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Materiais utilizados para água quente

Planos de encanamento para residências, edifícios residenciais até edifícios


comerciais precisam antecipar o fornecimento de água quente. Além dos tipos de
tubos oferecidos no mercado. Veja a seguir dicas na hora de instalar o aquecedor de
água.

Quando se pensa em uma instalação de água quente deve se levar em


consideração alguns aspectos:

 Garantir o fornecimento contínuo em quantidade e qualidade suficientes;


 Preservar a qualidade da água conduzida;
 Fornecer o conforto adequado aos usuários da instalação;
 Visar ao melhor uso da água quente, levando em consideração o
consumo de energia.

Por esse motivo, deve-se usar um encanamento adequado para o uso final do
sistema de aquecimento.

A vida útil do sistema, a temperatura máxima de operação, a facilidade de


instalação e o custo da tubulação e conexões devem ser considerados.

Os melhores tubos para água quente são os de cobre FG (ferro galvanizado),


CPVC (policloreto de vinila clorado), PPR (polipropileno copolímero Random) ou Pex
(polietileno reticulado). As peças utilizadas para pontos de consumo são chuveiros,
torneiras e duchas.

Tubulações de (PPR) Polipropileno Copolímero Random


Os tubos e conexões PPR operam em temperaturas médias de até 80°C e são
projetados com uma vida útil média de 50 anos. Muito fácil de instalar, sem fios, sem
anéis de borracha, sem cola plástica.

A conexão é feita por tratamento térmico, onde os tubos e juntas são aquecidos
e montados para formar um tubo contínuo. Esta fusão ocorre usando um aquecedor
de alta temperatura, em torno de 260 °C.
Fonte: AMANCO
Figura – Tubulações PPR

 Vantagens:
 São feitas de material atóxico;
 Livre de corrosão;
 Suportam picos de temperatura e são isentas de incrustações.
 Desvantagens:
 Requerem uso de mão de obra especializada;
 Exigem equipamento de instalação apropriado;
 O processo de instalação é mais longo.

O PPR pode ser utilizado em instalações residenciais e prediais. Como edifícios


e imóveis residenciais e comerciais que necessitam de alta durabilidade e o mínimo
de manutenção.

Lembrando que cada parada para manutenção da rede gera um enorme


transtorno para os usuários.

Se a instalação de água quente for feita corretamente e todos os critérios de


instalação forem atendidos, um PPR será um dos melhores tipos de tubulação para
ser usado em uma instalação de água quente. Pode substituir a instalação de
tubos de cobre e sempre tem uma vantagem econômica. O cobre é em média 20%
mais caro que o PPR.
Tubos de cobre para água quente
Os sistemas de tubos de cobre são feitos por soldagem ou rosqueamento. Eles
podem transportar água fria, água quente ou gás. É um dos materiais mais
resistentes. Eles são bem resistentes à alta pressão e corrosão.

O cobre é um excelente material. Os tubos de cobre compartilham


características comuns em termos de resistência mecânica, durabilidade e
acabamento. No entanto, existem agora opções mais baratas e menos complexas no
mercado para a construção de sistemas de água quente.

Os sistemas de água quente não requerem alta resistência mecânica


(resistência do material), na maioria dos casos. A pressão neste equipamento é
geralmente baixa e há pouca carga nos tubos.

 Vantagens:
 Excelente perspectiva de vida útil;
 Suporta bem altas temperaturas, inclusive superiores a 100°C;
 Excelente resistência mecânica à pressão e à corrosão.
 Desvantagens:
 Em alguns casos requer isolamento térmico;
 Tem custo muito elevado;
 Exige mão de obra especializada;
 Sofre a ação da corrosão.

Portanto, você pode escolher outros materiais como CPVC e PPR. A cada dia
que passa, mais e mais instaladores de aquecedores estão aproveitando isso.

Tubulações Hidráulicas de PEX (Polietileno Reticulado)


A instalação deste sistema tem um benefício direto. Essa instalação segue o
conceito de instalação com conduíte. Isso facilita a manutenção e elimina a
necessidade de derrubar paredes.

