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Construção e Materiais de Construção 227 (2019) 116669

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Construção e Materiais de Construção

página inicial da revista: www.elsevier.com/locate/conbuildmat

Avaliação técnica e ambiental da incorporação de rejeitos de minério de ferro


em tijolos cerâmicos de construção
Beatriz C. Mendesa,⇑, Leonardo G. Pedrotia, Maurício PF Fontesb, José Carlos L. Ribeiroa, Carlos
MF Vieirac, Anderson A. Pachecob, Afonso RG de Azevedod
aUFV – Universidade Federal de Viçosa, DEC – Departamento de Engenharia Civil, Av. Peter Rolfs, s/n, Campus Universitário, 36570-000 Viçosa, Brasil
bUFV – Universidade Federal de Viçosa, DPS – Departamento de Solos, Av. Peter Rolfs, s/n, Campus Universitário, 36570-000 Viçosa, Brasil
cUENF – Universidade Estadual do Norte Fluminense, LAMAV – Laboratório de Materiais Avançados, Av. Alberto Lamego 2000, 28013-602 Campos dos Goytacazes, Brasil
dUFF – Universidade Federal Fluminense, Departamento de Engenharia Agronômica e Meio Ambiente, R. Passo da Pátria, 156, São Domingos, 24210-240 Niterói, Brasil

destaques

- Os rejeitos de minério de ferro contribuem para reduzir a retração linear da queima.


- A incorporação de 29,1% de IOT é tecnicamente viável.
- O novo tijolo desenvolvido pode ser utilizado sem agredir o meio ambiente.
- O projeto de mistura de experimentos é uma ferramenta útil para prever as propriedades de tijolos de argila.

informações do artigo abstrato

Historia do artigo: A alta produção de minério de ferro no Brasil leva necessariamente à geração de grandes quantidades de resíduos
Recebido em 25 de abril de 2019 provenientes da etapa de beneficiamento. O armazenamento desse material em barragens está associado não só
Recebido em formato revisado em 23 de julho de 2019.
aos problemas ambientais, mas também aos riscos relacionados à segurança da população. O objetivo desta
Aceito em 5 de agosto de 2019
pesquisa foi estudar uma nova alternativa de reaproveitamento de rejeitos de minério de ferro com alto teor de
silício, aplicando-os na indústria cerâmica de argila vermelha. Para isso, foi desenvolvido um planejamento de
experimentos de mistura, utilizando três componentes – o rejeito de minério de ferro e dois materiais argilosos –
Palavras-chave:
com as respectivas faixas de incorporação: 0%–40% e 30%–70% (em massa). As matérias-primas foram
Rejeitos de minério de ferro
caracterizadas física, química, mineralógica e morfologicamente. Posteriormente, foram preparadas dez misturas
Tijolos de argila
Projeto de mistura de experimentos obtidas a partir do planejamento experimental e formados corpos de prova cilíndricos por prensagem uniaxial. Após
Sustentabilidade a queima a 850 -C, 950 -C e 1050 -C, foram avaliadas as propriedades de retração linear de queima, densidade
aparente, porosidade aparente, absorção de água, resistência à compressão e comportamento microestrutural dos
corpos de prova. Tanto o desenho da mistura dos experimentos quanto a função de desejabilidade permitiram a
determinação de uma composição ótima que contém 29,1% (em massa) de rejeitos e que atende aos padrões
internacionais. Em seguida, foram produzidos tijolos de construção em pequena escala com base nesta mistura
ideal. Os corpos de prova foram caracterizados física, mecanicamente e ambientalmente. O tijolo apresentou 20,94%
de absorção de água e resistência à compressão igual a 4,27 MPa, comprovando seu potencial para ser utilizado em
alvenarias de vedação. Além disso, seu comportamento ambiental indica que o material pode ser classificado como
não perigoso e não inerte, e não é agressivo ao meio ambiente ou à saúde humana durante e após a vida útil. Este
estudo mostrou que o tijolo proposto apresenta vantagens do ponto de vista ambiental, econômico e técnico,
contribuindo para a sustentabilidade no setor industrial e na construção civil.
- 2019 Elsevier Ltd. Todos os direitos reservados.

1. Introdução de minerais e metais. Assim, a indústria mineral tem crescido


consideravelmente, visto que esta é a principal fonte de metais e minerais[1]
O crescimento económico em grande escala e as exigências cada vez . A quantidade de resíduos desta cadeia produtiva é proporcional à sua
mais sofisticadas do mundo desenvolvido levaram a um maior consumo importância. De acordo com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas[2], para
cada tonelada de minério de ferro processado no Brasil são produzidos 400
kg de rejeito. Esse material ocupa grandes áreas e seu manejo gera altos
⇑Autor correspondente.
custos de transporte e armazenamento para
Endereço de email:beatryz.mendes@ufv.br (BC Mendes).

https://doi.org/10.1016/j.conbuildmat.2019.08.050
0950-0618/- 2019 Elsevier Ltd. Todos os direitos reservados.
2 BC Mendes et al. / Construção e Materiais de Construção 227 (2019) 116669

empresas de mineração[3]. A forma mais utilizada de descarte desses materiais incorporou o maior teor de resíduos simultaneamente. Foram
são as barragens. Estas estruturas são reconhecidas como tendo impactos produzidos tijolos em modelo de pequena escala e caracterizados
ambientais significativos. Algumas barragens são mantidas em boas condições de física, mecânica e ambientalmente, comprovando a qualidade técnica
operação, atendendo às mais rigorosas normas de segurança. Outros trabalham do produto e a viabilidade desta alternativa quanto à sustentabilidade.
com sérios riscos, que podem resultar no seu rompimento
[4]. Em novembro de 2015, no Brasil, ocorreu um grave acidente devido
ao rompimento de uma barragem de rejeitos localizada no município 2. Materiais e métodos
de Mariana. Cerca de 35 milhões de metros cúbicos de rejeitos vazaram
da barragem, devastando uma grande área e causando graves 2.1. Recolha e caracterização de matérias-primas

problemas sociais, económicos e ambientais. Nesta situação, grande


Rejeitos de minério de ferro (IOT) e dois tipos de solos, denominados como argila amarela
quantidade de lama liberada foi retirada de uma das áreas afetadas (AC) e argila cinza (GC), foram utilizados para desenvolver esta pesquisa. Os resíduos foram
(Barra Longa, Brasil). Esse material foi destinado em aterros a céu coletados em aterro a céu aberto, localizado no município de Barra Longa, MG (coordenadas
aberto. Para reduzir os impactos ambientais associados a esta gestão e 20-17015.32400S, 43-4012,7200C). Os materiais argilosos foram fornecidos por uma empresa

