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Prótese Removível I – 22.1
Aula 5 – Movimentos
Mandibulares
Resumo aula anterior
• Plano oclusal une os bordos dos incisivos
superiores até a cúspide disto-vestibular do 2º
molar superior.
o O plano oclusal é importante para limitar
até aonde colocamos o dente;
o O plano oclusal nos orienta para fazer
uma reabilitação que respeite os
movimentos de protrusão, lateralidade,
etc, seja na prótese ou ortodontia.
• Curvas de compensação: Curvas do sorriso. Além
do plano oclusal, precisamos conhecer essas
curvas para garantir um sorriso curvo, que
promove a jovialidade.
o Spee: Curva na vista lateral, pá de hélice
do plano oclusal (curva ascendente);
o Wilson: Curva na vista frontal, curva
ascendente do sorriso. Fica menos
acentuada conforme a idade.
• Planos de referência: São derivados de pelo
menos 2 pontos craniométricos. Usados como
divisão anatômica para definir estruturas,
relacionando partes da face entre si. Dentes
precisam ser colocados de forma apropriada em
relação à face, os planos nos orientam a
harmonizar.
o Plano de Frankfurt: Plano horizontal que
passa através do orbital até o pório.
Plano paralelo ao solo.
o Plano de Camper: Plano que vai da
espinha nasal anterior (asa do nariz) até
o meio do tragus. Paralelo ao plano
oclusal.
Movimentos mandibulares
• Os movimentos são executados pelos músculos
mastigatórios e estão limitados pelos:
o Ligamentos das articulações
temporomandibulares: Limitam
movimento de abertura de boca.
o Contatos dentários: Limitam
movimento de fechar a boca.
• Os movimentos mandibulares se dividem em
dois grupos:
o Funcionais ou intrabordejantes;
o Limítrofes ou bordejantes.
Movimentos funcionais ou intrabordejantes
• São os movimentos que acontecem quando
falamos e mastigamos.
• Não são movimentos reproduzíveis, pois cada
indivíduo possui sua particularidade.
Limítrofes ou bordejantes
• São os movimentos máximos da mandíbula, além
dos quais nenhum movimento é possível.
• São movimentos reproduzíveis pois existe um
valor médio para cada um deles.
• A mandíbula pode mover-se cerca de:
o Abertura: 50-60mm;
o Lateralidade: 10 mm;
o Retrusão: 1mm;
o Protrusão: 9mm;
Movimentos
• Abertura x fechamento;
• Lateralidade: Esquerda e direta.
• Retrusão x protrusão
Abertura e fechamento
• Movimento de charneira ou Bisagra: Movimento
no espaço, caracterizado por dois pontos
divergentes que se movem ao redor de um eixo
terminal de rotação.
o
o
• Eixo terminal de rotação: Linha imaginária entre
os côndilos mandibulares, ao redor do qual a

mandíbula pode girar sem movimento de
translação.
o Dobradiça na região do côndilo:
movimento apenas de rotação.
• Movimentos de translação: Movimento no
espaço, caracterizado por movimento linear SEM
EIXO DE ROTAÇÃO. Esse movimento pode
seguir um percurso reto ou curvo, isso depende
da anatomia da cavidade glenoide.
o Cada indivíduo faz o movimento de
translação de acordo com sua anatomia.
Lateralidade
• Também chamada de excursão lateral.
o Lado de trabalho;
o Lado de balanceio;
• Guia Canina;
• Movimento de Bennet;
• Ângulo de Bennet;
Excursão lateral
• Movimento lateral da mandíbula a partir de uma
posição oclusal mediana.
o Quando a mandíbula é movida para uma
excursão lateral esquerda, o côndilo
esquerdo rotaciona em torno do próprio
eixo e direito translada em um
movimento PARA FRENTE, PARA BAIXO
E PARA DENTRO, na eminência articular.
• Lado de trabalho: Seguimento lateral da dentição
na direção da qual a mandíbula se move durante
a excursão lateral.
o Em uma excursão lateral esquerda, o
lado de trabalho é o esquerdo.
• Lado de balanceio: Lado oposto ao lado de
trabalho durante a excursão lateral.
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o Em uma excursão lateral esquerda, o
lado de balanceio é o direito.
Guia Canina
• Parte da guia anterior que ocorre durante a
excursão lateral da mandíbula.
o Apenas os caninos vão se tocar e todos
os outros dentes vão desocluir.
o Mecanismo de proteção mútua: Os
dentes anteriores protegem os
posteriores nos movimentos excursivos.
Os posteriores protegem os anteriores
nos movimentos ...
• A função em grupo (canino + 1º pré + 2º pré)
pode guiar o movimento de lateralidade também.
o Tem que ter o canino obrigatoriamente,
pode ter outros elementos dentários.
o Além disso, os dentes envolvidos tem
que estar em sequência com o canino.
• Em casos de indivíduos sem guia canina e sem
função em grupo, não haverá movimento que
guie a desoclusão.
o Movimentos excursivos vão causar
trauma nesses casos, os dentes vão
bater e lesionar o periodonto. Isso
ocorre pois o periodonto está preparado
para receber força vertical. Péssimo em
casos de implante.
• O canino é o primeiro dente que guia o
movimento de desoclusão e protege os outros
elementos, o que explica a raiz com dimensão
maior que as outras.
Movimento de Bennett
• Movimento lateral corporal para o lado de
trabalho, que ocorre durante a excursão lateral.
• Também conhecido como desvio de Bennett ou
desvio lateral da mandíbula.
o Movimento de Bennett para o lado
esquerdo: Lateralidade para o lado
esquerdo.
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Ângulo de Bennett

