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Índice

1. Introdução..................................................................................................................5

1.1. Objectivo Geral......................................................................................................5

1.2. Objectivos Específicos...........................................................................................5

2. A Consciência............................................................................................................6

2.1. Conceito da Consciência........................................................................................6

2.2. Estados de Consciência..........................................................................................8

2.3. Função de Estados de Consciência.......................................................................11

2.4. Diferença entre a Consciência e a Percepção.......................................................11

2.5. Relação entre a consciência e a Hipnose..............................................................11

2.6. Importância da consciência na vida quotidiana....................................................11

Conclusão........................................................................................................................13

Bibliografia......................................................................................................................14
1. Introdução

1.1. Objectivo Geral


1.2. Objectivos Específicos

5
2. A Consciência
2.1. Conceito da Consciência

A tentativa de entender o que seria a consciência começa pela busca do sentido ou


definição da palavra. A literatura sobre o assunto não se concentra exclusivamente em
uma área do conhecimento. Diversos autores ao longo do tempo apresentam sua visão
particular sobre o que seria a consciência. Entretanto apesar da semelhança em algumas
definições, nenhuma realmente descreve definitivamente o fenômeno.

Segundo Max Velmans (1997) diz que a consciência seria um termo com vários
sinônimos que poderiam descrever melhor o fenômeno total. Os principais são: a
atenção e estado de atenção, o "conteúdo da consciência" e a autoconsciência. John
Searle (1993) considera que consciência é um termo que não admite definição em
termos de gênero, propriedades ou condições de necessidade e suficiência. Assim sendo,
ela seria melhor descrita como um característica do cérebro biológico humano, cujas
qualidades seriam semelhantes aos processos biológicos como digestão, mitose, etc.
(Searle, 1998).

Marvin Minsky (1991) atribui ao termo consciência o significado da organização de


diferentes formas de sabermos o que acontece dentro da mente, corpo, e no mundo
exterior. von der Malsburg (1997), baseado nas idéias de Minsky sobre o
funcionamento da mente humana, aponta que a mente em um estado de consciência
pode ser descrita como um organismo composto de subsistemas que estão casualmente
conectados dinamicamente uns aos outros.

William James (1892) acreditava que a melhor metáfora para descrever a característica
de continuidade da consciência é chamá-la de fluxo de pensamentos ou consciência.
Nicholas Humphrey (1987) afirma que a consciência deveria ser vista como uma
"característica de superfície" do cérebro, uma propriedade emergente que ocorre como
resultado da ação combinada de suas partes. Roger Penrose (1999) argumenta que a
consciência é uma característica da ação física (quântica) do cérebro. Sendo algo
próprio dos seres vivos, e dessa forma não poderia ser simulada em computador.

Alvin Ira Goldman (1993) diz que qualquer definição operacional da consciência tenta
descrever a consciência em termos apenas de relações entre estados e deixa de explicar

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o fenômeno como um todo. Porém, Stan Franklin (1995) acredita que se a consciência
fosse vista como um problema científico que pode ser abordado segundo uma visão
interdisciplinar, ela seria mais bem descrita como um aspecto de um sistema complexo,
como um processo.

David de Léon (1995) em uma revisão sobre o trabalho de McGinn, mostra a hipótese
de que a consciência seria uma propriedade natural do mesmo tipo do que a vida quando
surgiu de processos evolutivos. Daniel Dennett (1991) diz que apesar do termo
'consciência' ser usado para descrever diversos estados cognitivos, ela é a característica
mais óbvia da mente, pois não se precisa de evidências, testes ou dados clínicos para
responder a todas as descrições feitas pelo senso de todo dia do termo (Dennett, 1981).

David Chalmers também concorda que a palavra consciência é usada de diferentes


formas. Contudo apesar de descrições cognitivas que ela pode assumir, o sentido mais
importante é o da experiência consciente. Algo que pode ser "sentido" junto com o
processamento de uma percepção (Chalmers, 2003; 1993).

Ned Block (1995; 2002) expõe o conceito de consciência como um conceito híbrido, no
qual a palavra consciência conota vários conceitos diferentes e denota diferentes
fenômenos. Logo, conceitos muito diferentes são tratados como um simples conceito,
consciência. Block acredita que a consciência pode ser dividida em níveis, sendo os
mais importantes: consciência de acesso e consciência fenomenal.

Para Bertrand Russell (1921) a essência de tudo o que é mental é alguma coisa peculiar
chamada 'consciência'. Fritjof Capra (2001) vai além e diz que a consciência é um
fenômeno social, cujo desenvolvimento acontece totalmente nos seres humanos.

A consciência também está relacionada com o sentido de moralidade e de dever, pois é


a noção das próprias ações ou sentimentos internos no momento em que essas ações são
executadas. A consciência pode ser relativa a uma experiência, problemas, experiências
ou situações.

Por tanto, consciência é o termo que significa conhecimento, perceção, honestidade.


