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AULA 8 – A ESCOLA PAULISTA

Maio 21, 2013 · by Apdf · in Modulo I, Notas de Aula. · Editar

Representantes:
Vilanova Artigas, Paulo Mendes da Rocha, etc.

Lina bo Bardi (fora da Escola Paulista)

Brasília representa o auge da arquitetura moderna no Brasil. Depois da sua


construção, a economia do país entra numa época de crise, que faz com que surja
uma nova consciência quanto às suas limitações. Assim a cultura passa a se
desenvolver e se identificar em um ambiente mais de escassez do que de abundância,
surgindo assim a estética da fome. Em sintonia com essas ideias, a Escola Paulista é
uma resposta à Escola Carioca de Niemeyer.O ponto mais importante e valorizado de
seus projetos era os espaços públicos.

Lina bo Bardi – Chamava de “arquitetura pobre”.

“Arte Povera” – Tentativa de eliminar dicotomia entre a vida cotidiana e arte crítica.

O “brutalismo” Europeu adquire um sentido diferente no Brasil nos anos sessenta: é


uma invocação da pobreza.

Merda de Artista – Manzoni (1961)


Procurando “reorganizar a sociedade” – o arquiteto é um engenheiro social.

A – João Batista Vilanova Artigas


Contra a abstração ao serviço da burguesia, propõe reeducar – la. Já que no
modernismo quem entendia a arquitetura eram os intelectuais.

-Vs. Le Corbusier – só os brasileiros podiam entender a sua situação

-Desenvolveu um programa de estudos na FA-USP baseado na técnica da


engenharia. (RIO-B.ARTES). Formação de “engenheiros sociais”.

Embora tenha nascido na cidade de Curitiba, Artigas é considerado um dos principais


nomes da história da arquitetura de São Paulo, seja pelo conjunto de sua obra aí
realizada, seja pela importância que teve na formação de toda uma geração de
arquitetos.

Arquiteto Vilanova Artigas.

Principais Obras:
1) Casa Berquo
Quatro enormes troncos de árvores tropicais suportam uma caixa de concreto ( um comentário
irônico das limitações tecnológicas do Brasil).

Vista externa da Casa Berquo.

O interior da Casa Berquo.

Contrasta o primitivo dos troncos-pilares com a tecnologia do concreto.


2) FAU USP (1961-69)

Uma enorme caixa de concreto que flutua sobre os pilares e, no centro, um grande
espaço de congregação.

O contraste é evidente entre os pontos de apoio e o peso do volume e entre planos fechados e superfícies
em vidros.

Espaço de convivência propício para eventos e encontros.

Corte
Pátio central utilizado para exposições.

Pátio Central

B – Lina do Bardi
Lina nasceu na Itália, e veio para o Brasil depois da Segunda Guerra Mundial. Ela coloca-se em
relação ao conceito de “arte povera”, “arte para o povo”, onde procura diminuir a separação
entre a arte e o povo, e o cotidiano, fazendo uma crítica à arte elitizada.

A “arquitetura pobre” de Lina, trás um discurso social através da criação de espaços públicos.
Era uma arquitetura que não precisava de revestimentos.

Arquiteta Lina do Bardi.


1) Casa de Vidro – Morumbi

Utiliza-se da transparência dos grandes panos de vidro.

As estruturas de aço se misturam com a vegetação da Mata Atlântica.

Conservação do perfil natural do terreno.


Casa de Vidro.

Planta da Casa de Vidro.

Interior da Casa de Vidro.


Diálogo entre a natureza e edificação e a mistura dos espaços internos e externos.

Salão de estar e jantar, marcado pelas grandes aberturas de vidro.

Pátio localizado no centro da edificação, no qual foi mantida uma árvore remanescente da vegetação
local.
2) Masp (1957-68)

Construção do Masp.

Duas grandes vigas protendidas de 70 metros suportam dois andares suspensos, gerando um
grande espaço livre para exposição – dirigido para o povo “sem educação”, sem forma na parte
inferior, praça pública.

A obra constituiu o maior vão livre do mundo em sua época de construção.

Grande “praça” palco de reuniões públicas, políticas e encontros.


Realização de feiras e exposições.

Desenhos técnicos.

Interior do Masp.
3) SESC Pompéia

Duas torres alojam os diferentes serviços, procura-se criar espaço de lazer coletivo.

Interior do SESC Pompéia.


Interior do SESC Pompéia.

As aberturas foram criadas a partir de moldes de isopor embutidos durante a concretagem.

As janelas são quadradas porém não apresentam um alinhamento ortogonal rígido.


Quatro níveis de passarelas de concreto protendido aparente interligam alguns pavimentos.

Janelas orgânicas.

Iluminação indireta.

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