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Jonifa Artur

Ecossistemas lacustres ou de água doce

(Curso de Licenciatura em Geoprocessamento e Analise de Risco)

Universidade Rovuma

Nampula

2023

2
Jonifa Artur

Ecossistemas lacustres ou de água doce

Trabalho de carácter avaliativo a ser


entregue na Universidade Rovuma, na
Faculdade de Geociências, curso de
Licenciatura em Geoprocessamento e
Analise de Risco, na cadeira de
Introdução a Ecologia, leccionado pelo,

Docente: Prof. Dr. Elias Maxombe

Universidade Rovuma
Nampula
2023

3
Índice
Introdução..................................................................................................................................4

1. ECOSSISTEMAS LACUSTRES OU DE ÁGUA DOCE.....................................................5

1.1. Definição de conceitos........................................................................................................5

1.2. Ecossistema.........................................................................................................................5

1.3. Componentes básicos de um ecossistema...........................................................................5

1.4. Características dos ecossistemas.........................................................................................6

1.5. Ecossistema de água doce...................................................................................................6

1.6. Ecossistemas lacustres ou de água doce..............................................................................6

1.6.1. Distribuição geográfica dos ecossistemas lacustres ou de água doce..............................7

1.6.2. Classificação dos ecossistemas lacustres ou de água doce..............................................8

1.6.3. Estrutura de um ecossistema lacustre.............................................................................10

1.7. Principais ecossistemas lacustres ou de água doce no mundo..........................................10

1.7.1. Características dos principais ecossistemas lacustres ou de água doce do mundo........11

Conclusão.................................................................................................................................15

Bibliografia..............................................................................................................................16

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Introdução
O presente trabalho tem como tema: Ecossistemas Lacustres ou de água doce. No contexto
histórico o termo ecossistema também denominado de sistemas ecológicos foi proposto pela
primeira vez em 1935 pelo ecólogo Sir Arthur George Tansley com intuito de enfatizar a
importância do intercâmbio dos materiais entre componentes inorgânicos e orgânicos, bem
como entre organismos. Mas só com o desenvolvimento de estudos biogeográficos que
recorriam aos estudos ecológicos nota-se uma evolução no conceito de ecossistema
actualmente considerado como objecto de estudo da ecologia e englobam a organização dos
organismos e sua relação com os factores abióticos e bióticos e como estes interactuam. De
forma geral, os ecossistemas são constituídos por substâncias inorgânicas, compostos
orgânicos, o regime climático, os organismos autotróficos (ou produtores) e os organismos
heterotróficos (ou consumidores) que também incluem os decompositores.

Com a pesquisa pretende-se, objectivo geral: analisar os ecossistemas lacustres ou de água


doce. Objectivos específicos: caracterizar os ecossistemas lacustres ou de água doce;
descrever os componentes estruturais dos ecossistemas lacustres; e compreender a dinâmica
dos organismos vivos nos ecossistemas lacustres ou de água doce.

Na elaboração deste trabalho, usou-se como metodologias, a leitura através da revisão


bibliográfica de textos relacionados com o tema em abordagem.

Quanto a estrutura do trabalho ele comporta de introdução, desenvolvimento, a conclusão e a


respectiva bibliografia.

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1. ECOSSISTEMAS LACUSTRES OU DE ÁGUA DOCE

1.1. Definição de conceitos

1.2. Ecossistema
O termo ecossistema foi proposto pela primeira vez pelo ecólogo inglês Sir Arthur G.
Tansley em 1935 (Odum e Barret, 2007, p. 18 como citado por Ramos e Azevedo, 2010, p.
02). E podemos conceituá-lo como sendo a unidade funcional básica, composta pelos
componentes abióticos e bióticos.

