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CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

Arthur Voelz
Juliana Stein
Leandro Bandeira
Taís da Silva
Thaís Novak

ENSAIOS LABORATORIAIS PARA VERIFICAÇÃO DA QUALIDADE DE BLOCOS


CERÂMICOS

Santa Cruz do Sul


2016
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Arthur Voelz
Juliana Stein
Leandro Bandeira
Taís da Silva
Thaís Novak

ENSAIOS LABORATORIAIS PARA VERIFICAÇÃO DA QUALIDADE DE BLOCOS


CERÂMICOS

Trabalho apresentado à disciplina de


Materiais de Construção I, do curso de
Engenharia Civil da Universidade de
Santa Cruz do Sul – UNISC.

Professor: Lucas Alexandre Reginato.

Santa Cruz do Sul


2016
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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 03
2 EQUIPAMENTOS UTILIZADOS ................................................................. 04
2.1. Ensaios de Dimensão ................................................................................. 04
2.2. Índice de Absorção de Água ..................................................................... 04
2.3. Resistência à Compressão ....................................................................... 04
2.4. Teste de Planaridade ................................................................................. 04
3 DESCRIÇÃO DOS ENSAIOS ..................................................................... 05
3.1. Inspeção Visual .......................................................................................... 05
3.2. Características Geométricas .................................................................... 05
3.3. Absorção de Água ..................................................................................... 06
3.4. Resistência à Compressão ....................................................................... 07
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................ 10
4.1. Tabelas com os Resultados dos Ensaios ................................................ 10
4.2. Inspeção Visual ......................................................................................... 10
4.3. Ensaio de Dimensões ................................................................................ 11
4.4. Resistência à Compressão ....................................................................... 12
4.5. Ensaio de Absorção .................................................................................. 12
5 CONCLUSÃO ............................................................................................. 13
REFERÊNCIAS ........................................................................................... 14
ANEXO A .................................................................................................... 15
ANEXO B .................................................................................................... 16
ANEXO C .................................................................................................... 17
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1 INTRODUÇÃO

Com o objetivo de aplicar os conhecimentos teóricos obtidos nas aulas de


Materiais de Construção I, a turma se dirigiu ao Laboratório de Engenharia para a
realização de ensaios referentes à verificação de blocos cerâmicos – tanto por
aspectos físicos, visuais e mecânicos – para aceitação ou rejeição de um lote.
O presente relatório se refere especialmente a blocos cerâmicos de vedação
de seis furos, para outros tipos de blocos existem diferentes especificações e
normas técnicas.
Apenas para efeitos acadêmicos, foram realizados todos os ensaios
laboratoriais, mesmo que alguns dos blocos tenham sido rejeitados em ensaios
anteriores. Alguns dos ensaios, inclusive, foram simplificados para otimizar tempo,
assim sendo, o presente trabalho não possui nenhuma credibilidade técnica e não
deve ser adotado como modelo para aceitação ou rejeição de lotes de blocos
cerâmicos.
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2 EQUIPAMENTOS UTILIZADOS

2.1. Ensaios de Dimensão

 Paquímetro;
 Régua metálica;
 Esquadro 90º;
 Trena.

2.2. Índice de Absorção de Água

 Balança hidrostática;
 Estufa;
 Toalhas.

2.3. Resistência à Compressão

 Prensa hidráulica;
 Colher de pedreiro;
 Cimento;
 Areia.

2.4. Teste de Planaridade

 Régua metálica;
 Superfície plana.
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3 DESCRIÇÃO DOS ENSAIOS

3.1. Inspeção Visual

Os blocos cerâmicos não devem apresentar deformações visuais, tais como


trincas, superfícies irregulares ou qualquer outra deformidade que impeça ou
comprometa suas funções específicas. As características visuais destes devem
atender aos requisitos estabelecidos pela norma brasileira (Fotografia 1).

Fotografia 1 – Blocos cerâmicos

3.2. Características Geométricas

Os ensaios dessa classe têm por objetivo principal verificar a homogeneidade


da fabricação dos blocos cerâmicos.

O desvio em relação ao esquadro visa verificar a perpendicularidade entre a


base do tijolo, onde é feito o assentamento do bloco, e a sua face externa destinada
ao revestimento.

Foram verificadas também as três dimensões principais do bloco (largura,


altura e o comprimento), além da planície das faces, flecha, septos e a espessura
das paredes externas.
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A variação das dimensões individuais não deve ultrapassar 5 mm, já a


tolerância da variação da média destas medidas é 3 mm. A flecha e o desvio em
relação ao esquadro também devem respeitar a máxima dimensão de 3 mm. Os
septos para blocos de vedação devem respeitar a espessura de 6 mm e as paredes
externas a tolerância de 7 mm.