reaproveitar estes resíduos, algumas soluções têm sido propostas. cerâmica localizada no município de Visconde do Rio Branco, MG.
As matérias-primas foram expostas à secagem ao ar e trituradas. Posteriormente,
Uma delas é utilizá-los para a produção de materiais para a construção
foram peneirados em peneira ASTM 50 mesh. Para a caracterização física foi
civil, já que encontrar fontes sustentáveis de matéria-prima para o determinada a curva de distribuição granulométrica conforme exigências da NBR 7181
setor tornou-se um tema de grande importância[5]. [33]; a massa específica de grãos conforme NBR 6508[34]; e os limites de Atterberg, pelo
Pesquisas anteriores sobre a incorporação de rejeitos de minério de método de Casagrande, com base na NBR 6459[35]e NBR 7180[36]padrões. Os materiais
foram caracterizados quimicamente através da técnica de fluorescência de raios X (FRX),
ferro em materiais de construção, como concretos, argamassas e
utilizando equipamento Shimadzu EDS-720. Para a caracterização morfológica foi
pastas, mostraram a viabilidade técnica na fabricação de produtos com utilizada a técnica de microscopia eletrônica de varredura (MEV), por meio do
desempenho satisfatório[6–12]. Os rejeitos também têm potencial equipamento Leo 1430VP. A composição mineralógica das frações argila, silte e areia de
aplicação na produção de produtos cerâmicos, conforme demonstrado cada material foi determinada por difratometria de raios X (DRX) pelo difratômetro X'Pert
em alguns estudos[13–17]. Uma das diferenças entre esta pesquisa e Pro MPD com Co-Ka
(k =1,789 Å) de radiação e 2hângulo variando de 3 a 70. O comportamento térmico foi
os estudos acima é a composição do resíduo, que apresenta maior teor
avaliado através de análise termogravimétrica e térmica diferencial (TG/DTA), com
de sílica e menor percentual de óxido de ferro (Fe2Ó3). Esta equipamento Shimadzu DTG-60H. Cada amostra foi aquecida de 25 -C a 1100 -C, com
característica torna-o mais interessante para ser utilizado como redutor uma taxa de aquecimento constante de 10 -C/min sob atmosfera de nitrogênio.
de plasticidade, melhorando a trabalhabilidade de massas cerâmicas
muito plásticas e diminuindo a retração após secagem e queima.[18].
A incorporação de rejeitos de minério de ferro deve ser avaliada do 2.2. Modelo experimental

ponto de vista científico e tecnológico: afinidade dos rejeitos com as argilas,


O delineamento experimental foi composto pelos três materiais citados anteriormente:
contribuições para o processo de sinterização e identificação dos rejeito de minério de ferro (IOT), argila cinzenta (GC) e argila amarela (CR), que são as variáveis
percentuais ótimos[19]. Para obter uma massa cerâmica que atenda às independentes. Com base em testes preliminares com rejeitos de minério de ferro associados a
normas técnicas com o máximo teor de resíduos, pode-se aplicar o outros materiais argilosos[37], constatou-se que teores de resíduos superiores a 40% não eram
tecnicamente viáveis. Assim, as faixas de variação definidas para os componentes foram de 0 a
planejamento de mistura de experimentos. Consiste em um conjunto de
40% para os resíduos, e de 30% a 70% para as argilas, configurando um triângulo restrito de
técnicas estatísticas e matemáticas que podem ser utilizadas para otimizar
pseudocomponentes. Foi definido um padrão de umidade igual a 10% para produção das
produtos existentes ou desenvolver novos. [20,21]. Através do planejamento amostras. Este valor foi adotado com base nos resultados obtidos por Pedroti et al.[38], que
de experimentos, a otimização do teor de matéria-prima e do estudaram a influência da umidade na resistência de peças cerâmicas prensadas. Para definir a
comportamento da cerâmica após a queima pode ser prevista com o composição das misturas experimentais, optou-se por um desenho simplex centróide
aumentado com pontos interiores, resultando em dez pontos.Figura 1apresenta a composição de
mínimo de experimentos. Também é possível verificar os efeitos das
cada mistura definida e o planejamento experimental aplicado a um triângulo de
interações entre as variáveis. A metodologia apresenta grande eficiência e pseudocomponentes restrito. Estão indicados os pontos correspondentes às dez misturas.
confiança nos resultados, exigindo menos tempo, materiais e recursos
humanos[22]. Dadas estas vantagens, este procedimento de análise tem
sido amplamente aplicado em diversas áreas, incluindo o processamento de 2.3. Produção e caracterização de corpos de prova cerâmicos
cerâmicas [23,24]. Porém, existem poucos estudos sobre a utilização da
As misturas foram preparadas de acordo com as proporções dos materiais, e os
metodologia para formulação de massas cerâmicas com incorporação de
limites de Atterberg foram determinados para cada um. Os corpos de prova foram
rejeito de minério de ferro, visando o desenvolvimento de um novo tijolo de
produzidos por prensagem uniaxial através de prensa hidráulica, com teor de umidade
construção. padrão de 10%. Adotou-se formato cilíndrico, com dimensões aproximadas de (3,0 - 5,0
Embora a alternativa proposta seja benéfica do ponto de vista da cm) (diâmetro - altura). De acordo com Baumann e Keller[39]e Kulokas, Kazys e Mazeika
reciclagem e da reutilização, existe uma preocupação pública relativamente [40], a densidade dos corpos de prova no estado verde está intimamente relacionada à
qualidade do produto final. Assim, idealmente os corpos cerâmicos deveriam ter uma
à utilização de materiais de construção produzidos a partir de resíduos, uma
densidade aparente na faixa de 1,8 a 2,1 g/cm3depois de pressionar. Para manter esse
vez que substâncias tóxicas e perigosas podem ser incorporadas no edifício. intervalo, foi aplicada carga variável entre 3 e 5 tf (40–70 MPa). Em seguida, os corpos de
Além disso, tais substâncias podem ser libertadas no ambiente, causando prova foram secos e aquecidos a 850 -C, 950 -C e 1050 -C em forno de laboratório. A taxa
poluição da água e do solo, bem como danos à saúde humana. [25,26]. A de aquecimento foi de 4 -C/min, e a temperatura foi mantida constante por 2 horas a 600
avaliação ambiental dos novos materiais pode ser realizada por meio de -C e por 3 horas no valor máximo. O primeiro passo é necessário para garantir a
desidroxilação da estrutura reticular que ocorre entre 550 -C e 600 -C[41]. A faixa de 3
testes de lixiviação e solubilização, que têm sido aplicados por diversos
horas abaixo da temperatura de pico foi adotada porque a retração linear é praticamente
autores em amostras de materiais de construção provenientes de resíduos constante durante esse período, segundo Hajjaji, Kacim e Boulmane[42].
industriais.[27–31]. A análise dos extratos solubilizados e lixiviados permite
classificar o material como “inerte” ou “não inerte” e “tóxico” ou “não tóxico”, Esses corpos de prova foram submetidos a ensaios experimentais para determinação da
densidade aparente seca; retração linear de queima, com medições do comprimento das
respectivamente, conforme a norma brasileira NBR 10.004[32].
amostras tanto no estado queimado quanto no estado seco; absorção de água, conforme
exigências da NBR 15270-2[43]para imersão em água fria; porosidade aparente, com equilíbrio
Diante de todas as considerações acima, o objetivo desta pesquisa foi hidrostático para obtenção da massa imersa; densidade aparente; e resistência à compressão
estudar a formulação de uma mistura cerâmica com adição de rejeito de axial. As análises microscópicas das superfícies de fratura foram realizadas nos corpos de prova
das misturas M1, M4, M7 e M10, localizados nos vértices e centro do desenho estatístico. Essas
minério de ferro com alto teor de silício, visando a fabricação de tijolos
peças foram escolhidas para avaliação das alterações microestruturais causadas pelos rejeitos de
cerâmicos para construção civil. Aplicando o planejamento de mistura de
minério de ferro e pelos demais componentes. Foram utilizadas técnicas de microscopia óptica e
experimentos como ferramenta estatística foi determinada a composição microscopia eletrônica de varredura (MEV), por meio de Microscope Cooling Tech e Leo 1430VP,
que atendeu aos critérios técnicos estabelecidos pelas normas vigentes e respectivamente.
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Figura 1.Triângulo pseudo-componente restrito e pontos simplex para o planejamento de mistura de experimentos.

