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Lesões Fundamentais e Neoplasias
Lesões Fundamentais e Neoplasias
ª Cássia
SES-DF (Cirurgião Dentista)
Conhecimentos Específicos - 2022
(Pós-Edital)
Autor:
Cássia Reginato, Mirela Sangoi
Barreto, Thaysa Vianna, Renata
Pereira de Sousa Barbosa
26 de Abril de 2022
Sumário
1- Diagnóstico .................................................................................................................................................. 3
2.3 - Uso de tabaco sem fumaça e ceratose do tabaco sem fumaça ............................................... 17
5- Gabarito ...................................................................................................................................................... 89
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7- Resumo ...................................................................................................................................................... 92
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1- DIAGNÓSTICO
O exame clínico é o primeiro e mais importante passo para o diagnóstico das lesões bucais.
Antes de iniciarmos o estudo das patologias é fundamental revisar a forma correta de descrever as lesões
evidenciadas durante o exame clínico.
Mácula - Área focal de alteração de coloração, que não é elevada ou deprimida em relação aos tecidos
circunjacentes.
Pápula - Lesão sólida e elevada, com menos de 5 mm de diâmetro.
Nódulo - Lesão sólida e elevada, com mais de 5 mm de diâmetro.
Séssil - Descrição de um tumor ou crescimento no qual a base é a região mais larga da lesão.
Pediculado - Descrição de um tumor ou crescimento no qual a base é mais estreita que a parte mais larga da
lesão.
Papilar - Descrição de um tumor ou crescimento exibindo numerosas projeções de superfície.
Verrucoso - Descrição de um tumor ou crescimento que exibe uma superfície rugosa e verrucosa. Vesícula -
Bolha superficial, com 5 mm ou menos de diâmetro, frequentemente preenchida por um líquido claro.
Bolha - Vesícula grande, com mais de 5 mm de diâmetro. Pústula. Vesícula ou bolha preenchida por exsudato
purulento
Úlcera - Lesão caracterizada pela perda do epitélio de superfície e frequentemente parte do tecido
conjuntivo subjacente. Em geral, aparece deprimida ou escavada.
Erosão - Lesão superficial, muitas vezes originando-se secundariamente à ruptura de uma vesícula ou bolha,
que é caracterizada por perda parcial ou total do epitélio de superfície.
Fissura - Ulceração estreita, semelhante a uma fenda ou sulco.
Placa - Lesão ligeiramente elevada que apresenta superfície plana.
Petéquia - Área de hemorragia puntiforme e circular.
Equimose - Área de hemorragia não elevada, maior que uma petéquia.
Telangiectasia - Lesão vascular causada pela dilatação de pequenos vasos sanguíneos superficiais.
Cisto - Cavidade patológica revestida por epitélio, muitas vezes preenchida por material líquido ou
semissólido.
Unilocular - Descrição de uma lesão radiolúcida contendo apenas um compartimento.
Multilocular- Descrição de uma lesão radiolúcida contendo diversos ou muitos compartimentos
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a) Mácula
b) Bolha
c) Pápula
d) úlcera
Comentários:
A úlcera é uma lesão caracterizada por perda de epitélio e parte do tecido conjuntivo, produzida por
desprendimento do tecido necrótico. Geralmente assume aparência deprimida. A alternativa correta
é a letra D.
a) Mácula
b) Bolha
c) Pápula
d) úlcera
Comentários:
A mácula é uma alteração circunscrita na coloração ou textura da mucosa, não é elevada ou deprimida
em relação aos tecidos circunjacentes. A alternativa correta é a letra A
a) uma mácula
b) uma pápula
c) uma úlcera
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d) uma erosão
e) um líquen
Comentários:
A mácula uma alteração circunscrita na coloração ou textura da mucosa, não é elevada ou deprimida
em relação aos tecidos circunjacentes. A alternativa correta é a letra A.
Você costuma atender pacientes todos os dias e ao examiná-los, geralmente, observa aspecto de
normalidade dos tecidos. Porém ao avaliar um paciente percebeu uma aparência diferente em sua mucosa.
E agora, o que fazer? Vamos entender um pouco sobre alguns recursos utilizados na estomatologia para
avaliar as lesões orais?
A citologia esfoliativa, também conhecida como exame de Papanicolau, é um exame complementar e como
o próprio nome diz: avalia células que esfoliaram naturalmente do epitélio da mucosa bucal (as células
colhidas são depositadas em uma lâmina de vidro, coradas e analisadas em microscópio).
A citologia esfoliativa tem como principal finalidade a detecção de tumores malignos (câncer).
➢ No diagnóstico de lesões ulceradas que persistam na mucosa bucal, inalteradas, ou que não
apresentam sinais de melhora espontânea ou com tratamento.
➢ No diagnóstico de lesões que seriam submetidas à biópsia.
➢ Em lesões extensas ou múltiplas, selecionando o local mais adequado para realização da biópsia.
➢ No controle de áreas submetidas a radioterapia, onde se observam alterações típicas de radiação.
➢ No controle da evolução de certas doenças.
➢ No controle de lesões cancerizáveis e de áreas onde houve remissão de tumor maligno em pacientes
que, de alguma forma, estão impedidos de realizar intervenção cruenta.
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A citologia esfoliativa possui como vantagens a facilidade de realização, não necessitar de incisão, não ser
invasiva ou traumática e não apresentar complicações após o procedimento. Além disso, permite escolher o
melhor local para realização da biópsia. Cabe destacar que esse exame não substitui a biópsia mas pode
dispensar a realização da biópsia se demonstrar que a lesão apresenta caráter benigno (nos casos de
confirmação de malignidade é necessário realizar a biópsia pois ela permite avaliar o grau de diferenciação,
o tipo histológico, a infiltração, o comprometimento regional e a margem de segurança a ser adotada no
tratamento).
1.2.2 - Biópsia
A biópsia (palavra tão temida por muitos pacientes) é um exame complementar que consiste na remoção
de tecido para avaliação e confirmação diagnóstica (sabemos que muitas lesões se parecem e que apenas
o anatomopatológico é capaz de estabelecer o diagnóstico). Agora entenda a diferença: a citologia
esfoliativa estuda as células e a biópsia estuda os tecidos!
Obs: Silvio Boraks (2013) afirma que a biópsia pode ser indicada para a pesquisa de câncer e de doenças
sistêmicas.
São consideradas por Hupp et al. áreas de alto risco e que devem ser monitoradas: assoalho da boca, as
superfícies lateral e ventral da língua e as mucosas vestibular e do lábio inferior. Além dessas, as
eritroplasias (áreas avermelhadas) ou áreas ásperas dentro de uma leucoplasia também merecem atenção
durante o exame do paciente.
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O teste de Shedde utiliza o azul de toluidina e cora o local mais indicado para realizar a biópsia
em uma lesão com suspeita de câncer.
➢ Biópsia excisional: é o procedimento que realiza a remoção completa da lesão. É indicada para
lesões pequenas e, muitas vezes, por remover toda a lesão, acaba sendo o próprio o tratamento.
A biópsia pode ser realizada com bisturi, por agulha ou por escova (brush). A biópsia com a utilização de
bisturi pode ser incisional ou excisional. A biópsia por agulha pode ser realizada com agulha de grosso calibre
(14G), com agulha de fina (PAAF) ou com agulha "cortante" (BAC). Na PAAF a agulha é introduzida e retirada
de forma repetida para coletar material de lesões em locais de difícil acesso ou próximas a estruturas
importantes (para evitar lesão).
Você também pode encontrar o termo "punch" que é um instrumento cilíndrico cortante para biópsia que
penetra até a profundidade necessária para remoção de tecido.
Agora alguns cuidados que devem ser tomados durante o procedimento de biópsia:
➢ para a anestesia da região a ser biopsiada é preferível o bloqueio anestésico pois a anestesia
infiltrativa pode resultar em incorporação do anestésico no espécime cirúrgico (pode resultar em
distorção da arquitetura celular do espécime).
➢ quando for realizada a anestesia do tipo infiltrativa, o anestésico deve ser injetado a pelo menos 1
cm do perímetro da lesão (de forma periférica).
➢ forma de apreensão do espécime após a sua remoção: a peça não deve ser comprimida com a pinça.
➢ após o procedimento, a peça deve ser armazenada em formol a 10% (considerado fixador universal),
o volume no frasco deve ser de 10 a 20 vezes maior que o volume da peça (é importante que a peça
fique totalmente imersa).
Silvio Boraks (2013) acrescenta que cuidados devem ser tomados em pacientes com suspeita de melanoma
(tende a proliferar quando traumatizado e, por isso, em lesões de dimensões reduzidas, o autor aconselha a
biópsia excisional com margem de segurança) e hemangioma (risco de sangramento de difícil hemostasia).
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Comentários:
A biópsia incisional é aquela em que remove-se parte da lesão para análise. Lesões pequenas são
preferncialmente removidas por biópsia excisional. A alternativa correta é a letra A.
b) o esfregaço citológico substitui a biópsia para obtermos um diagnóstico preciso na maioria dos
casos.
e) examinar glândulas salivares e a cadeia de linfonodos de cabeça e pescoço fazem parte do exame
físico do paciente.
Comentários:
A citologia esfoliativa tem como principal finalidade a detecção de tumores malignos, também auxilia
no diagnóstico de doenças virais, bacterianas e fúngicas, mas não substitui a biópsia por não
determinar o tipo de lesão maligna. A alternativa correta é a letra B.
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a) F-F-V
b) V-F-V
c) V-V-F
d) V-F-F
e) F-V-F
Comentários:
Preferencialmente deve ser realizado o bloqueio anestésico, nos casos em que se realiza a técnica
infiltrativa essa deve ser periférica ao tecido a ser biopsiado. A alternativa correta é a letra D.
Comentários:
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2 – LESÕES CANCERIZÁVEIS
2.1 - Leucoplasia
Você com certeza já leu a seguinte definição de leucoplasia: “uma placa ou mancha branca que não pode
ser caracterizada clínica ou patologicamente como qualquer outra doença.” A literatura ressalta o fato de
esse ser um termo estritamente clínico e sem implicação histopatológica, ou seja, sem alteração específica
do tecido.
E como as questões gostam de cobrar a leucoplasia?? Geralmente é dado um caso clínico e entre as
alternativas você encontrará entidades como líquen plano, morsicatio (o mordiscar crônico das bochechas),
ceratose friccional, ceratose da bolsa de tabaco, estomatite nicotínica, leucoedema, nevo branco esponjoso
e a própria leucoplasia. As questões gostam de induzir o aluno ao erro, apresentando lesões brancas
semelhantes.
Apesar de a leucoplasia não estar associada a um diagnóstico histopatológico específico, ela é muito
importante pois é considerada uma lesão pré-cancerosa ou pré-maligna. Talvez você esteja se perguntando:
"mas o que é uma lesão potencialmente maligna ou pré-maligna?". De acordo com Neville et al. (2016) é um
tecido benigno, morfologicamente alterado, maior do que o normal e que apresenta transformação maligna.
Que tal vermos a lista das lesões consideradas potencialmente malignas que acometem a mucosa oral,
faríngea e laríngea?
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A leucoplasia é a lesão potencialmente maligna oral mais comum (= 85% das lesões)
A etiologia da leucoplasia ainda é incerta, mas diversos fatores têm sido apontados:
Tabaco
Álcool
Sanguinaria
Radiação ultravioleta
Microrganimos
Trauma
a) Tabaco: Mais de 80% dos pacientes com leucoplasia são tabagistas. O hábito do tabaco sem fumaça
produz está relacionado ao desenvolvimento de uma placa branca clinicamente distinta, denominada
ceratose da bolsa de tabaco. Essa lesão provavelmente não é uma leucoplasia verdadeira.
b) Álcool: O álcool parece ter um forte efeito sinérgico com o tabaco em relação à gênese do câncer oral.
Pessoas que utilizam excessivamente enxaguatórios bucais com teor alcoólico de mais de 25% podem ter
placas mucosas jugais acinzentadas, porém essas não são consideradas leucoplasias verdadeiras.
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De acordo com Regezi et al., os efeitos do álcool estão relacionados à sua capacidade de
irritar a mucosa e de agir como um solvente para os demais carcinógenos.
c) Sanguinária: Pessoas que utilizam dentifrícios ou enxaguatórios bucais contendo o extrato da erva
sanguinária podem desenvolver leucoplasia chamada de "ceratose associada à sanguinária". Ela geralmente
se localiza no vestíbulo ou na mucosa alveolar da maxila. Algumas lesões podem persistir por anos, mesmo
após a suspensão do produto.
d) Radiação ultravioleta: é apontada como um fator causal da leucoplasia de vermelhão de lábio inferior.
Essa lesão geralmente está associada à queilose actínica.
De acordo com Regezi et al., são fatores relacionados ao desenvolvimento de câncer a dose
cumulativa de luz solar e a quantidade de proteção dos pigmentos naturais. A radiação UVB
(2.900 a 3.200) é considerada mais carcinogênica do que a luz UVA (3.200 a 3.400).
e) Microrganismos: Vários microrganismos têm sido associados à etiologia da leucoplasia como o a Candida
albicans na leucoplasia ou hiperplasia por candida (pelo potencial de produzir um carcinógeno, o N-
nitrosobenzilmetilamina) e o papilomavírus humano (HPV, subtipos 16 e 18) em especial no CEC de tonsilas
(60% dos casos).