 Vantagens:
 Dispensa o uso de conexões como joelho, “T” e outros;
 Suporta temperaturas que variam de –100°C a 95°C;
 São de fácil transporte, por serem leves;
 Rapidez na instalação;
 Resistente a altas pressões e temperaturas;
 Não sofrem corrosão.
 Desvantagens:
 Mão de obra especializada;
 O desconhecimento por parte dos profissionais;
 Baixa resistência a impactos.

O PEX é um material que deve ser apresentado ao mercado. Os custos e a


escassez de mão de obra qualificada são obstáculos ao uso generalizado, buscando
conhecimentos na área de encanamentos para água quente. A facilidade de
instalação é impressionante. Existem também alguns aspectos muito favoráveis,
como a falta de elos intermediários, já que em toda instalação são passíveis pontos
de vazamento. Também podem ser utilizados para o transporte de água quente e fria,
podem conduzir gás, devido a sua resistência mecânica.

Fonte: REPAIRS
Figura – Tubulações de PEX

Canos de CPVC (Policloreto de Vinila Clorado)


O CPVC é uma das tubulações mais utilizadas no mercado de instaladores de
água quente. A facilidade de instalação, junto com seu custo, atrai a maioria dos
instaladores.

O sistema de instalação é semelhante a um tubo soldado a água fria (PVC


marrom). No entanto, existem algumas diferenças como o tipo de cola plástica, as
juntas, o seu diâmetro, com a exceção de que não é necessário lixar.

 Vantagens:
 Facilidade de instalação, dispensando equipamentos especiais;
 Possui um bom isolamento térmico;
 O menor custo do mercado;
 Vida útil média de 50 anos;
 Livre de corrosão.
 Desvantagens:
 As juntas de dilatações para instalações em água quente utilizam adesivo
plástico (cola) para a união entre o tubo e a conexão. Com o tempo e a
exposição a altas temperaturas, pode levar a um ressecamento do adesivo,
ocasionando pontos de vazamentos.

Fonte: REPAIRS

Figura – Canos de CPVC

Dimensionamento das tubulações de água


Para garantir que a água quente seja entregue na temperatura e quantidade
certas, é necessário reunir algumas informações importantes sobre as necessidades
dos usuários deste sistema.

 Quantas pessoas residem na casa?


 Quantos quartos tem a casa?
 Haverá banheiras? Em caso positivo, quantas são e qual o volume de
cada uma?
 Haverá máquina de lavar louças?
 Será necessário, água quente na pia da cozinha e no tanque? Ou somente
nos aparelhos dos banheiros?
 Quantos empregados trabalham no local?

Você pode usar essas informações para determinar o consumo de água quente
e o tamanho ideal do aquecedor para atender ao nível de conforto esperado.

Veja algumas recomendações essenciais:

 A temperatura da água aquecida deve ser de, no máximo, 70°C, a fim de


garantir a segurança dos usuários;
 A utilização de misturadores é obrigatória se houver possibilidade de a água
ultrapassar 40°C, devendo-se ter o cuidado de evitar a inversão da água quente pela
rede de água fria e vice-versa;
 Deve ser levado em consideração o efeito da dilatação e contração térmica
das tubulações, que acontece em função da variação da temperatura da água no
sistema;
 A tubulação de água fria que alimenta os aquecedores deve ser feita com
materiais resistentes à temperatura máxima de água quente (70°C), como os tubos
de CPVC da linha Aquatherm®;

Não conecte a mangueira que alimenta os aquecedores de água fria no gerador


ao ramal de suprimento do tanque, barriletes, colunas de distribuição e válvula de
descarga. O dimensionamento de canos de água quente usa o método gravimétrico
relativo e segue o mesmo procedimento que se aplica ao dimensionamento de canos
de água fria.

