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Controle e manejo da cigarrinha do milho (Dalbulus maidis) no

Brasil

Glaucia Cortez Nogueira¹, Juliana Mayumi Yocio¹, Maria da Conceição Sousa de Oliveira¹,
Gabriel Inácio de Morais Honorato de Souza².

1 Discente da Universidade Anhembi Morumbi, São Paulo / SP, Brasil.


2 Docente da Universidade Anhembi Morumbi, São Paulo / SP, Brasil.

RESUMO
O milho é uma das culturas mais cultivadas no Brasil, sendo de grande importância na produção
de alimentos. As lavouras de milho têm sido atacadas sistematicamente pelo inseto da ordem
hemíptera, popularmente denominado, “cigarrinha do milho”. Considerado um vetor que
transmite dois fitopatógenos da classe dos molicutes: o espiroplasma (Spiroplasma
kunkelii) causador do enfezamento pálido e o fitoplasma (maize bushy stunt phytoplasma)
causador do enfezamento vermelho e transmite o vírus mayze rayado fino virus, esses patógenos
veem causando grandes danos nas lavouras de milho com consequências econômicas,
ecológicas e sociais. Este projeto de pesquisa tem como objetivo mostrar técnicas de manejo
biológico da cigarrinha Dalbulus maidis nas lavouras de milho do Brasil. O controle biológico
visa a utilização de parasitoides, predadores ou patógenos de forma a manterem o balanço
natural ou a redução de indivíduos de uma praga a níveis que não causem um prejuízo
econômico. Uma das principais estratégias de manejo de pragas que tem como suporte o
controle biológico é o MIP (manejo integrado de pragas), através dela é possível diminuir
consideravelmente o uso de defensivos químicos mantendo o equilíbrio do ambiente,
preservando os inimigos naturais da cigarrinha Dalbulus maidis e contribuindo para uma
produção agrícola cada vez mais sustentável. Através de revisão bibliográfica utilizando dados
publicados em portais eletrônicos, revistas e artigos científicos, nos anos de 1970 a 2022,
reunimos informações importantes envolvendo um manejo e controle sustentável. As
estratégias de manejo selecionadas, minimizam os prejuízos nas lavouras ao longo do ano,
assim como o impacto no meio ambiente.

Palavras chaves: milho, safras, cigarrinha do milho, transmissão, controle biológico.

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ABSTRACT
Corn is one of the most widely cultivated crops in Brazil and is of great importance in food
production. Corn crops have been systematically attacked by the insect of the order hemiptera,
popularly called "cornhopper". Considered a vector that transmits two phytopathogens of the
class molicutes: the spiroplasma (Spiroplasma kunkelii) causing pale mould and the
phytoplasma (maize bushy stunt phytoplasma) causing red mould and transmitting the mayze
rayado fino virus, these pathogens have been causing great damage in corn crops with
economic, ecological and social consequences. This research project aims to show techniques
for the biological management of the leafhopper Dalbulus maidis in corn fields in Brazil.
Biological control aims to use parasitoids, predators or pathogens in order to maintain the
natural balance or reduction of individuals of a pest to levels that do not cause economic
damage. One of the main pest management strategies that is supported by biological control is
IPM (integrated pest management), through which it is possible to considerably reduce the use
of chemical pesticides while maintaining the environmental balance, preserving the natural
enemies of the leafhopper Dalbulus maidis and contributing to an increasingly sustainable
agricultural production. Through literature review using data published in electronic portals,
magazines and scientific articles, in the years 1970 to 2022, we gathered important information
involving a sustainable management and control. The management strategies selected minimize
crop losses throughout the year, as well as the impact on the environment.

Keywords: corn, crops, corn leafhopper, transmission, biological control.

