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O ENSINO DA LIBRAS COMO L2

Autor: Luciana Miro Da Silva1 Maria Aparecida Gomes Da Silva2


Tutor externo: Luana Albuquerque Brayner Leitão 1
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Curso Letras/Libras (A) – Estágio Curricular Obrigatório II
12/12/2020

RESUMO

A importância da oficina da Libras no ensino da matem ética como L2 tem fundamental


importância, onde pode ser definida como uma estratégia de aprendizagem que
incentiva a transmissão de conhecimento e troca de informação de uma maneira mais
interativa. Por meio do uso dessas ferramentas educacionais complementares como
atividades extracurriculares, oficinas ou jogos adaptados, é possível despertar a
atenção dos alunos ouvintes de diferentes formas. As vantagens que os mesmos irão ter
sobre as oficinas de matemática é que serão estimulados a participar de competições
envolvendo números em libras durante a aula. Tabuada ou as quatro operações são
fundamentais e fica mais fácil quando o professor consegue criar histórias capazes de
abarcar esses conceitos para discutir em sala de aula. As Línguas de Sinais têm como
papel principal auxiliar na comunicação entre surdos e ouvintes. O meio de
comunicação do surdo brasileiro é a LIBRAS, que garante comunicar com a família,
com outras pessoas e frequentar a escola como qualquer aluno ouvinte, uma vez que as
habilidades motoras e intelectuais são preservadas. Para o ser humano, a aquisição da
linguagem tende a ocorrer de maneira natural pelo uso espontâneo da mesma em
convívio com outros seres humanos. Entretanto, para as pessoas surdas, devido ao
impedimento sensorial de receber informações de maneira auditiva e pelo fato de
conviverem em uma sociedade em que a maioria utiliza língua oral, o desenvolvimento
linguístico ocorre de maneira deficitária e com muitos impedimentos, resultando em
sérias defasagens para o desenvolvimento cognitivo, emocional e social.

Palavras-chave: Libras. Ouvinte. Oficinas.

1 INTRODUÇÃO

A importância da oficina da Libras no ensino da matem ética como L2 tem


fundamental importância, onde a mesma pode ser definida como uma estratégia de
aprendizagem que incentiva a transmissão de conhecimento e a troca de informação de
uma maneira mais interativa, lúdica e dinâmica. Por meio do uso dessas ferramentas
educacionais complementares como atividades extracurriculares, oficinas ou jogos
1
Acadêmico do Curso de Licenciatura em LETRAS/LIBRAS E-mail:
marigomes14.ibi@hotmail.com
2
Acadêmico do Curso de Licenciatura em LETRAS/LIBRAS E-mail:
lucianamiro2018@gmail.com
adaptados, é possível despertar a atenção dos alunos ouvintes de diferentes formas além
de apresentar conceitos técnicos essenciais à sua formação.
Logo esses ouvintes aprofundaram no conhecimento e promoveram a interação
entre os alunos surdos por meio de exercícios que atraiam a sua atenção de forma
lúdica. O saber solucionando possíveis dúvidas através da oficina de Libras. As
vantagens que os mesmos irão ter sobre as oficinas de matemática é que serão
estimulados a participar de competições envolvendo números em libras durante a aula.
Essas oficinas é uma boa alternativa para o processo educacional. Para atingir
esse resultado o professor precisa trabalhar em conjunto para desenvolver um bom
planejamento diante dessas oficinas. Tabuada ou as quatro operações são fundamentais
e fica mais fácil quando o professor consegue criar histórias capazes de abarcar esses
conceitos ou dá conta de formular situações para discutir em sala de aula. Mas como
ensinar aos ouvintes o mesmo conteúdo matemático, por vez abstrato e garantir que
todos os alunos aprenderão. No caso da matemática o conteúdo é mais bem aprendido
pelos alunos quando se exploram recursos visuais.
Essas oficinas precisam ser estimulantes com muitas estratégias de ensino, com
adaptações de jogos matemáticos, atividade de matemática trabalhando os números em
Libras, onde irá estimular o conhecimento a participação de todos. Sendo assim os
mesmos terão oportunidades para colocar na prática o que virão em sala de aula,
favorecendo o raciocínio lógico, porque uma oficina de matemática é muito importante,
porque é uma ferramenta eficiente no processo de ensino.

