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3.

As culturas nacionais como comunidades imaginadas (Aguehunde Marc Aurel


Mindessé)
 O tema principal é: a identidade cultural.
 Em primeiro lugar, a primeira pergunta que o autor responda é: o que está
acontecendo á identidade cultural na modernidade tardia?
 Para responder a estas perguntas, o autor avança o primeiro argumento: no
mundo moderno, as culturas nacionais em que nascemos se constituem em uma
das principais fontes de identidade cultural.
 Partindo do primeiro argumento, HALL, Stuart escreve as seguintes palavras: ao
nos definirmos, algumas vezes dizemos que somos ingleses ou galeses ou
indianos ou jamaicanos (p. 47).
 Segundo o Sociólogo, a apresentação da nossa identidade cultural contém uma
marca metafórica. Isto é no sentido figurativo do termo identidade cultural.
 Para nos ajudar a entender o fundamento da identidade cultural, o autor propõe
duas maneiras de abordagem. Segundo o filosofo Conservador Roger Scruton:
falar da identidade cultural é permitir ao individuo de se identificar a si mesmo
como um membro de uma sociedade, grupo, classe, estado ou nação. Segundo o
liberal Ernest Gellner: o sujeito moderno experimentaria um profundo
sentimento de perda subjetiva sem um sentimento de identificação nacional.
 Olhando para os dois filósofos, HALL, Stuart considera que as identidades
culturais nascem no interior da representação. Por isso, para ele: a nação não é
apenas uma entidade política, mas algo que produz sentidos, um sistema de
representação cultural. Ainda mais: uma nação é uma comunidade simbólica e é
isso que explica seu poder para gerar um sentimento de identidade e lealdade
(Schwarz, 1986, p. 106).
 Depois, o autor mostra a identificação cultural numa era pré-moderna e pós-
moderna. Escreve o seguinte: a lealdade e a identificação que, numa era pré-
moderna ou em sociedades mais tradicionais, eram dadas á tribos, ao povo, á
religião e á região, foram transferidas gradualmente, nas sociedades ocidentais, á
cultura nacional.
 Ele mostrou a importância duma cultura nacional. Para HALL Stuart, a
formação de uma cultura nacional faz a população crer que todos tem uma
origem comum e fazem parte de uma comunidade mediante padrões de
alfabetização universais, uma única língua vernacular. Por fim, a cultura
nacional se torna uma característica-chave da industrialização (p.50)
 Em segundo lugar, o autor responda as duas perguntas: como uma cultura
nacional funciona como um sistema de representação? As identidades nacionais
são realmente tão unificadas e tão homogêneas como representam ser?
 O seu primeiro ponto de vista no que diz respeito a primeira pergunta é: as
culturas nacionais são compostas não apenas de instituições, mas também de
símbolos e representações.
 Uma cultura nacional é um discurso, produz sentidos sobre a nação, sentidos
com os quais podemos nos identificar, constroem identidades através das

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histórias que são contadas sobre a nação, memoriam que conectam seu presente
com seu passado e imagens que dela são construídas (p. 51).
 Como é contada a narrativa da cultura nacional? Cincos elementos principais
relatados por HALL Stuart.
1. A narrativa da nação (histórias, literaturas nacionais, mídis, cultura popular,
imagens, panorama, cenários, eventos históricos, símbolos e rituais
nacionais, as perdas, os triunfos, os desastres que dão sentido a nação).
2. A continuidade das origens, tradição e intemporalidade (presença da
identidade cultural na verdadeira natureza das coisas. O exemplo da Grã-
Bretanha) p.54.
3. Invenção da tradição (conjunto de práticas, de natureza ritual ou simbólica
com um passado histórico adequado).
4. Mito fundacional (uma história que localiza a origem da nação, do povo e de
seu caráter nacional num passado tão distante que eles se perdem nas brumas
do tempo real, mas de um tempo mítico). Aqui o autor deu alguns exemplos
da Blitz ou a evacuação durante a II grande guerra; desastres em triunfos de
Dunquerque; o rastafarianismo para os pobres despossuídos de Kingston,
Jamaica.
5. E por fim: a ideia de um povo puro, original (nas realidades do
desenvolvimento nacional, é raramente esse povo primordial que persiste ou
que exercita o poder).
 Segundo HALL Stuart: o discurso da cultura nacional não é, assim, tão moderno
como apresenta ser. Porque são ambíguos, entre o passado e o futuro; retornar a
glorias passadas e o impulso por avançar ainda mais em direção á modernidade;
elemento regressivo e anacrônico para mobilizar as pessoas, expulsem os outros.
Exemplo da antiga união soviética (histórias duvidosas, origens místicas,
ortodoxia religiosa e pureza racial). Tudo isso para competir com outras nações,
para reinvenção das diferenças.
4. Desconstruindo a “cultura nacional” identidade e diferença (José Nilson maria).

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