Também pode revelar a noção dos estímulos à volta de um indivíduo que confirmam a

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sua existência. Por esse motivo se costuma dizer que quem está desmaiado ou em coma
está inconsciente.
Por exemplo: Ele estava completamente viciado, mas não tinha consciência disso.

O conceito de consciência está intimamente relacionado com termos como "eu",


existência", "pessoa", revelando uma conexão existente entre consciência e a
consciência moral. Em várias situações, pode ser o oposto da autoconsciência, onde o
"eu" é o objeto de reflexão e da consciência moral.

É possível verificar que ao longo do tempo a filosofia abordou a consciência em duas


vertentes: consciência intencional ou não intencional.

De acordo com Edmund Husserl (fundador da fenomenologia), a consciência é uma


atividade direcionada para alguma coisa da qual há consciência. A não intencional
consiste a um mero reflexo da realidade que é apresentada.

Segundo Descartes, pensar e pensar que pensamos são coisas iguais (Penso, logo
existo).

Kant fez a distinção entre a consciência empírica, que faz parte do universo dos
fenômenos e a consciência transcendental, que capacita a associação de todo o
conhecimento com a consciência empírica.

Hegel aborda a consciência como um crescimento dialético, que atinge um nível


transcendente, alcançando a sua superação. Faz também a distinção entre consciência
empírica, racional e teórica.

Então, a filosofia contemporânea dá muita importância à vertente de ato da consciência,


dando-lhe uma conotação mais funcional.

2.2. Estados de Consciência


Segundo os psicólogos, estado da consciência é um termo usado para descrever a
experiência da consciência.

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A consciência humana pode passar por diferentes estados e pode ser afetada por
uma variedade imensa de fatores. A consciência humana pode ser comparada a
um rio que, embora mude constantemente de forma, continua seguindo o seu
fluxo.

Muitas vezes nos perguntamos por que nos sentimos mais animados pela manhã?
Já tentamos entender os nossos sonhos? Já nos perguntamos se a hipnose
realmente funciona?
Todas essas questões estão relacionadas aos diferentes estados da consciência
humana, que pode ser alterada por diversos fatores. A respiração holotrópica, por
exemplo, envolve o controle da respiração de modo a influenciar os estados da
consciência humana.

Estado de consciência de vigília – nesse estado se obterá o registro


eletroencefalográfico (EEG) do cérebro emitindo ondas beta de 14 a 26 ciclos por
segundo, em média. Predominam as funções do Ego, a relação do indivíduo com o
ambiente, a mente, as emoções e os cinco sentidos num mundo tridimensional. Ocorre a
separação nítida entre o eu e o mundo exterior. O indivíduo está acordado, trabalhando
ou planejando.

Estado de consciência de devaneio – no EEG registam-se ondas alfa de 9 a 13 ciclos


por segundo. Pode-se alcançá-lo por meio do relaxamento. Esse estado de consciência
traz imagens e ideias desconexas ou criativas (literárias, artísticas, científicas etc.). A
atenção é difusa e há total receptividade e disponibilidade para o momento presente.
Propicia a associação livre de ideias, que precisam ser anotadas imediatamente, pois
tendem a desaparecer por completo no estado de consciência de vigília.

Estado de consciência de sonho – Freud foi o pioneiro nos estudos sobre sonhos. Seu
trabalho sobre elaboração onírica tornou-se obra de destaque na época e suas afirmações
vieram a ser confirmadas, na década de 50, pelos estudos em neurologia realizados por
Kleitman e seu discípulo, Aserinsky. Com base em observações no movimento dos
olhos em bebês, constatou-se o que passou a ser chamado Rapid Eyes Movement, sono
REM. Verificou-se que todos sonham, em média, quatro vezes por noite.

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Segundo Freud, todo conteúdo manifesto trazido ao consciente pelo sonhador é gerado
pelo conteúdo latente, constituído por impulsos, pulsões, motivações e desejos do
inconsciente autobiográfico.
A abordagem transpessoal considera o conteúdo latente e inclui, além do inconsciente
individual, acontecimentos ontogenéticos, filogênicos, o inconsciente coletivo,
arquetípico e a dimensão superior da consciência.
Em outras palavras, Freud quer nos dizer que abrange os processos primário, secundário
e o transcendente ou terciário. O conteúdo manifesto pode ser, portanto, a expressão das
pulsões de vida, de morte e de transcendência.

Estado de consciência de sono profundo – no senso comum corresponde à


inconsciência total, quando um véu separa o indivíduo do mundo externo. No registro
do EEG, nesse estado de consciência o cérebro emite ondas delta em média de 1 a 4
ciclos por segundo. As pesquisas nessa área sugerem que, às vezes, pode haver um nível
de superconsciência durante esse estado; o ego desaparece totalmente, a consciência
retorna a si mesma e o indivíduo é revitalizado.