2.4. Produção e caracterização de tijolos para construção em pequena escala maior quantidade de grãos maiores que 2eum, apresentando
considerável fração de areia (23,45%).
Para o processo de extrusão, a mistura ideal foi preparada e seca em estufa. Após
A massa específica dos grãos dos rejeitos de minério de ferro é superior
esse procedimento, foi adicionada água suficiente para conferir plasticidade à massa e
permitir que ela fosse bem processada na etapa de conformação. A umidade adequada à das argilas, provavelmente devido ao alto teor de ferro e sílica. As massas
foi de 29,77%. Após o preparo da massa cerâmica, esta foi extrusada por meio de específicas dos materiais argilosos são compatíveis com aquelas geralmente
extrusora a vácuo para laboratório. Foram produzidos tijolos para construção em observadas para argilas ilítico-cauliníticas (2,40–2,74 g/cm3)
pequena escala, com dimensões de (3,4 - 7,2 - 11,0) cm (Figura 2). As amostras foram
[47]. A adequação dos materiais argilosos para a fabricação de produtos
secas após o processo de produção. Foram determinados a massa e o comprimento dos
corpos de prova no estado seco. A rotina de sinterização foi a mesma descrita na Seção cerâmicos pode ser verificada pelos limites de consistência ou limites de
2.3, com pico de temperatura de 950 -C. Após a queima foi realizada a caracterização Atterberg. Ambas as argilas podem ser consideradas muito plásticas, pois os
física e mecânica dos tijolos, obtendo as mesmas propriedades avaliadas no índices de plasticidade foram superiores a 15%. Os valores dos limites de liquidez
planejamento experimental. foram de 60% e 56% para as argilas cinza e amarela, respectivamente, o que está
A caracterização ambiental, em termos de solubilização e lixiviação, foi realizada em
de acordo com a literatura (30%–60%) para produção cerâmica
amostras de tijolos cozidos confeccionados com a composição ótima, conforme descrito
acima, e tijolos comerciais provenientes da indústria cerâmica onde foram coletadas as [48]. Os limites plásticos observados foram de 44% para argila cinza e 35% para
matérias-primas argilosas. Os extratos solubilizados das amostras de tijolos foram argila amarela. Valores elevados indicam maior dificuldade na secagem dos
obtidos conforme procedimento da NBR 10.006[44]padrão. A lixiviação de metais corpos de prova, o que pode causar problemas nas etapas de secagem e queima.
pesados e demais elementos dos tijolos cerâmicos foi determinada conforme
[49].
procedimento estabelecido pela norma NBR 10.005[45]para lixiviação de não voláteis em
amostras com teor de sólidos de 100%. Os resultados da caracterização química são mostrados emmesa 2. Os
rejeitos de minério de ferro são compostos basicamente por sílica, óxido de
ferro e alumina com menores teores de óxidos de cálcio, magnésio,
3. Resultados potássio, titânio e fósforo. As argilas cinza e amarela são constituídas
principalmente por sílica e alumina, acompanhadas de uma quantidade
3.1. Caracterização de matérias-primas significativa de óxido de ferro, que chega a 12,4% na argila amarela. Fé2Ó3é
responsável pela cor avermelhada dos corpos cerâmicos queimados[50]. Os
Os teores correspondentes às frações granulométricas - argila, silte e óxidos de cálcio, magnésio e potássio, presentes em menores teores, atuam
areia - para cada matéria-prima utilizada nesta pesquisa estão apresentados como fundentes na massa cerâmica. O óxido de titânio, cujos percentuais
emtabela 1. O rejeito de minério de ferro é um material com alto teor de foram superiores aos demais óxidos menores, é considerado um agente
silte (49,50%) e considerável quantidade de areia fina (38,60%), podendo ser nucleante que pode modificar a matriz vítrea e afetar a cristalização de
classificado como silte arenoso. Essa característica está relacionada à sua novas fases[49,51,52].
não plasticidade, pois a fração argila, responsável pela plasticidade do solo, As proporções entre sílica e alumina (SiO2/Al2Ó3) para argilas cinza e
é muito pequena[46]. Verificou-se predominância da fração argila nos amarela são 1,361 e 1,583, respectivamente. Esta relação indica a
demais materiais. A argila cinza possui alto teor de granulometria inferior a quantidade de quartzo (sílica livre) presente nestes materiais. Pode-se
2eum (62,40%). A argila amarela contém um notar que o teor de sílica livre é menor na argila cinza, o que sugere
maior presença de compostos formados pela combinação de SiO2e Al2
Ó3, como minerais argilosos.
A perda de ignição do IOT está relacionada com a combustão da
matéria orgânica, e é significativamente inferior aos valores obtidos
para as argilas. Este resultado, associado às propriedades físicas,
mineralógicas e térmicas dos resíduos, indica que o material pode ser
considerado inerte. Os altos percentuais de LoI para os materiais
argilosos, especialmente a argila cinzenta, estão relacionados
principalmente à presença de uma alta fração de argilominerais[53].
Figura 3mostra os difratogramas obtidos para os rejeitos de argilas
e minério de ferro. No padrão XRD dos rejeitos de minério de ferro, há
picos intensos de quartzo em d = 4,25, 3,34, 2,45, 2,28, 1,98 e 1,82 Å e
hematita em d = 3,69, 2,70 e 2,52 Å na fração areia. Na fração silte,
além do quartzo e da hematita, observa-se a presença de goethita (d =
2,70 Å). A fração argila apresenta as fases minerais gibbsita (d = 4,89 Å),
hematita (d = 2,70 Å), goethita (d = 4,21 e 2,70 Å) e caulinita (d = 7,28 e
Figura 2.Tijolos de construção de pequena escala (perfurados) antes da queima. 3,60 Å). O
4 BC Mendes et al. / Construção e Materiais de Construção 227 (2019) 116669

tabela 1
Características físicas das argilas cinzentas e amarelas e dos rejeitos de minério de ferro.

Material Granulometria Massa específica de grãos (g/cm3) Limite de liquidez (%) Limite de plasticidade (%) Índice de Plasticidade (%)

Argila (%) Silte (%) Areia (%)

Rejeitos de minério de ferro 11h90 49,50 38,60 2,93 0* 0* 0*


Argila cinza 62,40 30h10 7h50 2,61 60 44 16
Argila amarela 51,83 24,72 23h45 2,75 56 35 21

mesa 2
Composição química obtida pelo FRX a partir de matérias-primas.