• Ângulo formado entre o plano sagital e a

trajetória do côndilo de equilíbrio, no movimento
de trabalho (para baixo, para frente e para
dentro, em direção a linha mediana).
o Ângulo que guia o movimento.
• Existem valores médios de ângulo de Bennett Desoclusão
para calibrarmos o articulador.
• A não-oclusão ou perda de contato oclusal entre
os dentes opostos ocorre durante movimentos e
posicionamentos guiados pelos dentes da
mandíbula.
• Os movimentos são lateralidade e protrusão.
o Lateralidade: Canino
o Protrusão: Anteriores

Movimentos Bordejantes da Mandíbula

❖ A guia canina tem que ser associada com a
estrutura anatômica esquelética.
❖ Facetas muito fora da nossa organização
anatômica possuem grandes chances de
quebras.

Retrusão x Protrusão

• Guia Anterior Diagrama de Posselt

• Ângulo α (alfa)
• Movimentos bordejantes projetados no plano
Guia Anterior sagital.

• Influência dos movimentos mandibulares pelo

relativo trespasse dos dentes anteriores
conforme determinado pelas superfícies
palatinas dos dentes anteriores superiores e
pelas bordas incisais dos dentes anteriores
inferiores.
o Trespasse vertical: overbite
o Trespasse horizontal: overjet

• Movimentos:
Ângulo α (alfa) o A: Posição intercuspídea – MIH;
o A – B: Relação Cêntrica (mandíbula
• Ângulo formado pelas trajetórias condilíneas no retrusiva);
movimento protrusivo (para frente e para baixo) o A – C: Abertura com rotação pura;
com o plano horizontal.
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o A – D: Abertura máxima (rotação + • Movimentos:

translação; o RC;
o A – E: Protrusão máxima; o Lateralidade direita;
o A – F: Protrusão com contato. o Protrusão máxima;
• Ângulo alfa: o Lateralidade esquerda;

Envelope tridimensional dos movimentos

bordejantes

Movimentos bordejante (frontal)

• Movimentos bordejantes projetados no plano

frontal.
• Movimentos:
o OH: MIH (oclusão habitual);
o LD: Lateralidade direita;
o AM: Abertura máxima (rotação +
translação);
o LE: Lateralidade esquerda.
• Movimentos que fazemos comendo e falando
são reproduzidos na forma de gota no plano
frontal.
• Em formato de escuto, está presentado os
movimentos bordejantes, ou seja, limites. Esses
movimentos não são produzidos com
naturalidade.
• União de todos os planos e traçados que vimos
anteriormente;
o Em laranja, está representado o
diagrama de Posselt;
o Em vermelho, está representado o
traçado de Gysi.
o Em amarelo, está representado o
escudo que vemos no movimento no
plano frontal.
• Todos os movimentos mandibulares estão
traçados nesse envelope.
• Todos esses movimentos limítrofes, máximos e
bordejantes da mandíbula vamos reproduzir no
articulador,

Traçado de Gysi

• Movimentos bordejantes projetados no plano

HORIZONTAL.