Estudos sugerem que as bactérias da cavidade bucal podem interagir com o tabaco e o álcool (o etanol é
metabolizado em acetaldeído carcinogênico por microrganismos como Streptococcus e Candida).
Exemplos: Estomatite nicotínica é uma lesão generalizada de cor branca no palato, que parece ser uma
hiperqueratose em resposta ao calor gerado pelo fumo do tabaco (geralmente cachimbo) em vez de uma
resposta aos carcinógenos do fumo. O seu potencial de transformação maligna é o mesmo da mucosa normal
do palato
Ceratose friccional: uma lesão branca com superfície áspera cuja causa é a irritação crônica da superfície
(geralmente de causa mecânica).
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A leucoplasia apresenta forte predileção pelo gênero masculino (cerca de 8% nos homens com mais de 70
anos), e geralmente afeta indivíduos com mais de 40 anos. Agora uma informação interessante: estudos
têm mostrado que a leucoplasia ocorre, aproximadamente, de 5 anos antes da ocorrência do carcinoma de
células escamosas oral. Cerca de 70% dos casos ocorrem no vermelhão do lábio, mucosa jugal e gengiva;
e 90% das leucoplasias que exibem displasia ou carcinoma ocorrem na língua, vermelhão do lábio e soalho
de boca.
A LVP é caracterizada pelo desenvolvimento lento e progressivo de múltiplas placas ceratóticas com
projeções de superfície rugosas que, com a progressão, assumem um aspecto exofítico e verrucoso
assemelhando-se ao carcinoma verrucoso. A LPV geralmente afeta a gengiva e apresenta forte predileção
pelo gênero feminino (1:4 razão homem-mulher). Nenhuma associação com o uso de tabaco tem sido feita
à LPV. Mesmo com a terapia a lesão não apresenta regressão; e com a evolução transforma-se em um
carcinoma de células escamosas geralmente dentro de um período de 8 anos após o diagnóstico inicial.
Tratamento e prognóstico: A conduta diante das leucoplasias deve ser de biopsiar a área para obter o
diagnóstico histopatológico e conduzir o tratamento mais adequado. As leucoplasias sem displasias devem
ser acompanhadas a cada 6 meses. Algumas leucoplasias podem reduzir seu tamanho ou desaparecer pelo
simples fato de parar de fumar. Já a LVP exibe uma alta taxa de recorrência (83%) e após a excisão deve ter
um acompanhamento de longo prazo.
Na figura abaixo você pode visualizar as características histológicas das áreas leucoplásicas e eritroplásicas.
Você lembra que na primeira aula de patologia falamos sobre biópsia? Então saiba que as lesões têm
aumento do potencial de transformação maligna à medida que suas aparências aproximam-se da direita.
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TRANSFORMAÇÃO MALIGNA:
Leucoplasias espessas e homogêneas: 1% a 7%
Leucoplasias Granulares e Verruciformes: 4% a 15%
Eritroleucoplasias: 28% (variando de 18% a 47%)
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Assertiva Errada: A candidíase pseudomembranosa possui como características clínicas a presença de placas
brancas removíveis à raspagem semelhantes à “leite coalhado ou queijo cottage”. Quando removidas deixam
uma superfície eritematosa e sangrante.
Assertiva Errada: É a lesão mais comum associada ao EBV nos pacientes com AIDS. Ao exame clínico é vista
uma placa branca na mucosa que não se destaca à raspagem, geralmente na região de borda de língua. A
leucoplasia pilosa oral é um sinal de imunossupressão grave e de doença avançada em pacientes infectados
pelo HIV. Ao exame histológico não é observada displasia.
Assertiva Correta: A leucoplasia é “uma placa ou mancha branca que não pode ser caracterizada clínica ou
patologicamente como qualquer outra doença.” É um termo estritamente clínico e sem implicação
histopatológica, ou seja, sem alteração específica do tecido.
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A eritroplasia é definida como "mancha vermelha que não pode ser clínica ou patologicamente
diagnosticada como qualquer outra condição". Praticamente todas as eritroplasias verdadeiras apresentam
displasia epitelial significativa, carcinoma in situ ou carcinoma de células escamosas invasivo. As causas da
eritroplasia são desconhecidas, porém presume-se que sejam as mesmas associadas ao carcinoma invasivo
de células escamosas de boca.
A eritroplasia é menos comum do que a leucoplasia, mas possui um potencial muito maior de
ser severamente displásica no momento da biópsia ou de desenvolver uma malignidade
invasiva em um momento posterior.
Características clínicas da eritroplasia: acomete a faixa etária que vai desde a adultos de meia-idade a
idosos, sem apresentar predileção por sexo. O soalho de boca, língua e palato mole são os sítios mais
acometidos e múltiplas lesões podem estar presentes. Clinicamente pode ser vista como uma mácula ou
placa eritematosa bem delimitada, com textura macia e aveludada.
Análise histológica: Cerca de 90% das lesões eritroplásicas constituem histopatologicamente displasias
epiteliais severas. O epitélio mostra uma ausência de produção de ceratina e frequentemente é atrófico,
porém pode ser hiperplásico. O diagnóstico histopatológico que guia o tratamento.
Outros nomes são: bolsa do rapé; lesão do usuário de rapé; ceratose da bolsa de tabaco; ceratose do tabaco
de cuspir.
São tipos de tabaco associados ao desenvolvimento de lesão: tabaco para mascar, o rapé úmido e o rapé
seco. Uma das características evidenciadas é a recessão gengival indolor na área de contato do tabaco.
A ceratose do tabaco sem fumaça geralmente leva de 1 a 5 anos para se desenvolver. A displasia epitelial é
incomum na ceratose do tabaco sem fumaça e, quando presente, é tipicamente leve. A biópsia é necessária
apenas para as lesões mais graves, ou seja, aquelas que demonstrem cor branca intensa, aparência clínica
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De acordo com Regezi et al., o tabaco sem fumaça aumenta a pressão arterial e agrava a
doença periodontal
Dois podem ser os danos listados aqui: a queratose actínica e a queilite actínica.
A queratose actínica é uma lesão potencialmente maligna cutânea comum, causada pela exposição
intensa à radiação UV. Os locais mais acometidos são a face, pescoço, dorso das mãos, antebraços e couro
cabeludo. As lesões aparecem como placas lamelares irregulares que variam em cor normal ao branco, cinza
ou marrom, e podem ser sobrepostas a um fundo eritematoso. As lesões apresentam uma textura de "lixa",
com leve elevação da superfície e geralmente afetam pessoas abaixo dos 40 anos.
A queilite actínica é uma lesão potencialmente maligna do vermelhão do lábio inferior e está associada à
exposição solar crônica à luz UV. Apresenta predileção por pessoas do sexo masculino (10:1) e de pele
clara, acometendo a faixa etária acima dos 45 anos de idade. Atenção especial deve ser dada na anamnese
aos pacientes que possuem ocupações ao ar livre (ex: agricultores, marinheiros e militares).
A lesão se desenvolve lentamente com a exposição crônica. O vermelhão do lábio inferior assume aparência
atrófica, ressecada e com presença de fissuras. Com o tempo perde-se a definição dos limites entre
vermelhão e pele. Em estágio mais avançados, o vermelhão exibe áreas descamativas e ásperas.
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Comentários:
A leucoplasia é definida como “uma placa ou mancha branca que não pode ser caracterizada clínica ou
patologicamente como qualquer outra doença. É a lesão potencialmente maligna oral mais comum (= 85%
das lesões). Cerca de 70% dos casos ocorrem no vermelhão do lábio, mucosa jugal e gengiva.
A eritroplasia é definida como uma "mancha vermelha que não pode ser clínica ou patologicamente
diagnosticada como qualquer outra condição". O soalho de boca, língua e palato mole são os sítios mais
acometidos e múltiplas lesões podem estar presentes.
A fibrose oral submucosa é uma condição potencialmente maligna de alto risco, caracterizada por
cicatrização crônica, progressiva da mucosa bucal. A etiologia está relacionada com o uso de betel quid
(paan) e produtos relacionados. As queixas principais incluem a incapacidade de abrir a boca (trismo) e uma
sensação de queimação generalizada bucal (estomatopirose) com intolerância a alimentos picantes. Uma
distância interincisivos inferior a 20 mm é considerada grave; em casos avançados, a mandíbula e a maxila
podem ser inseparáveis. Vesículas, petéquias, melanose, xerostomia e estomatopirose são geralmente os
primeiros sinais e sintomas. A mucosa vestibular, área retromolar e palato mole são os locais mais
comumente afetados. Posteriormente, a mucosa desenvolve uma mancha pálida semelhante a mármore
com rigidez progressiva. A língua pode ficar imóvel, reduzida em seu tamanho e desprovida de papilas.
Bandas fibrosas submucosas são palpáveis na mucosa jugal, palato mole e mucosa labial nos casos
completamente desenvolvidos. Usuários de betel quid podem também exibir uma coloração marrom-
avermelhada das mucosas com superfície irregular que tende a descamar.
A estomatite nicotínica é uma lesão hiperqueratótica associada ao fumo de tabaco e não parece ter uma
natureza pré-maligna, pois possivelmente se desenvolve como resposta ao calor, em vez dos produtos
químicos presentes no fumo do tabaco. Em particular, o cachimbo parece gerar mais calor no palato do que
outras formas de fumar. Alterações similares podem também ser produzidas mediante a utilização a longo
prazo de bebidas extremamente quentes. Afeta mais homens acima de 45 anos. Clinicamente é possível
evidenciar a mucosa do palato com coloração difusamente cinza ou branca; com numerosas pápulas
ligeiramente elevadas e centros vermelhos puntiformes que representam inflamação das glândulas salivares
menores e seus orifícios ductais.
A letra D está correta.
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Para facilitar o estudo, primeiro você precisa entender a origem do nome desta neoplasia.
O nome é dado de acordo com o aspecto microscópico, quando a neoplasia possui origem
epitelial e possui comportamento maligno utilizamos CARCINOMA + alguma característica
das células proliferantes.
Etiologia: a etiologia é multifatorial, então fique atento quando ler a questão, pois não existe um único
agente envolvido! Existem os chamados fatores extrínsecos (externos) e intrínsecos (internos) que em
conjunto produzem a neoplasia (chamamos a ação conjunta dos fatores de cocarcinogênese):
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1) Fumo:
A proporção de CE é duas a três vezes maior em tabagistas (80%). São fatores que aumentam o risco o
número de cigarros fumados/dia e o tempo (em anos) que a pessoa fumou. O fumo de tabaco contém
diversas substâncias carcinogênicas como nitrosaminas, arsênico, benzopireno e benzeno. Pacientes que
trataram um câncer no trato aerodigestivo superior e seguiram fumando apresentam um risco de duas a seis
vezes maior de desenvolver um segundo câncer primário. Mas uma notícia boa é que indivíduos que
cessaram o hábito de fumar, após 10 anos, apresentaram o mesmo risco para o desenvolvimento que
aqueles que nunca fumaram.
2) Álcool:
O álcool em combinação com o tabaco é um fator de risco significativo para o desenvolvimento do câncer
oral e parece ser dose-dependente. São fatores relacionados ao álcool que poderiam estar implicados na
cocarcinogênese:
3) Exposição ocupacional:
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Algumas substâncias estão relacionadas ao aumento do risco de câncer como o ácido fenoxiacético (indústria
madeireira).
4) Radiação:
São exemplos a radiação UV (câncer de lábio inferior), em medicamentos com efeito fotossensibilizador (ex:
nati-hipertensivos como hidroclorotiazida e nifedipina) e a irradiação com raiox X.
A radioterapia direcionada para a área de cabeça e pescoço aumenta o risco para o desenvolvimento futuro
de uma nova malignidade primária oral, um carcinoma ou um sarcoma (risco dose-dependente).
Nos estados de deficiência, as células epiteliais sofrem uma renovação mais rápida e produzem uma mucosa
atrófica ou imatura, mais suscetível à transformação maligna.
A deficiência de vitamina A causa uma ceratinização excessiva da pele e das membranas mucosas. Estudos
sugerem que a vitamina pode exercer um papel protetor ou preventivo no pré-câncer e no câncer oral.
Regezi et al
6) Sífilis
Há muito tempo aceita-se que a sífilis (estágio terciário) tem uma forte associação com o desenvolvimento
do carcinoma do dorso da língua. A taxa do risco relativo aproxima-se de quatro. Por outro lado, estudiosos
passaram a considerar como provável causa os medicamentos anteriormente utilizados no tratamento da
sífilis à base de arsênico (hoje a terapia é com antibióticos).
A candidíase hiperplásica frequentemente é citada como uma condição pré-cancerosa oral (potencialmente
maligna) pela característica clínica de placa branca que não pode ser destacada (semelhante à leucoplasia).
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Sabe-se que algumas cepas são capazes de produzir substâncias químicas, como as nitrosaminas, que têm
sido implicadas na carcinogênese. O papel da Candida ainda é muito discutido.
8) Vírus oncogênicos
➢ HPV: implicado na cocarcinogênese não somente do câncer oral, mas também no carcinoma da
amígdala faríngea, laringe, esôfago, colo de útero, vulva e pênis. O subtipo 16 é o mais intimamente
relacionadas à displasia e ao carcinoma epidermoide.
➢ HIV: em pessoas que estão sob terapia imunossupressora para neoplasias malignas ou transplante
de órgãos, o vírus representaria um maior risco de desenvolvimento de carcinoma epidermoide de
boca (especialmente quando o indivíduo é tabagista e etilista). O HIV também se classifica como um
fator de imunossupressão => nesses indíviduos com defesas comprometidas as células malignas não
seriam reconhecidas e destruídas em um estágio inicial.