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INTRODUÇÃO e nos estados do Paraná, São Paulo e Minas
O milho consiste na segunda cultura Gerais.
mais plantada no Brasil, ganhando muito
Quando o sistema de produção era
destaque na agricultura do país ao longo dos
de apenas uma safra, tinha-se um controle
últimos anos. De acordo com a Companhia
mais eficaz de pragas e doenças, devido ao
Nacional de Abastecimento, para a safra
pouco tempo que a cultura ficava instalada
2021/22 está previsto uma produção com
no campo. Atualmente com o plantio da
um aumento de 29%, comparando-se à safra
safrinha, uma cultura irrigada, a presença do
anterior (CONAB, 2022).
milho no campo é praticamente o ano todo,
A produção de milho no Brasil alterando o comportamento de pragas e
cresceu significativamente nas últimas doenças na lavoura.
décadas, visando atender a alta demanda
As principais doenças do milho, que
por alimentos, dessa forma, a introdução de
acarretam grandes prejuízos aos produtores
uma segunda safra foi uma forma de
rurais atualmente são: o espiroplasma
complemento para o abastecimento de
(Spiroplasma kunkelii) causador do
milho no Brasil (CALDEIRA 2018 apud
enfezamento pálido; o fitoplasma (maize
AHIOGA et al. 2004). Também a elevação
bushy stunt phytoplasma) causador do
do preço dessa commodity motivou os
enfezamento vermelho, ambas pertencentes
produtores a intensificarem o seu cultivo
a classe dos Mollicutes (reino Bactéria); e o
com duas safras por ano: primeira safra (ou
vírus mayze rayado fino vírus (MRFV),
safra de verão) e segunda safra (ou
causador de riscas nas folhas. Todas
safrinha). Os plantios de verão são
causadas pelo inseto-praga cigarrinha
realizados no período chuvoso, que ocorre
Dalbulus maidis (DeLong & Wolcott).
no final de agosto, na região Sul; até os
meses de outubro/novembro, no Sudeste e Apesar das doenças na cultura do

Centro-Oeste e na região Nordeste o milho constituírem um fator de grande

período das chuvas ocorre no início do ano. preocupação nos vários segmentos da

A safrinha refere-se ao milho de sequeiro cadeia produtiva, várias alternativas podem

plantado geralmente de janeiro a março ou ser utilizadas para o seu controle. A

até no máximo abril na região Centro-Oeste presente pesquisa se justifica com o atual
cenário encontrado nas lavouras de milho e

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a necessidade do combate das infestações análise sobre o tema proposto, com foco nas
da cigarrinha Dalbulus maidis (DeLong & publicações do ano de 1970 a 2022. Foram
Wolcott). Nesse sentido foi feita uma utilizadas as palavras chaves cigarrinha do
revisão bibliográfica de métodos de milho, controle e manejo, enfezamentos,
controle biológico utilizados como forma doenças do milho, safra, safrinha e MIP.
sustentável para a prevenção das Com esses termos foram encontrados
infestações. artigos científicos, revistas, guias,
levantamento de safras e estudos realizados,
no SCIELO e GOOGLE Acadêmico.
OBJETIVO
Geral
DESENVOLVIMENTO
Compreender a problemática e as
Cigarrinha
consequências causadas pela praga de
A cigarrinha Dalbulus maidis (DeLong &
lavoura cigarrinha do milho (Dalbulus
Wolcott) (Hemiptera: Cicadellidae),
Maidis) no Brasil.
popularmente conhecida como a cigarrinha-
do-milho, é considerada uma das principais
Específico
pragas no cultivo do milho, causando danos
- Descrição da biologia do inseto-praga
e perdas de mais de 70% (EMBRAPA,
Dalbulus Maidis;
2021). É um inseto originário do México,
- Análise sobre o panorama atual da
medindo cerca de 4mm de comprimento
plantação de milho no Brasil;
(Figura 1) e se diferencia de outras espécies
- Perfil das principais doenças causadas pela
por possuir duas manchas pretas localizadas
cigarrinha D. maidis;
no dorso de sua cabeça (REVISTA
- Levantamento das espécies predadoras da
CULTIVAR, 2020). É encontrada em
praga agrícola cigarrinha D. maidis;
praticamente todo o Brasil nas lavouras de
- Estratégias de controle e manejo biológico
milho, sendo seu principal hospedeiro, e
da cigarrinha D. maidis.
onde ela se alimenta e se reproduz (SAHÚ,
M. C., 2012).
METODOLOGIA
O presente trabalho baseou-se no
referencial da pesquisa bibliográfica,
consistindo no exame da literatura científica
de artigos e revistas para levantamento e

