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Análise Crítica Sobre Rotatividade e Qualidade do Emprego no

Brasil: Mercado de Trabalho de 1995 vs Atualmente1

GONZAGA, G. Rotatividade e qualidade do emprego no Brasil. Revista de Economia


Política, v. 18, n. 1, p. 121–143, 1998.

Gabrielly Valadares Pinon Nery2

O texto apresentado pelo autor Gustavo Gonzaga oferece uma visão


interessante do mercado de trabalho brasileiro em 1995, destacando a alta geração
de empregos com baixa qualidade e a alta rotatividade da mão de obra. Ao
compararmos com a atualidade, podemos observar algumas mudanças significativas,
mas também desafios persistentes. O autor busca focar em dois aspectos principais.
O primeiro aspecto é a alta geração de empregos com baixa qualidade, no qual o texto
destaca a capacidade do mercado de trabalho em gerar novos postos de trabalho,
com um aumento de 53% entre 1981 e 1995. No entanto, esses novos postos de
trabalho eram precários, com baixos salários, alta rotatividade e pouca proteção legal.

A rotatividade da mão-de-obra era alta, com cerca de 3% dos trabalhadores


com carteira assinada mudando de emprego a cada mês. Essa alta rotatividade era
atribuída a diversos fatores, como a instabilidade do mercado de trabalho, a falta de
investimento em treinamento e a legislação trabalhista.

O segundo aspecto apresentado foi a rotatividade da mão-de-obra, onde o texto


dedica grande atenção, que era considerada um problema sério em 1995. Diversos
indicadores de rotatividade são apresentados, incluindo tempo de serviço,
comparação com outros países e desagregação por setor e tamanho de empresa. A
alta rotatividade era vista como prejudicial à produtividade e ao investimento em
treinamento. O texto também discute as causas da rotatividade, incluindo fatores
como a instabilidade do mercado de trabalho, a falta de investimento em treinamento
e a legislação trabalhista.

1
Atividade Apresentado à Disciplina de Mercado de Trabalho e Práticas Secretárias. Prof. Bruno Américo.
2
Aluna da Turma de Tecnologia em Secretariado 2021.
Podemos observar algumas similaridades em relação a atualidade no qual a
geração de empregos, tanto em 1995 quanto em 2024, o Brasil enfrenta o desafio de
gerar empregos de qualidade. Em 1995, a alta geração de empregos era
acompanhada por baixos salários e alta rotatividade. Em 2024, a taxa de desocupação
está em 7,6%, a menor desde 2015, mas ainda há uma grande parcela da população
em trabalhos precários e informais.

Outro ponto a ser observado é a Informalidade, que ainda é um problema


significativo no mercado de trabalho brasileiro. Em 1995, a informalidade era de 35%,
enquanto em 2024, esse número subiu para 41,1%. Isso significa que milhões de
trabalhadores não têm acesso a direitos básicos como carteira assinada, seguro
desemprego e FGTS.

Em relação ao texto e a atualidade é possível observar algumas Diferenças,


uma delas é na Rotatividade da Mão de Obra.

A rotatividade da mão de obra, que era um problema sério em 1995, parece ter
diminuído atualmente. Isso pode ser explicado por diversos fatores, como a
estabilidade do mercado de trabalho, a busca das empresas por investimento em
treinamento dos seus colaboradores e a legislação trabalhista que melhorou. A
pandemia de COVID-19 também pode ter impactado a rotatividade, levando as
pessoas a buscarem mais estabilidade.

Outro ponto é a desigualdade de renda, que no Brasil era alta em 1995 e


continua sendo um problema grave na atualidade. Em 1995, os 10% mais ricos da
população detinham 38,5% da renda nacional. Em 2024, esse número subiu para
42,7%.

Mais um ponto que podemos observar é Digitalização e Automação; Em 1995,


a digitalização e a automação ainda não eram um grande fator no mercado de
trabalho. Em 2024, essas tecnologias estão transformando o mercado de trabalho,
criando novas profissões e extinguindo outras.
Desafios e Perspectivas

A redução da desigualdade de renda é um dos principais desafios do mercado


de trabalho brasileiro. Isso pode ser feito através de políticas públicas que promovam
a inclusão social e a distribuição de renda.

Outro desafio é a qualificação da força de trabalho, que é essencial para que


os trabalhadores possam se adaptar às novas tecnologias e profissões emergentes.
Novas tecnologias, como a inteligência artificial, podem ter um impacto significativo
no mercado de trabalho no futuro. Por isso, é importante que o governo e as empresas
invistam em educação e treinamento para preparar a força de trabalho para os
desafios do futuro. A formalização do mercado de trabalho também é fundamental
para garantir os direitos dos trabalhadores. O governo precisa criar medidas que
incentivem a criação de empregos formais. Outro ponto é a adaptação à automação
que é um desafio para o mercado de trabalho brasileiro. Os trabalhadores precisam
se capacitar para as novas tecnologias e profissões emergentes.

Portanto, podemos concluir que o mercado de trabalho brasileiro passou por


mudanças significativas desde 1995. Apesar de alguns avanços, como a diminuição
da rotatividade da mão de obra, ainda há muitos desafios a serem superados, como
a informalidade, a desigualdade de renda e a adaptação à automação.

É importante acompanhar as mudanças no mercado de trabalho e investir em


educação e treinamento para preparar a força de trabalho para os desafios do futuro.
Por isso, é fundamental que o governo, as empresas e os trabalhadores se unam para
enfrentar esses desafios e construir um mercado de trabalho mais justo e próspero
para todos.

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