Estado de consciência de despertar – esse estado situa-se entre a consciência


individual e a consciência cósmica. É a saída do torpor, do estado de automatismo. O
indivíduo desenvolve, gradualmente, um nível de reflexão, de consciência e de
percepção mais ampla de sua própria existência. Equi- vale a despertar um observador
de si próprio. Ocorre a percepção da essência, a desidentificação de partes, emoções,
mente, papéis, corpo. Promove a expansão do campo da consciência. O indivíduo
mantém a atenção sustentada e direciona, conscientemente, seus pensamentos e
motivações.

Estado de consciência cós – mica ou plena consciência – as experiências são descritas


como inefáveis e paradoxais; desaparece a dimensão tempo-espaço, há uma não-
projeção da mente sobre os objetos, superação da dualidade, iluminação interior,
vivência da vacuidade plena, vivência de amor indescritível, sentimento de viver a
realidade como ela é e desaparecimento do medo da morte.

É acompanhado pelo fim do sofrimento psicológico, pelo despertar da verdadeira


sabedoria, indissociável do amor, e pela capacidade ilimitada – ou limitada apenas pelo

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corpo físico – em aliviar o sofrimento dos outros, apro- ximando-os da alegria de viver.
Essas mudanças são acompanhadas de alterações fisiológicas mensuráveis pelo EEG,
mudanças circulatórias, respiratórias e eletrocutâneas, entre outras. É a ocorrência do
retorno consciente ao estado de sono profundo.

2.3. Função de Estados de Consciência

2.4. Diferença entre a Consciência e a Percepção


A consciência também está relacionada com o sentido de moralidade e de dever, pois é
a noção das próprias ações ou sentimentos internos no momento em que essas ações são
executadas. A consciência pode ser relativa a uma experiência, problemas, experiências
ou situações. A percepção, por outro lado, é o julgamento dado pelo sujeito com base
nas informações das sensações. É a interpretação por parte do indivíduo do que foi
captado pelos sentidos. É um processo que pode ser influenciada por fatores fisiológicos
e psicológicos, tanto quanto por questões externas como aspectos culturais e sociais.

2.5. Relação entre a consciência e a Hipnose

2.6. Importância da consciência na vida quotidiana


A consciência, embora não infalível, é a norma suprema que se deve seguir mesmo
contra a autoridade, mesmo contra a empresa, mesmo contra a expectativa de um bem
aparente.
Assume por isso fundamental importância a formação da consciência de cada um ao
longo de toda a vida, pois só uma consciência bem formada e esclarecida pode tomar
com segurança decisões éticas. A não formação deliberada da consciência, o negar-se a
aprender a ver os erros, são falhas muito graves que conduzem ao relativismo e à
subjectividade das decisões.
Daí a importância deste Código de Ética dos Empresários e Gestores, seguro contributo
para a contínua aferição da consciência pessoal e precioso instrumento para melhorar e
aperfeiçoar os critérios de decisão.

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O caminho para uma gestão ética é difícil e implica a procura da excelência no trabalho
quotidiano e na acção empresarial. Mas é um esforço que vale a pena fazer, porque só
desta forma poderemos corresponder à enorme responsabilidade que temos perante a
nossa Vida e perante o projecto de vida de tantas pessoas que connosco colaboram nas
empresas ou que usufruem dos nossos produtos e serviços.

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Conclusão

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Bibliografia
Velmans, M. (1997). Defining Consciousness. In: WWW Dialogues on Consciousness
course, University of Arizona, Tucson. Proceedings.
Minsky, M. (1991). Conscious Machines. Machinery of Consciousness.
James, W. (1892). The Stream of Consciousness. Psychology. Cleveland & New York.
cap. XI. [ Links ]
Goldman, A. I. (1993). Consciousness, folk psychology, and cognitive
science. Consciousness and cognition, v.2, n.4. [ Links ]

De Léon, D. (1995). The Limits of Thought and the Mind-Body Problem. Retirado em
10/06/2007 de World Wide Web: http://cogprints.org/367/00/LUCS42.pdf.
[ Links ]

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Brain Sciences, v.18, n.2, pp 40. [ Links ]

Russell, B. (1921). The analysis of mind. The Project Gutenberg, Retirado em


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Baars, B. J. (1988). A Cognitive Theory of Consciousness. Cambridge University Press.


Retirado em 10/06/2007 de World Wide
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Baars, B. J. (2002). The conscious access hypothesis: origins and recent


evidence. Trends in cognitive sciences, 6, n.1. [ Links ]

Baars, B. J. e Mcgovern, K. (1996). Cognitive views of consciousness: What are the


facts? How can we explain them? In: VELMANS, M. The Science of Consciousness:
Psychological, Neuropsychological, and Clinical Views. London: Routledge.

Block, N. (1995). On A Confusion About a Function of Consciousness. Behavioral and


Brain Sciences, v.18, n.2, pp 40. [ Links ]

Baars, B. J. (2002). Some Concepts of Consciousness. In: Chalmers, D. Philosophy of


Mind: Classical and Contemporary Readings. Oxford University Press.

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