O primeiro passo é determinar a soma dos pesos totais dos componentes


utilizados para cada parte do sistema, conforme mostra a tabela.
Tabela:
Aparelho sanitário Volume de água quente que atende Peso
relativo
Banheira Misturador (água quente) 1,0
Bidê Misturador (água quente) 0,1
Chuveiro ou ducha Misturador (água quente) 0,4
Lavatório Torneira ou misturador (água quente) 0,3
Pia de cozinha Torneira ou misturador (água quente) 0,7

Em seguida, deve-se verificar no ábaco abaixo qual o diâmetro do tubo de


CPVC Aquatherm® correspondente ao valor encontrado nesta soma.

Figura – Tabela de Ábaco Exemplo de dimensionamento:

Fonte: TIGRE, 2010

Calcular o diâmetro de um barrilete de Água quente em CPVC, que alimenta


os seguintes pontos de consumo de uma residência: 2 chuveiros, 2 banheiras, 2
lavatórios e pia de cozinha.

a. Primeiramente precisamos somar o peso destas peças de utilização.

2 Banheiras: 2,0
2 Chuveiros: 08

2 Lavatórios: 0,6
Pia da cozinha: 0,7
Soma dos Pesos: 4,1

b. Verificando na Tabela (figura 2.23), vemos que o valor da soma dos pesos
se encontra entre 2,9 e 8,2 os que correspondem ao diâmetro de 28 mm.
Sistemas de coleta e escoamento dos esgotos
O descarte sanitário de águas residuais no meio ambiente está relacionado à
degradação da água e a problemas de saúde pública. Uma rede de esgoto sanitário
(SES) é essencial para a infraestrutura urbana. Essa rede é formada pelas unidades
de coleta, promoção, beneficiamento e destinação final. Essas unidades podem ser
coletivas ou individuais, dependendo das características da comunidade.

Sistema individual
Os sistemas individuais são caracterizados pela coleta e/ou tratamento de uma
pequena porção de esgoto sanitário de áreas residenciais, comerciais e públicas, sem
rede coletora de esgoto.

Normalmente, esse sistema é usado como uma alternativa para o descarte de


águas residuais de locais de produção e não removem poluentes de forma mais
eficiente do que seria observado em outros sistemas.

O grande número e o lançamento difuso de esgoto bruto ou de esgoto


parcialmente tratado nos sistemas individuais, alteram as características dos corpos
d’água, dificultando o monitoramento, o controle da poluição e a contaminação dos
corpos receptores. Apesar disso, a falta de sistemas de esgotamento sanitário na
infraestrutura urbana faz com que as soluções individuais ainda sejam muito utilizadas
no Brasil.
Fonte: Slide To Doc
Figura – Lançamento de efluente de tanque séptico (a) diretamente no corpo
d’água (b) rede de drenagem

Existem também, como alternativa para a falta de rede de esgoto, as fossas


secas e fossas sépticas, que embora muito utilizadas, não são boas alternativas para
o tratamento de águas residuais em áreas densamente povoadas, tendo em vista, a
sua alta eficiência na remoção de poluentes/contaminantes. A contaminação é menor
do que a observada em um sistema de processamento coletivo, devido ao espaço
disponível, porém, só é viável em terrenos privados, porque existe uma dificuldade
para as instituições públicas administrar a construção, operação, manutenção etc.

Usualmente, essas soluções individuais são usadas para águas residuais


domésticas, mas despejar esses resíduos em valas abertas ou diretamente em corpos
d'água é considerado uma solução tecnicamente inadequada e ecologicamente
incorreta.

Fonte: MONTEIRO, 2018

Figura– Solução individual – Tanques sépticos

Sistema coletivo
O crescimento populacional e a redução do espaço livre nas moradias
dificultam a utilização dos sistemas individuais, sendo os coletivos caracterizados
como a solução mais adequada.
Fonte: Blog Monteiroeng
Figura – Esquema do SES convencional

A unidade de coleta que recebe e transporta águas residuais sanitárias, é


formada pela estrutura de ramais prediais, variedades e apêndices. Sempre que
possível, a instalação deve levar em consideração o fluxo da gravidade. Isso evita o
bombeamento de esgoto sanitário e, claro, o custo das obras civis e da energia elétrica.