E, é nesta mesma ordem de ideias, que Cassini (2005) define ecossistemas como,

Conjunto formado por uma biocenose ou comunidade biótica e factores


abióticos que interactuam, originando uma troca de matéria entre as partes
vivas e não vivas. Em termos funcionais, é a unidade básica da Ecologia,
incluindo comunidades bióticas e meio abiótico influenciando-se
mutuamente, de modo a atingir um equilíbrio. O termo "ecossistema" é, pois,
mais geral do que "biocenose", referindo a interacção dos factores que
actuam sobre esta e de que ela depende (Cassini, 2005, p. 08).
Com isto implica afirmar que há nos ecossistemas um grande complexo de fenómenos e
factores que delimitam e definem a sua composição: em primeiro vem a composição física do
meio que são os factores abióticos como o sol, a luz, temperatura, oxigénio, água entre
outros; em seguida a composição química que são os sais minerais e compostos inorgânicos
utilizados como nutrientes, o oxigénio, gás carbónico; e a presença dos seres vivos que
podem ser predadores, parasitas, competidores e outros.

1.3. Componentes básicos de um ecossistema


Os organismos vivos e o seu ambiente abiótico estão ligados e interagem entre si. Qualquer
unidade que inclua a totalidade dos organismos de uma área determinada interagindo com o
ambiente físico por forma a que uma corrente de energia conduza a uma estrutura trófica, a
uma diversidade biótica e a ciclos de materiais claramente definidos dentro do sistema é um
sistema ecológico ou ecossistema.

Do ponto de vista trófico, um ecossistema tem dois componentes:

 Um componente autotrófico – que se alimenta a si mesmo, a elaboração de


substâncias complexas;
 Um componente heterotrófico – que é alimentado por outro, no qual predominam o
uso, a nova preparação e a decomposição de materiais complexos.

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1.4. Características dos ecossistemas
Um ecossistema se caracteriza por representar determinado ambiente, onde organismos irão
interagir entre si, sendo eles dependentes uns dos outros, assim mantem-se o equilíbrio e a
continuidade da vida. Os dois principais ecossistemas aquáticos são o marinho e o de água
doce. Os ecossistemas aquáticos representam a interacção entre organismos com os corpos
d’água. Sendo o maior dos ecossistemas existentes, compondo pouco mais de 70% da
superfície da terra, onde apenas 1% é potável. Os corpos d’água irão apresentar dois padrões,

onde haverá ou não movimentação e fluxo das águas.

1.5. Ecossistema de água doce

De acordo com Prado (2017) os ecossistemas de água doce apresentam a formação, a partir
da água da chuva, das corredeiras, riachos, rios e lagos além dos tipos de vegetação e de
animais que integram a cadeia alimentar. Musgos, insectos, peixes, sapos, tartarugas e aves
são exemplos de seres vivos que integram este ecossistema.

Para o mesmo autor os rios e lagos que formam ecossistemas de água doce são considerados
o meio de vida natural mais ameaçado do planeta. Embora ocupem apenas 1% da superfície
terrestre, os ecossistemas de água doces abrigam cerca de 40% das espécies de peixes e 12%
dos demais animais. Só o rio Amazonas possui mais de três mil tipos de peixes.

1.6. Ecossistemas lacustres ou de água doce

De acordo Kierfve (1994) (como citado por Bulhões e Firmino 2021) os ecossistemas
lacustres são ambientes complexos, dinâmicos e instáveis, que estão em constante
transformação seja por processos naturais ou antrópicos.

De acordo com Bulhões e Firmino (2021), nos ecossistemas lacustres,

A ocupação acelera os processos naturais que, por sua vez,


desencadeiam problemas ambientais diversos. O cenário é ainda pior
em lagoas costeiras localizadas em áreas litorâneas, cujo adensamento
da ocupação é maior. Devido à alta fragilidade frente a processos de
degradação ambiental, esses ambientes devem ser preservados e ter
sua ocupação regularizada e ordenada. O planejamento prévio,
elaborado com base em estudos que contemplem a realidade e
dinâmica ambiental, assegura o equilíbrio do sistema hídrico.

Serviços ambientais prestados pelos ecossistemas lacustres estão entre os mais abundantes do
planeta (Bulhões & Firmino, 2021), que contribuem directa ou indirectamente para a

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sociedade. Apesar da sua relevância socioambiental para o desenvolvimento humano, as
lagoas costeiras estão seriamente ameaçadas frente ao modelo actual de ocupação do solo e
pela falta de planejamento (Esteves, 1998, citado por Bulhões & Firmino, 2021). O
planejamento de ecossistemas lacustres em áreas litorâneas ainda é muito negligenciado, o
que dificulta acções de ordenamento territorial, mitigação de problemas e uso pleno das
potencialidades ambientais.

