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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVERSO GOIÂNIA

ROTEIRO DE ESTUDO DIRIGIDO


PSICOPATOLOGIA I

Profª Drª JANETE CAPEL

Livro: DALGALARRONDO, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. 3. ed. –


Porto Alegre: Artmed, 2019.

CAPÍTULO 12 - A CONSCIÊNCIA E SUAS ALTERAÇÕES

Questão 01 – Comente as três definições distintas do conceito de Consciência.


***A definição neuropsicológica emprega o termo “consciência” no sentido de estado vígil (vigilância),
o que, de certa forma, iguala a consciência ao grau de clareza do sensório. Consciência, aqui, é
fundamentalmente o estado de estar desperto, acordado, vígil, lúcido. Trata-se especificamente do nível
de consciência.
Já a definição psicológica a conceitua como a soma total das experiências conscientes de um
indivíduo em determinado momento. Nesse sentido, consciência é o que se designa campo da
consciência. É a dimensão subjetiva da atividade psíquica do sujeito que se volta para a realidade. Na
relação do Eu com o meio ambiente, a consciência é a capacidade do indivíduo de entrar em contato
com a realidade, perceber e conhecer os seus objetos.
Por fim, a definição ético-filosófica é utilizada mais frequentemente no campo da ética, da filosofia, do
direito ou da teologia. O termo “consciência” refere-se à capacidade de tomar ciência dos deveres
éticos e assumir as responsabilidades, os direitos e os deveres concernentes a essa ética. Assim, a
consciência ético-filosófica é atributo do homem desenvolvido e responsável, engajado na dinâmica
social de determinada cultura. Refere-se a consciência moral, ética e política.

Questão 02 – Explique as principais características e propriedades do nível de consciência segundo o


sistema Research Domain Criteria (RDoC).
As principais características e propriedades do nível de consciência são:
1. O nível de consciência facilita a interação da pessoa com o ambiente de forma adequada ao
contexto no qual o sujeito está inserido (p. ex., em situações de ameaça, alguns estímulos
podem ser ignorados, e, ao mesmo tempo, a sensibilidade para outros, mais relevantes, pode
estar aumentada, expressando o chamado estado de alerta).
2. O nível de consciência adequado pode ser evocado tanto por estímulos externos ambientais
como por estímulos internos, como pensamentos, emoções, recordações.
3. O nível de consciência pode ser modulado tanto pelas características dos estímulos externos
como pela motivação que o estímulo implica para o indivíduo em questão.
4. O nível de consciência varia ao longo de um continuum que inclui desde o estado total de alerta,
passando por níveis de redução da consciência até os estados de sono (variação normal) ou
coma (variação patológica).

Questão 03 – Cite as bases neuroanatômicas e neurofuncionais do nível de consciência.


Sistema Reticular Ativador Ascendente (SRAA): inicia no tronco encefálico e a extensão da atividade
cerebral ocorre por meio das projeções talâmicas para o córtex cerebral.
*** LOBOS
- Importância do lobo parietal

Questão 04 – Conceitue o Inconsciente e suas características funcionais.


O inconsciente verdadeiro tem informações que são inacessíveis à evocação voluntária. Segundo
Freud, o sistema inconsciente funciona regido pelo princípio do prazer por meio do processo primário
em forma de condensação e deslocamento. Ele é atemporal, isento de contradição, regido pelo prazer e
desejos reprimidos (para Freud).
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Questão 05 – Explique as alterações normais da consciência: ritmos circadianos, sono e sonho.


Ritmos circadianos são oscilações endógenas autossustentadas do ritmo biológico no período de um
dia de 24 horas (que inclui centralmente as oscilações do nível de consciência da vigília e do sono), as
quais, nesse intervalo, organizam a temporalidade dos sistemas biológicos do organismo e otimizam a
fisiologia, o comportamento e a saúde. --- sofre influência da luminosidade e sonoridade.
O sono é um estado comportamental endógeno e recorrente, caracterizado por ser um estado
reversível, ter uma arquitetura neurofisiológica complexa, ter uma duração e intensidade afetado pela

Questão 06 – Comente as alterações patológicas por rebaixamento do nível de consciência.


1º grau – Obnubilação
2º grau – Torpor
3º grau – Sopor
4º grau – Coma

Questão 07 – Comente as alterações patológicas por perdas abruptas da consciência.


Lipotimia: perda parcial e rápida da consciência, geralmente com visão borrada, palidez da face, suor
frio, vertigens e perda parcial do tônus muscular dos membros.
Síncope/desmaio: colapso bem súbito, com perda abrupta e completa da consciência, perda total do
tônus muscular, com queda completa ao chão. Pode ou não ser reversível.

Questão 08 – Cite as Síndromes psicopatológicas associadas ao rebaixamento prolongado do nível de


consciência.
Delirium
Estado onírico ou oniroide

Questão 09 – Aponte as alterações qualitativas da consciência.


Estados crepusculares: consistem em um estado patológico transitório no qual uma obnubilação leve da
consciência (mais ou menos perceptível) é acompanhada de relativa conservação da atividade motora coordenada
(Porot, 1967).
Estado segundo: estado patológico transitório semelhante ao estado crepuscular, caracterizado por uma atividade
psicomotora coordenada, a qual, entretanto, permanece estranha à personalidade do sujeito acometido e não se
integra a ela.
Dissociação da consciência: fragmentação ou a divisão do campo da consciência.
Transe: se assemelha a “sonhar acordado”, e se caracteriza por atividades motoras esteriotipadas e automáticas
acompanhadas de suspensão parcial dos movimentos voluntários. Está relacionado com o contexto religioso,
principalmente, com espiritismo kardecista, religiões afro-brasileiras e religiões evangélicas pentecostais e
neopentecostais.
Estado hipnótico: consciência reduzida e estreitada. É semelhante ao estado de transe, mas é uma técnica refinada
de concentração da atenção e de alteração INDUZIDA do estado de consciência.

Questão 10 – Cite outras alterações da consciência.


Perplexidade patológica, ou seja, perda de uma sensação de naturalidade na experiência comum e
óbvia do dia a dia. Geralmente apresentada em quadros psicóticos agudos esquizofrênicos ou em
transtornos de humor.
Experiência de quase morte.

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