No entanto, devido à profundidade do coletor, pode ser necessário o uso de


equipamentos eletromecânicos (unidades de bomba) para mover as águas residuais
sanitárias de níveis baixos para níveis altos ou mais distantes.

Todo esgoto sanitário coletado, deve ser encaminhado à unidade de tratamento


para retirada de contaminantes/poluentes e compostos. A unidade realiza atividades
físicas em conjunto com processos químicos e/ou biológicos e o efluente líquido
tratado é devolvido ao meio ambiente. Na maioria das vezes, a água tratada retorna
à natureza, sendo descartada em algum corpo d’água próximo da estação de
tratamento.

Sistema predial de esgotos


O Sistema de Esgoto Sanitário Predial (SPES) é um conjunto de tubulações
com as seguintes características:

 Coletar e conduzir os efluentes gerados nos equipamentos sanitários a


uma rede pública de coleta ou sistema particular de tratamento;
 Conduzir os gases para a atmosfera e evitar o encaminhamento aos
ambientes sanitários.
Assim, o SPES compõe-se de dois subsistemas: o subsistema de coleta e
transporte de esgoto sanitário e o subsistema de ventilação.

São requisitos básicos, conforme a NBR 8160 (ABNT, 1999):

 Garantir a qualidade da água de consumo;


 Permitir o rápido escoamento da água utilizada e dos despejos introduzidos,
evitando a ocorrência de vazamentos e a formação de depósitos no interior das
tubulações;
 Impedir que os gases provenientes do interior do SPES atinjam áreas de
utilização;
 Separar o esgoto sanitário das águas pluviais.

Componentes do SPES
Agora conheceremos os componentes do Sistema Predial de Esgotos, desde
seu início até o despejo na rede de esgoto.

 Ramal de descarga: as tubulações recebem as águas residuais diretamente


das instalações sanitárias;
 Desconectores e sifão: uma parte que contém uma camada de líquido
chamada "fecho hídrico". Sendo essencial para evitar a passagem do gás
presente no dreno. A norma brasileira NBR 8160 recomenda altura mínima de
5 cm para a altura dos fechos hídricos da desconectores. São exemplos de
desconectores: sifões tipo S, tipo P e tipo garrafa caixa sifonada.

Fonte: e-Disciplinas USP


Figura – Componentes do SPES
 Caixa sifonada: recebe o esgoto de lavatórios, cubas, box, tanques e pias. Evita
que o gás do esgoto retorne ao ambiente interno. Também, é possível captar
água para a limpeza do piso através da grade superior e proteger o equipamento
da invasão de insetos graças ao bloqueador d’água;
 Ralos: são caixas que possuem grelha na parte superior e recebem as águas
de chuveiros ou de lavagem de pisos. Se contiverem sifão, chamamos de ralos
sifonados.

Podemos citar alguns tipos de ralo existentes no mercado:

 Ralo com saída articuladora: equipado com sistema de retenção para evitar
o entupimento do sistema de esgoto e perda de objetos;
 Ralo antiespuma: esta é a melhor opção para evitar o refluxo de bolhas pelo
ralo ou sifão. Pode ser instalado em todos os ralos e sifões da casa;
 Ralo anti-infriltraçāo: retém a água na área permeável entre o piso, o sistema
impermeabilizante e a guia dentro do sifão, evitando que ela se infiltre no fundo
da laje ou piso;
 Ralo linear: a peculiaridade do dreno linear é que ele cobre a área onde é
instalado do início ao fim. Fixado na caixa do sifonada, pode ser usado no
chuveiro ou como ralo de ambiente.

Fonte: https://bit.ly/3zhSYvS

Figura – Ralo linear


Existem outros componentes que fazem parte da tubulação que encaminha a
água para o esgoto, dentre eles, podemos citar:

 Ramal de esgoto: tubo horizontal que recebe os efluentes diretamente de um


ramal de descarga ou de uma chave seccionadora;
 Tubo de queda: um tubo vertical que recebe águas residuais de ramais de
drenagem, ramais de esgoto e subcoletores;
 Tubo ventilador e coluna de ventilação: é uma extensão do tubo que sobe
até o telhado do edifício, cujo topo é aberto a atmosfera. A coluna de ventilação
de águas residuais tem a função de dissipar o ar contido na tubulação para a
atmosfera;
 Ramal de ventilação: Um tubo que se conecta a um desconector ou ramal de
esgoto, de um ou mais sistemas de encanamento, e a uma coluna de ventilação
ou duto de ventilador primário;
 Subcoletor: Um tubo horizontal que recebe águas residuais de um ou mais
tubos de queda ou ramais de esgoto.