3.3. Absorção de Água

Esse ensaio verifica o percentual de água absorvido pelo bloco cerâmico. De


acordo com a metodologia de ensaio descrito pela norma brasileira, primeiro
determina-se a massa do bloco cerâmico após ter sido colocada em estufa para
secagem. Feito isso, mergulha-se a amostra em água, deixando-a submersa por no
mínimo 24 horas. Desta vez, pesa-se a massa do bloco úmido. Através da razão da
diferença entre os dois valores encontrados, pela massa seca, obtém-se o
percentual de água absorvido pela amostra.

3.4. Resistência à Compressão

Esse ensaio verifica a capacidade de carga que os blocos cerâmicos


suportam quando submetidos a forças exercidas perpendicularmente sobre suas
faces opostas e determina se as amostras oferecem resistência mecânica
adequada.

A resistência é determinada a partir dos resultados obtidos pelas amostras


durante o ensaio ou em função da informação prestada pelo fabricante.

Todas as amostras de blocos cerâmicos de vedação têm de atender ao


requisito mínimo de 1,5 MPa para que o lote seja aceito.

Para o ensaio ser realizado, os blocos precisam ser capeados com uma fina
camada de concreto nas laterais (Fotografias 2 e 3) e nivelados (Fotografia 4).
Depois da secagem do concreto, os blocos são imersos em água durante no mínimo
24 horas (Fotografia 5). Após a remoção dos blocos da imersão (Fotografia 6), eles
são colocados na prensa hidráulica (Fotografia 7) e são submetidos a cargas de
7

compressão até romperem (Fotografia 8 e 9). Verificar anexos para mais


informações referentes ao Ensaio de Compressão realizado.

Fotografia 2 – Bloco sendo capeado

Fotografia 3 – Bloco capeado em um dos lados

Fotografia 4 – Conferência do nível do capeamento


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Fotografia 5 – Blocos imersos na água

Fotografia 6 – Blocos retirados da imersão

Fotografia 7 – Prensa hidráulica


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Fotografia 8 – Bloco sofrendo compressão

Fotografia 9 – Bloco após o rompimento


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4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1. Tabelas com os Resultados dos Ensaios

PLANILHA DE DADOS - BLOCO 90X140X190 (mm)


BLOCO L H (mm) C (mm) MÉDIA DESVIO FLECHA SEPTO PAREDE RESIST. ABSORÇÃO
(mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) COMP. (%)
1 92,66 140,25 190,64 141,18 1,67 1,77 8,90 7,64 -
(MPa) 19,85
2 90,74 139,09 190,28 140,04 1,62 1,35 9,48 7,12 - 17,67
3 91,42 140,41 191,19 141,01 0,32 0,00 4,32 7,23 - 22,25
4 91,86 140,39 191,88 141,38 1,03 1,51 8,56 7,63 1,70 -
5 94,35 139,16 192,19 141,90 1,12 1,90 9,01 7,59 1,84 -
6 91,13 139,18 190,75 140,35 1,71 2,34 8,49 6,99 1,67 -
7 92,20 140,76 192,52 141,83 0,00 1,32 8,27 7,48 - -
8 92,29 138,26 190,63 140,39 1,28 3,32 9,63 8,80 - -
9 92,05 141,25 189,71 141,00 1,77 1,72 8,76 9,29 - -
10 91,98 140,93 193,04 141,98 1,80 1,01 8,83 8,20 - -
11 93,11 139,38 189,93 140,81 2,96 1,49 7,89 8,59 - -
12 91,20 141,16 190,81 141,06 2,49 1,42 9,44 9,61 - -
13 92,36 139,73 190,58 140,89 1,95 2,98 9,21 7,46 - -

ENSAIO DE ABSORÇÃO
BLOCO Msu (g) Mss (g) Mw (g) W (%)
1 2343 1955 388 19,85
2 2277 1935 342 17,67
3 2324 1901 423 22,25

4.2. Inspeção Visual

O lote teria sido rejeitado já nesta primeira avaliação, pois a maioria dos
blocos cerâmicos possuíam fissuras, rachaduras e queimaduras (Fotografias 10 e
11).
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Fotografia 10 – Bloco queimado

Fotografia 11 – Bloco quebrado

4.3. Ensaio de Dimensões

Todos os blocos cerâmicos foram aprovados nas dimensões individuais,


respeitando a tolerância de 5 mm e a média das medidas não ultrapassaram os 3
mm apresentados na norma.
O desvio em relação ao esquadro também foi respeitado por todos os blocos
(3 mm). No entanto, a medida da flecha de um dos blocos ultrapassou o valor
máximo permitido, sendo assim, rejeitado.
Outros dois blocos foram rejeitados, pois não respeitaram as medidas
mínimas de septo (6 mm) e parede (7 mm).
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4.4. Resistência à Compressão

Três corpos de prova foram utilizados para o ensaio de resistência à


compressão, a resistência precisa ser de no mínimo 1,5 MPa. Nesta avaliação, os
três blocos foram aprovados.

