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AULA 11 – LE CORBUSIER (1919-1929) – 2A PARTE

Obras Representantes:
1. Unité d’habitation de Marseille
2. Ronchamp
3. Mosteiro La Tourette

Na Segunda parte da obra de Le Corbusier (a partir de 1930) aparece uma ruptura com o
purismo. A partir de então, sua arquitetura não foi mais baseada numa linguagem de
planos e linhas, tampouco nas necessidades funcionais que orientam apenas o projeto.

Inspirada na arquietura vernácula monumentalizada, utilizando algumas vezes materiais


tradicionais que são expostos. Exemplo: obra vista em tijolo, concreto aparente, uso da
abóbada catalã, etc.

o Abandona o envoltório clássico em favor de uma expressividade tectônica;

o Agora uma “realidade tátil” guia a iconografia;

o Aparece a “vontade da forma” para criar formas escultóricas às vezes, em

detrimento de uma funcionalidade fria, calculada. Liberdade cria imagens de

alto conteúdo formal

1. Unité d’habitation de Marseille (1947-1952)

24 metros de largura, 18 níveis, 337 moradias de dimensões variadas.


Em 1945, com a necessidade de aumentar o número de moradias, devido ao período pós
guerra, Le Corbusier foi encarregado pelo ministro da reconstrução francesa de elaborar
um projeto habitacional que pudesse abrigar 1600 pessoas, a ser edificado na região sul
de Marselha, na França. A construção levou 5 anos, iniciada em 1947 e concluída e
1952 se apresenta como um imponente edifício, completamente isolado e suspenso
sobre potentes pilotis (de acordo com os conceitos de Le Corbusier).

A unidade de habitação, que tem 24 metros de largura e é distribuída em 18 níveis,


contem 337 moradias duplex de dimensões variadas. Seus apartamentos podem ser
feitos para acomodar desde uma pessoa até famílias mais numerosas, com até oito
membros ou mais, para os quais se tem acesso através de corredores internos dispostos
em plantas alternadas. Nos sétimo e oitavo níveis aparece uma área que abriga locais
comerciais.

Na cobertura se encontram uma sala de ginástica, um playground, uma piscina infantil,


um teatro e um solário. Uma série de aspectos faz deste edifício um “ponto de
convergência social”.

Unité de Marseille (Marselha, 1931).Vista de cima

O princípio de construção da Unidade, no qual cada elemento é dimensionado de acordo


com o Modulor (estudo de dimensões em harmonia com a escala humana, definidas
pelo próprio Le Corbusier a partir das medidas estándar de um “homem universal”).

O edifício foi uma obra tardia de Le Corbusier e se encaixava perfeitamente num


conceito do arquiteto chamado de La Ville Radieuse (A cidade radiosa). Le Corbusier
já havia expressado suas ideias de uma cidade ideal na década dos vintes e após
algum contato com urbanistas internacionais ele começa a trabalhar em projetos
da Ville Radieuse. O caráter utópico do projeto esteve no início de vários projetos nas
décadas seguintes e culminou no objeto desta pesquisa, a Unité D’abitation de
Marseille.
Esquema da unidade de habitação

Alguns críticos consideram que a Unité de Le Corbusier é uma obra prima em termos de
funcionalidade das formas esculturais e da abordagem inovadora da vida em
apartamento. O edifico da Unité foi implantado em um parque com jardins e elevado
sobre o pilotis. Os apartamentos foram projetados de maneira muito criativa e com
fachadas com laterais voltadas para leste e oeste, possibilitando ventilação cruzada, que
compensa as plantas longas e estreitas.

Os balcões com brises-soleil geram espaços de estar esternos em ambos os lados.


Originalmente o edifício apresentava um andar intermediário com pé-direito duplo, com
lojas e serviços; os pavimentos de cobertura são comunitários e ocupados por muitos
equipamentos de lazer e saúde.

Unité de Marseille (Marselha, 1931).Chaminés de ventilação


Unité de Marseille (Marselha, 1931).Interior dos corredores de apartamentos. Observe;se o
enfretamento de postas dos apartamentos, criando uma linha de visada, e perdendo-se a privacidade,
quastão pouco atendida pelo Le Corbusier e prlo qual recebeu duras críticas do americano Lewis
Mumford.

Unité de Marseille (Marselha, 1931).Seção dos apartamentos com mezanino sobre estar ou quarto do
casal.
2. Ronchamp (Capela Notre-Dame-du-Haut) 1950-1955

Igreja de Ronchamp (Ronchamp, 1950-1955) Le Corbusier_vista exterior


A vontade da forma orienta o projeto dando uma resposta à paisagem ondulante da
topografia (“acústica visual”). O Acabamento é rustico em cimento (textura Vs.
precisão purista).

Igreja de Ronchamp (Ronchamp, 1950-1955) Le Corbusier_planta

“A cobertura foi posta sobre paredes que são absurda mas praticamente grossas. Dentro
delas entretanto estão as colunas do concreto reforçado. O telhado descansará nestas
colunas mas não tocará na parede. Uma fenda horizontal de luz com dez centímetros de
altura surpreenderá.”

Igreja de Ronchamp (Ronchamp, 1950-1955) Le Corbusier_Iluminação natural da capela. Nota-se as


paredes grossas.

Igreja de Ronchamp (Ronchamp, 1950-1955) Le Corbusier_vista externa


Igreja de Ronchamp (Ronchamp, 1950-1955) Le Corbusier_vista interna

3. Mosteiro La Tourette (1956 – 1960)

Mosteiro La Tourette ( Lyon, França ,1956-1960) Le Corbusier_vista externa

Elevada sobre um plano inclinado, o edifício não toca a terra. Seu interior é rustico ,
áspero e expressa a austeridade do mundo religioso

Mosteiro La Tourette ( Lyon, França ,1956-1960) Le Corbusier_vista externa


Mosteiro La Tourette ( Lyon, França ,1956-1960) Le Corbusier_uso do telhado verde

Mosteiro La Tourette ( Lyon, França ,1956-1960) Le Corbusier_vista interna

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