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ninfas que passam por cinco estágios
(instar) até chegar no inseto adulto. O adulto
de D. maidis é de coloração palha e pode
atingir até 3mm de comprimento (ZURITA
V. et al apud Triplehorn & Nault 1985),
relatos na literatura mostram que fêmeas de
D. maidis são maiores e mais pesadas que
Figura 1. Cigarrinha-do-milho (INATURALIST,
2019). os machos.

São insetos da ordem Hemíptera, Na sua reprodução, as fêmeas


subordem Auchenorryncha, aparelho bucal podem depositar até 600 ovos durante a sua
em forma de um rostro, hemimetábolos vida toda, os ovos são dispostos na
constituído pelo lábio articulado onde se superfície das folhas do milho, e em torno
alojam as demais peças bucais sugadoras. A de 10 dias ocorre a formação das ninfas
ordem hemíptera é a maior e mais diversa passando por cinco estágios, e nessa fase
entre os insetos hemimetábolos (do ovo elas são imóveis e só se movimentam se são
emerge a ninfa que se desenvolve até o perturbadas. Segundo pesquisas realizadas
inseto adulto). (TSAI 1988 apud SAHU 2012) a cigarrinha
São conhecidos popularmente como sobrevive a temperaturas que variam entre
cigarrinhas e alimentam-se exclusivamente 10°C a 32,2°C, o tempo de vida é
da seiva de plantas. A maioria está inversamente proporcional a temperatura,
associada a angiospermas. de forma que a baixas temperaturas pode-se
Os ovos são de coloração chegar a 66,6 dias de vida e em altas
esbranquiçada, de córion transparente, temperaturas a 15,7 dias de vida. Também
medem 1,3mm, o período embrionário é de foi observado que em temperaturas
oito dias e a temperatura ótima para abaixo de 20°C não ocorre a eclosão dos
incubação é de 26,5°C (ZURITA V. et al ovos (SAHÚ, M. C., 2012; REVISTA
2000 apud Waquil 1998). Os ovos são CULTIVAR, 2020; WAQUIL, J. M.,
inseridos na metade basal das primeiras 2004).
folhas das plantas jovens, na sub-epiderme
Na falta ou no período entre uma
e dentro do mesófilo da folha (ZURITA V.
colheita e outra de milho, as cigarrinhas
et al 2000 apud Heady et al 1985), e em
podem usufruir de alternativas para
torno de 10 dias ocorre a formação das
sobreviver migrando para plantações
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próximas de braquiárias, sorgo, capim, principais itens de sua dieta, mas foi com a
cana-de-açúcar, trigo ou para o restante da chegada dos colonizadores, há mais de 500
safra anterior. Dessa forma elas buscam anos atrás, que o consumo do cereal no país
abrigo e alimento até voltarem para o aumentou consideravelmente e passou a
cultivo de milho na próxima temporada integrar o hábito alimentar da
(OLIVEIRA, C. M. de et al., 2002; população. De acordo com a Fundação
OLIVEIRA, C. M. de., 2000; ÁVILA, C. J. Joaquim Nabuco, no período Brasil-
et al., 2021). Colônia, os escravos africanos tinham no
milho, além da mandioca, um de seus
principais alimentos. Sendo assim, o cereal
Milho que contém quase todos os aminoácidos
O milho é uma angiosperma essenciais, rico em fonte de energia,
pertencente à família Poaceae que é carboidratos e fibras, foi a base da cultura
composta por várias espécies, sendo o do passado, marcando muito o presente e
milho (Zea mays L.) uma das principais. O que muito provavelmente ajudará a
México é a origem mais provável do milho, desenvolver o futuro (MEDINA, J., 2020).
os primeiros registros de seu cultivo foram E como qualquer planta, o milho é
feitos em ilhas próximas ao litoral afetado pelas condições do clima no