Os proto-oncogenes são genes importantes para células que atuam no controle da proliferação celular
normal. Os genes normais, ou proto-oncogenes, são transformados em oncogenes ativos em certas
malignidades através da ação de vírus, radiação ou carcinógenos químicos.
Os oncogenes e os genes supressores de tumor são componentes cromossômicos capazes de serem ativados
por uma variedade de agentes causais. Os oncogenes ativados produzem uma quantidade excessiva de
material genético novo por meio de amplificação ou superexpressão do gene envolvido. Eles podem estar
envolvidos na iniciação e progressão de uma ampla variedade de neoplasias. Os genes supressores tumorais,
por outro lado, permitem indiretamente a produção de um tumor quando se tornam inativados ou mutados.
Finalizada a explicação inicial dos fatores envolvidos na cocarcinogênese, vamos entender um pouco mais as
características clínicas:
➢ Endofítica (invasiva, escavada, ulcerada) = possui uma área central deprimida, de formato irregular,
ulcerada com "borda em rolete" (fruto da infiltração das células neoplásicas) podendo ter coloração
branca, vermelha ou normocrômica.
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Radiograficamente é possível evidenciar a destruição do osso subjacente, que pode causar dor ou ser
completamente indolor, com o aspecto de “em roído de traça” com margens mal definidas ou bordas
irregulares.
O carcinoma também pode se estender por vários centímetros ao longo de um nervo (invasão perineural) e
causar parestesia.
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CARCINOMA DO VERMELHÃO DO LÁBIO: afeta pessoas de pele clara com histórico de exposição
prolongada à radiação UV ou de dano agudo solar. Geralmente está associada à queilose actínica.
De acordo com Regezi et al., a luz UV e o hábito de fumar charutos são os fatores mais
importantes na etiologia do câncer de lábio inferior.
O prognóstico para as lesões no lábio inferior geralmente é bastante favorável, com uma
sobrevida de mais de 5 anos, em mais de 90% dos casos. O prognóstico do câncer de lábio
superior costuma ser pior.
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Clinicamente é vista uma ulceração endurecida, indolor, crostosa e exsudativa que apresenta geralmente
menos de 1 cm no seu maior diâmetro. O crescimento é lento e muitos pacientes relatam ter percebido a
lesão há no mínimo 1 ano antes de procurar o atendimento.
CARCINOMA INTRAORAL: Os sítios mais acometidos são a língua, afetando principalmente as superfícies
lateral posterior e ventral, e o assoalho bucal.
Quando evidenciado na gengiva do rebordo alveolar a região mais afetada é a mucosa ceratinizada
posterior. A lesão acomete mais mulheres, tem menor associação com o fumo e costuma ser indolor .
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O soalho de boca é a segunda localização intraoral mais comum do CEC (15% a 20% dos
casos) e costuma ocorrer em usuários crônicos de álcool e tabaco. Geralmente é
observada uma úlcera endurecida, indolor, que não cicatriza e que pela disseminação da
neoplasia causa diminuição da mobilidade lingual. A metástase para os linfonodos
submandibulares não é incomum.
Os carcinomas de mucosa jugal e gengiva acometem mais homens aos 70 anos e perfazem
cerca de 10% dos casos. Raramente produzem metástases e possuem bom prognóstico.
O carcinoma de palato acomete de forma mais frequente o palato mole (10% a 20%), no
palato duro é raro (o mais comum é o adenocarcinoma de glândulas salivares).
CARCINOMA OROFARÍNGEO:
São sítios frequentemente acometidos: palato mole, base da língua, região tonsilar e parede posterior da
faringe. Quando falamos em região tonsilar entenda que a região compreende as amígdalas (70% a 80% dos
casos), fossa tonsilar e pilares amigdalianos (sendo que a última está muito associada à ocorrência do HPV).
São sintomas que levam ao diagnóstico: dor de garganta, disfagia (dificuldade em engolir), odinofagia (dor
à deglutição) persistente e, em alguns casos, irradiada para a região de ouvido.
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a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) Apenas II e III.
Comentários:
O carcinoma epidermoide representa mais de 90% das neoplasias malignas orais. O risco de câncer de boca
e faringe aumenta com a idade, especialmente entre os homens. De acordo com Neville et al. as mulheres
apresentam uma incidência bem menor de câncer de boca e faringe do que os homens, com uma relação
homem-mulher de cerca de 2,5:1, portanto a alternativa I está incorreta pois o sexo masculino é acometido
de forma mais intensa.
É preciso fazer uma distinção: temos o carcinoma que acomete o vermelhão do lábio e os intraorais. Nos
intraorais os locais mais afetados são a língua (lateral posterior e superfície ventral) e assoalho bucal.
O carcinoma epidermoide origina-se do epitélio displásico e é histopatologicamente caracterizado por ilhas
e cordões de células epiteliais malignas.
A alternativa III está incorreta pois o carcinoma basocelular não é um tipo histológico, ele é o tipo mais
comum de câncer de pele.
A letra B está correta.
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2.7 -Metástase:
A disseminação metastática do carcinoma epidermoide ocorre principalmente através dos vasos linfáticos
para os linfonodos cervicais ipsilaterais. Ao exame físico observam-se os linfonodos com consistência de
firme a pétrea, indolores e aumentados. Estudos apontam cerca de 2% dos pacientes apresentam
metástases à distância (“abaixo das clavículas”) ao diagnóstico.
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De acordo com Neville et al. (2016) as células neoplásicas apresentam citoplasma eosinofílico abundante
com núcleos grandes e geralmente de coloração intensa (hipercromáticos) e uma relação núcleo-citoplasma
aumentada. A avaliação histopatológica do grau em que esses tumores lembram o seu tecido de origem
(epitélio escamoso) e produzem seu produto normal (ceratina) é denominada gradação. A gradação está
relacionada ao comportamento do carcinoma.
As lesões são graduadas em escalas de 3 pontos (graus I a III) ou em escalas de 4 pontos (graus I a IV). Os
tumores menos diferenciados recebem os maiores números. Um tumor que é maduro o suficiente para
lembrar muito bem seu tecido de origem parece crescer em uma velocidade levemente menor e metastatizar
em um estágio avançado de seu curso clínico. Tal tumor é denominado carcinoma de células escamosas de
baixo grau, grau I ou bem diferenciado
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Um tumor com muito pleomorfismo celular e nuclear e com pouca ou nenhuma produção de ceratina
provavelmente será tão imaturo que se torna difícil identificar o seu tecido de origem. Tal tumor
frequentemente cresce rapidamente, metastatiza precocemente. Esse tumor é chamado de alto grau, grau
III/IV, pobremente diferenciado ou anaplásico.
O tamanho do tumor e a extensão da disseminação metastática são os principais critérios utilizados para
informar o prognóstico do paciente. Chamamos de estadiamento a quantificação dos parâmetros
utilizados. São eles:
3. M – METÁSTASES A DISTÂNCIA
T2 Tumor maior que 2 cm, porém não maior do que 4 cm em seu maior diâmetro
T4 a (Lábio) Tumor invade através da cortical óssea, nervo alveolar inferior, asssoalho
bucal, ou pele da face (ou seja, queixo e nariz) Tumor passível de ressecção cirúrgica
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N2a Metástase em um único linfonodo ipsilateral, maior do que 3 cm, porém menor que
6 cm em seu maior diâmetro
Obs: Essas tabelas foram extraídas da versão nova do livro de Patologia oral e Maxilofacial
de Neville et al. (2016), algumas questões mais antigas trarão uma classificação diferente
para os estágios.
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Estágio 0 TIS N0 M0
T3N0M0
T1N1M0
T2N1M0
T3N1M0
IVA T4a N0 M0
T4a N1 M0
T1 N2 M0
T2 N2 M0
T3 N2 M0
T4a N2 M0
IVB Qualquer T N3 M0
T4b qualquer N M0
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Regezi et al.
A conduta deve objetivar o controle adequado da doença local ou controle do potencial de invasão dos
linfonodos do pescoço. O sistema TNM uniformiza a avaliação clínica.
T- Tumor
N- Nódulos
M- Metástase
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I T1, N0, M0
II T2, N0, M0
T1-3, N1, M0
IV T4, N0, M0
T4, N1, M0
T qualquer, N2-3, M0
T qualquer, N qualquer, M1
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São características:
➢ Baixo grau, grau I ou bem diferenciado: é uma neoplasia diferenciada a ponto de lembrar o tecido
de origem, geralmente cresce em uma velocidade levemente menor e gera metástases em um
estágio avançado de seu curso clínico.
➢ Alto grau, de grau III/IV, mal diferenciadas ou anaplásicas: neoplasia com acentuado pleomorfismo
e pouca ou nenhuma produção de queratina, é de difícil identificação do tecido de origem.
➢ Uma neoplasia com uma aparência microscópica entre esses dois extremos é denominada
moderadamente diferenciada.
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2.10- Tratamento
O estadiamento clínico da doença guia o tratamento dos carcinomas de células escamosas intraorais, que
consiste na excisão cirúrgica ampla (radical), radioterapia ou na combinação de cirurgia e radioterapia.
A cirurgia e a radioterapia melhoram o controle locoregional dos pacientes. As terapias devem ser adaptadas
para o tipo de câncer do paciente. São indicações para a radioterapia pós-operatória:
Nem todos os pacientes são candidatos a radioterapia, pacientes que receberam doses prévias em região de
cabeça e pescoço têm limitadas as doses de um novo tratamento.
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A radioterapia como modalidade primária de tratamento é uma opção para os pacientes com carcinoma de
cavidade oral. As modalidades de tratamento radioterápico incluem a radioterapia de feixe externo
convencional ou conformacional (EBRT), a radioterapia de intensidade modulada (IMRT) e a braquiterapia.
O princípio da EBRT é englobar a maior parte da doença (primária) da cavidade oral e uma margem de
segurança. Para os carcinomas de cavidade oral, a preservação da parótida e a limitação da dose de radiação
da mucosa oral e mandíbula não envolvidas são benefícios potenciais da IMRT (cria um gradiente de dose de
radiação seriado- alta a baixa dose com uma curta distância). A braquiterapia oferece doses de radiação
altamente elevadas em uma área localizada. Um tipo de braquiterapia é o implante/radioterapia intersticial
(ISRT) indicado no tratamento dos carcinomas de soalho de boca ou língua (apesar do risco de necrose dos
tecidos moles e osteorradionecrose).
Os efeitos adversos resultam da irradiação de tecidos normais que não podem ser excluídos do tratamento.
São efeitos da radioterapia:
Candidíase Telangiectasias
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Outros nomes: câncer do usuário de rapé; tumor de Ackerman (já foi questão de prova!!!)
O carcinoma verrucoso é considerado uma variante de baixo grau do carcinoma de células escamosas oral.
Dados apontam que ele representa menos de 1% a 16% de todos os carcinomas de células escamosas orais,
e a sua prevalência está na dependência do costume da população local de fazer uso do tabaco sem fumaça.
A população masculina acima dos 55 anos é a mais acometida.
Os sítios mais comuns de envolvimento da mucosa oral incluem o fundo de vestíbulo inferior, gengiva,
mucosa jugal, língua e palato duro. As lesões são diagnosticadas no local da mucosa que teve contato com
o fumo. Clinicamente é vista uma placa espessa, difusa, bem delimitada, indolor, com projeções papilares ou
verruciformes na superfície. A coloração geralmente é branca, mas pode ser rosada.
No momento do diagnóstico, é comum o dentista evidenciar uma lesão de tamanho considerável (extensa),
já existente há cerca de 2 a 3 anos antes do diagnóstico definitivo (evolução de uma leucoplasia verrucosa).
Cabe destacar que, se não tratada, pode destruir estruturas adjacentes como osso, cartilagem, músculos e
glândulas salivares.
Essa lesão necessita de uma biópsia incisional adequada já que suas células individuais não são muito
displásicas. Por ser a metástase um evento extremamente raro no carcinoma verrucoso, o tratamento de
escolha é a excisão cirúrgica sem dissecção radical de pescoço.
Atenção grave!! O carcinoma basocelular é o câncer de pele mais comum (Regezi et al: mais prevalente da
pele e região de cabeça e pescoço)
É considerada uma doença de adultos leucodermas de pele clara, em especial homens acima dos 40 anos
(2:1). Mas por fatores comportamentais (exposição solar e bronzeamento artificial), quando acomete as
faixas etárias mais jovens, as mulheres são as mais atingidas.
Regezi et al. afirma que é comum em pessoas de pele clara, com história de exposição
crônica prolongada ao sol e com predisposição a outras síndromes hereditárias (ex:
síndrome do carcinoma nevoide basocelular). A aparência é de pápula ou nódulo
endurecido e em forma de pérola com vasos telangiectásicos sobre a sua superfície.
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Tem como causa a exposição crônica à radiação ultravioleta. Associam-se como fatores de risco residir em
regiões próximas ao equador, ter pele clara e idade mais avançada (geralmente as pessoas apresentam um
histórico de queimaduras solares frequentes e formação de sardas na infância após a exposição solar). São
outros fatores de risco: atividade ocupacional ao ar livre, psoraleno e tratamento ultravioleta A (PUVA)
(muitas vezes utilizados para a psoríase), uso de aparelhos de bronzeamento, exposição à radiação ionizante,
imunossupressão e ingestão de arsênico.
