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MÓDULO 18 - Sociologia
O cineasta alemão Wemer Herzog trata justamente deste tema em seu filme “O
enigma de Kaspar Hauser”, de 1976. Ele mostra como um homem criado longe
de outros seres de sua espécie é incapaz de se humanizar, desenvolvendo
apenas características instintivas e animais.
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essencialmente humana só se tornou possível porque o homem tem a
capacidade de criar sistemas de símbolos, como a linguagem, através dos
quais dá significado às suas experiências vividas e as transmite a seus
semelhantes.
O homem, por sua vez, deve transmitir por uma série ordenada de símbolos
suas experiências e interpretações da realidade. Por isso, dizemos que o Homo
Sapiens é a única espécie que pensa, que é capaz de transformar a sua
experiência vivida em um discurso com significado e transmiti-la aos demais
seres de sua espécie e a seus descendentes. É o único capaz de imaginar
ações e reações sob forma simbólica, isto é, mesmo na ausência de estímulos
concretos que provoquem medo, alegria, fome ou rancor, ele pode reviver
essas situações que o estimulam. Além disso, é o único a diferenciar as
experiências no tempo e, em conseqüência, a projetar ações futuras.
Essa reelaboração sob forma simbólica da experiência fez com que os homens
recriassem o mundo segundo suas necessidades e pontos de vista,
transformando-o em conhecimento ou em abstração. A partir dessa conquista,
do desenvolvimento dessa capacidade genuinamente humana e representar e
transformar o ambiente natural, cada grupo, compartilhando experiências
comuns adaptadas ao seu modo próprio de vida, criou formas próprias de
cultura. É por isso que encontramos formas de existência, crenças e
pensamentos tão diversos. Porque elas não são conseqüências de uma
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estrutura genética da espécie, mas da criação de formas de ação e reação
decorrentes da experiência particular vivenciada por um grupo de homens.
Uma vez que cada cultura tem suas próprias raízes, seus próprios significados
e características, todas elas são qualitativamente comparáveis. Todas são
igualmente, enquanto culturas, simbólicas, fruto da capacidade criadora do
homem e adaptadas a uma vida comum em determinado espaço e tempo
nesse continuo recriar, compartilhar e transmitir a experiência vivida e
aprendida.
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sociedades não desenvolveram o alfabeto e a linguagem gráfica, é porque o
modo de vida de tais indivíduos não lhes despertou tal necessidade, não
porque sua capacidade mental fosse "inferior". A capacidade simbólica e os
padrões de todas as culturas humanas são igualmente abstratos, significativos
e dão respostas úteis aos problemas de compreensão do mundo.
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pura e simples de pensar sobre os fatos. Isso não significa que a geometria ou
a medicina grega fosse mais desenvolvida do que a egípcia, mas que, a partir
de então, o homem desvinculara sua curiosidade pelo mundo das
preocupações meramente práticas e passara a tratá-la como uma "atividade do
espírito", importante em si mesma e, para muitos, a mais elevada dentre todas.
Assim, surgiu uma maneira nova de pensar o "porquê" e o "para quê" das
coisas. Surgiu um saber mais desligado das atividades religiosas ao qual se
dedicavam homens não necessariamente responsáveis pelos cultos religiosos.
Surgiram os sábios, homens cuja atividade era descobrir os segredos do
mundo e do universo.
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medição e a fazer formulações sobre a sociedade que pudessem ser
comprovadas empiricamente - isto é, através de observação e experimentação
-, de modo a tornar a ação social humana explicável em termos de
regularidades e previsões.
AULA 04 - A Sociologia
Esse simples raciocínio, utilizado não só nas pesquisas de caráter político mas
em quaisquer outras que pretendem verificar a adesão das pessoas a certas
idéias, ou a freqüência a espetáculos, ou o número de espectadores de um
programa de televisão, decorre da aceitação generalizada dos conhecimentos
básicos da Sociologia.
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Esses conhecimentos sociológicos básicos se referem a vários aspectos. O
primeiro afirma que, se tomarmos uma amostra da população, isto é, se em vez
de questionar todos os milhões de habitantes da cidade de São Paulo,
selecionarmos parte dessa população de acordo com suas diferentes
características - por exemplo: pobres/ricos; brasileiros/estrangeiros;
homens/mulheres; jovens/velhos, e assim por diante -, obteremos respostas
que representarão os diversos grupos componentes da população da cidade.
Claro está que a amostra, para ser representativa, terá que reproduzir a
mesma proporção entre os diferentes grupos que compõem a população.