4.5. Ensaio de Absorção

Um dos três blocos ultrapassou o valor máximo do Índice de Absorção, que


deveria possuir um valor entre 8% e 22%.
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5 CONCLUSÃO

Mesmo o presente relatório não possuindo credibilidade científica por não


respeitar as especificações das normas referentes a blocos cerâmicos de vedação,
os ensaios realizados foram de grande valia, pois demonstraram o cuidado e a
responsabilidade que engenheiros civis devem ter no recebimento de um lote de
blocos cerâmicos.
É importante frisar que todos os ensaios foram realizados, porém, devido à
grande quantidade de blocos que possuíam rachaduras ou queimaduras, o lote teria
sido recusado já na avaliação visual, não sendo necessários os demais ensaios.
Outra mudança realizada que não respeita a norma é a quantidade de blocos
utilizados nos ensaios, como no caso do cálculo do índice de absorção, que
menciona na norma que seis blocos devem ser utilizados neste ensaio, enquanto
que foram analisados apenas três na amostra deste relatório, assim como na
quantidade de blocos para o ensaio de resistência à compressão, onde também
foram ensaiados somente três blocos cerâmicos.
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REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15270-1:


Componentes cerâmicos. Rio de Janeiro, 2005.

________. NBR 15270-2: Componentes cerâmicos. Rio de Janeiro, 2005.


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ANEXO A

LABORATÓRIO DE ESTRUTURAS

Relatório de Ensaio

Máquina: Emic DL30000N Célula: Trd 30 Extensômetro: - Data: 12/05/2016

Hora: 09:37:03 Trabalho n° 5692

Programa: Tesc versão 3.04 Método de Ensaio: Compressão_Bloco_Cel 200tf

Material: Bloco de Vedação - CP01

Corpo de Área Força Resistência Tempo Incremento


Máxima Ensaio de
Prova Compressão Tensão
(mm2) (kN) (MPa) (s) (MPa/s )
CP 1 17100 29 1.70 63 0.02
Número CPs 1 1 1 1 1
Média 17100 29.03 1.698 63.03 0.02420
Mediana 17100 29.03 1.698 63.03 0.02420
Desv.Padrão * * * * *
Coef.Var.(%) * * * * *
Mínimo 17100 29.03 1.698 63.03 0.02420
Máximo 17100 29.03 1.698 63.03 0.02420
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ANEXO B

LABORATÓRIO DE ESTRUTURAS

Relatório de Ensaio

Máquina: Emic DL30000N Célula: Trd 30 Extensômetro: - Data: 12/05/2016 Hora:


09:43:22 Trabalho n° 5693

Programa: Tesc versão 3.04 Método de Ensaio: Compressão_Bloco_Cel 200tf

Material: Bloco de Vedação - CP02

Corpo de Área Força Resistência Tempo Incremento


Máxima Ensaio de
Prova Compressão Tensão
(mm2) (kN) (MPa) (s) (MPa/s )
CP 1 17100 32 1.84 64 0.03
Número CPs 1 1 1 1 1
Média 17100 31.53 1.844 64.07 0.02609
Mediana 17100 31.53 1.844 64.07 0.02609
Desv.Padrão * * * * *
Coef.Var.(%) * * * * *
Mínimo 17100 31.53 1.844 64.07 0.02609
Máximo 17100 31.53 1.844 64.07 0.02609
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ANEXO C

LABORATÓRIO DE ESTRUTURAS

Relatório de Ensaio

Máquina: Emic DL30000N Célula: Trd 30 Extensômetro: - Data: 12/05/2016 Hora:


09:49:09 Trabalho n° 5694

Programa: Tesc versão 3.04 Método de Ensaio: Compressão_Bloco_Cel 200tf

Material: Bloco de Vedação - CP03

Corpo de Área Força Resistência Tempo Incremento


Máxima Ensaio de
Prova Compressão Tensão
(mm2) (kN) (MPa) (s) ( MPa/s )
CP 1 17100 29 1.67 67 0.02
Número CPs 1 1 1 1 1
Média 17100 28.61 1.673 67.30 0.02230
Mediana 17100 28.61 1.673 67.30 0.02230
Desv.Padrão * * * * *
Coef.Var.(%) * * * * *
Mínimo 17100 28.61 1.673 67.30 0.02230
Máximo 17100 28.61 1.673 67.30 0.02230

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