# xeroderma pigmentoso
# albinismo
# síndrome de Rasmussen
# síndrome de Rombo
# síndrome de Bazex-Christol-Dupré
Por estar relacionado à exposição solar, cerca de 80% das lesões acontecem na região de cabeça e pescoço
(em menor proporção no tronco e membros). O carcinoma de célula basal nodular, também chamado de
noduloulcerativo, é a apresentação mais comum. Ele inicia como uma pápula firme, indolor, que cresce lenta
e gradualmente, desenvolvendo uma depressão central semelhante a um "umbigo" (com telangectasias -
vasinhos ao redor da depressão).
Os livros dizem que ela possui uma aparência perolada opalescente. Na anamnese os pacientes costumam
relatar a ocorrência de sangramentos, seguidos de um período de cicatrização. Essa lesão ganhou o nome
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de "úlcera roedora" pois com o crescimento (que ocorre de forma lenta) vai destruindo as estruturas ao seu
redor (ossos, cartilagens, mas dificilmente causa metástases).
Alguns pesquisadores acreditam que o carcinoma de células basais associado à síndrome do carcinoma de
células basais nevoide deve ser colocado em uma categoria separada.
As lesões da síndrome do carcinoma de células basais nevoide desenvolvem-se tanto em áreas da pele
expostas ao sol quanto em áreas protegidas, podendo ser encontradas centenas em um único paciente. Além
disso as lesões não produzem um grau significativo de destruição tecidual e, por isso, alguns estudiosos
defendem a classificação do carcinoma basocelular da síndrome em outra categoria.
➢ As lesões de 6 mm ou mais na chamada “área da máscara” da face (ou seja, a pele do rosto/nariz
central, região ocular, região auricular e região perioral/mandibular)
➢ Lesões recorrentes
As lesões pequenas (<1 cm) são tratadas pela excisão cirúrgica de rotina, ablasão a laser ou eletrodissecção
e curetagem, incluindo 3 a 5 mm das margens da pele com aspecto clinicamente normal além da lesão visível.
Esses métodos resultam em uma taxa de cura de 95% a 98%. A recidiva é incomum e a metástase é
excepcionalmente rara. A excisão cirúgica radical e radioterapia são recomendadas para as lesões grandes e
agressivas. Neville et al. (2016) citam a cirurgia miográfica de Mohs para tratamento de lesões de cabeça e
pescoço com alto risco de recorrência.
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Falamos do carcinoma basocelular que estava relacionado à exposição crônica de pessoas de pele clara aos
raios UV. O melanoma também está associado à exposição de pessoas de pele clara aos raios UV, mas de
forma aguda.
Ele surge a partir de uma lesão melanocítica benigna ou de novo a partir de melanócitos no interior da
mucosa ou da pele normal e é o terceiro (3º) câncer mais comum de pele (com uma alta taxa de mortalidade
- causador da maior parte das mortes relacionadas ao câncer de pele).
São outros fatores considerados de risco: cabelos e olhos de cor clara, tendência a queimaduras solares ou
sardas, uma história de queimaduras solares dolorosas ou bolhas na infância, ocupação em ambiente
interno com hábitos recreacionais ao ar livre, história pessoal ou familiar de melanoma, história pessoal do
nevo congênito ou displásico e de número excessivo (> 100) de nevos.
# o melanoma da mucosa oral é raro e muito mais agressivo que o melanoma cutâneo
➢ Adultos leucodermas
➢ Detalhe: abaixo dos 40 anos as mulheres são mais afetadas, quando a faixa etária é maior os homens
são mais afetados
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Como o melanoma cutâneo é muito parecido com a nevo melanocítico foi criado um sistema para auxiliar
no diagnóstico diferencial: o sistema "ABCDE"
COLORAÇÃO IRREGULAR (que varia de tons do marrom ao negro, branco, vermelho e azul dependendo
da quantidade e da profundidade da pigmentação por melanina)
2. MELANOMA NODULAR: representa 15% dos melanomas cutânesos e 1/3 das lesões na região de cabeça
e pescoço. Esse tipo invade rapidamente tecido conjuntivo (cresce no sentido vertical logo após aparecer).
Clinicamente é vista uma lesão exofítica pigmentada.
3. MELANOMA LENTIGO MALIGNO: representa de 5 a 10% dos melanomas cutâneos e tem sua origem
relacionada a uma lesão precursora chamada lentigo maligno (o crescimento de um nódulo dentro da lesão
é a origem do melanoma). Clinicamente é vista uma mácula com bordas irregulares e uma variedade de
cores, com histórico de expansão lenta (alguns autores falam em 15 anos de crescimento).
4. MELANOMA LENTIGINOSO ACRAL (melanoma lentiginoso mucoso): é a forma mais comum de melanoma
em melanodermas e também a forma mais comum de melanoma oral.
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A) a fase de crescimento radial (disseminação das células lesionais ao longo da camada Basal)
Nos estágios iniciais o A predomina no 1,3,4 (melanomas citados na página anterior) → melanócitos malignos
apresentam uma propensão a se disseminar horizontalmente através da camada basal da epiderme, com a
evolução invadem o tecido conjuntivo subjacente dando início a faze de crescimento vertical.
MELANOMA ORAL
Inicialmente é vista uma mácula de coloração marrom a negra com bordas irregulares (os livros
falam que no momento do diagnóstico o dentista evidencia uma lesão nodular). Quando entra
na fase de crescimento vertical pode apresentar-se como lesão enegrecida, exofítica e lobulada.
O melanoma oral acomete mais os indivíduos do sexo masculino entre a 5ª e 7ª década de vida,
com predileção pelo palato duro e alvéolo maxilar. A dor não é um achado comum, a menos que
a lesão esteja ulcerada. Radiograficamente pode ser visto o aspecto de "roído por traças" pela
destruição irregular do osso. Ainda no exame intraoral, deve-se atentar para a glândula parótida
que pode ser afetada pela deposição de material metastático. Linfonodos cervicais metastáticos
podem estar presentes ao exame físico.
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Apesar dos avanços nos tratamentos, não existe ainda uma terapia que apenas destrua as células
cancerígenas sem atingir as células normais. O efeito disso vemos como complicações associadas à terapia
antineoplásica. Quando falamos em quimioterapia, duas são as mudanças agudas mais observadas: a
mucosite e a hemorragia (especialmente no tratamento da leucemia que requer altas doses de
medicamentos).
Citei anteriormente leucemia e gostaria que você soubesse alguns detalhes pois ela pode
aparecer nas questões!!
Leucemias mieloides: geralmente afetam a população adulta; sendo que a leucemia mieloide
aguda afeta uma ampla faixa etária (inclui crianças) e a leucemia mieloide crônica apresenta
maior incidência nas terceira e quarta décadas de vida.
Leucemia linfocítica crônica: é o tipo mais comum de leucemia e afeta principalmente idosos.
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# Sarcoma mieloide => causado pelo infiltrado de células leucêmicas nos tecidos moles orais.
Clinicamente é um aumento de volume difuso, esponjoso, indolor, que pode ser ulcerado ou não.
Questões mais antigas podem trazer o termo “cloroma” (chlor = verde; oma = tumor) como
característica da leucemia. Esse era o nome dado à proliferação de células leucêmicas que se
mostra esverdeada nas secções recém-cortadas.
Na radioterapia os efeitos mais vistos são a mucosite aguda dolorosa e a dermatite, mas dependendo do
campo irradiado, dose empregada e idade do paciente outras complicações podem surgir:
Xerostomia
Osteorradionecrose
Trismo
Dermatite crônica
Anormalidade de desenvolvimento
O dano permanente aos tecidos glandulares situados no caminho do feixe de radiação pode causar
xerostomia. A pilocarpina pode atuar de forma a proteger a função salivar. A pele englobada pelo feixe de
radiação pode apresentar alopecia (temporária em níveis baixos, permanente em altas doses). O eritema da
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pele é temporário, mas as telangiectasias e atrofia são permanentes. A pigmentação cutânea pode ser uma
complicação tardia e pode ser permanente. (Regezi et al.)
Hemorragia
Mucosite
De acordo com Regezi et al. a mucosite é uma condição reversível que se origina de 1 a 2
semanas após o início da terapia e cicatriza semanas após o final da terapia.
Tanto a mucosite por quimioterapia quanto a induzida por radiação desaparecem lentamente 2 a 3 semanas
após o término do tratamento. A mucosite oral associada à quimioterapia envolve comumente as superfícies
não-ceratinizadas (p.ex., mucosa jugal, superfície ventrolateral da língua, palato mole, soalho oral), enquanto
o tratamento radioterápico afeta principalmente as superfícies mucosas voltadas diretamente para o foco
de radiação.
Mas você deve estar se perguntando...qual a aparência clínica da mucosite? Inicialmente percebe-se uma
coloração esbranquiçada pela ausência de descamação suficiente da queratina. Com a evolução ocorre a
perda da camada e percebe-se uma superfície edemaciada, eritematosa e friável. Por último a aparecem
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áreas de ulceração com uma membrana superficial fibrinopurulenta, amarelada e removível acompanhada
de dor, a ardência e o desconforto.
Tratamento:
Uma das formas de prevenir a ocorrência de mucosite é a aplicação de raspas de gelo na cavidade bucal
alguns minutos antes da quimioterapia (crioterapia). Também podem ser colocados bloqueadores de
radiação ou uso de radiação tridimensional para limitar o volume da mucosa irradiada. Como tratamento a
aplicação de laser de baixa potência tem sido eficaz.
A dermatite é uma ocorrência comum nos campos irradiados e varia de acordo com a intensidade da terapia.
Suas manifestações vão desde edema, ardência e prurido à eritema e ulcerações. Após o término da terapia
tende a melhorar em um período de três meses, no entanto, existe a possibilidade de ocorrência de perda
permanente de pelos, hiperpigmentação local e formação de cicatrizes. Quando o processo é crônico a região
afetada pode apresentar áreas secas, lisas, brilhantes, atróficas, necróticas, telangiectásicas, sem pelos ou
ulceradas.
Perda do paladar
A perda dos quatro paladares, também chamada de hipogeusia, é vista nos pacientes submetidos à
radioterapia na cavidade oral, podendo se desenvolver dentro de várias semanas. A reversão desse quadro
ocorre em cerca de quatro meses. Em alguns casos os pacientes podem permanecer com hipogeusia de
forma permanente ou apresentarem a disgeusia (alteração no sentido do paladar).
Xerostomia
A xerostomia é uma complicação muito comum pois as glândulas salivares são sensíveis à radiação. As
mudanças começam em 1 semana após o início da radioterapia, com diminuição dramática do fluxo salivar
sendo notada durante as 6 primeiras semanas de tratamento. As glândulas serosas são mais sensíveis aos
efeitos da radioterapia quando comparadas às glândulas mucosas. Sob exposição significativa, as glândulas
parótidas são afetadas de forma irreversível. Por outro lado, as glândulas mucosas recuperam-se
parcialmente e, após vários meses, podem recuperar o fluxo salivar em aproximadamente 50% dos níveis
pré-radioativos.
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Dificuldade de alimentação
Osteorradionecrose (ORN)
A osteorradionecrose é uma das complicações mais graves da radioterapia de cabeça e pescoço. Pode ser
definida como a presença de osso exposto não vital por mais de três meses na ausência de doença
neoplásica. De acordo com Neville et al. (2016) maioria dos casos de ORN ocorre em pacientes que
receberam mais de 60 Gy, a maioria ocorrendo entre quatro meses e três anos após o término da
radioterapia. A dose da radiação é o principal fator associado à necrose óssea, embora a proximidade do
tumor com o osso, a presença de remanescentes dentários e o tipo de tratamento também exerçam efeito.
Falamos em osteorradionecrose, mas existe a osteonecrose associada ao uso de medicamentos (já citada no
pdf 00 quando falamos de bisfosfonatos). Vamos relembrar?
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Os bisfosfonatos são empregados no tratamento de doenças em que há rápida reposição óssea ou atividade
osteolítica excessiva. Eles são utilizados no tratamento das seguintes doenças: osteoporose, doença de
Paget, doença óssea maligna e nos cânceres de mama e próstata. Sua utilização objetiva a diminuição da
velocidade de progressão das doenças, redução das fraturas ósseas, redução de metástases pela inibição da
osteólise e prevenção da dor esquelética associada ao câncer. Os bifosfonatos também têm propriedades
antiangiogênicas e podem ser diretamente tumoricidas, o que faz deles um agente importante na terapia
para o câncer. Em baixas concentrações, a medicação diminui a capacidade dos osteoclastos de reabsorver
e degradar a matriz óssea, enquanto elevadas concentrações locais induzem a apoptose dos osteoclastos.
Fatores que contribuem para a ocorrência de osteonecrose associada ao uso dos bisfosfonatos incluem:
➢ idade avançada
➢ gênero masculino
➢ higiene oral deficiente
➢ má nutrição
➢ uso contínuo de tabaco ou álcool.
A mandíbula é afetada 24 vezes mais que a maxila e a ocorrência é três vezes mais comum nos pacientes que
possuem dentes. Radiograficamente são vistas áreas radiolúcidas mal definidas que podem desenvolver
zonas de radiopacidade relativa conforme o osso não vital se separa das áreas vitais residuais. Entre os sinais
e sintomas estão a presença de dor intratável, perfuração cortical, formação de fístula, formação de
ulceração e fratura patológica.