Composição química (%)

Material SiO2 Al2Ó3 Fé2Ó3 TiO2 CaO MgO K2Ó P2Ó5


Rejeitos de minério de ferro 63.091 7.169 25.792 0,280 0,201 0,122 0,319 0,392
Argila cinza 44.293 32.531 4.624 1.921 0,443 0,086 0,265 0,369
Argila amarela 43.902 27.737 12.387 1.965 0,407 0,434 0,724 0,440

Material Cr2Ó3 MnO Pbo Como2Ó3 CuO ZnO Outros LoI*


Rejeitos de minério de ferro 0,080 0,083 0,007 0,000 0,000 0,003 0,182 2.279
Argila cinza 0,038 0,003 0,005 0,000 0,011 0,011 0,188 15.211
Argila amarela 0,033 0,069 0,009 0,000 0,013 0,014 0,260 11.606

existência de minerais como quartzo e hematita influencia na baixa de reações envolvendo metacaulinita[58]. Na curva DTA da argila
plasticidade do material. amarela, observa-se um evento endotérmico (4) a uma temperatura de
Em relação à argila cinzenta, verifica-se a predominância das fases aproximadamente 1000 -C, que pode estar relacionado à oxidação e
quartzo e caulinita nas frações areia e silte. A presença de caulinita (d = formação de novas fases cristalinas. As perdas totais de massa
7,19, 4,46, 3,57 e 2,34 Å) pode ser identificada na fração argila. O verificadas para as argilas cinza e amarela foram de 12,81% e 7,93%,
difratograma também mostra picos em d = 4,46; 2,57; 2,50 e 2,38 Å respectivamente.
devido à provável existência de ilita e/ou caulinita. A fração areia da
argila amarela é composta basicamente por quartzo. O padrão de DRX
da fração silte, por sua vez, também apresenta picos associados à 3.2. Caracterização de corpos de prova cerâmicos
caulinita. Na fração argila podem ser identificados picos
correspondentes à caulinita (d = 7,16, 4,44, 3,57 e 2,33 Å) e goethita (d = A determinação dos limites de Atterberg permite a classificação dos
4,17 e 2,49 Å), sendo predominante a fase cristalina da caulinita. Este materiais como adequados ou não para o processo de extrusão por
mineral contribui para a boa conformação e melhoria das propriedades meio do diagrama prognóstico de extrusão[59]. As argilas cinza e
de secagem dos produtos[54]. amarela, bem como as misturas foram caracterizadas para limites de
Atterberg e localizadas no diagrama prognóstico de extrusão (Figura 5).
O comportamento térmico dos rejeitos de minério de ferro foi analisado Mostra-se que as duas argilas puras não apresentam condições
de acordo com as curvas TGA/DTA obtidas (Figura 4.a). Foi possível definir satisfatórias para extrusão devido à elevada plasticidade. Isto justifica a
quatro eventos endotérmicos, um exotérmico e as variações de massa utilização de um material não plástico, como rejeitos de minério de
associadas. O aquecimento de 25 -C para 225 -C resultou em ganho de ferro, que melhora tais características e proporciona extrusão aceitável.
massa de 0,39%, possivelmente devido ao processo de estabilização após Verifica-se que cinco misturas (M3, M4, M5, M9 e M10) estão fora da
evaporação da água livre, representado pelo primeiro pico endotérmico (1). área considerada aceitável para extrusão. As misturas M2 e M7 estão
O segundo pico endotérmico (2), a 305 -C, corresponde à desidroxilação da localizadas dentro dos limites da zona apropriada. As misturas M1, M8
goethita pouco cristalizada, transformando-se em hematita[55]. O primeiro e M6, que apresentam os maiores teores de rejeitos de minério de
pico exotérmico (3), a 347 -C, está relacionado com a combustão de matéria ferro (40%, 26,7% e 20%, respectivamente), enquadram-se na região de
orgânica. A perda de massa associada a estes eventos foi de 1,06%. O extrusão aceitável. Isto sugere que, para a conformação por extrusão,
terceiro pico endotérmico (4), em 573 -C, é atribuído à transição do quartzoa o teor ótimo de resíduos deve estar entre 20% e 40%.
para quartzob A seguir, os resultados obtidos para as propriedades físico-mecânicas
[56]. Entre as temperaturas de 400 -C e 600 -C foi observada uma perda avaliadas são apresentados e discutidos a seguir. Os valores e sinais dos
de massa de 0,48% devido à eliminação da água constitucional e coeficientes nas equações indicam a influência de cada componente, bem
decomposição de certos cristais[16]. O quarto pico endotérmico (5), em como eventuais sinergismos e antagonismos entre eles.Figos. 6 e 7mostram
1054 -C, refere-se a transformações envolvendo oxidação e as superfícies de resposta para as propriedades de densidade aparente
recristalização de novas fases. O ganho de massa destas reações foi de seca, retração linear de queima, densidade aparente, porosidade aparente,
1,16%. absorção de água e resistência à compressão axial.Tabela 3 apresenta as
As curvas TGA/DTA para argilas amarelas e cinzas são mostradas em equações de regressão resultantes da análise estatística e seus respectivos
Figura 4(bec). Os três primeiros picos detectados estão relacionados à perda coeficientes de determinação (R2).
de água adsorvida (1), combustão de matéria orgânica (2) e desidroxilação Através do gráfico emFigura 8, é possível avaliar a influência de cada
da caulinita (3), transformando-se em metacaulinita[57]. As temperaturas e componente na densidade aparente seca. A análise desta propriedade é
perdas de massa correspondentes a esses eventos foram, respectivamente: relevante pois afeta o comportamento das peças cerâmicas durante o
60 -C (2,02%), 316 -C (0,87%) e 493 -C (11,66%) para argila cinzenta; e 67 -C processo de queima.[60]. A adição de IOF tende a aumentar os valores de
(0,49%), 308 -C (2,06%) e 489 -C (7,24%) para a argila amarela. Há também densidade aparente seco. Isso pode ser explicado pela sua elevada massa
um pequeno pico exotérmico (4) na curva DTA para argila cinza a 947 -C. específica e pela presença de partículas grossas, o que pode favorecer o
Este pico está associado à formação de espinélio e/ou mulita primária, que empacotamento do sistema até certo nível de adição.
são formados [53]. Em relação à interação entre os resíduos e o cinza
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também atua como material de preenchimento[61,53]. Cabe ressaltar


