década de 1940, com Von Hentig e  Síndrome de Estocolmo: Vinculação afetiva  Classificação das vítimas – Hans Von Henting: *
Benjamim Mendelsohn, é que se começou a fazer traumática. Ou seja, quando uma pessoa (vítima)  Vítima isolada: A vítima neste caso vive na
um estudo sistemático das vítimas. está em uma situação de cárcere (físico ou solidão, não se relacionando com outras pessoas.
 Na década de 80 do século XX, a ONU psicológico) ou submissão, e o sujeito ativo do Em decorrência desse meio de vida, ela se coloca
promulgou um dos principais diplomas crime pratica pequenos atos ‘bons’, aí então a em situações de risco.
internacionais no que diz respeito aos direitos das vítima tende a amplificar esses pequenos atos,  Vítima por proximidade: Este grupo de vítimas
vítimas. Q905981 criando afeição pelo criminoso. subdivide-se em:
 Síndrome de Londres A situação em que a  Vítima por proximidade espacial, que se torna
 Processo de vitimização: *** vítima se coloca em uma maior posição do que vítima pelo fato de estar em proximidade
 Vitimização primária – Efeitos diretos e realmente aconteceu. Seria o inverso da síndrome excessiva do autor do delito em um determinado
indiretos do crime. de Estocolmo. Um exemplo seria o caso de reféns local, como ocorre nos casos de furto no interior
Ex.: uma mulher vítima de um estupro: efeito que começam a discutir com o comportamento dos de um ônibus;  Vítima por proximidade familiar,
direto seria físico, e indireto o efeito psicológico. sequestradores, gerando uma antipatia, que, a qual ocorre no núcleo familiar, como pode ser
muitas vezes, pode ser fatal. visto no caso do parricídio, em que o filho mata
 Vitimização secundária (revitimização) – seu próprio genitor;  Vítima por proximidade
Relação de vitimização que decorre da conduta do  Classificação das vítimas - Benjamin profissional, que geralmente ocorre no caso de
Estado perante a vítima primária. Mendelshon: *** atividades profissionais que requerem um
Ex.: Quando a vítima precisa contar novamente o  Vítima completamente inocente ou vítima ideal: estreitamento maior no relacionamento
que ocorreu. Ao contar, revive tudo aquilo o que não tem nenhuma participação no evento profissional, como no caso do Médico.
aconteceu. criminoso. Ex.: sequestros, roubos, terrorismo, etc.
 Vítima menos culpada do que o delinquente ou
 Vitimização terciária: Feita pelo controle por ignorância ou imaginária: Contribui de alguma
informal (sociedade). forma para o resultado danoso. Ex.: Frequenta
Ex.: A vítima sofreu o crime, mas ainda sofre lugares perigosos.
pelos comentários da sociedade acerca do crime,
por exemplo.
Conceito. Métodos: empirismo e interdisciplinaridade. Objetos da criminologia: delito, delinquente, vítima, controle social. Funções da criminologia
 Vítima com ânimo de lucro: São taxadas dessa  Vítima imune: É considerada dessa forma a  Vítima que se converte em autor: Ocorre a
forma as vítimas que pela cobiça, pelo anseio de se pessoa que, em decorrência de seu cargo, função, mudança de polo da violência. A vítima que era
enriquecer de maneira rápida ou fácil, acaba sendo ou algum tipo de prestígio na sociedade em que atacada pelo autor da agressão se prepara para o
ludibriada pelos estelionatários ou vigaristas. vive, acredita que não está sujeita a qualquer tipo contra-ataque.
 Vítima com ânsia de viver: Ocorre com o de ação delituosa que possa transformá-la em
indivíduo que, com o fundamento de não ter vítima. Ex.: padre.  Vítima propensa: Ocorre com as pessoas que
aproveitado sua vida até o presente momento de possuem uma tendência natural de se tornarem
uma forma mais eficaz, passa a experimentar  Vítima Depressiva: Ao atingir um determinado vítimas. Isso pode decorrer da personalidade
situações de aventuras até então não vividas que o nível, a depressão poderá ocasionar a vitimização deprimida, desenfreada, libertina ou aflita da
colocam em situações de risco ou perigo. do indivíduo, pois poderá levar a pessoa à sua pessoa, sendo que esses tipos de personalidade
autodestruição. podem de algum modo contribuir com o
 Vítima agressiva: A vítima se torna agressiva criminoso.
em decorrência da agressão que sofre do autor da  Vítima voluntária: São as pessoas que por não
violência, pois chega um momento que por não oporem resistência à violência sofrida, acabam  Vítima resistente: Por não aceitar ser agredida
suportar mais a agressão sofrida, ela irá rebater tal permitindo que o autor do delito o realize sem pelo autor, a vítima reage e passa a agredi-lo da
ato de modo hostil. qualquer tipo de obstáculo. Casos que mesma forma, sempre em sua defesa ou em defesa
exemplificam esse tipo de vítima são os crimes de outrem, ou também no caso de cumprimento do
 Vítima sem valor: Trata-se da vítima que, em sexuais ocorridos sem a utilização de violência. dever.
decorrência de seus atos não recomendáveis, acaba
sendo indesejada ou repudiada no meio social em  Vítima indefesa: Denominam-se vítimas  Vítima da natureza: São pessoas que se tornam
que vive. Por praticar certos atos não aceitos pela indefesas as que, sob o pretexto de que a vítimas em decorrência de fenômenos da natureza,
sociedade, este indivíduo vem a sofrer agressões persecução judicial lhes causaria maiores danos do como no caso de uma enchente, um terremoto etc.
físicas, verbais, ou até mesmo podendo ser morto. que o próprio sofrimento resultante da ação
 Vítima pelo estado emocional: Essas vítimas criminosa, acabam deixando de processar o autor  O conceito de criminoso para as vertentes
são qualificadas desta forma em decorrência de do delito. correcionalista e marxista: *
seus sentimentos de obsessão, medo, ódio ou  Correcionalista: O infrator é um ser inválido,
vingança que vem a sentir por outras pessoas.  Vítima falsa: São taxadas de falsas vítimas as incapaz de dirigir-se a si mesmo. Isso justifica a
pessoas que, por sua livre e espontânea vontade se adoção de um modelo paternalista em relação ao
 Vítima por mudança da fase de existência: O autovitimam para que possam se valer de delinquente.
indivíduo passa por várias fases em sua vida, benefícios.  Pena tratada como um direito de recuperação e
sendo que ao mudar para certa fase de sua adaptação, com caráter eminentemente
existência, poderá se tornar vítima em  Vítima reincidente: Neste caso a pessoa já foi pedagógico.
consequência de alguma mudança vítima de um determinado delito, mas mesmo  A pena não seria uma punição, e sim um direito
comportamental. após ter passado por tal episódio, não passa a do criminoso de se adaptar à sociedade.
tomar qualquer tipo de precaução para que não
 Vítima perversa: Enquadram-se nesta volte a ser vitimizada.  Marxista: A responsabilidade do crime é da
modalidade de vítimas os psicopatas, pessoas que sociedade; o delinquente, convertido em vítima, é
não possuem limite algum de respeito em relação produto da estrutura econômica do Estado. Assim,
às outras, tratando-as de um modo como se fossem o criminoso é considerado fruto da exploração
objetos que podem ser manipulados. capitalista patrocinada pelas classes dominantes.

Você também pode gostar