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Licenciatura em Química
Pilar Hygino
Fevereiro de 2022
Solubilidade de precipitados e equilíbrio de solubilidade
● O que é solubilidade?
É o tipo de força que ocorre entre moléculas apolares, ou seja, moléculas que não
apresentam polos (positivo e negativo), pois os elétrons estão distribuídos de forma
uniforme em sua eletrosfera, como na imagem abaixo:
Assim, as moléculas que eram apolares passam a ter um dipolo que foi induzido.
Alguns exemplos de substâncias cujas moléculas interagem por esse tipo de força
são: gás carbônico (CO2), gás metano (CH4), gás etano (C2H6) e gás hidrogênio (H2).
É um tipo de força intermolecular que ocorre entre moléculas polares (com exceção
daquelas que apresentam o elemento hidrogênio ligado diretamente a flúor, oxigênio ou
nitrogênio). Alguns exemplos de substâncias cujas moléculas interagem por dipolo-dipolo
são o ácido clorídrico (HCl), dióxido de enxofre (SO2), ácido bromídrico (HBr) e ácido
cianídrico (HCN).
Alguns exemplos de moléculas que interagem por ligações de hidrogênio são: ácido
fluorídrico (HF), amônia (NH3) e água (H2O).
À medida que sobe a seta, as forças são mais fortes umas às outras. Logo, quanto
mais forte for a interação do soluto com o solvente utilizado maior é a solubilidade.
Para que possamos dizer que existe uma solução, esse meu soluto precisa estar ali
dissolvido, solúvel, no meu solvente. A formação de uma solução envolve a quebra de
interação entre as moléculas ou íons individuais no sólido que está sendo dissolvido.
Isso também requer interromper algumas das forças intermoleculares entre moléculas
vizinhas de solvente, e abrir espaço para a dissolução química.
Então, essas novas forças intermoleculares entre o soluto dissolvido e solvente são
formadas, e quanto mais fortes forem essas forças mais favorecidos esse processo de
solubilidade.
● Água
Quando estiver lidando com solutos com características apolares, vou poder
observar o fato de ter uma grande dificuldade de dissolver em água. Visto que ela possui o
momento dipolar, e se meu soluto não tiver esse momento, a formação da ligação
intermolecular desse soluto apolar com água é mais fraca, ou seja, ocorre uma menor
dissolução. Como por exemplo o octano, tem uma característica apolar ( não tem momento
dipolo e não forma ligações de hidrogênio).
Observando a fórmula:
Resumo:
● Solvatação
Ela encapsula os íons, como por exemplo, eu tenho o cloreto de sódio quando
jogado em água dissociando-se das moléculas englobam os dois íons. E, uma vez que a
molécula de água solvato esses dois íons, o que ocorre com as cargas positivas do sódio e
negativa do cloreto é criar uma certa barreira entre a água.
Esse gasto que deve ser imposto para quebrar a ligação do soluto-soluto, antes de
dissolver, e formar nova solvatação a partir da água com os novos íons, novas ligações
intermoleculares ali, requer certas energias como: para quebrar a ligação que inicialmente
era soluto-soluto e uma liberação de energia para formar as novas ligações.
Resumo:
A energia livre de Gibbs (delta Gº), é uma grandeza termodinâmica definida como a
diferença entre a variação de entalpia (delta Hº) e a temperatura (T) vezes a variação de
entropia (delta Sº) em uma reação. De acordo com a equação abaixo:
Devidos aos momentos entálpicos, pode ocorrer de não ter uma alta solubilidade.
O precipitado vem de algo que não foi solubilizado, ou seja, por mais que o processo
seja feito de forma espontânea para parte do soluto no caso do sulfato de bário, não tem
uma solubilidade total em água, ao contrário do cloreto de sódio.
Isso significa que se adicionarmos o suficiente desse sal à água, acabaremos
atingiremos um ponto que parte do sulfato de bário se dissolverá e no restante manterá um
sólido em contato com a solução.
Saturada com corpo de fundo- Uma solução em que coloca-se uma maior
quantidade de soluto que a solução consiga dissolver, ou seja, vai dissolver somente os 36g
e os 4g que sobraram vai ficar na forma de corpo de fundo. O cloreto de sódio é totalmente
solúvel, só deixa de ser solúvel quando excede a quantidade que consigo dissolver,
ultrapassando a saturação dele.
Resumo:
Se esse material não estiver dissolvido, for sólido, ele será chamado de precipitado.
Imagina-se que tenho a solução só tinha água, joguei uma quantidade muito
pequena de sulfato de bário, vai ficar solúvel devido a muita água, se for colocado até um
ponto em que toda concentração de bário presente e a de sulfato vai chegar um momento
que não irá suportar ficar solúvel em solução. Esses íons vão começar a formar o
precipitado.
No caso em que tenho uma substância pouco solúvel em meu solvente, devemos
utilizar a constante do produto de solubilidade para realizar qualquer cálculo.
Vimos que em ácido/ base forte não utilizam a constante de equilíbrio, pois
dissociam-se completamente em água, no caso do sal funciona da mesma forma.
Ex: Cloreto de sódio não precisa usar a constante de equilíbrio Kps, pois dissocia-se
completamente em água. Não forma equilíbrio químico entre a parte sólida e ele dissolvido
em solução. Por isso que não preciso usar Kps para cloreto de sódio e sais solúveis em
água.
Agora em ácido/ base fraca precisa-se utilizar a constante de equilíbrio, porque eles
são fracos e não se ionizam completamente. Por isso utiliza-se a constante de equilíbrio,
saber quanto foi e quanto não foi ionizado. Mesma coisa é aplicada para os sais.
Sais que são poucos solúveis em água também tem que utilizar a constante de
equilíbrio Kps. Está tudo interligado.
A solubilidade do cromato de prata é a mesma coisa que a concentração de
cromato, porque um mol dele forma um mol de cromato.