que o efeito negativo da incorporação de resíduos na queima a 1050 -C
foi ainda mais pronunciado. Os resultados sugerem que o IOT pode ser
aplicado para controlar a retração linear de peças cerâmicas,
melhorando a estabilidade dimensional durante o processo de queima.
Além disso, a redução deste parâmetro leva a menor incidência de
deformações e defeitos, reduzindo as perdas no processo produtivo.
[22,62,63].
A retração linear também é influenciada pela temperatura de
queima, e temperaturas mais altas levam a valores de retração mais
elevados. A diferença foi mais expressiva entre a queima a 950 -C e
1050 -C. Isto se deve aos diferentes mecanismos de sinterização que
ocorrem na faixa de temperatura adotada, considerando o
comportamento térmico das matérias-primas. Entre as temperaturas
de 850 -C e 950 -C, a sinterização no estado sólido por difusão
superficial é o mecanismo dominante, que promove a aproximação
entre as partículas; no entanto, esta consolidação não é muito eficaz.
Acima de 950 -C inicia-se a sinterização por formação de fase líquida.
Esta fase líquida infiltra-se nos poros da estrutura provocando a
densificação do tijolo cerâmico. Neste caso, a consolidação é
substancialmente mais eficaz, o que explica os maiores valores de
retração observados a 1050 -C.[58,64]. Esta propriedade é importante
porque indica a eficiência do disparo. Contudo, a norma brasileira não
estabelece um valor limite máximo. Considerando o limite adotado por
Roy, Adhikari e Gupta[65], igual a 3%, o critério não foi atendido por
nenhuma mistura queimada a 1050 -C. Nas temperaturas de 850 -C e
950 -C, as misturas com elevados teores de argila cinzenta também não
apresentaram resultados satisfatórios.
Em relação à densidade aparente, os valores obtidos estão na faixa
de 1,60 a 2,10 g/cm3. Deve-se notar que o aumento da densidade
aparente foi pronunciado entre as temperaturas de 950 -C e 1050 -C,
devido à sinterização por formação de fase líquida, que se inicia nesta
faixa de temperatura. A comparação com os resultados da densidade
aparente seca permite observar uma redução da densidade na queima
a 850 -C e 950 -C, devido à perda de massa e ao baixo nível de
densificação. A adição de rejeito de minério de ferro contribui para o
aumento desta propriedade, devido à sua maior massa específica. À
medida que a temperatura aumenta, o efeito do componente “argila
cinzenta” torna-se predominante, uma vez que esta matéria-prima é a
principal fonte de argilominerais (como a caulinita). Assim, misturas
com maiores teores de argila cinzenta proporcionam a formação de
maior volume da fase vítrea, provocando aumento na densidade do
corpo de prova cerâmico.
Avaliando o comportamento dos corpos cerâmicos para a porosidade
aparente, os valores obtidos para as temperaturas de 950 -C e 1050 -C foram
consideravelmente inferiores aos observados para a temperatura de 850 -C.
Isto pode estar associado aos diferentes mecanismos de sinterização,
conforme explicado anteriormente. Durante a formação da fase vítrea,
acima de 950 -C, a tensão na superfície do líquido e a capilaridade fazem
com que as partículas se aproximem de forma mais eficaz, reduzindo a
porosidade[66]. Dentre os três componentes, os rejeitos de minério de ferro
são os que mais contribuem para o aumento da porosidade quando
avaliados isoladamente. Isto se justifica pela grande quantidade de
partículas de grãos de quartzo consideradas inertes para a faixa de
temperatura adotada. Em geral, a porosidade aumenta com a proporção de
grãos inertes[67]. Embora o IOT contribua para a melhoria do
empacotamento das misturas, o efeito inerte do material desempenhou um
papel importante durante o processo de queima.
Figura 3.Difratogramas para: (a) rejeitos de minério de ferro; (b) argila cinzenta; (c) argila amarela.
Considerando a temperatura de queima de 850 -C, a interação entre
o rejeito e a argila amarela contribui significativamente para o aumento
da porosidade. Esta tendência é coerente, uma vez que ambos os
argila, percebe-se que ela contribui para o aumento da propriedade até materiais apresentam elevado teor de areia. Além disso, a argila
a incorporação de 30% IOT. amarela apresenta a maior relação sílica/alumina, o que significa que
Pode-se observar que os rejeitos de minério de ferro contribuem para a há maior teor de sílica livre em relação à argila cinza. A interação entre
redução da retração linear de queima, independente da temperatura de queima. os três componentes favorece a redução da porosidade. Estas mesmas
Este fato pode ser explicado pelo comportamento inerte da IOT, que tendências foram observadas na temperatura de
6 BC Mendes et al. / Construção e Materiais de Construção 227 (2019) 116669

Figura 4.Análise térmica de: a) rejeitos de minério de ferro; b) argila cinza; c) argila amarela (TGA - termogravimétrica; DTA - termodiferencial).

Figura 6.Superfície de resposta para a propriedade de densidade aparente seca (antes da queima)
(Unidade: g/cm3).

Em geral, o índice de absorção de água é um dos principais


Figura 5.Localização das dez misturas no diagrama de prognóstico de extrusão. parâmetros para aplicação de cerâmicas[68]. Considerando a influência
da temperatura, percebe-se que os resultados referentes à absorção de
água seguem a mesma tendência observada para a propriedade de
1050 -C. Em relação à temperatura de 950 -C, a interação entre o IOT e porosidade aparente. Os mecanismos de sinterização promovem a
a argila cinzenta contribui para a redução da porosidade. redução da porosidade aberta, levando à diminuição da absorção de
água. Para a temperatura de 1050 -C, na qual o líquido
BC Mendes et al. / Construção e Materiais de Construção 227 (2019) 116669 7

Figura 7.Superfícies de resposta para as propriedades das amostras após a queima (Unidades: LS (%); BD (g/cm3); PA (%); WA (%); CS (MPa)).

Tabela 3
Equações de regressão para as propriedades analisadas e os respectivos coeficientes de determinação (R2).

Propriedade Disparo Equação de regressão R2


Temperatura

Densidade aparente seca (g/cm3) – 1.997*IOT + 1.747*GC + 1.751*YC-1.021*IOT*GC*(IOT-GC) 85,48%


Encolhimento Linear (LS) (%) 850 -C 3,095*IOT + 4,314*GC + 1,885*YC 97,36%
950 -C 3,907*IOT + 4,687*GC + 3,585*YC 95,83%
1050 -C 10.630*IOT + 13.200*GC + 7.480*YC 98,71%
Densidade aparente (BD) (g/cm3) 850 -C 1,828*IOT + 1,705*GC + 1,645*YC 70,99%
950 -C 1,448*IOT + 1,858*GC + 1,912*YC + 0,709*IOT*GC 0,729*GC*YC 86,47%
1050 -C 1,414*IOT + 2,180*GC + 1,912*YC 96,35%
Porosidade Aparente (PA) (%) 850 -C 77*IOT + 36*GC + 31*YC + 257*IOT*YC + 47*GC*YC 1026*IOT*GC*YC 319*IOT*GC*(IOT CG) 85,11%
950 -C 99,7*IOT + 33,2*GC + 37,0*YC 197,7 *IOT*GC 188,4*IOT*YC + 605*IOT*GC*YC 71,74%
1050 -C 37,41*IOT + 13,95*GC + 23,42*YC + 51,48*IOT*YC + 14,25*GC*YC 30,92*IOT*GC*YC 99,92%
Absorção de Água (WA) (%) 850 -C 28,76*IOT + 21,62*GC + 23,83*YC 22.19*IOT*GC 67,84%
950 -C 32,36*IOT + 17,19*GC + 15,74*YC 23,29*IOT*GC + 20,41*GC*YC 79,74%
1050 -C 2,0*IOT + 2,6*GC + 8,6*YC + 71,5*IOT*GC + 100,4*IOT*YC + 20,9*GC*YC 254,0*IOT*GC*YC 99,92%
Resistência à Compressão (CS) 850 -C 25,85*IOT + 52,63*GC + 12,38*YC 93,25%
(MPa) 950 -C 87,5*IOT + 55,3*GC + 92,3*YC 384,2*IOT*GC 500,7*IOT*YC 174,1*GC*YC + 1390,4*IOT*GC*YC 99,99%
+ 188,9*GC*YC*(GC-YC)
1050 -C 114,5*IOT + 7,3*GC + 33,8*YC + 283,2*IOT*GC 71,28%

Nota: IOT: Rejeitos de minério de ferro; GC: argila cinzenta; YC: argila amarela.

predomina a formação de fase, foram encontrados valores muito


baixos (menos de 10%) provavelmente devido ao fechamento de poros
vizinhos [58,64,69]. A incorporação de rejeitos de minério de ferro
aumenta a absorção de água, sendo o efeito predominante na queima
a 850 -C e 950 -C. Quanto maior o teor de IOT, ou seja, material inerte,
maior será a concentração de poros abertos e interligados, que não são
preenchidos durante o processo de densificação[70]. A interação entre
o IOT e a argila cinzenta, entretanto, influencia na redução da absorção
de água a 850 -C e 950 -C. Considerando a temperatura de 1050 -C,
percebe-se que o resíduo por si só não tem efeito significativo na
propriedade. Porém, sua interação com a argila cinza e a argila amarela
contribui fortemente para o aumento da absorção.