mexicano. Há pelo menos 7.300 anos o ambiente, em temperaturas mais baixas os
milho participa da história alimentar grãos podem ter um tempo maior de
mundial. Uma vez difundido no México, o maturação e em temperaturas elevadas,
grão se firmou como produto em países da ocorre uma maturação mais rápida
América Central com clima propício para (CROPLIFEBRASIL, 2020).
seu cultivo, como o Panamá, e pela América Seu desenvolvimento envolve fases
do Sul. Com o período de colonização do de crescimento e reprodução. No ciclo de
continente americano e as chamadas crescimento o primeiro estágio se chama
grandes navegações que ocorreram durante VE (estágio da emergência) onde os
o século XVI, o milho se expandiu para coleóptilos e a raiz começam a crescer; na
outras partes do mundo, se tornando um dos sequência os estágios de V1 a V14
primeiros itens na cultura mundial. No correspondem ao número de folhas que vão
Brasil o milho já era cultivado pelos índios aparecendo na planta, culminado com o
antes mesmo da chegada dos portugueses, último estágio de crescimento VT, quando
já que eles utilizavam o grão como um dos a planta atinge seu ápice de crescimento.
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Depois começa o ciclo de reprodução com Bactéria); e do vírus mayze rayado fino
6 estágios sucessivos, sendo no R6 a virus (MRFV).
maturidade fisiológica da planta com os
grãos atingindo sua maior massa, ou seja, Doenças do milho
maduros. (MAGALHAES, P. C.; O espiroplasma (Spiroplasma
DURÃES, F. O. M., 2006; RODRIGUES, kunkelii) causador do enfezamento pálido;
R. B., 2021; CIAMPITTI, I. A.; ELMORE, o fitoplasma (maize bushy stunt
R. W.; LAUER, J., 2016). phytoplasma) causador do enfezamento
vermelho, e também o vírus Mayze rayado
A produção de milho no Brasil fino vírus, o vírus da risca são doenças que
cresceu significativamente nas últimas infectam os tecidos do floema da planta de
décadas e os principais fatores desse milho, simultaneamente em muitos casos
crescimento foram a introdução de (SABATO, E. de O., 2018; COTA, L.V. et
cultivares mais produtivas e o aumento da al., 2021; OLIVEIRA, E. de et al., 2003;
área cultivada com plantio da safrinha (safra ROHRIG, B., 2021).
de segunda época). Os plantios da safrinha Relatado no Brasil na década de 70,
(segunda safra) expõem a cultura do milho o enfezamento foi considerado uma doença
a condições climáticas distintas daquelas de importância secundária devido à baixa
que predominam na safra normal, incidência (COSTA et al., 1971), mas a
aumentando a susceptibilidade do milho a partir dos anos 80, com a expansão dos
determinadas doenças. plantios de “safrinha” e a adoção da
B
irrigação por pivô central, os enfezamentos
As safras de milho têm sofrido
têm se tornado um grande problema para os
surtos epidêmicos de cigarrinha
produtores rurais.
Dalbulus maidis (DeLong & Wolcott), que
ao se alimentarem por sucção de plantas de Os sintomas característicos do
milho infectadas, tornam-se vetores para enfezamento pálido são estrias cloróticas C
transmissão de doenças como: o esbranquiçadas que surgem na base das
espiroplasma (Spiroplasma kunkelii) folhas e se sobrepõem às nervuras, a planta
causador do enfezamento pálido; o apresenta redução da altura e espigas
fitoplasma (maize bushy stunt phytoplasma) pequenas e pode ficar improdutiva. O
causador do enfezamento vermelho, ambas enfezamento vermelho causa
pertencentes a classe dos Mollicutes (reino avermelhamento das folhas e pequenas