Mas qual o tratamento da osteonecrose? Antes de mais nada a prevenção é fundamental e, por isso,
recomenda-se que sejam realizadas todas as extrações antes do início da terapia antineoplásica (com um
intervalo de 3 semanas até o início da terapia para recuperação do paciente). Da mesma forma, o paciente
deve ser orientado sobre um controle rigoroso de higiene oral
Trismo
O trismo pode se desenvolver após altas doses de radiação, como forma de prevenção o paciente pode ser
orientado a realizar exercícios de abertura bucal.
Alterações de desenvolvimento
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➢ Micrognatia
➢ Retrognatia
➢ Maloclusão
➢ Rizomicria
➢ Deformação radicular
➢ Dilaceração radicular
➢ Fechamento prematuro dos canais radiculares nos dentes decíduos
➢ Canais dilatados nos dentes permanentes
➢ Calcificação incompleta
➢ Microdontia
➢ Hipodontia
É uma lesão benigna caracterizada pela pigmentação acastanhada e plana da mucosa pelo acúmulo de
melanina. Sua existência não tem relação com a exposição solar e não apresenta potencial de transformação
maligna. A idade de diagnóstico é no geral perto dos 43 anos, acomete mais mulheres (2:1) e tem como sítio
preferencial o vermelhão do lábio inferior. Quando o sítio é intraoral pode ser visualizada na mucosa jugal,
gengiva e palato. Cabe destacar que o melanoma oral possui predileção pela região de palato e, para que
seja excluída essa possibilidade, as máculas pigmentadas na região de palato devem ser biopsiadas.
Histologicamente o acúmulo de melanina acontece nas camadas basal e parabasal do epitélio pavimentoso
estratificado.
Agora uma observação importante: existem medicações sistêmicas que podem causar pigmentação da
mucosa oral por melanina como, por exemplo, a cloroquina e os medicamentos relacionados com a AIDS.
Guarde essa informação pois a cloroquina tem sido utilizada como forma de tratamento do COVID-19!!
2.15.2-Melanose do tabagista
Áreas de pigmentação melânica são comuns em tabagistas e seu surgimento relaciona-se ao número de
cigarros fumados por dia. Estudos mostram a capacidade da melanina se unir à substâncias nocivas como a
nicotina e benzopirenos como possível forma de proteção. Embora qualquer superfície mucosa possa ser
afetada, a melanose do fumante atinge mais comumente a gengiva vestibular anterior. Em contraste, os
tabagistas de cachimbo frequentemente exibem pigmentações localizadas na comissura e mucosa jugal. Os
usuários do fumo invertido mostram alterações no palato duro. Existe uma frequência mais elevada em
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mulheres fumantes, tal fato provavelmente se deva a um efeito sinérgico dos hormônios femininos. O
abandono do hábito de fumar leva ao desaparecimento das pigmentações.
Representa uma proliferação benigna e localizada de células provenientes da crista neural, frequentemente
denominadas células névicas. O nevo melanocítico adquirido é provavelmente o mais comum de todos os
“tumores” humanos, e adultos brancos apresentam uma média de 10 a 40 nevos cutâneos por pessoa. As
lesões intraorais ocorrem, mas não são comuns. Nevos melanocíticos intraorais são definitivamente
incomuns. Nenhum tratamento é indicado para o nevo melanocítico cutâneo a menos que seja
cosmeticamente inaceitável, cronicamente irritado por vestimentas ou mostre evidência clínica de alteração
de tamanho ou cor. Os nevos melanocíticos cutâneos tendem a regredir com a idade.
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3 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
Chegamos ao final da nossa aula de patologia!! Aconselho que você faça muito exercícios para consolidar o
conhecimento adquirido e como forma de revisão (até porque é difícil revisar toda matéria de patologia!!).
Escolhi os conteúdos mais cobrados nas últimas provas e espero que esse material lhe dê uma boa base para
realizar a sua prova!
Ao final você encontrará um resumo dos principais conteúdos, aconselho realizar revisões programadas e
utilizá-lo. O resumo também é um ótimo recurso para véspera de prova!
Quaisquer dúvidas, sugestões ou críticas, por favor, entre em contato. Será um prazer acompanhar você
nessa jornada rumo à aprovação.
E-mail: profcassiareginato.estrategia@gmail.com
Instagram: https://www.instagram.com/cassia.reginato
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4 - QUESTÕES COMENTADAS
a) Leucoedema
b) Leucoplasia
c) Líquen plano
d) Morsicatio
e) Candidíase pseudomembranosa
Comentários:
A letra A está incorreta. O leucoedema manifesta-se na forma de manchas brancas bilaterais na mucosa
jugal, que desaparecem à distensão.
A letra B está correta. A leucoplasia é uma lesão cancerizável que apresenta-se na forma de placa branca
não raspável em pacientes fumantes.
A letra C está incorreta. O líquen plano é uma doença mucocutânea imunologicamente mediada. Na boca,
a apresentação mais comum é na forma de estrias brancas bilaterais na mucosa jugal, denominadas de
estrias de Wickham.
A letra D está incorreta. O morsicatio é a mastigação crônica da mucosa jugal. Está associada ao hábito de
morder a mucosa. Raramente, ocorre na língua e quando isso ocorre é denominada de morsicatio linguarum.
A letra E está incorreta. A candidíase pseudomembranosa apresenta-se como placa branca removível à
raspagem.
a) O líquen plano é uma condição autoimune, onde os linfócitos B são enviados as células endoteliais
denominadas de ceratinócitos, alterando-os determinando assim o padrão esbranquiçado deste grupo de
lesões.
b) A leucoplasia pilosa é uma condição que usualmente acomete pacientes com o sistema imunológico
debilitado como pacientes HIV positivo, onde o acometimento está diretamente proporcional com a carga
viral do paciente.
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c) A forma clínica de candidíase, caracterizada pela presença de placas brancas destacáveis pela raspagem e
localizadas preferencialmente na mucosa jugal anterior, denomina-se candidíase pseudomembranosa
d) A leucoplasia condição estritamente clínica é considerada uma lesão de forte potencial de transformação
maligna, geralmente associadas ao tabagismo, mais outros fatores como o etilismo, radiação ultravioleta,
microorganismos (HPV-16 e 18, Treponema pallidum e Candida albicans) podem estar envolvidos.
Comentários:
A letra A está incorreta. O líquen plano é uma doença dermatológica crônica relativamente comum. Uma
doença em que é observado o aumento na atividade proliferativa dos queratinócitos cutâneos é a osoríase
(Neville et al , 2016 cita linfócitos T mas estudos apontam também a participação dos linfócitos B).
A letra B está correta. A leucoplasia pilosa é causada pelo vírus Epstein-Barr e geralmente está associada à
infecção pelo HIV ou outras condições imunossupressoras.
A letra D está correta. A leucoplasia é “uma mancha branca ou placa que não pode ser caracterizada clínica
ou patologicamente como qualquer outra doença”. O termo é estritamente clínico e não implica uma
alteração histopatológica específica do tecido.
a) Xerostomia.
b) Trismo.
c) Hipogeusia.
d) Dermatite crônica.
e) Mioesferulose.
Comentários:
A letra A está correta. A radioterapia pode causar danos às estruturas que estão na região irradiada, como
as glândulas salivares. A xerostomia é a sensação de boca seca que pode ser ocasionada pela diminuição ou
paralização da produção de saliva.
A letra B está correta. A radioterapia pode causar danos às estruturas que estão na região irradiada, entre
elas o trismo.
A letra C está correta. A radioterapia pode causar danos às estruturas que estão na região irradiada, entre
elas a hipogeusia (perda do paladar).
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A letra D está correta. A radioterapia pode causar danos às estruturas que estão na região irradiada, entre
elas a dermatite crônica.
A letra E está errada. O uso tópico de antibiótico em base de petrolato em um sítio cirúrgico pode
ocasionalmente resultar em uma reação de corpo estranho única, ela pode ocorrer em qualquer região no
interior do tecido mole ou do osso no qual o antibiótico foi colocado. A área envolvida pode exibir aumento
de volume ou ser identificada como uma radiolucência circunscrita e assintomática em um sítio de extração
prévia. A mioesferulose é tratada pela remoção cirúrgica do corpo estranho e do tecido associado.
a) Carcinoma escamoso.
b) Osteossarcoma.
d) Paracoccidioidomicose.
e) Hiperplasia fibrótica.
Comentários:
A letra A está correta. A causa do carcinoma é multifatorial e entre os agentes externos podemos citar o
fumo. A apresentação clínica é variada podendo se mostrar uma lesão exofítica com superfície irregular ou
emdofítica com uma área central deprimida, de formato irregular, ulcerada com uma borda em "rolete".
A letra B está incorreta. A maioria dos estudos relata que a mandíbula e a maxila são envolvidas com
frequência aproximadamente igual ou com uma leve predileção pela mandíbula. As lesões maxilares na
porção inferior (crista alveolar, soalho do seio e/ou palato) que a porção superior (zigoma, margem
orbitária).
A letra C está incorreta. O GCCG é uma lesão intraóssea e radiograficamente são observados defeitos
radiolúcidos, que podem ser uni ou multiloculares, bem delimitados e com margens desprovidas de halo
radiopaco.
A letra D está incorreta. É uma Infecção fúngica profunda muito comum na América do Sul, afeta
trabalhadores agrícolas, geralmente adultos jovens do sexo masculino. As lesões orais são ulcerações
assemelham-se a amoras que afetam os seguintes sítios: mucosa alveolar, gengiva e palato.
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A letra E está incorreta. A hiperplasia fibrosa é uma resposta proliferativa da mucosa bucal a trauma, com
formação excessiva de epitélio e conjuntivo fibroso, que se projeta de forma pediculada ou séssil para a
cavidade bucal. Ulcerações são comuns nas hiperplasias, visto que são causadas por traumas.
a) Leucoplasia homogênea
b) Condiloma acuminado
c) Eritroleucoplasia
Comentários:
A letra A está incorreta. A leucoplasia homogênea é caracterizada pela existência de placas espessas e bem
delimitadas com fissuras profundas.
A letra B está incorreta. O condiloma acuminado é uma proliferação de epitélio pavimentoso estratificado
induzida por HPV da região anogenital, boca e laringe. As lesões orais geralmente são vistas na mucosa labial
e freio lingual, podendo envolver palato mole. É uma lesão exofítica, séssil, rósea, bem delimitada, indolor,
com projeções superficiais e tende a ser maior que o papiloma.
A letra C está incorreta. A eritroleucoplasia pode ser vista clinicamente como uma área que mistura áreas
brancas e vermelhas e frequentemente exibe displasia epitelial no histopatológico.
A letra D está correta. A LVP é caracterizada pelo desenvolvimento lento e progressivo de múltiplas placas
ceratóticas com projeções de superfície rugosas e com a progressão assumem um aspecto exofítico e
verrucoso assemelhando-se ao carcinoma verrucoso. Afeta geralmente a gengiva e mesmo com a terapia
não apresenta regressão.
a) Mucosite
b) Maloclusão
c) Micrognatia
d) Pigmentação dentária
e) Doença periodontal
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Comentários:
A letra A está correta. A mucosite é um dos principais efeitos colaterais agudos induzidos pelo tratamento
radioterápico em cabeça e pescoço. É caracterizada por dor intensa, ardência bucal, dificuldade de
alimentação e fonação, podendo levar à interrupção do tratamento antineoplásico até a melhora dos
sintomas.
A letra B está incorreta. Não se aplica. Na radioterapia os efeitos mais vistos são a mucosite aguda dolorosa
e a dermatite, mas dependendo do campo irradiado, dose empregada e idade do paciente outras
complicações podem surgir como xerostomia, hipogeusia (perda do paladar), osteorradionecrose, trismo,
dermatite crônica, normalidade de desenvolvimento.
A letra C está incorreta. Não se aplica. Na radioterapia os efeitos mais vistos são a mucosite aguda dolorosa
e a dermatite, mas dependendo do campo irradiado, dose empregada e idade do paciente outras
complicações podem surgir como xerostomia, hipogeusia (perda do paladar), osteorradionecrose, trismo,
dermatite crônica, normalidade de desenvolvimento.
A letra D está incorreta. Não se aplica. Na radioterapia os efeitos mais vistos são a mucosite aguda dolorosa
e a dermatite, mas dependendo do campo irradiado, dose empregada e idade do paciente outras
complicações podem surgir como xerostomia, hipogeusia (perda do paladar), osteorradionecrose, trismo,
dermatite crônica, normalidade de desenvolvimento.
A letra E está incorreta. Não se aplica. Na radioterapia os efeitos mais vistos são a mucosite aguda dolorosa
e a dermatite, mas dependendo do campo irradiado, dose empregada e idade do paciente outras
complicações podem surgir como xerostomia, hipogeusia (perda do paladar), osteorradionecrose, trismo,
dermatite crônica, normalidade de desenvolvimento.
a) Leucoplasia verrucosa
b) Carcinoma epidermóide
c) Quelite actínica
d) Estomatite nicotínica.
Comentários:
A letra A está incorreta. A leucoplasia verrucosa proliferativa (LVP) é caracterizada pelo desenvolvimento
lento de múltiplas placas queratóticas com projeções rugosas de superfície, geralmente acomete a gengiva.