NBR 15270-1[71]norma prevê que o índice de absorção de água seja


inferior a 25% para tijolos cerâmicos de construção. Todas as misturas,
Figura 8.Imagem obtida por microscopia óptica de uma amostra da mistura M1, queimada a nas três temperaturas avaliadas, apresentaram valores que atenderam
1050 -C. a esse critério. Por outro lado, na ASTM C62[72]o maxi-
8 BC Mendes et al. / Construção e Materiais de Construção 227 (2019) 116669

O limite máximo é de 22%, o que só foi atendido por todas as misturas a 950
-C e 1050 -C.
Outra propriedade importante para avaliação da qualidade dos
produtos cerâmicos é a resistência mecânica. Em relação à construção
de tijolos cerâmicos, a resistência à compressão deve ser avaliada. A
adição de rejeitos de minério de ferro tende a reduzir a resistência
mecânica. Esse comportamento está relacionado ao aumento da
porosidade, fato já percebido por outros autores[58,73]. Quanto maior
o número de poros na matriz cerâmica, mais pontos ficam suscetíveis à
concentração de tensões, causando diminuição da resistência[74]. Além
disso, o alto teor de quartzo no IOT também influencia na perda de
resistência. Em temperaturas em torno de 573 -C ocorre a
transformação alótropa do quartzo, o que induz uma variação
volumétrica. Esta variação resulta em tensões de tração na matriz
circundante antes da densificação completa. Assim acontece o
“descolamento” entre os grãos de quartzo e a matriz vítrea, o que leva
à diminuição da resistência mecânica[75]. Este efeito pode ser visto em
Figura 8, correspondente a uma amostra da mistura M1 queimada a
1050 -C, obtida por microscopia óptica. É visível a fissuração presente
no entorno dos grãos de quartzo, destacada na imagem.

Figura 9.Regiões que atendem ao critério de resistência definido pela ASTM C62.
Avaliando as equações, percebe-se que a argila cinza é a
responsável pelo desenvolvimento da resistência até 850 -C.
Considerando a temperatura de 950 -C, a interação entre os
componentes passou a apresentar efeito preponderante, levando ao a 1050 -C, principalmente nas misturas M1 e M10, observou-se aspecto
aumento da resistência em relação à temperatura anterior. A 1050 -C de desagregação e aparecimento de trincas. Isto está relacionado com
esperava-se que o ganho de resistência fosse ainda maior, como já foi a diminuição da resistência mecânica mencionada anteriormente. Nas
observado por alguns autores em massas cerâmicas comuns[58,76]. No amostras de mistura M4, com grande quantidade de argila cinza, as
entanto, a presença de argila cinzenta levou a um aumento significativo superfícies são mais lisas e menos porosas que as demais. A amostra
na retração linear, induzindo deformações diferenciais e microfissuras contendo maior percentual de rejeito de minério de ferro (M1)
que afetaram a resistência à compressão[77]. Além disso, nesta apresenta superfícies mais irregulares devido à elevada quantidade de
temperatura de queima, a incorporação do IOT teve influência ainda quartzo e óxido de ferro presentes na mistura. Durante o processo de
mais negativa nesta propriedade. Isto pode estar associado ao sinterização, as partículas de hematita apresentam-se como grãos finos
aumento de partículas de quartzo e hematita, que dificultam o dispersos na matriz cerâmica, dificultando a sinterização completa[79].
processo de sinterização dos argilominerais[78], especialmente em
altas temperaturas. Figura 11mostra os resultados de XRD para a mistura M7 queimada
As normas brasileiras e internacionais não estabelecem valor mínimo de a 850 -C, 950 -C e 1050 -C. Os difratogramas confirmam os mecanismos
resistência mecânica para corpos de prova de pequeno porte, mas apenas de sinterização citados acima. A 850 -C foram observadas as fases
para tijolos de construção fabricados em tamanho real. NBR 15270-1 cristalinas quartzo, hematita e metacaulinita. A 950 -C iniciou-se a
[71]especifica que a resistência mínima à compressão deve ser formação de novas fases, com presença de espinélio. Indica que a
1,5 MPa para tijolos de construção perfurados. Todas as misturas em todas sinterização em fase líquida inicia por volta de 950 -C, confirmando a
as três temperaturas atendem a este critério e seriam consideradas análise DTA das matérias-primas. A 1050 -C foram encontrados picos de
satisfatórias em termos de resistência. Porém, o comportamento mecânico cristobalita, espinélio e mulita. A formação destas fases está
observado em corpos de prova maciços é diferente daquele observado em relacionada com a densificação e redução da porosidade das peças
tijolos perfurados, o que desencoraja a utilização deste valor como cerâmicas nesta temperatura.
referência. O valor mínimo de 17,2 MPa especificado pela ASTM C62[72]para
tijolos maciços foi então selecionado. Com base neste valor, foram definidas 3.3 Determinação da composição ideal
as regiões das superfícies de resposta que atendem a este limite para cada
temperatura de sinterização (Figura 9). Para determinar a composição que melhor atendeu aos critérios
Para atestar o bom ajuste de cada modelo de regressão foram exigidos pelas normas (NBR 15270-1[71]e ASTM C62[72]), foi utilizada a
analisados os gráficos de “resíduos” versus “valores previstos” e de função de desejabilidade (DS). O valor máximo adotado para a
probabilidade normal. Pode-se inferir que os erros apresentam absorção de água foi de 22%; o valor mínimo considerado para
distribuição aleatória em torno da média igual a zero; portanto, podem resistência à compressão axial foi de 17,2 MPa. A intenção foi atender
ser considerados independentes, sugerindo homogeneidade de essas especificações, visando incorporar o máximo possível de rejeito
variâncias. Os gráficos de probabilidade normal indicaram que os de minério de ferro.
resíduos, ou erros, estão normalmente distribuídos em todas as Por meio dos gráficos de desejabilidade (Figura 12), pode-se verificar a
propriedades. Por estas observações pode-se concluir que a análise de influência de cada matéria-prima nesta função. Os valores de desejabilidade
regressão realizada é válida para as três temperaturas avaliadas. mais próximos de 1 ocorrem nas proximidades do limite superior do
Imagens SEM do M1 (40% IOT, 30% GC, 30% YC), M4 (70% GC, 30% componente “argila cinzenta”, exceto para a temperatura de 1050 -C. Além
YC), M7 (13,33% IOT, 43,33% GC, 43,33% YC) e M10 (30% GC , 70% YC) disso, nota-se que a interação entre a argila amarela e o rejeito de minério
são mostrados emFigura 10. Analisando o efeito da temperatura, pode- de ferro é negativa, de forma que um fator limita a aplicação do outro.
se observar a evolução do processo de sinterização que ocorreu entre Outro fato marcante é que uma grande variedade de composições
850 -C e 950 -C para as quatro misturas. Pode-se notar a redução da apresentam desejabilidade relativamente alta (acima de 0,70). Isso significa
porosidade e rugosidade da superfície, devido à aproximação das que o conteúdo adicionado de cada componente pode variar amplamente,
partículas por difusão no estado sólido e início da sinterização em fase mantendo o desempenho do produto próximo aos níveis recomendados.
líquida. Nas amostras disparadas
BC Mendes et al. / Construção e Materiais de Construção 227 (2019) 116669 9

Figura 10.Imagens obtidas por MEV de amostras das misturas M1, M4, M7 e M10 (aproximação: 500-).