Caixas de inspeção e gordura


A caixa de inspeção é o elemento de um sistema de coleta de esgoto sanitário
que tem a capacidade de eliminar o entupimento de canos, facilitar as operações de
limpeza e desbloqueio e desbloquear caixas de passagem que são responsáveis pelo
recebimento de líquidos e resíduos de todas as dependências da casa. Essas caixas
são colocadas nas interligações com as das tubulações especiais e transportam a
água de dentro da casa para a rede de esgoto.

Já as caixas de gordura capturam as águas residuais e as “limpam” antes que


cheguem ao esgoto.
Figura – Caixa de inspeção
Fonte: https://bit.ly/3875vGE. Acesso em: 7 jul. 2021.

Fonte: https://bit.ly/3B9WQQk.

Figura – Caixa de gordura


Caixa múltipla
As caixas múltiplas podem ser usadas para garantir que o dreno esteja livre de
obstruções sem danificar o solo. Também facilita e agiliza a limpeza, montagem,
inclinação e reorientação de tubos externos.

Fonte: https://bit.ly/3zeKwxJ
Figura – Caixa múltipla

Coletor predial
Um coletor predial é um tubo horizontal entre a inserção final do subcoletor
auxiliar, caixa de inspeção e o sistema de coletor público.

Fonte: https://bit.ly/3gwCs3M

Figura – Coletor predial

Válvula de retençāo
É uma válvula de retenção para esgoto que evita o refluxo de esgotos públicos
e invasão de animais (roedores), é de fácil instalação. A extremidade é alisada apenas
prendendo o anel na bolsa, chanfrando as pontas dos tubos, parte do tubo recebe a
válvula e o coloca nas bolsas.

Fonte: https://cdn.awsli.com.br/537/537568/arquivos/Capturar.JPG

Figura– Válvula de retenção

Fonte: https://bit.ly/3maGO2T
Figura – Esquema de montagem de válvula de retenção

Tubulações
As tubulações de encanamento do sistema de esgoto de um edifício consistem
em ramais de drenagem e esgoto, calha, subcoletores e coletores. As conexões têm
a função de conectar tubos, louças sanitárias e equipamentos. Elas permitem a
alteração da direção e do diâmetro dos tubos. Existem vários tipos de formatos e
funções desses tubos, por exemplo, tubos em forma de T, cotovelo, articulação única
etc.
Figura – Conexões do sistema predial de esgoto sanitário

O deslocamento horizontal das tubulações de esgoto deve ser feito em peças


com ângulo central de 45° ou menos. Como resultado, as conexões padrão permitem
desvios de 45° ou 90° (vertical ou horizontal). Atualmente, algumas conexões sempre
permitem desvios com ângulos variáveis menores que 45°. Esse tipo de conexão evita
que o tubo superaqueça e cause desalinhamento.

Fonte: SUZUKI, 2015


Figura – Desvios de ângulos na tubulação
Dispositivos de inspeção
Esses são elementos adicionais que permitem acessar o interior do sistema
para a inspeção, desobstruções e eventuais remoções. Conectar-se a uma das
ramificações por meio de um plug ou cap, dispositivo de teste amplamente utilizado.

Fonte: SUZUKI, 2015

Figura – Caixas de inspeção

Exemplo de escoamento de esgoto em um banheiro


A caixa sifonada (CS) não atua apenas como um desconector, mas, também,
como uma caixa de passagem de águas residuais de outros equipamentos de
banheiro. É prática comum conectar águas residuais de um ralo seco (RS), lavatórios,
banheira ou bidê a um sifão e, em seguida, conectar sua saída à tubulação primária
do ambiente.