A letra B está incorreta. O carcinoma epidermoide de boca tem uma apresentação clínica variada, incluindo
as seguintes: Exofítica (aumento de volume; vegetante, papilífera, verruciforme) Endofítica (invasiva,
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A letra C está incorreta. A queilite actínica é uma lesão potencialmente maligna do vermelhão do lábio
inferior. Apresenta predileção por pessoas do sexo masculino (10:1) e de pela clara, acometendo a faixa
etária acima dos 45 anos de idade. A lesão se desenvolve lentamente com a exposição crônica e o vermelhão
do lábio inferior assume aparência atrófica, ressecada e com presença de fissuras, perdendo com o tempo
a definição dos limites entre vermelhão e pele. Em estágio mais avançado, o vermelhão exibe áreas
descamativas e ásperas.
A letra D está correta. Uma das mais comuns alterações da mucosa do palato duro, a estomatite nicotínica
desenvolve como resposta ao calor gerado pelo fumo ao tabaco ou cachimbo. Clinicamente a mucosa do
palato se torna difusamente cinza ou branca; numerosas pápulas ligeiramente elevadas são observadas,
geralmente com centros vermelhos puntiformes. Tais pápulas representam inflamação das glândulas
salivares menores e seus orifícios ductais.
T2 Tumor maior que 2 cm, porém não maior do que 4 cm em seu maior diâmetro
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T4 a (Lábio) Tumor invade através da cortical óssea, nervo alveolar inferior, asssoalho
bucal, ou pele da face (ou seja, queixo e nariz) Tumor passível de ressecção cirúrgica
N2a Metástase em um único linfonodo ipsilateral, maior do que 3 cm, porém menor que
6 cm em seu maior diâmetro
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Estágio 0 Tis N0 M0
Estágio I T1 N0 M0
Estágio II T2 N0 M0
Estágio III T3 N0 M0
T3 N1 M0
A letra C está correta. O carcinoma verrucoso é diagnostica em homens acima de 55 anos, sendo mais
comum nas regiões de mucosa oral em fundo de vestíbulo inferior, gengiva, mucosa jugal. O tratamento do
carcinoma verrucoso geralmente é cirurgia, a radioterapia é uma alternativa, mas é considerada menos
eficaz que a cirurgia.
a) Candidíase
b) Líquen plano
c) Eritema traumático
d) Carcinoma de células escamosas
e) Tumor de glândulas salivares acessórias
Comentários:
A letra A está incorreta. A candidíase pseudomembranosa possui como características clínicas a presença
de placas brancas removíveis à raspagem semelhantes à “leite coalhado ou queijo cottage”. Quando
removidas deixam uma superfície eritematosa e sangrante. No entanto tal característica não corresponde
ao aspecto salpicado descrito no enunciado.
A letra B está incorreta. As lesões do líquen plano são descritas como pápulas poligonais, púrpuras e
pruriginosas. As estrias de Wickham são características.
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A letra D está correta. Em sua fase inicial o carcinoma de células escamosas pode apresentar-se como uma
leucoplasia mosqueada ou eritroleucoplasia (é observada a mistura de áreas brancas e vermelhas).
I. Persistência por vários anos, ocorrência em pacientes do gênero feminino e ocorrência em não
fumantes são fatores que podem aumentar o risco de transformação maligna.
II. O termo leucoplasia é estritamente clínico e não implica uma alteração tecidual histopatológica
específica.
III. A realização de biópsia é mandatória, e o resultado do exame histopatológico guiará o
tratamento.
IV. A maioria apresenta displasia epitelial, de moderada a severa, com vários graus de atipia
celular.
Comentários:
Fatores como gênero feminino, idade avançada, não fumar, lesão persistente por vários anos, extensão da
lesão e envolvimento ventrolateral da língua e assoalho.
O termo leucoplasia é estritamente clínico e sem implicação histopatológica, ou seja, sem alteração
específica do tecido. Por definição leucoplasia é "uma placa ou mancha branca que não pode ser
caracterizada clínica ou patologicamente como qualquer outra doença.”
Apesar de leucoplasia representar apenas um termo clínico, a biópsia se faz necessária para obter um
diagnóstico histopatológico e orientar o tratamento adequado.
a) Xerostomia
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b) Hipogeusia
c) Anúria
d) Acinesia
e) Aposia
Comentários:
A letra A está incorreta. A xerostomia é uma complicação muito comum pois as glândulas salivares são
sensíveis à radiação e está associada à redução do fluxo salivar.
A letra B está correta. A perda dos quatro paladares, também chamada de hipogeusia, é vista nos pacientes
submetidos à radioterapia na cavidade oral, podendo se desenvolver dentro de várias semanas.
A letra C está incorreta. A anúria é a falta de urina na bexiga e a incapacidade de eliminação desse líquido.
A letra D está incorreta. É uma patologia que se caracteriza pelo deficiente movimento do músculo cardíaco
a) Rânulas
b) Sialolitíases
c) Leucoplasia
d) Nenhuma das alternativas
Comentários:
A letra A está incorreta. A rânula é um fenômeno de retenção associado às glândulas salivares maiores.
A letra B está incorreta. As sailolitíases são estruturas calcificadas que se desenvolvem dentro do sistema de
ductos das glândulas aslivares.
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A letra C está correta. A leucoplasia é uma placa ou mancha branca que não pode ser caracterizada clínica
ou patologicamente como qualquer outra doença. Cerca de 70% das leucoplasias são encontradas no
vermelhão do lábio, mucosa bucal e gengiva.
Comentários:
I - As metástases do carcinoma epidermoide bucal ocorrem principalmente através dos vasos linfáticos para
os linfonodos cervicais ipsilaterais.
II - Estudos sugerem que fumar charuto ou cachimbo está associado a um risco semelhante ou maior de
câncer oral em comparação ao tabagismo.
IV- O carcinoma epidermoide de boca tem uma apresentação clínica variada, incluindo as seguintes: Exofítica
(aumento de volume; vegetante, papilífera, verruciforme) Endofítica (invasiva, escavada, ulcerada),
Leucoplásica (mancha branca), Eritroplásica (mancha vermelha) Eritroleucoplásica (combinação de áreas
vermelha e branca). Os locais mais comuns para carcinoma intraoral são a língua (geralmente a lateral
posterior e superfícies ventrais) e assoalho bucal.
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Comentários:
A letra A está correta. É uma lesão benigna caracterizada pela pigmentação acastanhada e plana da mucosa
pelo acúmulo de melanina. Sua existência não tem relação com a exposição solar e não apresenta potencial
de transformação maligna. A idade de diagnóstico é no geral perto dos 43 anos, acomete mais mulheres (2:1)
e tem como sítio preferencial o vermelhão do lábio inferior. Quando o sítio é intraoral pode ser visualizada
na mucosa jugal, gengiva e palato. Cabe destacar que o melanoma oral possui predileção pela região de
palato e, para que seja excluída essa possibilidade, as máculas pigmentadas na região de palato devem ser
biopsiadas.
A letra B está incorreta. É uma pigmentação da mucosa oral incomum, benigna, adquirida, vista
principalmente em melanodermas. Afeta mais mulheres, na terceira e quarta décadas de vida e o sítio
preferncial é a mucosa jugal.
A letra C está incorreta. O nevo melanocítico adquirido é o mais comum de todos os "tumores humanos"
que inicia o seu desenvolvimento na infância podendo chegar a uma média entre 10 a 40 no adulto. São
alguns tipos: epidérmico, sebáceo, flâmeo, de células basais e branco esponjoso.
A letra D está incorreta. Melasma é uma hiperpigmentação adquirida, simétrica da pele exposta ao sol.
( ) Pode tornar-se displásica e até invasiva, sem modificação em sua aparência clínica, porém algumas
podem apresentar placas avermelhadas espalhadas, chamadas eritroplasia.
( ) Aproximadamente 5% das leucoplasias bucais são encontradas no vermelhão dos lábios, na mucosa
jugal e na gengiva. A ordem correta do preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é a da
alternativa:
A. ( ) F – V – V – F
B. ( ) V –V – F – F
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C. ( ) F – F – V – V
D. ( ) V – F – F – V
Comentários:
Existe vários fatotres causais associados à ocorrência da leucoplasia, no emtanto, asbe-se que cerca de 80%
dos tabagistas desenvolvem leucoplasia.
A leucoplasia leve ou delgada aparece como uma placa branca ou acinzentada, plana ou ligeiramente
elevada, podendo ser translúcida, fissurada ou enrugada, em alguns casos pode gradualmente mesclar-se
com a mucosa normal. Leucoplasias finas podem desaparecer ou continuar inalteradas e raramente exibem
displasia na biópsia.
A leucoplasia pode tornar-se displásica, até mesmo invasiva, sem alteração em sua aparência clínica.
Contudo, algumas lesões, ao final desse processo, demonstram manchas disseminadas de coloração
avermelhada, denominadas eritroplasias. Tais áreas representam geralmente sítios nos quais as células
epiteliais são tão imaturas ou atróficas que não têm mais a capacidade de produzir ceratina. Essa lesão, com
a mistura de áreas brancas e vermelhas, denominada eritroleucoplasia ou leucoplasia mosqueada,
representa um padrão de leucoplasia que frequentemente revela displasia avançada na biópsia.
A idade média de diagnóstico é aos 60 anos. Cerca de 70% das leucoplasias orais são encontradas no
vermelhão do lábio, mucosa bucal e gengiva.
A. ( ) Estomatite Nicotínica
B. ( ) Ceratose Actínica
C. ( ) Queilose Actínica
D. ( ) Eritroplasia
Comentários:
A letra A está incorreta. A estomatite nicotínica é uma resposta ao calor do fumo de tabaco. A mucosa do
palato se torna difusamente cinza ou branca com numerosas pápulas ligeiramente elevadas com centros
vermelhos puntiformes.
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A letra B está incorreta. A queratose actínica é uma lesão potencialmente maligna cutânea comum, causada
pela exposição intensa à radiação UV. Os locais mais acometidos são a face, pescoço, dorso das mãos,
antebraços e couro cabeludo. As lesões aparecem como placas lamelares irregulares que variam em cor
normal ao branco, cinza ou marrom, e podem ser sobrepostas a um fundo eritematoso.
A letra C está correta. A queilite actínica é uma lesão potencialmente maligna do vermelhão do lábio
inferior. Apresenta predileção por pessoas do sexo masculino (10:1) e de pela clara, acometendo a faixa
etária acima dos 45 anos de idade. A lesão se desenvolve lentamente com a exposição crônica e o vermelhão
do lábio inferior assume aparência atrófica, ressecada e com presença de fissuras, perdendo com o tempo
a definição dos limites entre vermelhão e pele. Em estágio mais avançado, o vermelhão exibe áreas
descamativas e ásperas.
A letra D está incorreta. A eritroplasia pode ser vista clinicamente como uma mácula ou placa eritematosa
bem delimitada, com textura macia e aveludada.
a) I e II, apenas
b) II, III e IV, apenas
c) I, II e IV, apenas
d) I e IV apenas
Comentários:
A causa do carcinoma epidermoide é multifatorial. Nenhum agente ou fator (carcinógeno) etiológico único
tem sido definido ou aceito, porém tanto fatores extrínsecos quanto intrínsecos podem estar atuando. É
provável que mais de um fator seja necessário para produzir esta neoplasia (cocarcinogênese). Os fatores
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extrínsecos incluem agentes externos tais como fumo, álcool, sífilis e (somente para carcinomas do
vermelhão do lábio) luz solar. Os fatores intrínsecos incluem estados sistêmicos ou generalizados, tais como
desnutrição geral ou anemia por deficiência de ferro. A hereditariedade parece não desempenhar um papel
principal na causalidade do carcinoma oral, embora algumas condições hereditárias (p.ex., disqueratose
congênita [p. 695], anemia de Fanconi) tenham sido associadas a ele. O risco relativo (risco de fumante para
câncer oral em comparação com um não fumante) é dose-dependente.
Os exemplos leucoplásicos e eritroplásicos são provavelmente casos em fases iniciais, que ainda não
produziram um aumento de volume ou ulceração.
Carcinoma do vermelhão do lábio geralmente é encontrado em pessoas de pele clara com exposição crônica
à radiação ultravioleta do sol. Setenta por cento dos indivíduos afetados possuem ocupações que envolvem
atividades ao ar livre. Essa lesão está geralmente associada à queilite actínica (p. 370) e podem surgir no
local em que o paciente mantém um cigarro, charuto ou cachimbo. Quase 90% das lesões estão localizadas
no lábio inferior.
As metástases do carcinoma epidermoide bucal ocorrem principalmente através dos vasos linfáticos para os
linfonodos cervicais ipsilaterais, um linfonodo cervical que contém carcinoma metastático tem geralmente
uma consistência de firme a pétrea, indolor e aumentado.
Comentários:
Vamos rever a tabela que mostra o potencial de transformação maligna para visualizar melhor:
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a) fumo
b) álcool
c) medicamentos
d) radiação solar
Comentários:
A letra A está incorreta. O hábito de fumar tem implicações no desenvolvimento do carcinoma epidermoide
oral, pois em especial o fumo do tabaco possui mais de 70 substâncias carcinogênicas.
A letra B está incorreta. O álcool exerce um forte efeito sinérgico com o tabaco no desenvolvimento do
câncer oral, mas não possui relação causal com a quelite actínica.
A letra D está correta. A queilite actínica é uma condição potencialmente maligna causada pela exposição
crônica à radiação UV.
A letra E está incorreta. Os tipos de HPV de alto risco são associados a displsia e carcinoma epidermoide.