Para cada temperatura de queima foi definida a composição ótima ( materiais (TGA/DTA) mostrados na Seção 3.1, e a avaliação das
Tabela 4). Também foram previstos o índice de absorção de água e os superfícies de ruptura apresentadas naFigura 12, a temperatura de 950
valores de resistência à compressão associados a esta mistura. Para -C é recomendada. Comparando a queima a 850 -C com a de 950 -C,
incorporar o maior teor de resíduos, a composição recomendada é de observou-se a redução da porosidade e da absorção de água, o que é
29,1% de rejeito de minério de ferro, 40,9% de argila cinza e 30,0% de benéfico do ponto de vista da durabilidade do material. Além disso o
argila amarela. Considerando a análise térmica do comportamento térmico da argila cinzenta
10 BC Mendes et al. / Construção e Materiais de Construção 227 (2019) 116669

(YC) e rejeitos de minério de ferro (IOT) iguais a 40,9%, 30,0% e 29,1%,


respectivamente, os valores estimados para cada propriedade
puderam ser determinados. Os valores experimentais consistiram nas
médias obtidas para os sete corpos de prova, após eliminação dos
outliers por meio do teste de Chauvenet.
A retração linear de queima e a resistência à compressão apresentaram
os maiores valores de variação, iguais a 24,34% e 75,72% respectivamente.
Isso pode ser explicado pela geometria diferenciada dos corpos de prova
extrusados, uma vez que as equações obtidas no planejamento
experimental foram desenvolvidas a partir de corpos de prova sólidos
cilíndricos. A mudança de forma influencia muito na resistência mecânica
das peças cerâmicas, pois altera o modo de ruptura e consequentemente os
pontos de concentração de tensões. No caso das peças extrudadas, com
formato semelhante ao dos tijolos reais de construção, a ruptura ocorre em
septos de menor espessura, devido à concentração de tensões. Portanto,
como esperado, a resistência à compressão dos corpos de prova perfurados
foi consideravelmente inferior à dos corpos de prova sólidos.

Figura 11.Difratograma das amostras da mistura M7, queimadas a 850 -C, 950 -C e 1050 A diferença percentual observada para a retração linear de queima
-C (Q – quartzo; Hm – hematita; K – metacaulinita; S – espinélio; M – mulita; C – também pode ser atribuída ao fato dos valores medidos serem muito
cristobalita).
baixos. Desta forma, os erros absolutos, embora pequenos, são mais
significativos quando expressos em percentagem. Coronado, Segadães e
Andrés[80], que utilizou o planejamento de mistura experimental em peças
cerâmicas prismáticas, obteve uma diferença percentual para esta
propriedade igual a 22,73%, valor próximo ao calculado nesta pesquisa. As
demais propriedades dependem fundamentalmente das características do
material cerâmico e têm pequena influência na alteração da forma dos
corpos de prova. Pode-se observar que os valores estimados foram
próximos aos obtidos experimentalmente. Destaca-se a propriedade de
absorção de água, com variação inferior a 0,5%.
Os resultados mostrados acima demonstram a eficácia do planejamento de
misturas de experimentos para a previsão de propriedades cerâmicas, apesar da
variabilidade e heterogeneidade associadas ao material[81,82]. Assim, a
metodologia pode ser aplicada de forma confiável, e os modelos obtidos podem
ser usados para selecionar qualquer combinação de componentes que atenda a
propriedades finais específicas.
Tabela 6apresenta os resultados obtidos na análise dos extratos
solubilizados e lixiviados de amostras com rejeito de minério de ferro
(mistura ótima) e amostras de tijolos comerciais. Apresenta também os
limites máximos de concentração dos elementos para classificação dos
resíduos como “não inertes” (solubilização) e “não perigosos” (lixiviação)
conforme NBR 10.004[32]e US EPA - Código de Regulamentações
Figura 12.Gráficos de desejabilidade para temperaturas de 850 -C, 950 -C e 1050 -C. Federais[83].
Em relação aos extratos solubilizados, em ambas as amostras as
concentrações foram inferiores aos limites máximos especificados pela
que é o principal componente da mistura, sugere que a formação de NBR 10.004[32], exceto para o elemento arsênico (As). Isso sugere que
novas fases cristalinas durante o processo de sinterização inicia-se por as reservas de água em contato direto com esses dois materiais não
volta de 950 -C. podem ser utilizadas para consumo humano, conforme padrão de
consumo definido pela Funasa[84]. Ambos os materiais podem ser
3.4. Caracterização física, mecânica e ambiental dos tijolos de classificados como não inertes. Ressalta-se que embora esteja acima do
pequena escala limite, a solubilização do arsênio foi menor nos tijolos com IOT, aspecto
vantajoso para o produto. Considerando os elementos cromo (Cr), ferro
Tabela 5apresenta os resultados para as propriedades de retração linear (Fe) e alumínio (Al), as concentrações obtidas para a amostra de tijolo
de queima, absorção de água, porosidade aparente, massa específica com rejeito de minério de ferro foram inferiores às da amostra de tijolo
aparente e resistência à compressão, correspondentes aos corpos de prova comercial. A solubilização do alumínio neste último ficou acima do
extrusados. Considerando os percentuais de argila cinza (GC), argila amarela máximo permitido pela norma, em torno de 129%

Tabela 4
Composições ótimas considerando as três temperaturas de queima.

Temperatura de queima Rejeitos de minério de ferro Argila cinza Argila amarela Predição

Absorção de água (%) Resistência à compressão (MPa)

850 -C 0,291 0,409 0,300 21.72 17,71


950 -C 0,291 0,409 0,300 20h90 17h58
1050 -C 0,233 0,467 0,300 13,69 17h70
BC Mendes et al. / Construção e Materiais de Construção 227 (2019) 116669 11

Tabela 5
Comparação entre os valores estimados e obtidos experimentalmente para os corpos de prova extrusados.

Designação de amostras Encolhimento linear (%) Absorção de água (%) Porosidade aparente (%) Massa específica aparente (%) Resistência à compressão (MPa)

MO1 2.808 20,86 36,66 1.757 5.18


MO2 2.121 20,85 36,80 1.765 4,46
MO3 2.112 20h65 36,46 1.766 3,35
MO4 2.227 20h75 36,57 1.763 4.41
MO5 2.084 21h43 37,25 1.738 3,57
MO6 1.979 21.23 37.14 1.749 3,89
MO7 2.769 20,84 36,56 1.754 5.01
Média experimental 2.307 20,94 36,78 1.759 4.27
Valor estimado 1.856 20h90 35,32 1.692 17h58
Variação (%) 24h34 0,21 4.14 3,99 75,72

Tabela 6
Concentrações dos elementos nos extratos solubilizados e lixiviados (todas as concentrações em mg/L).

