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AULA 7 – CONSTRUTIVISMO SOVIÉTICO (1917-1933)

Representantes : Moisei Ginzburg, Konstantin Melnikov, Tatlin, Golosov, El Lissitsk

Cartaz do construtivismo Russo, Alexander Rodchennko

– O construtivismo foi um movimento estético-político que influenciou a arquitetura e a


arte ocidental

-Depois da Revolução Bolchevique (1917), a URSS elimina nos primeiros 5 anos a


propriedade privada dos imóveis e instaura, numa serie de leis, o serviço obrigatório de
planificação das cidade por parte do Estado.
– Sentam-se as bases politicas para uma arquitetura fora da especulação particular.

o Na pintura: Suprematismo, lançado por Malevich em 1913

Cartaz representando o suprematismo (URSS,1913) Malevich


-O construtivismo Russo trata-se de uma busca pela “superação do capitalismo” e o
estabelecimento da ditadura e do proletariado [“…] e a completa abolição das classes e
a realização do socialismo”.

– Discursos radicais atingem o âmbito da arquitetura

– Crise na oferta habitacional. Experimenta-se novas formas de habitação, atacando “o


coração da habitação tradicional”.

– Novas configurações, improvisadas, sugem dos kommunalka, literalmente,


“apartamento comunal”, sendo estes improvisações dentro dos apartamentos burgueses
para poder alojar varias familias. A Lei de 1920 de abolição da propriedade privada
obrigava a compartilhar todo apartamento de mais de um quarto com outra família (ou
mais), tornando a cozinha e o banheiro espaços coletivos;

Planta do apartamento comunal, 1920 ( note-se o nome das diferentes familias que moravam em
cada cômodo)

Dentro dos esforços dos arquitetos por adaptar a configuração espacial para as novas
necessidades socialistas, um grupo de arquitetos liderado por M. Guinzburg vai
introduzir novos conceitos:

o Condensadores sociais
-O espaço praticado sob a ideia de que a arquitetura pode influir na vida social. Os
condensadores atuavam nos espaços públicos a fim de eliminar as hierarquias sociais,
num esforço para criar “espaços equitativos”;
– Formas de construção de um condensador: Sobreposição intencional de um espaço,
através da circulação, criando pontos nodais de encontro (colocação de diversas
camadas programáticas em um mesmo espaço para incitar, através de sua interferência,
eventos …).

Pavilhão da União Soviética (URSS, 1923) Konstantin Melnikov


– Instaura-se os Vkhutemas (Instituto Superior de Arte) (1920) e diversas associações
(ASNOVA, OSA), aonde são discutidos e exercitados novos conteúdos e novas formas:
negação do passado (capitalista), nova experimentação plástica sem limites, dando
origem a projetos como o de Tatlin para a “3ª Internacional”.

– Em 1928, Ginzburg propõe um programa de novos tipos urbanísticos dos


condensadores

o Dom-Komuna (Casa Coletiva)


– Experimentação com novas tendências da moradia. Exploram ampla gama de soluções
com espaços de dupla altura e vários níveis, e ruas internas, culminando com o edifício
Narkomfin (1930) de Ginzburg e Millinis, e o número 8 na rua Gogol de Lissacor.

Narkomfin (Moscou, 1930) Moises Ginzburg

– Edifícios equipados com cozinhas coletivas, creches, salas de estar comuns, etc.

– Procura a reforma da vida cotidiana (a “Byt”) para adequar-se as idéias socialistas;

– Desestruturação da família tradicional, no caso dos apartamentos “tipo f” – sem


cozinha, eram utilizadas cozinhas coletivas.
Edifício Narkomfin_células tipo F

– As células do “tipo k” representam um “modelo de transição” em caminha ao


socialismo ainda com um pequeno espaço de almoço e quitinete.

Edifício Narkomfin_células tipo K


– Acoplamento com um corredor a cada 3 níveis, permite a redução do espaço de
circulação (mais tarde chamado de “3-2 System”)

Edifíco Narkomfin_Apenas duas circulações coletivas eram necessárias para os cinco andares

Edifíco Narkomfin_Maquete_Apenas duas circulações coletivas eram necessárias para os cinco


andares
Edifíco Narkomfin_Maquete_Apenas duas circulações coletivas eram necessárias para os cinco
andares

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