Pensemos no que acontece quando, seguindo a mesma receita básica,
queremos fazer mais de um bolo. Se, para um bolo, eu preciso de 3 xícaras de
farinha, 2 ovos, uma xícara de açúcar e um copo de leite, para 100 bolos, eu
precisarei de 300 xícaras de farinha, 200 ovos, 100 xícaras de açúcar e 100
copos de leite. Não é possível mudar a proporção segundo a qual os
ingredientes se combinam na receita. O mesmo acontece nas pesquisas: se a
população é composta de um número de brasileiros 100 vezes maior do que o
de estrangeiros, minha amostra, para ser representativa, deve ter um número
de brasileiros 100 vezes superior ao de estrangeiros.
Quando lemos, numa noticia ou artigo, que Maria, 35 anos, casada, dona-de-
casa, brasileira, afirma que votará em determinado candidato, não estamos
tomando conhecimento apenas da opinião de uma pessoa isolada, mas de
uma das opiniões do grupo de pessoas das quais Maria é o protótipo: o das
mulheres de idade mediana, donas-de-casa, casadas e brasileiras.
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Portanto, os conhecimentos de sociologia hoje já não estão restritos ao uso dos
cientistas sociais. Eles já fazem parte de um modo de perceber e interpretar os
acontecimentos formados pela disseminação dos procedimentos e técnicas de
pesquisa social.
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uma ou outra moradia. Pode ser o lugar, o aspecto, o preço ou, na maioria dos
casos, a soma de tudo isso.
Mas a Sociologia é uma ciência ainda em constituição, que reúne cerca de cem
anos de discussões teóricas e de testes de pesquisas, elaborando propostas
divergentes e ao mesmo tempo complementares.
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Assim sendo, a Sociologia é, antes de mais nada, um método de conhecimento
e explicação de determinados aspectos da vida humana. Em relação a esse
método, bem como em relação aos objetivos desse conhecimento, diferenciam-
se as correntes sociológicas.
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1. como um conhecimento capaz de, por si só, alterar a visão da realidade.
Nesse sentido o próprio ato de conhecimento já se caracteriza como ação.
Diante dessa controvérsia, Octavio Ianni identifica duas tendências nos estudos
sociológicos: a Sociologia técnica e a Sociologia critica.
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objetivo é saber a que estímulos reage um determinado tipo de consumidor.
Recentemente, a indústria alimentícia, através de pesquisas sociológicas, se
deu conta de que a mulher, tida como a consumidora-padrão, dirigia suas
compras não por suas próprias predileções, mas pelo gosto da família, em
especial o dos filhos. Dai em diante, as campanhas publicitárias se voltaram
para esse dado, chamando a atenção das crianças para os produtos
alimentícios, a fim de, através delas, atingir a compradora-padrão. Temos ai um
exemplo de estudo sociológico técnico, pois se limita ao uso pragmático dos
métodos de investigação.
AULA 09 - A Pobreza
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Não é apenas pela quantidade bruta de bens produzidos ou de energias
consumidas por uma população que podemos caracterizar uma sociedade
como pobre ou rica. Só existe a pobreza em relação à riqueza, isto é, só existe
carência de alimentos, moradia, saúde, quando parte da população tem pouco
ou nenhum acesso aos bens que a sociedade efetivamente produz ou pode
produzir.
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É essa flagrante contradição que faz da pobreza uma questão contemporânea
e, nesse sentido, nova na história humana: uma crescente pobreza em meio a
uma incalculável acumulação de bens. Em meio a sociedades de fartura e
opulência, às quais são convidados todos os possíveis consumidores, a
pobreza da maioria se toma uma contradição gritante, concreta e intolerável.
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Alfred Marshall, em 1927, também se preocupou com a degradação em que
vivia parte da humanidade, degradação manifestada pelo trabalho demasiado,
falta de instrução e saúde e baixa expectativa de vida.
Para tais ideólogos, nem o Estado nem o sistema são culpados pelo padrão de
vida de grande parte da população, mas a desigualdade natural entre as
capacidades humanas.
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e. A Pobreza Crescente e Incômoda: Tratada como resultado da
incompetência do Estado ou da incapacidade individual, a pobreza não deixou,
entretanto, de aumentar e de se tornar mais evidente, principalmente nas
grandes concentrações urbanas e de maneira significativa nos países do
Terceiro Mundo.
Alguns teóricos definem essa população pobre pela pouca produtividade que
proporcionam, a pouca renda com que sobrevivem, a ausência de bens e de
reservas quer sob a forma de dinheiro quer sob a forma de provisões.
Abastecem-se parcamente e a pequenos intervalos, o que faz sua subsistência
mais custosa.