No exemplo abaixo, os ramais de descarga do ralo do chuveiro e pia (RS)


passam pela caixa sifonada (CS) e são enviados para a tubulação principal onde se
juntam ao esgoto da bacia sanitária. O ramal de esgoto é direcionado para o exterior
do ambiente. Existe um tubo de ventilação próximo da saída do sifão para evitar danos
ao seccionador.

O projeto é representado em uma forma unifilar. Em um sistema de fio único, a


linha contínua representa o tubulação primária, a linha tracejada representa a
tubulação secundária e a linha pontilhada representa o tubo de ventilação do esgoto.
Fonte: SUZUKI, 2015

Figura – Croqui – Exemplo de esgoto de um banheiro

Fonte: SUZUKI, 2015


Figura – Simbologia técnica de itens de esgoto sanitário

No banheiro de um edificio, o sistema de drenagem dos ramais de esgoto é


uma tubulação horizontal que leva a uma tubulação vertical, denominada tubo de
queda (TQ). O tubo de queda inferior deve passar pelo Shaft para facilitar uma
manutenção futura. Ao lado do tubo de queda está um cano (TV) que é responsável
pela ventilação das ramificações da caixa sifonada. A extensão do Tubo de queda
(TQ) acima dos andares superiores também contribui para a ventilação do duto
primario (VP).

Fonte: SUZUKI, 2015


Figura – Exemplo de banheiro em edifício

Representacāo da coleta do esgoto em residências


Nos ambientes residenciais, os ramais de esgoto devem estar voltado para o
lado de fora da casa. A linha de exaustão da cozinha não pode ser conectada
diretamente ao coletor ou subcoletores. Os ralos de cozinha contêm óleo e graxa
que podem entupir os canos.
Fonte: SUZUKI, 2015
Figura – Croqui de representação de caixa de gordura e caixa de inspeçāo

Esses óleos e gorduras não podem ser lançados no sistema de esgoto e devem
ser retidos nas caixas de gordura (CG). As caixas de gordura podem ser moldadas in
loco ou adquiridas prontas no mercado.

Medidas de segurança para as edificações


A segurança de uma estrutura de edifício, em caso de incêndio, está
relacionada com a resistência ao fogo da estrutura, definida como a propriedade da
parte do edifício que suporta os efeitos de um incêndio por um período (especificado
pelas normas técnicas oficiais) e mantém a integridade e resistência a gases e
retardadores de chamas ou propriedades de isolamento.

Parte da construção de um edifício é destinada a prevenir ou retardar a


propagação de um incêndio. Este nível de proteção é embutido na estrutura física do
edifício e conhecido como medida de proteção passiva, são exemplos: áreas, shafts,
compartimentos de dutos, ventilação, entradas e saídas, gerenciamento de materiais
de acabamento, resistência ao fogo de estruturas, saídas de emergência, escadas etc.

O Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo levantou essa questão na área


de segurança contra incêndios através do IT n. 08 (segurança estrutural de edifícios
– resistência ao fogo de elementos de construção) contido no Decreto Estadual n.
46.076/2001 (SÃO PAULO, 2001) (Regulamento de incêndio para edifícios
governamentais e áreas de risco do estado de São Paulo).

A estrutura de um edifício é essencialmente composta por colunas, vigas e


pisos, que estão relacionados com a estabilidade física do edifício. A resistência
estrutural ao fogo necessária (TRRF) é definida pela norma, geralmente 30-240
minutos, com os tempos mais comuns sendo 30, 60, 90 e 120 minutos.

Teoricamente, esse estágio é quando a estrutura ainda está intacta e estável.