2 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA

As Línguas de Sinais têm como papel principal auxiliar na comunicação entre


surdos e ouvintes. O meio de comunicação do surdo brasileiro é a LIBRAS, que garante
comunicar-com a família, com outras pessoas e frequentar a escola como qualquer
aluno ouvinte, uma vez que as habilidades motoras e intelectuais são preservadas.
Segundo Vygotsky (2001), a linguagem é responsável pela estruturação de
processos cognitivos e desse modo, a mesma se torna fundamental para a constituição
do sujeito. Para o ser humano, a aquisição da linguagem tende a ocorrer de maneira
natural pelo uso espontâneo da mesma em convívio com outros seres humanos.
Entretanto, para as pessoas surdas, devido ao impedimento sensorial de receber as
informações de maneira auditiva e pelo fato de conviverem em uma sociedade em que a
maioria utiliza a língua oral, o desenvolvimento linguístico ocorre de maneira deficitária
e com muitos impedimentos, resultando em sérias defasagens para o desenvolvimento
cognitivo, emocional e social.
Essa defasagem linguística, muitas vezes, resulta em dificuldade de contato
com a língua do grupo social majoritário no qual estão inseridos, levando os indivíduos
surdos à dificuldade de acesso às informações, aos saberes valorizados socialmente e,
consequentemente, à participação social.
Como consequência desse atraso, as crianças surdas apresentam
desenvolvimento escolar e conhecimentos também defasados, se comparados aos
ouvintes de mesma faixa etária. Gerando, então, a necessidade de intervenções
educacionais que favoreçam o desenvolvimento de suas capacidades.
O ensino da LIBRAS para ouvintes significa dar ao surdo mais possibilidades
de comunicação, mais oportunidades de interagir em seu meio, mais probabilidades de
aceitação no mercado de trabalho, pois, por intermédio de uma vivência ativa com a
comunidade, ele poderá apropriar-se de sua cultura e de sua história, e formar sua
identidade (DIZEU; CAPORALI, 2005).
Entende-se que o surdo tem direito de se comunicar, de aprender, de
compreender e ser compreendido, respeitando seu modo de comunicação. Esse direito
recebeu maior atenção nos últimos anos e a surdez passou a ser reconhecida como mais
um aspecto das infinitas possibilidades da diversidade humana. Isso requer que sua
linguagem seja entendida por todos e que através dela o surdo possa interagir com
pessoas ouvintes, mesmo sem ajuda de um intérprete de Língua de Sinais (LS). Esse
direito é assegurado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, (LDBN) - Lei
nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
Segundo ALMEIDA (2000, p.3) “Surdos e ouvintes têm línguas diferentes,
mas podem viver em uma única comunidade, desde que haja um esforço mútuo de
aproximação pelo conhecimento das duas línguas, tanto por ouvintes como por surdos".
Dessa forma é preciso um maior envolvimento e participação dos ouvintes no estudo da
LIBRAS e de maior espaço de divulgação da língua, para formação de uma sociedade
com conscientização inclusiva.
A possibilidade de crianças ouvintes conhecerem sobre a educação inclusiva,
de surdos e a língua de sinais possibilitam reflexões sobre educação. Ao inserirmos o
surdo em uma escola regular o professor também possui a missão de auxilia-lo na
socialização com outras crianças, é somente assim que realmente ele será incluído,
diferente disso, ele será segregado ou excluso.
Segundo Sá (2002) a importância da língua de sinais na construção da
identidade surda, pelo valor que a língua tem como instrumento de comunicação, dentre
outros fatores, de troca, de práticas reflexivas, de crítica e posicionamento perante a
sociedade, neste contexto, é importante que os surdos vejam a surdez não como
limitação, mas algo normal em sua vida e que pessoas ouvintes possam ajudar os surdos
a quebrarem as barreiras da comunicação.
O ensino da LIBRAS como segunda língua para alunos ouvintes significa, de
fato, a inclusão social do surdo, pois entende-se que, desta forma, a criança surda tem
mais oportunidades de se desenvolver de forma análoga às crianças ouvintes.
Não se pode mais negar aos surdos o direito de serem parte integrante e
participativa de nossa sociedade. Além disso, para que o surdo possa desenvolver-se,
não basta apenas permitir que use sua língua, é preciso também promover a integração
com sua cultura, para que se identifique e possa utilizar efetivamente a língua de sinais
(DIZEU; CAPORALI, 2005, sem paginação).
É importante destacar que para o aprendizado bilíngue de forma efetiva, o
ouvinte necessita disciplinar-se e apurar sua visão. Neste sentido, muitas brincadeiras de
ouvintes deverão ser são adaptadas à LIBRAS.