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a) T3N3M0/E2
b) T3N2M1/E3
c) T4N3M0/E1
d) T3N2M0/E4
Comentários:
A letra C está incorreta. N3 Metástase em um linfonodo maior do que 6 cm em seu maior diâmetro
A letra D está correta. A questão não trouxe em suas alternativas a opção T2 ( Tumor maior que 2 cm,
porém não maior que 4 cm em seu maior diâmetro - que seria a mais correta), na ausência de alternativa que
corresponda ao T2 analisamos os outros parâmetros que se encontram corretos N2 (Metástase em um único
linfonodo ipsilateral, maior do que 3 cm, porém menor do que 6 cm em seu maior diâmetro; múltiplos
linfonodos ipsilaterais, nenhum maior do que 6 cm em seu maior diâmetro; ou linfonodos bilaterais ou
contralaterais, nenhum maior do que 6 cm em seu maior diâmetro) e M0 ausência de metástase a distância.
a) TX
b) T0
c) T1S
d) T1
e) T3
Comentários:
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a) Fibroma
b) Lipoma
c) Hemangioma
d) Hiperplasia epitelial inflamatória
e) Melanoma
Comentários:
A letra C está incorreta. Os hemangiomas são os tumores da infância mais comuns, com localização
preferencial na cabeça e pescoço.
A letra D está incorreta. É uma hiperplasia de tecido conjuntivo fibroso que se desenvolve em associação às
bordas de uma prótese total ou parcial mal adaptada.
A letra E está correta. O melanoma é uma neoplasia maligna melanocítica que tem como importante fator
etiológico a exposição à radiação UV.
A ( ) Candidíase eritematosa
C ( ) Leucoeritroplasia
D ( ) Leucoplasia pilosa
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E ( ) Eritroplasia
Comentários:
A letra A está incorreta. A candidíase eritematosa é evidenciada pelo eritema da mucosa vermelhada
acompanhada da sensação de queimação.
A letra B está incorreta. É o câncer mais comum de pele que acomete principalmente homens acima de 40
anos. Cerca de 80% dos casos acontecem na região da cabeça e pescoço.
A letra C está correta. A leucoeritroplasia é uma lesão que possui uma mistura de áreas brancas e vermelhas.
A letra D está incorreta. É a lesão mais comum associada ao EBV nos pacientes com AIDS. Ao exame clínico
é vista uma placa branca na mucosa que não se destaca à raspagem, geralmente na região de borda de
língua.
A letra E está incorreta. A eritroplasia é uma mancha ou placa vermelha que possui como sítio preferencial
o assoalho bucal, língua e palato.
a) ósseo
b) epitelial
c) muscular
d) glandular
e) hematolinfoide
Comentários:
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e) Leucoplasia e eritroplasia.
Comentários:
A letra A está incorreta. A ceratose actínica é uma lesão potencialmente maligna cutânea.
A letra B está incorreta. É a lesão mais comum associada ao EBV nos pacientes com AIDS. Ao exame clínico
é vista uma placa branca na mucosa que não se destaca à raspagem, geralmente na região de borda de
língua. Histopatologicamente é caracterizada por um padrão de certa forma característico de hiperceratose
e hiperplasia epitelial.
A letra C está incorreta. O termo nevo refere-se a uma malformação da pele, caracterizado por uma
proliferação benigna, não encapsulada de células névicas.
A letra D está incorreta. A sífilis foi levantada como possível causa desconhecida, em especial nos casos da
glossite na fase tardia, porém ela não é considerada uma lesão potencialmente maligna.
A letra E está correta. Ambas são lesões potencialmente malignas, vistas na fazes iniciais.
26- (UNC/PREFEITURA DE SÃO CRSITÓVÃO DO SUL- SC/2012) A.N., sexo masculino com 69 anos, pele clara,
agricultor, clinicamente apresenta-se com os lábios, principalmente o inferior, atrófico com áreas
avermelhadas e esbranquiçadas com erosões e ulcerações com superfície crostosa. São SINTOMAS de:*
a) Sarcoma de Kaposi
b) Leucoplasia
c) Eritroplasia
d) Quelite actínica
Comentários:
A letra A está incorreta. O sarcoma de Kaposi é um tumor maligno que caracteriza-se por manchas
arroxeadas dispersas na pele e mucosa, e normalmente está associado à síndrome da imunodeficiência
adquirida (AIDS).
A letra B está incorreta. A leucoplasia apresenta-se como placa branca não raspável em pacientes fumantes.
A letra C está incorreta. A eritroplasia é uma lesão cancerizável que se apresenta como mancha vermelha
na mucosa.
A letra D está correta. A queilite actínica acomete o lábio, principalmente inferior, de pacientes leucodermas
que se expõem ao sol sem proteção. Apresenta-se na forma de lesão ulcerada e com presença de crosta,
determinando alteração no contorno do lábio. É uma lesão potencialmente maligna.
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Estão CORRETAS
a) I, III e IV.
b) I, II e V.
d) III, IV e V.
e) I, II e III.
Comentários:
A letra E foi dada como correta pela banca, mas fique atento pois Neville et al. (2016) sugerem o uso de
pastilhas com antibiótico.
Irei transcrever a conduta do principal livro de patologia Neville et al. (2016): " Um dos mecanismos mais
eficazes na redução da mucosite associada à radiação tem sido a colocação de bloqueadores de radiação na
linha média ou o uso do tratamento de radiação tridimensional para limitar o volume da mucosa irradiada.
Além disso, rolos de algodão ou proteções personalizadas têm sido utilizados para recobrir restaurações
dentárias metálicas para prevenir o feito de potencialização localizada da radiação. Outras intervenções para
reduzir a gravidade da mucosite, mas com menor evidência de benefícios, incluem o uso de aloe vera,
alupurinol, amifostina, benzidamina, mel, glutamina intravenosa e de pastilhas antibióticas contendo
polimixina/tobramicina/anfotericina. Uma vez presentes, o manejo das lesões é difícil e tentativas com um
grande número de tratamentos (como agentes anestésicos, analgésicos, antimicrobianos e protetores) têm
sido realizadas com resultados distintos. A irradiação com laser de baixa potência, a terapia fotodinâmica
com diodo e a proteção com sucralfato representam intervenções atuais para a redução da gravidade da
mucosite ativa. Terapias paliativas incluem bochechos com sal e bicarbonato de sódio, lidocaína viscosa e
“enxaguante bucal mágico” (lidocaína, difenidramina e caulim ou leite de magnésia). Quando todos os
tratamentos falham, a morfina intravenosa ainda é o tratamento padrão para a dor associada à mucosite
oral."
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Regezzi et al. (2013) citam que a utilização de antifúngicos, enxaguatórios com clorexidina e bochecho com
bicarbonato de sódio auxiliariam na redução da morbidade.
28- (CPCON/ODONTÓLOGO/2019) A leucoplasia oral é definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS)
como “uma placa ou mancha branca que não pode ser caracterizada clínica ou patologicamente como
qualquer outra doença”. O termo é estritamente clínico e não implica uma alteração tecidual
histopatológica específica. Sobre este tema, analise as afirmativas abaixo:
I- A radiação ultravioleta é aceita como um fator causal da leucoplasia de vermelhão de lábio inferior.
II- A prevalência da leucoplasia diminui em idades mais avançadas, especialmente para os homens que se
expõem continuamente ao sol e desenvolvem uma proteção mecânica nos tecidos.
III- A leucoplasia verrucosa proliferativa é caracterizada pelo desenvolvimento de múltiplas placas ceratóticas
com projeções de superfícies ásperas que podem evoluir para um estágio no qual são indistinguíveis de um
carcinoma verrucoso e se tornarem um carcinoma de células escamosas.
IV- Lesões leucoplásicas iniciais surgem como placas levemente elevadas cinzentas ou branco-acinzentadas
com características clínicas variadas.
a) I, III e IV.
b) II e III.
e) I e IV.
Comentários:
A radiação solar pode predispor ao câncer e verificamos tal associação no maior número de casos em lábio
inferior e no maior número de pessoas acometidas que exercem funções ao ar livre. A leucoplasia apresenta
forte predileção pelo gênero masculino (cerca de 8% nos homens com mais de 70 anos), e geralmente afeta
indivíduos com mais de 40 anos. A letra A está correta.
a) Carcinoma Espinocelular.
b) Carcinoma in situ.
c) Eritroplasia.
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d) Leucoplasia.
e) Carcinoma Basocelular.
Comentários:
A letra A está correta. Essa é fácil e dispensa comentários pois o CEC representa mais de 90% das neoplasias
malignas orais.
Comentários:
Teste de coagulação – para os casos em que haja suspeita de discrasias sanguíneas, a fim de observar as
deficiências plasmáticas de coagulação e atividade anticoagulante.
Tempo de sangria – exame a partir do qual se observa o tempo necessário para que ocorra a hemostasia
sanguínea.
a) biópsia incisional.
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b) biópsia excisional.
c) prescrição de anti-inflamatório.
Comentários:
A letra D está correta. Pessoal, coloquei esta questão para revisar um conteúdo já ministrado pela professora
Mirela, mas que agora veremos sob o ponto de vista dos livros de patologia. A resolução do foco da infecção
odontogênica pode ser a extração ou tratamento endodôntico. O diagnóstico da osteíte é clínico, não sendo
necessária a bióspia excisional nem incisional. A prescrição de anti-inflamatório não se refere ao tratamento
desta doença.
Comentários:
A citologia esfoliativa tem como principal finalidade a detecção de tumores malignos, também auxilia no
diagnóstico de doenças virais, bacterianas e fúngicas, mas não substitui a biópsia por não determinar o tipo
de lesão maligna. A alternativa correta é a letra B.
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d) V-F-F
e) F-V-F
Comentários:
Preferencialmente deve ser realizado o bloqueio anestésico, nos casos em que se realiza a técnica infiltrativa
essa deve ser periférica ao tecido a ser biopsiado. A alternativa correta é a letra D.
a) exfoliativa
b) incisional
c) excisional
d) citológica
Comentários:
A letra A está incorreta. A banca tentou realizar confusão com o termo citologia esfoliativa.
A letra B está incorreta. A biópsia incisional remove parte da lesão, um fragmento, e inclui tecido da lesão e
normal.
Comentários:
A biópsia excisional é indicada em lesões de pequenas dimensões. A alternativa correta é a letra B.
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a) Bolha
b) Erosão
c) Vesícula
d) Úlcera
e) Pápula
Comentários:
A letra A está incorreta. Bolha é o acúmulo de fluido dentro ou abaixo do epitélio com mais de 5mm (0,5cm)
em diâmetro, ou seja, uma lesão elevada com conteúdo líquido. Ex: pênfigo vulgar
A letra B está correta. Erosão é uma lesão superficial, geralmente causada pela perda de epitélio pela ruptura
de uma bolha ou vesícula. Geralmente cura sem cicatriz. Boraks (2013) afirma que não apresenta exposição
do conjuntivo. Alguns autores afirmam que quando não há exposição do conjuntivo o paciente não sente
dor. Ex: Líquen plano.
A letra C está incorreta. Vesícula pode ser definida como uma bolha superficial, com 5mm ou menos de
diâmetro, frequentemente preenchida por um líquido claro. Scully define como pequeno (<0,5cm) acúmulo
de fluido dentro ou abaixo do epitélio, ou seja, uma lesão elevada com conteúdo líquido. Ex: Herpes labial.
A letra D está incorreta. Úlcera é uma lesão caracterizada por perda de epitélio com exposição do tecido
conjuntivo, produzida por desprendimento do tecido necrótico. Geralmente assume aparência deprimida.
Essas lesões podem apresentar sangramento pela exposição do tecido conjuntivo que possui vasos
sanguíneos. A dor é outro achado já que no tecido conjuntivo existem terminações nervosas. Ex: Úlcera
aftosa.
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A letra E está incorreta. Pápula é uma lesão sólida e elevada, circunscrita, com menos de 5 mm (ou 0,5 cm)
em diâmetro. A altura dessa lesão é maior que o seu tamanho em extensão. Ex: Grânulos de Fordyce.
38 - (PROVA DE RESIDÊNCIA/CBMF) A utilização da aspiração por agulha fina é um método útil para avaliar:
b) a presença de células malignas em lesões nas mucosas (superfície) dentro da cavidade bucal
d) a presença de células malignas dentro de lesões vasculares que estão localizadas no interior do osso
Comentários:
A alternativa correta é a letra C. A biópsia por agulha é realizada para coletar material de lesões em locais
de difícil acesso ou próximas a estruturas importantes (para evitar lesão).
39 - (UNASUS adaptada/ CURSO EAD/2020) Dentre as alternativas abaixo, qual indica uma etapa do
processo para estabelecer o diagnóstico de lesões brancas da boca:
c) Raspar a lesão com uma gaze ou espátula de madeira para verificar se há desprendimento.
e) Todas as afirmativas acima indicam etapas do processo para estabelecer o diagnóstico de lesões brancas
da boca.
Comentários:
A alternativa correta é a letra E. Todas as alternativas acima indicam etapas do processo para estabelecer o
diagnóstico.
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40- (RBO/HORTOLÂNDIA-SP/2014) Lesão fundamental caracterizada por perda total do epitélio com
exposição de tecido conjuntivo subjacente, dolorida e geralmente apresentando sangramento. Na maioria
dos casos é acompanhada de halo eritematoso ao redor, recoberto por pseudomembrana e com exsudato
na porção mais central. Trata-se:
a) Bolha
b) Nódulo
c) Erosão
d) úlcera
Comentários:
Erosão. Lesão superficial, muitas vezes originando-se secundariamente à ruptura de uma vesícula ou bolha,
que é caracterizada por perda parcial ou total do epitélio de superfície.
