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DOSSIÊ DO PROFESSOR págin@as 10

TESTES DE AVALIAÇÃO

PROPOSTAS DE RESOLUÇÃO Concluindo, a reflexão amorosa é complexa, porque o sujeito


exprime o seu desejo pela amada, mas canta ao mesmo tempo o
amor do amor. (158 palavras)
TESTES DE AVALIAÇÃO
Grupo II
Grupo I
1. (D); 2. (B); 3. (B); 4. (A); 5: (C);
A. 6.a) Sujeito; b) Complemento do nome;
1. No poema predomina a cor verde. Na verdade, o sujeito refere no 7. c) e e).
mote que os olhos da amada são verdes como os campos e o
limão. Do mesmo modo que as ovelhas se alimentam de erva, o
Grupo III
sentimento amoroso do “eu” permanece vivo através das
lembranças do seu “coração”. Concluindo, o verde, que No passado, a mulher era considerada inferior ao homem e,
representa a natureza, simboliza a beleza da mulher amada. embora o seu papel na sociedade se tenha tornado cada vez
maior, ainda existem muitos desafios a serem enfrentados.
2. No poema, o sujeito poético autocaracteriza-se a nível
emocional. Assim, o “eu” mostra-se enamorado (“assi são os Na verdade, a figura da mulher, de elemento secundário, passou
olhos / do meu coração”) e, por isso, saudoso de um tempo a ser extremamente importante na sociedade atual,
passado (“e eu das lembranças / do meu coração”). Na segunda desempenhando muitas vezes um papel de protagonista. A
volta, deixa transparecer tristeza por ser incompreendido. Em mulher exerce hoje todas as funções que antes eram executadas
conclusão, o sujeito está afetado emocionalmente. pelo homem, e está à frente de grandes pesquisas tecnológicas e
científicas mundiais, desempenha cargos de topo em empresas
3. Este poema é constituído por um mote de quatro versos (quadra)
ou na política, por exemplo.
e duas voltas de oito versos (oitavas). Os versos de cinco sílabas
métricas (redondilha menor), estruturam-se no esquema rimático Mesmo com uma maior presença no mercado de trabalho, ainda
abab/cddccbeb/fggffbab, apresentando rima cruzada (vv. 1 e 3), há uma desigualdade no que se refere aos diferentes géneros,
emparelhada (vv. 9 e 10) e interpolada (vv. 5 e 8). embora elas constituam a maioria apta a pertencer ao mercado
de trabalho. Por exemplo, o número de mulheres que ocupam
B.
cargos de nível superior é diminuto e o seu salário ainda é
4. A relação entre o sujeito poético e o cenário físico é importante proporcionalmente menor do que o dos homens. Em muitas
para a construção do sentido do soneto. sociedades, nascer mulher faz uma enorme diferença porque os
Assim, o “Sol encoberto” (v. 1) e a “luz quieta e duvidosa” (v. 2) papéis, as expectativas, as perspetivas e os modelos são
criam um ambiente propício ao devaneio e à rememoração, diferentes.
naquela “praia” (v. 3) que se torna “deleitosa” (v. 3) por ser o Concluindo, ser mulher hoje, em muitos países, é conquistar o
espaço em que o “eu” se move, “imaginando” a sua “inimiga” seu espaço e decidir por si, mas os desafios continuam a ser
(v. 4). grandes no sentido de construir um mundo igualitário. (198
Concluindo, o cenário interfere na atitude do sujeito. palavras)
5. O sujeito poético traça o retrato da sua “inimiga. Assim,
destacam-se a beleza (“face tão fermosa”), a alegria (“alegre”), a
melancolia (“cuidosa”), a candura (“olhos tão isentos”) e a
instabilidade, pois ora está triste, ora risonha (v. 12). Em suma,
realçam-se essencialmente traços psicológicos.
6. Os dois sonetos esboçam o retrato da mulher que o “eu” idealiza.
Assim, é sobretudo nítida a influência petrarquista em
características expressas por adjetivos como “cuidosa” ou
“doce” e por substantivos abstratos como “serenidade”,
“despejo” e “siso”.
O sujeito chama-lhe “inimiga” ou faz depender dela “a morte e a
vida”, querendo sublinhar que por causa dela não tem mais
sossego. Concluindo, a admiração pela mulher amada consome
as forças do “eu”.
C
7. Camões cantou o amor nas suas múltiplas formas.
Assim, o sofrimento amoroso é frequentemente associado a uma
tortura, do mesmo modo que a saudade é insuportável e faz
desejar a morte (“Alma minha gentil, que te partiste”). O sujeito
exprime frequentemente a sua insatisfação pela infelicidade do
amor ou pelos obstáculos da Fortuna. Deste modo, a experiência
amorosa está muito associada à derrota da razão e ao domínio do
sentimento perante a sedução do amor.
O amor, em Camões, é também visto como uma forma de
elevação a nível espiritual, um sentimento inexplicável e
paradoxal. O conceito de amor é muitas vezes associado a
figuras mitológicas e locais ideais, pois é visto como uma ficção
cuja concretização é impossível. A figura feminina é
frequentemente caracterizada como angelical e etérea à
semelhança do ideal petrarquista.
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