Os ecossistemas lacustres fazem parte dos ecossistemas lênticos que são definidos pela
presença de água parada ou com pouco movimento. Eles são representados por lagos, lagoas,
reservatórios ou charcos, nos quais o tempo de residência (tempo que a água permanece no
sistema) costuma ser alto pois o seu fluxo é baixo. Estes ambientes são opostos
aos ecossistemas lóticos, nos quais as águas apresentam grande fluxo, como os rios e riachos.

De acordo com Dextro (2019) nos ecossistemas lênticos,

Os lagos possuem uma grande riqueza biótica adaptada para habitar


suas diferentes porções (margem, zona pelágica ou coluna d’água e
zona bentónica ou fundo), que apresentam condições abióticas muito
distintas entre si. As bactérias ocupam todas as zonas de
um ecossistema lêntico, sendo vitais para
a decomposição de matéria orgânica na região profunda afótica (com
pouca ou nenhuma luz). Assim como em ambientes lóticos, os
principais produtores primários em lagos são as algas.
O fitoplâncton se concentra na zona fótica pelágica, onde há luz para
a realização da fotossíntese. Muitos destes microrganismos é capaz de
migrar na coluna d’água através de vacúolos aéreos ou vesículas
gasosas, fugindo de condições pouco favoráveis (como alta incidência
luminosa, competição e predação). As macrófitas aquáticas também
são importantes produtores primários, ocorrendo espécies pelágicas e
bentónicas.

1.6.1. Distribuição geográfica dos ecossistemas lacustres ou de água doce

Os lagos naturais são mais números nas regiões que sofreram alterações geológicas em
épocas relativamente. Assim, os lagos abundam nas regiões glaciares do norte da Europa,
Canadá e norte dos Estados Unidos. Tais lagos constituíram-se quando os últimos glaciares se
retiraram há cerca de uns 10 000 a 12 000. Estes têm sido os lagos mais estudados pelos
limnologistas europeus e americanas. Os lagos naturais são também numerosos nas regiões
de recente elevação acima do nível do mar, como na Florida, e em regiões sujeitas a
actividades vulcânicas recentes, como nas cascades ocidentais. Os lagos vulcânicos,
formados quer em crateras extintas quer em vales obstruídos pela acção vulcânica, estão entre
os mais belos do mundo. Por outro lado, os lagos naturais são raros nas regiões

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geologicamente antigas e muito recortadas dos Apalcahes e Piedmont do Leste dos Estados
Unidos e em vastas zonas de grandes planícies nos glaciares (Odum, 1973, p. 501).

Assim, vê-se que a história geológica de uma região determina se a presença de lagos é
natural, para além de influenciar grandemente o tipo de lago, no que respeita aos minerais
básicos que estarão disponíveis para a incorporação no respectivo ecossistema. A
precipitação é evidentemente importante, embora mesmo nos desertos posam existir lagos de
certa extensão.

1.6.2. Classificação dos ecossistemas lacustres ou de água doce

A investigação sobre os lagos, realizada por toda parte, revelou que possuem uma grande
variedade de combinações de propriedades, tomando difícil seleccionar uma base para
classificação natural.

De acordo com Odum (1973, p. 501-502), pode-se conseguir uma boa introdução ao
fascinante assunto da ecologia mundial dos lagos, considerando três categorias:

 lagos oligotróficos-eutróficos – os lagos podem ser classificados em qualquer região,


de acordo com a produtividade primária. A produtividade ou fertilidade de um lago
depende dos nutrientes recebidos a partir do escoamento local, da idade geológica, e
da profundidade. Os lagos oligotróficos típicos são fundos e tem uma produtividade
primária baixa.
 Lagos distróficos – são lagos que apresentam concentrações de ácido húmico de
água.
 Lagos fundos e antigos, com fauna endémica – o lago Baikal na Rússia é o mais
famoso dos lagos antigos. É o mais fundo do mundo e foi originado por movimentos
de crosta terrestre durante a Era Mesozóica.
 Lagos alcalinos dos desertos – ocorrem em áreas ígneas de drenagem em climas
áridos.
 Lagos vulcânicos – lagos ácidos ou alcalinos associados a regiões vulcânicas activas.
 Lagos meromicticos – são lagos parcialmente misturados, quimicamente
estratificados.
 Lagos polares – são lagos em que as temperaturas mantem-se abaixo de 4º C, ou
ultrapassam este nível apenas durante um breve período estival em que não há gelo e
se pode verificar circulação.