Concentrações dos elementos nos extratos solubilizados

Elemento Limite definido pela NBR 10.004[35] Amostras

Tijolo com IOT Tijolo comercial

Como 0,01 0,0429 0,0594


Pb 0,01 e e
Cr 0,05 e 0,0005
Fé 0,3 0,1128 0,1606
Al 0,2 0,0943 0,4585
Mn 0,1 0,0679 0,0337
Zn 5,0 e e
Cu 2,0 e e
Concentrações dos elementos nos extratos lixiviados

Elemento Limite definido pela NBR 10.004[35] Limite definido pela US EPA[79] Amostras

Tijolo com IOT Tijolo comercial

Como 1,0 5,0 0,0142 0,0000


Pb 1,0 5,0 e e
Cr 5,0 5,0 e 0,0130
Fé – – 0,5040 0,7164
Al – – 1.7761 3.3245
Mn – – 0,1525 0,2872
Zn – – 0,8762 0,9636
Cu – – 0,0744 0,0210

nd: não detectado.

mais alto. Segundo Vieira et al.[85], a solubilização do Al em materiais 4. Conclusões


cerâmicos é questionável, pois ocorre na forma de óxido,
principalmente como aluminossilicato. A incorporação de rejeitos de minério de ferro influenciou todas as
Quanto à lixiviação, as normas especificam valores máximos apenas propriedades dos corpos cerâmicos antes e após a queima. A adição do
para os metais arsênio (As), chumbo (Pb) e cromo (Cr). As material contribuiu para reduzir a retração linear de queima e a resistência à
concentrações obtidas nas duas amostras ficaram abaixo dos limites compressão, além de aumentar a densidade aparente, a absorção de água e
determinados. A lixiviação de arsênio e cobre (Cu) foi maior na amostra a porosidade aparente. Isso se deve às características físicas, químicas e
de tijolo com IOT. Ressalta-se que o IOT não apresenta cobre em sua mineralógicas do rejeito, que possui partículas maiores e altas
composição, indicando que a quantidade obtida foi proveniente das concentrações de sílica (quartzo) e óxido de ferro.
argilas. Em relação ao cromo e aos demais elementos, a lixiviação foi A utilização do planejamento de mistura de experimentos associado
mais pronunciada na amostra de tijolo comercial. Isso indica que, do à função desejabilidade possibilitou a obtenção de massas cerâmicas
ponto de vista ambiental, os tijolos produzidos com rejeito de minério ideais para cada temperatura de queima, a saber: 29,1% de IOT, 40,9%
de ferro apresentam melhor comportamento, com boa imobilização de GC e 30,0% de YC, para as temperaturas de 850 -C e 950 -C; 23,3% de
metálica (com exceção do arsênio e do cobre). IOT, 46,7% de GC e 30,0% de YC, na temperatura de 1050 -C. Para o
desenvolvimento do produto final foi selecionada a temperatura de
De acordo com os resultados, ambos os materiais podem ser queima de 950 -C.
classificados como Classe II A não perigosos e não inertes quando se Após determinação da massa cerâmica e temperatura ótimas, foram
transformam em resíduos de construção e demolição (RCD) ou descarte de produzidos corpos de prova extrusados (formato prismático perfurado), a
peças defeituosas. Pode-se perceber que os tijolos desenvolvidos, mesmo fim de comparar os valores estimados e obtidos experimentalmente para as
com incorporação de rejeito de minério de ferro, causam baixo impacto propriedades avaliadas. Esta comparação mostrou que o uso do
ambiental. Não são agressivos ao meio ambiente ou à saúde humana planejamento de mistura de experimentos é uma boa ferramenta para
durante e após a vida útil dos elementos construídos a partir deles. A única prever e otimizar as características da cerâmica.
limitação é a aplicação dos tijolos em caixas d'água cuja alvenaria não seja Do ponto de vista ambiental, o tijolo produzido com a incorporação
revestida. do rejeito de minério de ferro foi classificado como não inerte
12 BC Mendes et al. / Construção e Materiais de Construção 227 (2019) 116669

e não perigoso, tanto durante como após a vida útil do edifício, quando [20]SL Correia, APN Oliveira, D. Hotza, AM Segadães, Propriedades de corpos triaxiais de
porcelana: interpretação de modelação estatística, J. Am. Cer. Soc. 89 (2006) 3356–
retorna ao meio ambiente como resíduo de construção. Houve também
3365.
maior imobilização dos elementos na amostra de tijolo IOT em relação [21]SL Correia, D. Hotza, AM Segadães, Previsão do teor de porosidade em corpos
ao tijolo comercial. triaxiais de porcelana em função do teor de matérias-primas, J. Mater. Ciência. 43
(2008) 696–701.
Este estudo demonstrou a viabilidade técnica e ambiental da
[22]RR Menezes, HGM Neto, LNL Santana, HL Lira, HS Ferreira, GA Neves, Otimização do teor de
incorporação de rejeitos de minério de ferro em misturas cerâmicas resíduos em revestimentos cerâmicos utilizando planejamento estatístico de experimentos
para produção de tijolos cerâmicos para construção civil. Por meio da de mistura, J. Eur. Cer. Soc. 28 (2008) 3027–3039.
alternativa proposta, pode-se agregar valor a um material [23]SL Correia, G. Dienstmann, MV Folgueras, AM Segadães, Efeito da substituição da
areia de quartzo por rejeitos de ágata em porcelana triaxial, J. Hazar. Matéria. 163
anteriormente descartado, devolvendo-o à cadeia produtiva sem (2009) 315–322.
causar danos humanos ou ambientais. [24]AA Guzmán, SM Gordillo, AS Delvasto, VMF Quereda, VE Sánchez, Otimização das
propriedades tecnológicas de corpos de porcelanato contendo cinza de palha de
arroz utilizando a metodologia de planejamento de experimentos, Cer. Inter. 42
(2016) 15383–15396.
Declaração de interesse concorrente
[25]A. Ukwatta, A. Mohajerani, Análise de lixiviados de tijolos verdes e de argila cozida
incorporados com biossólidos, Waste Manage. 66 (2017) 134–144.
Os autores declaram que não têm interesses financeiros [26]HA van der Sloot, DS Kosson, Uso de testes de lixiviação de caracterização e
concorrentes ou relações pessoais conhecidas que possam ter ferramentas de modelagem associadas na avaliação da natureza perigosa de
resíduos, J. Hazard. Matéria. 207 (2012) 36–43.
influenciado o trabalho relatado neste artigo. [27]R. Alonso-Santurde, A. Andrés, JR Viguri, M. Raimondo, G. Guarini, C. Zanelli,
M. Dondi, Comportamento tecnológico e potencial de reciclagem de areias de fundição
gastas em tijolos de argila, J. Environ. Gerenciar. 92 (2011) 994–1002.
Agradecimentos [28]T. Basegio, F. Berutti, A. Bernardes, CP Bergmann, Aspectos ambientais e técnicos da
utilização de lamas de curtume como matéria-prima para produtos argilosos, J. Eur.
Cer. Soc. 22 (2002) 2251–2259.
Este estudo foi financiado em parte pela Coordenação de [29]M. Dondi, G. Guarini, M. Raimondo, A. Ruffini, Cinzas volantes de Orimulsão em tijolos de
Aperfeiçoamento Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES) – Código argila - parte 3: estabilidade química de produtos contendo cinzas, J. Eur. Cer. Soc. 22 (2002)
1749–1758.
Financeiro 001. Os autores também desejam agradecer à agência FAPEMIG
[30]A. Filibeli, N. Buyukkamaci, H. Senol, Solidificação de resíduos de curtume, Res. Vigarista.
pelo apoio financeiro fornecido (projeto número APQ-01546-16). Gravando. 29 (2000) 251–261.
[31]K. Laursen, TJ White, DJF Cresswell, PJ Wainwright, JR Barton, Reciclagem de lodo
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