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Brasil

Shopee — Foto: Bloomberg

Fui taxado na Shopee. O


que fazer?
Novas regras isentam de cobrança de imposto
de importação compras de até US$ 50

Por Valor — São Paulo


13/04/2023 06h00 · Atualizado há um mês

Propostas do governo federal para combater


a sonegação no comércio eletrônico geraram
apreensão entre os brasileiros sobre a
possibilidade de pagarem impostos sobre
produtos comprados em marketplaces
estrangeiros, como a Shopee.

Repetir
vídeo

LEIA MAIS:

· Governo vai acabar com isenção de


imposto de remessas internacionais
abaixo de US$ 50

· Governo Lula vai taxar Shein e Shopee?


Entenda

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sobre compras da Shein, Shopee e
AliExpress

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não está no 4º lote
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ter caído na malha

A preocupação surgiu após um anúncio da


Receita Federal de que acabaria com a
isenção da cobrança de imposto sobre
remessas internacionais de até US$ 50, uma
regra que beneficiava exclusivamente
transações entre pessoas físicas, sem fins
comerciais, o que não é o caso do comércio
eletrônico.

No entanto, após a repercussão negativa da


medida, o governo recuou e decidiu, em
portaria publicada pelo Ministério da
Fazenda, isentar de imposto de importação
compras de até US$ 50, ou equivalente em
outra moeda, desde que a empresa de
comércio eletrônico faça parte do Programa
de Remessa Conforme, da Receita Federal.

A alíquota só será zerada para empresas que


atendam os requisitos do programa de
conformidade e que também se
comprometam a recolher tributos estaduais
que incidem sobre as importações.

As novas regras passam a valer a partir de 1º de


agosto. A expectativa é que grandes empresas
de comércio eletrônico, como a Shopee,
aceitem fazer parte do programa de
conformidade para se beneficiar da isenção de
imposto.

O que fazer se for taxado?


Com a publicação da portaria do Ministério da
Fazenda, compras no exterior de até US$ 50
serão isentas da cobrança de imposto de
importação. Antes da mudança, todas as
compras no exterior deveriam ser taxadas,
com o tributo variando de acordo com o valor
da mercadoria.

Até que as novas regras entrem em vigor em


agosto, é possível descobrir se o imposto foi
cobrado pelos canais da própria empresa ou
pelo sistema de rastreamento do site dos
Correios. Caso haja cobrança de taxas, o
pedido receberá o status de “aguardando
pagamento”.

Para ter detalhes sobre os valores cobrados e


as formas de pagamento, é preciso acessar o
site dos Correios. As informações ficam na
seção “Minhas Importações”, disponível no
menu principal na página inicial da estatal.

Ao entrar na opção, o site apresentará uma


lista com os pedidos. Compras que podem ter
sido taxadas serão indicadas com uma
“bolinha” de cor laranja, que traz a seguinte
mensagem: “indica que é preciso realizar ação
para que o objeto seja encaminhado ao seu
destino”. Um botão ao lado do número do
pedido mostra o valor da cobrança e direciona
o usuário para página de pagamento do
imposto.

Se a mensagem mostrada for de “fiscalização


aduaneira finalizada”, isso significa que o
pacote em questão não foi taxado e seguirá
para a entrega normalmente.

O pagamento do imposto e dos serviços


podem ser feitos por boleto bancário ou pelo
aplicativo dos Correios, que está disponível
para Android e iOS. A estatal mantém os
objetos internacionais armazenados por até 30
dias.

Quanto é o imposto de
importação?
As novas regras isentam da cobrança de
imposto de importação compras com valor de
até US$ 50 feitas de empresas que aceitem
participar do Programa Remessa Conforme e
recolham o Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços (ICMS), cobrado pelos
Estados.

No começo de junho, o Comitê Nacional de


Secretários de Fazenda dos Estados e do
Distrito Federal (Comsefaz) decidiu unificar em
17% a alíquota de ICMS cobrada sobre as
compras feitas em varejistas internacionais.

Segundo o Ministério da Fazenda, as empresas


que aderirem ao Programa Remessa Conforme
terão que informar aos consumidores o valor
total da mercadoria comprada no interior, com
a inclusão dos eventuais tributos federais e
estaduais.

Para compras acima de US$ 50 até US$ 3 mil, o


governo manteve a cobrança de um imposto
simplificado, com uma alíquota única de 60%
sobre o valor total da compra (a soma do valor
do próprio produto, do frete e do eventual
seguro). Há também a incidência do ICMS.

Como recorrer dos valores


cobrados?
É possível também recorrer do imposto
cobrado pelos Correios. Nestes casos, é preciso
preencher um formulário com a reclamação
dentro do prazo de pagamento do tributo – 30
dias em caso de encomendas transportadas
pela estatal e de 20 dias para empresas
privadas.

Nos Correios, essa revisão pode ser solicitada


na seção “Minhas Informações”, onde é
possível enviar documentos para embasar a
requisição.

A decisão da Receita Federal sobre a


reclamação, analisada em uma única instância,
é comunicada por meio dos Correios ou da
transportadora privada.

Como recusar pagar a taxa de


importação?
Caso não queira pagar o imposto, é possível
recusar a encomenda. Para isso, o consumidor
deve seguir o seguinte procedimento:

· Acesse a área “Minhas Informações” no site


dos Correios

· Clique no ícone com três tracinhos

· Escolha a opção “Recusar objeto”

O comprador não fica com débitos com a


Receita Federal. O produto, porém, poderá ser
devolvido ao país de origem ou ser declarado
como perdido por abandono. Nestes casos, a
mercadoria passa a ser da União, que pode,
por exemplo, leiloá-la.

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