O objetivo da segurança estrutural é manter a integridade e estabilidade do edifício
dentro do intervalo especificado na segurança e no período estabelecido em normas
técnicas. No estado de São Paulo, a norma a ser seguida é a IT nº 08 e é amplamente
aceito que esse período mínimo exigido para a norma seja suficiente para:

 Permitir que os residentes saiam do prédio com segurança;


 Possibilitar que as condições para o uso razoável dos meios de apoio público,
são tempo suficiente para a realização das operações de resgate (pessoas retidas) e
de combate a incêndios (extinção), em seus próprios meios, equipamentos e recursos
humanos, garantindo a possibilidade de acesso operacional;
 Minimizar os danos ao próprio edifício, aos edifícios adjacentes e ao meio
ambiente.
Após este período, o colapso é teoricamente aceitável (colapso estrutural).
Portanto, as operações de resgate e combate a incêndios devem ser bem-sucedidas
nesse tempo.

Compartimentação
A compartimentação por zona trata de medidas de proteção contra incêndio,
que consistem em elementos retardadores de fogo no edifício, projetados para
prevenir ou minimizar a propagação de fogo, calor e gás dentro e fora do edifício e nos
andares que o segue.

Compartimentação horizontal
As medidas de proteção incluem elementos à prova de fogo que se separam
do ambiente para que o fogo seja contido onde ocorre, e para evitar que o fogo se
propague em um plano horizontal. Esse conceito contém os elementos de vedação
descritos a seguir:

 Paredes corta-fogo de compartimentação de áreas;


 Portas e vedadores corta-fogo nas paredes de compartimentação de áreas;
 Selagem corta-fogo nas passagens das instalações prediais que existem
nas paredes de compartimentação;
 Registros corta-fogo nas tubulações de ventilação e de ar-condicionado
que transpassam as paredes de compartimentação;
 Paredes corta-fogo de isolamento de riscos entre unidades autônomas;
 Paredes corta-fogo entre unidades autônomas e áreas comuns;
 Portas corta-fogo de ingresso de unidades autônomas.

A compartimentação horizontal é constituída dos seguintes elementos:

 Paredes corta-fogo de compartimentação;


 Portas corta-fogo;
 Vedadores corta-fogo;
 Registros corta-fogo (dampers);
 Selos corta-fogo;
 Afastamento horizontal entre aberturas.

Os aspectos operacionais da compartimentação horizontal são:

 Grandes divisórias de galpão usadas para limitar a propagação do fogo;


 As portas corta-fogo existentes na divisória podem ser de dois tipos para
uso humano (largura 0,80 m) e dois tipos com fecho automático, do tipo
industrial;
 As outras aberturas na parede do compartimento requerem um elemento
corta-fogo, com a mesma capacidade de carga da parede;
 A área subdividida funciona como uma área escondida, mas sempre será
necessário procurar uma saída de emergência para sair dessa área.
Para ambientes particularmente horizontais, os seguintes requisitos são
necessários:

 Ser resistente ao fogo por pelo menos 120 minutos;


 A parede corta-fogo deve ser construída entre andares e, devidamente
conectada à estrutura do edifício por reforços apropriados para evitar o colapso;
 Se a cobertura da edificação (estrutura ou telhado) possuir materiais de
construção inflamáveis, a parede contrafogo deve ser, pelo menos, 1 metro mais
alta do que a linha do telhado;
 As paredes de compartimentação poderão ter aberturas para pessoas, materiais,
eletrodutos, encanamentos e dutos de ar-condicionado, entretanto, essas
aberturas devem dispor de elementos de compartimentação resistentes ao fogo,
como portas corta-fogo, registros de alarmes de incêndio (dampers). Esse último
pode ser ativado manual ou automaticamente por meio de um detector de
fumaça e um sistema de detecção e deve ser resistente ao fogo por no mínimo
90 minutos;
 As aberturas localizadas na mesma fachada, em ambos os lados da parede
corta-fogo, devem ter 2 metros de comprimento, razoavelmente fixas à parede
corta- fogo, e ter a mesma resistência ao fogo, ou seja, em pelo menos 120
minutos.

Compartimentação vertical
As medidas de proteção incluem elementos de construção retardadores de fogo
que separam os pisos consecutivos uns dos outros. Isso evita incêndios na fonte e
evita a propagação do fogo em superfícies verticais. Portanto, a compartimentação
vertical serve para evitar a propagação do incêndio por convecção. Quando as
aberturas (shafts) não têm esses elementos de compartimentação, a propagação do
incêndio pode ocorrer por elas.