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 Albufeiras – são lagos artificiais caracterizados pelo nível variável de água e pela
forte turvação.

E no âmbito da deposição lacustre, distingue dois grupos principais de depósitos lacustres:


lagos clásticos e lagos químicos.

 Lagos clásticos: a sequência vertical típica de depósitos lacustres clásticos constitui-


se de empilhamento de sedimentos fornecidos por um ou mais rios que desaguam no
lago. Esse modelo é encontrado em regiões montanhosas com alta precipitação
pluviométrica e erosão acelerada, onde as areias fluviodeltaicas marginais progridam,
recobrindo os sedimentos finos depositados a partir da carga em suspensão. As
camadas intermediárias dessa sedimentação caracterizam-se pela sua natureza fluvial
e as basais, por uma constituição de sedimentos tipicamente lacustre.
 Lagos químicos: em geral, eles são compostos por lamito vermelho-acastanhado,
contendo quantidades variáveis de argila, silte e carbonatos disseminados. Ocorrem
em regiões desérticas e são efémeros. Os lagos químicos ocupam áreas
hidrograficamente mais baixas de bacias de drenagem e são circundados por um
conjunto de subambientes deposicionais, que dependem principalmente das
características do influxo.

1.6.3. Estrutura de um ecossistema lacustre

Fig. 1. Ecossistema lacustre: principais compartimentos e respectivas comunidades

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Fonte: Esteves & Caliman (2011).

1.7. Principais ecossistemas lacustres de água doce no mundo

Lago Área Profundida Volume Países Tip


total de o de
máxima águ
a
Lago 82.414 k 405 m 12.100 k E.U.A, Canadá Doc
Superior m² m³ e
Lago 68.870 k 81 / 85 m 2.750 km Tanzânia, Quénia, Uganda Doc
Vitória m² ³ e
Lago 59.596 k 3.540 km E.U.A., Canadá Doc
229 m
Huron m² ³ e
Lago 58.016 k 281 m 4.918 km E.U.A. Doc
Michiga m² ³ e
n
Lago 32.893 k 1.470 m 18.900 k R.D.Congo, Tanzânia, Zâmbia, Bu Doc
Tangani m² m³ rundi e
ca
Lago 31.492 k 23.600 k Rússia Doc
1.637 m
Baikal m² m³ e
Grande 31.080 k 88 m 2.236 km Canadá Doc

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Lago do m² ³ e
Urso
Grande 614 m 2.090 km Canadá Doc
28.438 k
Lago do ³ e

Escravo
Lago 25.745 k 64 m 489 km³ E.U.A., Canadá Doc
Erie m² e
Lago 18 m Canadá Doc
24.341 k
Winnipe 283 km³ e

g
Lago 23.310 k 706 m 8.400 km Doc
Malawi, Tanzânia, Moçambique
Malawi m² ³ e
Lago 19.259 k 244 m 1.639 km E.U.A., Canadá Doc
Ontário m² ³ e
Lago 18.428 k 26 m 106 km³ Cazaquistão Doc
Balkhas m² e
h
Lago 17.703 k 255 m 908 km³ Rússia Doc
Ladoga m² e
Lago 9.891 km 120 m 280 km³ Rússia Doc
Onega ² e
Lago 8.135 km 281 m 893 km³ Bolívia, Peru Doc
Titicaca ² e
Fonte: Wikipedia.org.

1.7.1. Características dos principais ecossistemas lacustres ou de água doce do mundo


Lago Baikal

O lago Baikal é um antigo e extenso lago na região montanhosa russa da Sibéria, a norte da
fronteira com a Mongólia. Considerado o lago mais profundo do mundo, está rodeado por
uma rede de trilhos de caminhada denominados Great Baikal Trail. A vila de Listvyanka, na
costa ocidental, é um ponto de partida popular para excursões de verão de observação de vida
selvagem, bem como para patinar no gelo e passear em trenós puxados por cães.