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espigas com poucos grãos. Observa-se que com a temperatura ambiente, com relatos de
no campo a infecção simultânea por 7 a 37 dias, após isso será transmitido por
espiroplasma e fitoplasma é muito comum, quase todo o tempo de vida do inseto. O
sendo difícil a diferenciação entre as duas MRFV é encontrado do sul da América do
infecções. Os sintomas da virose da risca Norte até toda a América do Sul. No Brasil,
são pontos cloróticos nas nervuras a incidência isolada dele não tem
secundárias e terciárias da folha, formando ocasionado grandes danos, contudo pelo
riscas claras (Figura 2). fato de possuírem o mesmo inseto vetor, são
comuns infecções mistas com os
fitoplasmas e espiroplasmas, ocasionando
danos de maior proporção na cultura do
milho. (GONÇALVES et, al. 2007).

A identificação dessas doenças é


feita por reconhecimento dos sintomas no
milho; microscopia; e pela diagnose em
teste de PCR (COTA, L.V. et al., 2021), que
assim auxiliam no reconhecimento de
transmissão dos vírus e molicutes, através
da cigarrinha Dalbulus maidis.

Controle Biológico e Manejo


Para fazer o controle da cigarrinha-
do-milho, é necessário um conjunto de
ações preventivas a serem realizadas por
todos os produtores da região. Estratégias
utilizadas são o Manejo Integrado de Pragas

Figura 2. A) Milho com sintomas de enfezamento (MIP), que integra várias táticas de controle
pálido (CASTELÕES, L., 2020) B) enfezamento antes e durante o plantio da cultura para
vermelho (BAIÁ, F., 2019) e C) vírus-da-risca
(REVISTA CULTIVAR, 2020). manter a população da praga num nível

O vírus Mayze rayado fino virus tem baixo, de forma a não causar um dano

o seu período latente na cigarrinha variando


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econômico (FLAUSINO, 2021 apud de plantas por meio de agroecossistema
STERN et. Al., 1959). (controle biológico conservativo), no
Brasil, pode ser observada no sistema de
Alguns estudos têm demonstrado
integração lavoura-pecuária, onde utiliza-se
que a maior diversidade de plantas
gramíneas (Brachiaria spp.) como alimento
formando um agroecossistema, garante
para o gado e posteriormente a formação de
abrigo tanto para presas como para
sua palhada é utilizada para o cultivo de
hospedeiros e para seus inimigos naturais
grãos de milho. Dessa forma o plantio de
(FLAUSINO, 2021 apud LANDIS et al.,
milho é feito na palha que sobrou das
2000; QUISPE-TARQUI, 2015; QUISPE et
gramíneas; a vantagem desse sistema é
al.,2017). De acordo com FINKE E
manter o solo coberto com resíduos vegetais
DENNO (2006), habitats complexos (como
evitando sua erosão. De acordo com
cobertura de palhada) diminuem a
diversas pesquisas na literatura, o consórcio
população de cigarrinhas devido ao
milho-braquiária mostra um aumento
aumento da população de aranhas
significativo dos inimigos naturais das
predadoras e insetos de solo. Com o advento
pragas da lavoura do milho, aumentando a
das pesquisas científicas, os agricultores
incidência de joaninhas (Coccinellidae);
têm avançado no desenvolvimento de
sirfídeos (Diptera: Syrphidae); aranhas,
estratégias tecnológicas de bases
besouros da Família Carabidae, tesourinhas
sustentáveis, como por exemplo, o controle
(Dermaptera) e percevejos. A braquiária
biológico de pragas. O controle biológico
serve de abrigo para esses predadores
de pragas fundamenta-se na autorregulação
protegendo-os das temperaturas extremas,
dos agroecossistemas, que trazem
da perda de água e da dessecação de seus
benefícios através da interação entre
ovos. (RIJN, et al., 2013; VILLA et al.,
inimigos naturais e pragas. Dentro desses
2017; KOSS & SNYDER, 2005;
agroecossistemas pode-se utilizar o controle
SYMONDSON et al., 2006; FONSECA et
biológico conservativo, que favorece os
al., 2017).
predadores naturais das pragas; o controle
biológico clássico, que é a introdução de As joaninhas afidófagas são insetos
inimigos naturais; e o controle biológico predadores típicos das cigarrinhas, e na
aumentativo que consiste na multiplicação ausência de suas presas elas podem se
em laboratórios e a posterior soltura dos alimentar de pólen (fonte de proteínas) e
inimigos naturais no campo. A diversidade néctar (fonte de carboidratos) para garantir