As escadas enclausuradas nos prédios elevados servem como área de


progressão para o combate a incêndio e retirada de pessoas. Já os elevadores
comuns, não devem ser utilizados como rota de fuga, pois não possuem elementos
resistentes ao fogo e de vedação, conforme descritos abaixo:
 Entrepisos ou lajes corta-fogo de compartimentação de áreas;
 Vedadores corta-fogo nos entrepisos ou lajes corta-fogo;
 Enclausuramento de dutos (shafts) por meio de paredes corta-fogo;
 Enclausuramento das escadas por meio de paredes e portas corta-fogo;
 Selagem corta-fogo dos dutos (shafts) na altura dos pisos e entrepisos;
 Paredes resistentes ao fogo na envoltória do edifício;
 Parapeitos ou abas resistentes ao fogo, separando aberturas de pavimentos
consecutivos;
 Registros corta-fogo nas aberturas em cada pavimento dos dutos de
ventilação e de ar-condicionado.

Elementos estruturais da compartimentação vertical


 Entrepisos corta-fogo;
 Enclausuramento de escadas por meio de parede corta-fogo;
 Enclausuramento de elevadores, monta-carga e poços para outras
finalidades e porta para-chama;
 Selos corta-fogo;
 Registros corta-fogo (dampers);
 Vedadores corta-fogo;
 Elementos construtivos corta-fogo/para-chama de separação vertical entre
pavimentos consecutivos;
 Selagem perimetral corta-fogo.

Resumindo:
A compartimentação horizontal visa evitar a propagação do fogo do pavimentooriginal
para outros ambientes no plano horizontal.

A compartimentação vertical se destina a evitar a propagação do fogo nadireção vertical,


ou seja, entre pavimentos continuamente elevados.

Sistemas de hidrantes
O sistema de proteção contra incêndio utiliza um sistema hidráulico que aplica
água e apaga o incêndio por meio do resfriamento e da sua extinção. Os hidrantes
em todos os edifícios devem ser inspecionados. A coluna de água pode ser instalada
interna ou externamente.

Os hidrantes devem ser posicionados próximos às saídas, dentro de 5 (cinco)


metros de portas, escadas ou antecâmaras e, possivelmente, no centro para completar
a cobertura de risco. Em arranha-céus, eles devem ser colocados perto da escada de
incêndio ou do caminho do subsolo e não são permitidos dentro de caixas de escadas
públicas ou escadas de segurança.

Certifique-se de que estejam orientados e intactos, ou seja, sejam facilmente


visíveis e tenham livre acesso para manusear as tubulações e acessórios
armazenados no abrigo. As canalizações de água potável devem ser pintadas de
vermelho, não de PVC ou amianto.

Todos os terminais requerem um conector rápido de 63 mm. Alternativamente,


deve ser reduzido para 38 mm dependendo da ocupação. Ao lado de cada hidrante,
é necessário um abrigo com mangueira e esguicho.

A sinalização poderá ser por setas indicativas, de coluna ou de solo.

Observe que, considerando que a tubulação 30 m passa pelo trecho existente,


todos os pontos do edifício devem ser protegidos pelo hidrante mais próximo.

Para a indústria, o projeto pode ter sido desenvolvido com base na Circular
SUSEP, de forma que cada ponto deve ser protegido por dois jatos ao mesmo tempo
(até 10 m). Portanto, existem dois hidrantes.

Se o hidrante estiver fora e a mais de 15 m do edifício ou mais de 1,5 vezes a


altura da parede, considere mangueira de 60 m. Todos os hidrantes são alinhados a
63 mm e devem ser instalados a uma altura de 1 m a 1,5 m. O diâmetro mínimo
do tubo é de 63 mm e deve ser independente da rede normal.

Mezaninos, escritórios, edículas nos andares superiores; porões, subsolos ou


zeladoria de serviços de até 200 metros quadrados, podem ser protegidos por
hidrantes no andar mais próximo, a menos que haja escadas enclausuradas.

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