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O Lago Baikal é o lago de água doce mais profundo do planeta, e é lá também que se
encontra o famoso gelo de cor turquesa, que se assemelha a cacos de vidro. O gelo dessa cor
é formado por vários factores, entre eles a geada e o sol presentes no mês de março, que
causam rachaduras na crosta de gelo.

A superfície do lago é de 31 500 km². É tão volumoso que se todos os rios na terra
depositassem as suas águas no seu interior, levaria pelo menos um ano para encher. Alguns
sítios ultrapassam os 1 600 m de profundidade (dados mais recentes indicam 1 680 m), sendo
responsável por 22% a 23% da água doce de degelo do planeta. O seu volume é superior ao
de todos os grandes lagos da América do Norte combinados1.

Desaguam nele cerca de 300 rios. É um habitat rico em biodiversidade, com cerca de
1085 espécies de plantas e 1 550 espécies e variedades de animais, sendo conhecido como as
"Galápagos" da Rússia. Mais de 60% dos animais são endémicos: por exemplo, das 52
espécies de peixes, 27 são endémicas2.

Lago Tanganica
Lago da África Oriental, é o segundo mais extenso do continente africano, com uma área de
32 900 km2, encontrando-se repartido pelo Burundi, Tanzânia, República Democrática do
Congo e Zâmbia. Situado numa depressão do vale do rifte ocidental, a 773 metros de altitude,
possui um comprimento de 650 quilómetros e uma largura máxima de 80 quilómetros.

Com uma profundidade máxima de 1480 metros, é o segundo lago de água doce mais
profundo do mundo, depois do lago Baical, na Rússia (Federação Russa).

Os seus principais tributários são o Malagarasi, o Ruzizi e o Kalambo, em cujo curso inferior
se encontra uma das cataratas mais altas do mundo, as cataratas de Kalambo, com uma queda
de 215 metros. O seu principal emissário é o Lukuga, afluente, por sua vez, do Lualaba.

O lago é navegável, tem belas praias e é rico em peixe e vida selvagem, especialmente
hipopótamos e crocodilos.

Os principais portos são Bujumbura (Burundi), Kalemic (República Democrática do Congo)


e Kigoma (Tanzânia).

Os primeiros europeus que chegaram ao lago foram os exploradores britânicos Richard


Burton e John Hanning Speke, em 1858. Em 1871, Ujiji, na margem oriental, foi o ponto de
1

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encontro entre David Livingstone e Henry Morton Stantey, que demonstraram que o lago
Tanganica não era uma nascente do Nilo.

Lago superior
O maior dos cinco grandes lagos da América do Norte também é o maior em extensão
territorial do mundo e o terceiro em volume.

O lago Superior fica entre Ontário, no Canadá, e os Estados de Michigan, Minnesota e


Wisconcin, nos Estados Unidos. Seu comprimento é de 563 km.

Lago Vitória
O Lago Victoria, fica na parte ocidental do Grande Vale do Rift, na África Ocidental, e é o
maior lago do continente, com 68.870 km² de extensão.

O lago, que é cortado pela linha do Equador, é limitado pelo Quénia, Uganda e Tanzânia. Ele
também é uma das nascentes do rio Nilo, conhecida como Nilo Branco.

Com profundidade máxima de 83 metros e média de 40, o Lago Vitória está a 1133 metros de
altitude e tem 320 km de comprimento e 275 km de largura. Suas bordas recortadas formam
penínsulas, baías, cabos e mais de 3 mil ilhas, a maioria desabitadas.

Lago Huron

Esse lago é o segundo dos cinco grandes lagos da América do Norte, mas fica entre o Estado
de Michigan, nos Estados Unidos, e o Canadá.

O lago Huron ainda guarda uma experiência incrível para quem o visita, por ter sido usado
como rota de escunas e pequenas embarcações no século 17 ele abriga inúmeros barcos
naufragados em suas águas.

Lago Michigan

O Michigan é o maior lago de água doce dos EUA, sua profundidade máxima é de 281
metros e fica a 580 metros acima do nível do mar, formando junto com o lago Huron uma
única massa de água.

