O processo de transição da dentição decídua para a
dentição permanente só acontece de forma adequada se
existir espaço suficiente para acomodação dos dentes
sucessores.
A manutenção e preservação da dentição decídua é
extremamente importante nesse processo, pois os dentes
decíduos mantêm os espaços necessários para a
acomodação do sucessor permanente.
OBS.: o dente decíduo é o melhor mantedor de espaço que
existe, devemos preservá-lo ao máximo.
o Largura inter-molar: dimensão transversal,
medida que vai da face lingual de um molar até o
seu contralateral;
o Largura inter-canino: também é uma dimensão
transversal, medida que vai da cúspide de um
canino até o contralateral;
o Comprimento do arco: dimensão anteroposterior
do arco. Estende-se da face palatina dos incisivos
centrais parados pela linha média até encontrar
a linha imaginária que passa pela face mesial dos
primeiros molares permanentes;
o Perímetro do arco: refere-se a circunferência do
arco. Se estende da mesial do primeiro molar
permanente de um lado à mesial do mesmo dente
do lado oposto, passando pelos sulcos dos pré-
molares e cúspides dos caninos e incisivos;
Como ocorre a perda de espaço?
o Cáries dentárias;
o Restaurações inadequadas;
o Traumatismos dentários;
o Anquilose de dentes decíduos;
o Irrupção ectópica;
Perda fisiológica: sucessor permanente acima ou no
próprio estágio 8 de Nolla.
Perda precoce: sucessor permanente abaixo do estágio 8
de Nolla.
Para tomadas de decisão clínica, considerar:
o Dente permanente antes do estágio 6 de Nolla:
extração do decíduo irá atrasar a irrupção do
dente permanente;
o Dente permanente no estágio 6 de Nolla:
extração do decíduo poderá acelerar a irrupção
do dente permanente;
Para oclusão:
o Migração de dentes adjacentes;
o Diminuição do perímetro/comprimento do arco;
o Ausência de espaços para irrupção de dentes
permanentes;
o Extrusão de dentes antagonistas;
Para criança:
o Redução da capacidade mastigatória;
o Distúrbios de fonação (perda anterior);
o Instalação de hábitos viciosos;
o Problemas de ordem psicossocial;
OBS.: importante entender quais as consequências das
perdas de cada segmento dentário e como manejá-las.
1. Incisivos decíduos: perda acontece quase sempre
por traumatismo. Normalmente a perda de
incisivos não ocasionam mudanças importantes
nas dimensões dos arcos, contudo, é importante
utilizar mantenedores de espaço para evitar o
desenvolvimento de hábitos viciosos.
a. Arco tipo I de Baume: proservação;
b. Arco tipo II de Baume: manutenção de
espaço obrigatória;
2. Caninos decíduos: normalmente as perdas
precoces acontecem porque o incisivo central
permanente no seu processo irruptivo, causa
reabsorção precoce da raiz do canino decíduo.
a. Perda unilateral: inclinação dos incisivos
para lingual e angulação para o lado da
perda;
b. Perda bilateral: inclinação dos incisivos
para lingual;
3. Primeiros molares decíduos: é importante
observar o momento da perda precoce. Se a
perda ocorreu antes ou durante a irrupção do
primeiro molar permanente, a manutenção do
espaço é obrigatória. Se a perda ocorreu após a
irrupção do primeiro molar permanente, temos a
opção de proservar, chamando o paciente de 2
em 2 meses e fazer medições do espaço. Caso
esteja acontecendo perda, colocar mantenedor
imediatamente.
4. Segundos molares decíduos: caso crítico. A perda
precoce causa mesialização do primeiro molar
permanente no momento de irrupção dele pois o
permanente fica sem sua guia de irrupção
(segundo molar decíduo). Devemos aguardar a
irrupção e corrigir essa angulação
posteriormente.
Manutenção de Espaço
Procedimentos que tem como objetivo preservar o espaço
e reduzir a severidade ou a prevalência de más oclusões.
Quando preservar espaço?
o Perda precoce de dentes decíduos;
 o Risco de perda de espaço; o Vestibularização de dentes;
o Quando ainda não ocorreu perda de espaço = o Distalização de dentes;
espaço adequado; o Outras estratégias;
Como preservar espaço?
o Restaurações dentárias;
o Aparelhos mantenedores fixos;
o Aparelhos mantenedores removíveis
(necessitam da cooperação do paciente);
Características ideais dos mantenedores de espaço:
o Preservar o espaço;
o Manter a função;
o Não interferir na irrupção do sucessor;
o Evitar a extrusão do antagonista;
o Fácil higienização;
o Econômico e fácil confecção;
OBS.: difícil um mantenedor contemplar todas as
características ideais.

1) Banda-alça: indicado para perdas unilaterais

posteriores (geralmente perda unitária);
2) Coroa-alça: está em desuso. Mesma indicação da
banda-alça, mas utilizado quando o dente pilar
necessita de reabilitação;
3) Arco lingual de Nance: indicado para perdas
múltiplas uni ou bilaterais posteriores e perdas
de caninos decíduos no arco inferior;
4) Botão palatino de Nance e barra palatina:
indicado para perdas múltiplas uni ou bilaterais
posteriores superiores;
5) Colagem direta;
6) Mantenedores em acrílico: removíveis, podem
manter espaço em diferentes seguimentos da
arcada com o mesmo aparelho, devolvem função.

JÁ HOUVE perda de espaço no diâmetro mesiodistal

destinado ao dente permanente. Não se trata mais de um
caso de manutenção de espaço. Devemos lembrar
também que recuperação de espaço é diferente de
criação de espaço.
1) AOR com mola de verticalização de molar
2) AOR com mola de BENAC
OBS.: os dois aparelhos acima citados possuem o mesmo
princípio, recuperar espaço através da movimentação do
dente que migrou ocupando o espaço do dente
permanente.

OBS.: mais relacionado com a ortodontia corretiva.

Conjunto de procedimentos clínicos para criar espaços
adicionais no arco, ou seja, existe falta de espaço no arco.
Como criar espaço?
o Desgastes dentários;
o Extrações dentárias;
o Expansões do arco;