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sua sobrevivência. Dessa forma, manter sua irrigada (LIMIGRAIN, 2020; TOLEDO, A.
população na cultura do milho é de grande V.; LENICOV, A. M. M. de R.; LASTRA,
utilidade para o controle dos insetos-pragas. C. C. L., 2007; COTA, L.V. et al., 2021).

A família Syrphidae também Uma pesquisa desenvolveu um


conhecida como moscas-das-flores, se bioinseticida natural utilizando um método
caracteriza pelo grande número de de fermentação líquida do fungo
predadores em todo o mundo, metarhizium robertsii (MASCARIN,
especialmente quanto ao gênero 2021). A fermentação produz em dois dias
Salpingogaster. A mosca Salpingogaster de cultivo, leveduras chamadas
nigra é um inimigo natural da cigarrinha, blastosporos, que podem ser diluídas para
suas larvas alimentam-se das ninfas das pulverização. As leveduras, após a
cigarrinhas. Sua importância como a gente pulverização, germinam e infectam o inseto
no controle biológico das cigarrinhas deve- pela cutícula, matando-o em poucos dias.
se a sua alta taxa de reprodução, Esse bioinseticida é específico para a
fecundidade e curta duração de seu ciclo cigarrinha dalbulus maids, onde assim
vital, permitindo apresentar de duas a três acaba preservando a fauna e a flora
gerações durante o ciclo de vida da praga (EMBRAPA, 2021).
(KOLLER, 1988 apud GUAGLIUMI,
Outro disponível método é a árvore
1970).
nim (Azadirachta indica), uma planta
A utilização de fungos medicinal asiática que possui diversos usos,
entomopatogênicos (aqueles que seus compostos bioativos, os triterpenos,
conseguem parasitar insetos), como o tem mostrado um efeito praguicida muito
Beauveria bassiana, tem sido uma importante para a agricultura. A
alternativa para controle da cigarrinha-do- azadiractina é o composto com maior
milho. Ela acaba infeccionando os insetos e importância para utilização como
os utiliza como hospedeiros para biopesticida, estudos demonstram que
germinação dos seus esporos e liberação de possui uma ação citotóxica inibindo a
conídios (estruturas de dispersão do fungo). motilidade e inibindo a síntese de quitina
Fatores ambientais são importantes para a nos insetos-praga. A azadiractina é
utilização desse método, sendo necessário totalmente biodegradável e possui meia
umidade para a germinação dos esporos, vida no solo de 20 dias, poupando o
portanto é essencial que a lavoura seja ecossistema. Por ser uma planta rústica,
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perene, não invasora, que não necessita ser CONCLUSÃO
destruída para obtenção de seus extratos, e Com o crescimento significativo do plantio
esses serem solúveis em água, a extração de da cultura do milho nas últimas décadas,
seus compostos ativos é de baixo custo devido a sua grande importância para o
(MOSSINI, 2005). Como é mostrado no consumo da sociedade, foram feitos
trabalho de SANTOS, D. C. et al. (2020), cultivos sucessivos (aumento de uma para
que utilizou extrato de nim. para testar seu duas ou mais safras). A sequência
potencial repelente contra as cigarrinhas. ininterrupta de lavouras gerou uma “ponte
Foram feitas 8 diluições diferentes: sendo 0 verde” que beneficia as pragas como a
só com água, 1 com 40g de folha de cigarrinha Dalbulus Maidis a sobreviverem
nim/litro, 2 com 60g de nim/l, 3 com 80g de o ano todo e multiplicarem-se com maior
nim/l, 4 com 25ml de detergente/l, 5 com facilidade.
50m/l de detergente, 6 40g de nim/l mais
Acreditava-se no passado, não muito
25ml de detergente, 7 com 80g de mim/l