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f. Urbanização e Criminalidade: O desconcertante fenômeno do aumento da
pobreza crônica tem sido explicado como efeito de atração dos centros
urbanos sobre um setor agrário também empobrecido. As taxas indicam que
cerca de 35% da população pobre dos centros urbanos é composta de
migrantes.
Essa explicação é inquietante não por mostrar que o setor agrário tende a
expelir trabalhadores, pois essa parece ser uma característica do processo de
industrialização e de racionalização do trabalho agrícola com o uso de
máquinas e de mão-de-obra assalariada sazonal. Ela é inquietante porque
mostra que, ao decréscimo de utilização da mão-de-obra no setor agrário, não
corresponde proporcional aproveitamento dessa mesma mão-de-obra na
indústria. Logo, qualquer cidadão conclui que mais gente passa a depender
dos serviços municipais e de uma expansão de produção. Por outro lado, essa
expansão não pode resultar de um aumento da população composta de
pessoas sem qualquer rendimento ou possibilidade de fazer aumentar a
demanda de produtos.
O perfil social dos criminosos também ajuda a reforçar essa associação entre
pobreza e criminalidade: os autores dos crimes que são oficialmente
denunciados são pessoas geralmente analfabetas, trabalhadores braçais e
predominantemente de cor negra.
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chamou de "exército industrial de reserva", isto é, um contingente populacional
subempregado, mobilizável para o trabalho sempre que a luta por melhores
salários dentro das empresas chega a um ponto crítico.
AULA 10 - As Minorias
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As raças se misturam, as classes sociais se aproximam na medida em que
enfrentam problemas gerais como poluição, superpopulação, trânsito e
violência, e os meios de comunicação divulgam rapidamente as mesmas
noticias, formando certa unanimidade representada pela opinião pública.
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Cada uma dessas oposições tem sua própria história e suas próprias
explicações, mas o que se percebe, de forma geral, é uma intensificação na
organização política de grupos diferenciados, que lutam pelos seus próprios
objetivos, seus próprios direitos e sua própria liberdade.
Esses grupos têm o poder de criar uma identidade para os indivíduos que se
contrapõe à falsa homogeneidade que a sociedade como um todo lhes confere.
O movimento negro, o africanismo, o feminismo, os sem-terra, o movimento
indígena, o movimento homossexual, surgem como forma de luta por questões
que são rejeitadas pela sociedade e pelos partidos políticos.
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patológico, portanto, se a maioria garantia representatividade a um governo
expressando, por sua força política, o consenso, as teorias sociológicas
positivistas entendiam-na como garantia da normalidade social. As minorias e
os comportamentos "desviantes", considerados patológicos e anormais,
deveriam ser sanados, reconduzidos à normalidade.
Hoje, sabe-se que não é bem assim, que é importante analisar esses casos,
pois eles representam situações especiais e não simples "desvios". Qualquer
situação particular, por menos expressiva que seja em termos numéricos,
representa aspectos da vida social cuja importância só pode ser avaliada
depois de uma análise qualitativa adequada. Em sociologia, hoje, acredita-se
que "uma andorinha faz verão".
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dos meios de pressão que determina se certas demandas sociais são
majoritárias ou minoritárias.
AULA 11 - A Violência
Todos os animais lutam entre si. Os membros de uma mesma espécie atacam
uns aos outros na competição por dominância, alimento, fêmea ou territórios.
Todos os estudos de lutas e confronto entre animais mostram que eles têm um
caráter "ritual": encerrar uma disputa pela qual o macho mais maduro (nem
sempre o mais forte ou o mais ágil) conquista ou conserva a dominância sobre
o grupo e o território.
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espécie podem receber o nome de violência. Só o homem se arma
premeditada e perpetuamente contra seus semelhantes, o que equivale a dizer
que só o homem adota uma postura de permanente ataque e permanente
ameaça.
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Por isso, há uma mobilização política dirigida ao problema do desarmamento.
Entidades nacionais e mundiais procuram mobilizar a opinião pública apática e
temerosa para que se proponha o desarmamento uni ou bilateral. Os
defensores dessa atitude lembram que a humanidade está a beira do
holocausto e que, qualquer que seja o número de sobreviventes, poucas são
as chances de que a civilização sobreviva.
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império contra outro. E os movimentos terroristas se justificam porque os
Estados parecem estar em defesa de interesses estrangeiros, em detrimento
da nação.
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organizada, a exemplo da Ku Klux Klan, organização direitista e racista norte-
americana.
https://www.youtube.com/watch?v=C6oAjyYnXEw
https://www.youtube.com/watch?v=DMM7OJ_Kj9I
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