3 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO

O processo de ensino aprendizagem deverá ser estabelecido através do uso de


métodos do ensino proveniente de novos planejamentos, planos de ensino, técnicas e
avaliações. A ideia é começar utilizando imagens, vídeo, materiais impressos ilustrados,
jogos matemáticos e conteúdos adaptados que estejam compostos e representados por
sinais da Língua de Brasileira Sinais.
É de fundamental importância que os estudantes conheçam as fórmulas
convencionadas na Matemática, e assim, inicia-se uma nova experiência e no
desempenho das atividades, através do novo modelo e fazer pedagógico que se
preocupa-se com o desenvolvimento cognitivo do aluno ouvinte.
Os alunos ouvintes repetem várias vezes à leitura da tabuada, com o propósito
de decorá-la, mas com o aluno surdo esse processo não tem êxito, pois enquanto para
um aluno ouvinte a memorização se torna fácil, por ouvirem o que falam já para um
aluno surdo esse processo não faz o menor sentido. É de fundamental importância que
os docentes organizem metodologias que favoreçam a aprendizagem dos alunos surdos,
de forma a levar em consideração o processo visuoespacial, sua língua e as questões
culturais associadas.
A língua de sinais tem que ser a primeira língua para o aluno surdo, pois é por
meio dele que ele forma seus conceitos no ensino de matemática. Para ele compreender
o conceito, precisa ter uma língua que o faz compreender tudo, para que o conhecimento
dele também evolua.

4 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO (CONSIDERAÇÕES FINAIS)

Sendo assim, concluir que a Libras é importante para os surdos e os ouvintes e


aqui aprendemos diversas metodologias de ensino que vão ajudar na aprendizagem da
matemática.

Conseguimos ver a importância das oficinas em Libras no ensino da


matemática. Aprendemos que existem vários tipos de números que são eles os cardinais,
ordinais e de quantidade. Aprender sobre esses números é muito importante para os
alunos ouvintes, pois eles podem ajudar os alunos surdos com algumas atividades e
tarefas do dia a dia. Como por exemplo, conseguir contar corretamente o dinheiro
quando precisar, sem precisar do auxilio de algum ouvinte e assim poder ter autonomia.

Uma coisa que aprendemos foi a importância que tem o professor saber a
Língua de Sinais, caso o professor não saiba precisará do auxilio de um interprete de
Libras para uma bom aprendizado do aluno surdo e para o desejo dos alunos ouvintes
aprender a Libras aumentar.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, Lei n°. 9394,
de 20 de dezembro de 1996.

Educacaoinfantil.aix.com.br

Repositorio.bc.ufg.br

www.sympla.com.br
ANEXO I
ANEXO II
Cidade, Ibimirim de 12 de Dezembro de 2020.

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