distante, que o extermínio total dos insetos
mais 50ml de detergente. O resultado
nocivos era a solução para as lavouras,
mostrou que o tratamento de 40g de nim,
assim inseticidas foram usados em amplo
com 4% de diluição fez com que ocorresse
espectro sem qualquer consideração
uma diminuição das cigarrinhas logo após a
ambiental. Esse uso indiscriminado
terceira aplicação e até a ausência delas.
provocou sérias perturbações no meio
Outra pesquisa realizada foi relatada ambiente, entre elas: a seleção de
no trabalho de BESSON, G. A. (2021), no indivíduos resistentes, o ressurgimento de
qual foi utilizado o extrato da folha da espécies já controladas, a diminuição da
mamona (Ricinus communis L.), e população de insetos benéficos, o acúmulo
verificou-se pelos resultados alcançados, de resíduos tóxicos no solo, na água e nos
uma diminuição das cigarrinhas devido ao alimentos.
efeito tóxico da ricinina, alcalóide da planta,
Foi necessário então, o desenvolvimento da
mas, recomenda-se um estudo maior em
teoria do controle biológico, com seus
relação aos efeitos letais e não letais desse
predadores, parasitas e métodos de controle
extrato.
populacional e do conceito de manutenção
de insetos em níveis economicamente
toleráveis, baseado no conhecimento da
ecologia aplicada a dinâmica das
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populações. Nasceu assim o conceito do vontade e esforço de todos os envolvidos na
controle integrado, e mais recentemente cadeia produtiva.
com a preocupação dos efeitos nocivos em
organismos não alvo, criou-se o manejo
AGRADECIMENTOS
integrado de pragas – MIP. O MIP exige
Nós agradecemos primeiramente a Deus
uma complexidade maior de conhecimento
qυе fez com que nossos objetivos fossem
e requer um monitoramento constante da
alcançados durante todos esses anos de
população de insetos nocivos e de seus
estudos.
inimigos naturais durante o ciclo da cultura.
Aos nossos familiares por todo amor e
A agricultura sustentável apoia-se no carinho.
controle biológico para o manejo de pragas, A Universidade Anhembi Morumbi, aos
assim, na cultura do milho, o controle da professores e ao nosso orientador o Dr.
cigarrinha Dalbulus Maids pode ser feito Gabriel Inácio de Morais Honorato de
através da rotação da cultura, queima dos Souza, por toda ajuda na construção do
restos de culturas anteriores, uso de vírus, projeto.
fungos, bactérias, aranhas, nematóides.
REFERÊNCIAS
A utilização de inimigos naturais é de
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grande importância para o equilíbrio natural para o manejo dos enfezamentos e da
do agroecossistema. Para intervir no cigarrinha-do-milho, 2020.
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agroecossistema é necessário ter maidis e os enfezamentos do milho no
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perdas-por-enfezamento-em-milho >.
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4. BESSON, G. A. Efeito do extrato de
É preciso assegurar a sustentabilidade na folhas de mamona (ricinus communis)
sobre a cigarrinha do milho Dalbulus
produção agrícola, pois as supersafras
maidis (Delong & Wolcott). Orientadora:
vieram para ficar e a segurança dos Tamíris Alves de Araújo. 2021. 34 f. TCC
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consumidores, a competitividade e a Agronômica, CENTRO DE CIÊNCIAS
rentabilidade da agricultura exigem boa DA NATUREZA, UNIVERSIDADE
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Ciências Biológicas 2022.1 12


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