Em suas margens, o lago ainda abriga parques naturais como o Sleeping Bear Dunes
Natiomal Lakeshore, o Indiana Dunes National Lakeshore e as reservas de Hiawatha National
Forest e Manistee National Forest.

Grande Lago do Urso

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O maior lago do Canadá é formado por 26 ilhas e tem 31.153 quilómetros quadrados de
extensão, com uma profundidade máxima de 446 quilómetros.

As águas do lago do Urso são extremamente frias e o gelo que cobre toda a sua extensão
durante oito dos 12 meses do ano forma uma estrada que facilita o deslocamento para as
ilhas.

O Urso desagua no lado sudoeste do rio Great Bear (Grande Urso), que é um afluente do rio
Mackenzie.

Lago Niassa/Malawi

Esse gigante de alguns milhões de anos fica no Vale do Rift, entre Malawi, Tanzânia e
Moçambique, e tem 560 km de comprimento, 80 km de largura e uma profundidade máxima
de 700 metros.

Além de ser o terceiro maior lago do continente africano, ele ainda é o único lago do mundo
com uma província biogeográfica própria, com mais de 400 espécies de peixes de água doce.

Por estar em uma área de clima tropical, o lago ainda apresenta outra característica curiosa
com sua superfície mais quente do que sua camada mais profunda, já que sofre estratificação.

O Niassa ainda é protegido pela Convenção de Ramsar e sua parte sul, no Parque nacional do
lago Malawi, ainda é Património da Humanidade da Unesco.

Grande Lago do Escravo


Considerado o segundo maior lago do Canadá, suas principais entradas são pelos rios Hay e
Slave. Sua superfície está em 27, 2 m² com um comprimento de 480 km por 109 km de
largura e profundidade máxima de 614 metros, e média fica de 41 metros.

O lago também está perto de Yellowknife, a capital dos Territórios do Noroeste, um dos três
territórios do Canadá; de Fort Providence, uma aldeia ao sul dos Territórios do Noroeste; e ao
sul da cidade de Hay River.

Conclusão
Os estudos sobre os ecossistemas só foram possíveis com o desenvolvimento da ecologia
com grande destaque para o ecólogo Tansley que em 1935 propôs pela primeira vez o termo.
Nos estudos feitos antigamente sobre os organismos vivos que ocupam uma determinada

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área, também descritos como comunidades, como interagem continuamente entre si e com o
ambiente físico (factores abióticos). Essa composição formada por biodiversidade,
interacções tróficas e ciclos de matéria e energia com o meio compõe um sistema ecológico,
ou ecossistema. A estrutura e o funcionamento dos ecossistemas são determinados por
factores abióticos e bióticos que estabelecem uma relação de interdependência.

Conclui-se que os ecossistemas lacustres fazem parte dos ecossistemas lênticos onde fazem
parte os lagos, as lagoas, os reservatórios de água, entre outros.

Bibliografia

Cassini, S. Túlio. (2005). Ecologia: conceitos fundamentais. S/ed. Vitória. Espírito Santo.

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Dextro, R. Barty. (2019). Ecossistemas lênticos. Disponível em
https://www.infoescola.com/biomas/ecossistemas-lenticos/ acesso: 08 de Maio de 2023.

Esteves, Francisco de Assis; Caliman, Adriano. (2011). Águas continentais: Características


do meio, compartimentos e suas comunidades. Disponível em:
https://www.researchgate.net/publication/236619957. Acesso: 10 de Maio de 2023.

Odum, Eugene. (1973). Fundamentos da ecologia. 6ª edição. Lisboa: Fundação Calouste


Gulbenkian.

Porto Editora – Lago Tanganica na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. Disponível
em https://www.infopedia.pt/$lago-tanganica. Acesso: 08 de Maio de 2023.
Prado, R. Oliveira. (2017). Ecossistemas de água doce. Disponível em:
https://www.coladaweb.com/biologia/ecologia/ecossistemas-de-agua-doce. Acesso: 09 de
Maio de 2023.

Principais ecossistemas lacustres de água doce no mundo. disponível em:


https://pt.wikipedia.org/wiki/Lago.

Ramos, Maria; Azevedo, Márcia. (2010). Ecossistemas Brasileiros: definição de


ecossistemas. S/ed. Campina Grande. Natal.

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