Úlcera. Lesão caracterizada pela perda do epitélio de superfície e frequentemente parte do tecido conjuntivo
subjacente. Em geral, aparece deprimida ou escavada.
a) É indicada em tumores encapsulados (para não provocar difusão para os tecidos vizinhos). Ex: Adenoma
pleomórfico.
c) É indicado que se proceda a biópsia em tecidos retirados cirurgicamente, quando ainda não se tem um
diagnóstico preciso prévio.
d) As áreas de necrose são ótimas para se proceder biópsia, pois são áreas que nos propiciam grandes
detalhes celulares.
Comentários:
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➢ Lesões persistentes que fracassam na resposta ao tratamento (lembrando que as lesões devem ser
acompanhadas por um período de 7 a 14 dias).
➢ Lesões desconhecidas em áreas de alto risco para o desenvolvimento do câncer.
➢ Lesão firmemente aderida ou fixa em estruturas adjacentes
➢ Confirmação do diagnóstico clínico.
Na técnica, a incisão é realizada em formato de cunha e deve incluir tecidos com características de
normalidade e alterados pela lesão (em lesões ulceradas as informações são removidas do tecido perilesional
que contém características de normalidade).
42- (RBO/HORTOLÂNDIA-SP/2014) Entre os exames complementares que podem ser utilizados pelo
cirurgião dentista para auxiliar o correto diagnóstico de afecções bucais está a citologia esfoliativa.
Assinale a alternativa correta.
Comentários:
A citologia esfoliativa é um exame complementar que avalia células que esfoliaram naturalmente do
epitélio da mucosa bucal (as células colhidas são depositadas em uma lâmina de vidro, coradas e analisadas
em microscópio). A citologia esfoliativa tem sido muito utilizada para avaliação de lesões ulceradas e de
placas brancas hiperqueratóticas (confira abaixo outras indicações).
Possui como vantagens a facilidade de realização, não necessitar de incisão, não ser invasiva ou traumática
e não apresentar complicações após o procedimento.
43- (FGV/SES-AM/DENTISTA/2014) Assinale a opção que corresponde ao tipo de técnica mais indicada
quando se deseja realizar a biópsia de uma lesão de grande tamanho (> 1cm), localizada próximo de
estruturas anatômicas importantes e com suspeita de malignidade.
a) Exame citológico.
c) Biópsia incisional.
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d) Biópsia excisional.
e) Esfregaço.
Comentários:
A Biópsia incisional é o procedimento que remove fragmento para análise. É indicada em casos de lesões
grandes, lesões que apresentam características diferentes em diferentes sítios ou em locais de risco, e lesões
com suspeita de malignidade. A incisão é realizada em formato de cunha e deve incluir tecidos com
características de normalidade e alterados pela lesão (em lesões ulceradas as informações são removidas do
tecido perilesional que contém características de normalidade).
Comentários:
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( ) Alterações inflamatórias de causa desconhecida que persistam por longos períodos devem
obrigatoriamente ser biopsiadas.
( ) Lesões que exibam um rápido crescimento tecidual devem ser obrigatoriamente biopsiadas. As
afirmativas são, respectivamente,
a) F, V e V.
b) F, V e F.
c) V, V e V.
d) V, V e F.
e) F, F e V
Comentários:
a) O câncer de cabeça e o de pescoço são, na sua maioria, neoplasias malignas que se iniciam no tecido
conjuntivo da boca por multiplicação celular ordenada, acometendo as vias aerodigestivas superiores e
inferiores.
b) A boca é considerada uma área de fácil acesso para o paciente, médicos e cirurgiões-dentistas. Qualquer
alteração nessa região tem fácil percepção, o que justifica o elevado número de diagnósticos do câncer bucal
de forma precoce quando a lesão se encontra ainda em estágio inicial.
c) Quanto ao diagnóstico precoce, é indispensável um exame clínico e físico como a palpação da cadeia
ganglionar do paciente, uma vez que é por ela que se inicia disseminação de metástases, por via linfática,
independentemente dos linfonodos estarem palpáveis ou não.
Comentários:
A letra B está incorreta. Os pacientes com carcinoma epidermoide oral são na maioria homens, muitas vezes
mais velhos, que estavam cientes de uma alteração de quatro a oito meses antes de procurar ajuda
profissional (oito a 24 meses entre os grupos socioeconômicos mais baixos). Durante a fase inicial de
crescimento, a sensibilidade dolorosa é mínima, o que pode explicar o atraso na busca do cuidado
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profissional. Lembrando que muitos pacientes não fazem o autoexame e existem locais de difícil visualização
pelo paciente para que ele perceba pequenas alterações iniciais.
A letra C está correta. As metástases do carcinoma epidermoide bucal ocorrem principalmente através dos
vasos linfáticos para os linfonodos cervicais ipsilaterais. A metástase não é um evento precoce para os
carcinomas da cavidade oral propriamente dito. Contudo, devido ao diagnóstico tardio, aproximadamente
21% dos pacientes apresentam metástases cervicais ao diagnóstico (60% em relatos provenientes de centros
médicos terciários). Por outro lado, as neoplasias que surgem na região posterior, na orofaringe, são
propensas a metástases precoces.
I - O líquen plano é uma doença mucocutânea mediada imunologicamente e é mais prevalente em mulheres.
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) Apenas I e III.
Comentários:
A leucoplasia pilosa oral (LPO) é a lesão mais comum associada ao EBV nos pacientes com AIDS. A LPO se
manifesta como uma placa branca não destacável na mucosa. A maioria dos casos ocorre na borda da língua
e varia na aparência entre tênues estrias brancas verticais a áreas leucoplásicas espessas e corrugadas,
apresentando uma superfície queratótica e áspera. A letra E está correta.
a) Nevo branco esponjoso é uma condição autossômica dominante que se manifesta na boca, em pacientes
idosos, e cede à raspagem.
b) A estomatite nicotínica caracteriza-se por alterações brancas generalizadas no palato duro e possui alto
risco de transformação maligna.
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d) A leucoplasia é uma condição associada a pacientes de meia-idade ou idosos e possui risco relativo de
transformação maligna.
e) O líquen plano na forma de placa tende a ser confundido com a leucoplasia, especialmente por sua
característica de lesão localizada.
Comentários:
A alternativa A está incorreta. O nevo branco esponjoso (doença de cannon; displasia branca pregueada
familial) o é uma genodermatose relativamente rara (uma desordem cutânea determinada por via genética),
sendo herdada como um traço autossômico dominante com alto grau de penetrância e expressividade
variável. Essa condição ocorre razão de um defeito na queratinização normal da mucosa bucal. As lesões do
nevo branco esponjoso geralmente surgem ao nascimento ou na primeira infância, mas às vezes a condição
se desenvolve durante a adolescência. Placas difusas simétricas, espessas, corrugadas e aveludadas afetam,
na maioria das vezes, a mucosa jugal bilateralmente.
A alternativa B está incorreta. A estomatite nicotínica é uma das mais comuns alterações da mucosa do
palato duro. Com a exposição a longo prazo ao calor, a mucosa do palato se torna difusamente cinza ou
branca; numerosas pápulas ligeiramente elevadas são observadas, geralmente com centros vermelhos
puntiformes. Tais pápulas representam inflamação das glândulas salivares menores e seus orifícios ductais.
A letra E está incorreta. O líquen plano é uma doença dermatológica crônica relativamente comum, que
afeta frequentemente a mucosa bucal. A maioria dos pacientes com líquen plano engloba adultos de meia-
idade. As mulheres são mais afetadas, normalmente em uma razão de 3:2 em relação aos homens. O líquen
plano reticular tem como característica a presença de linhas brancas finas semelhantes a um rendilhado
(estrias de Wickham) e não a aparência de placa como a alternativa afirma.
b) A lesão se desenvolve lentamente e os pacientes, muitas vezes, não percebem seu desenvolvimento.
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Comentários:
A letra B está correta. A queilite actínica raramente ocorre em pessoas com idade inferior a 45 anos. Há uma
forte predileção pelo gênero masculino (proporção relatada homem-mulher 10:1), refletindo uma maior
atividade profissional ao ar livre e uso menos frequente de protetor labial dos homens em relação às
mulheres. A lesão se desenvolve tão lentamente que os pacientes muitas vezes são inconscientes de uma
mudança.
Os achados clínicos iniciais incluem atrofia (caracterizada por áreas lisas, manchadas e pálidas),
ressecamento e fissuras do vermelhão do lábio inferior, com margem indefinida entre o vermelhão e a pele.
Com a progressão da lesão, áreas descamativas e ásperas, aparecem nas porções ressecadas do vermelhão.
Essas áreas podem se espessar formando lesões leucoplásicas, especialmente quando se estendem perto da
linha úmida da mucosa labiaL.
Neville et al, apontam um aumento de suscetibilidade entre pacientes com determinados distúrbios
genéticos (p.ex., o xeroderma pigmentoso, albinismo e porfiria cutânea tardia). Além disso, cofatores, tais
como tabagismo e imunossupressão, podem aumentar a probabilidade de evolução para o carcinoma
epidermoide.
a) nodulares
c) de origem vascular
d) ósseas expansivas
Comentários:
A letra C está correta. Silvio Boraks (2013) esclarece que podem existir duas contraindicações locais:
pacientes portadores de lesões suspeitas de melanoma e hemangioma. No entanto, o autor ressalta que em
lesões de pequenas dimensões se procede à remoção total, com margem de segurança, não existindo uma
contraindicação para o procedimento de remoção total, independentemente do tipo de lesão.
Existem no entanto, pelo menos teoricamente, situações em que os indivíduos que sejam portadores de
alterações sistêmicas que de alguma forma dificultem procedimentos cruentos e modifiquem o pós-
operatório, as quais podem ser impeditivas para a realização de manobras cirúrgicas. É o caso, por exemplo,
de pacientes:
Diabéticos: estão mais sujeitos a infecções, têm reparação tecidual e cicatrização retardadas pela
microangiopatia diabética e biossíntese do colágeno modificada.
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a) biópsia excisional
b) biópsia incisional
d) citologia exfoliativa
e) imunofluorescência
Comentários:
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5- GABARITO
1. LETRA B
2. LETRA A
3. LETRA E
4. LETRA A
5. LETRA D
6. LETRA A
7. LETRA D
8. LETRA C
9. LETRA D
10. LETRA D
11. LETRA B
12. LETRA C
13. LETRA E
14. LETRA A
15. LETRA B
16. LETRA C
17. LETRA A
18. LETRA B
19. LETRA D
20. LETRA D
21. LETRA C
22. LETRA E
23. LETRA C
24. LETRA B
25. LETRA E
26. LETRA D
27. LETRA ---
28. LETRA A
29. LETRA A
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30. LETRA C
31. LETRA D
32. LETRA B
33. LETRA D
34. LETRA C
35. LETRA B
36. LETRA A
37. LETRA B
38. LETRA C
39. LETRA E
40. LETRA D
41. LETRA C
42. LETRA B
43. LETRA C
44. LETRA A
45. LETRA C
46. LETRA C
47. LETRA E
48. LETRA D
49. LETRA B
50. LETRA C
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6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Patologia Oral e Maxilofacial. NEVILLE, Brad W. et al., 4a ed., Elsevier, 2016.
Patologia oral: correlações clinicopatologicas. REGEZZI, J.A; SCIUBBA, J.J.; JORDAN, R.C.K. Elsevier, 2012 e
2018
Boraks, Silvio. Medicina bucal [recurso eletrônico] : tratamento clínico cirúrgico das doenças
bucomaxilofaciais / Silvio Boraks. – Dados eletrônicos. – São Paulo : Artes Médicas, 2011.
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7- RESUMO
Mácula - Área focal de alteração de coloração, que não é elevada ou deprimida em relação aos tecidos
circunjacentes.
Pápula - Lesão sólida e elevada, com menos de 5 mm de diâmetro.
Nódulo - Lesão sólida e elevada, com mais de 5 mm de diâmetro.
Séssil - Descrição de um tumor ou crescimento no qual a base é a região mais larga da lesão.
Pediculado - Descrição de um tumor ou crescimento no qual a base é mais estreita que a parte mais larga da
lesão.
Papilar - Descrição de um tumor ou crescimento exibindo numerosas projeções de superfície.
Verrucoso - Descrição de um tumor ou crescimento que exibe uma superfície rugosa e verrucosa. Vesícula -
Bolha superficial, com 5 mm ou menos de diâmetro, frequentemente preenchida por um líquido claro.
Bolha - Vesícula grande, com mais de 5 mm de diâmetro. Pústula. Vesícula ou bolha preenchida por exsudato
purulento
Úlcera - Lesão caracterizada pela perda do epitélio de superfície e frequentemente parte do tecido
conjuntivo subjacente. Em geral, aparece deprimida ou escavada.
Erosão - Lesão superficial, muitas vezes originando-se secundariamente à ruptura de uma vesícula ou bolha,
que é caracterizada por perda parcial ou total do epitélio de superfície.
Fissura - Ulceração estreita, semelhante a uma fenda ou sulco.
Placa - Lesão ligeiramente elevada que apresenta superfície plana.
Petéquia - Área de hemorragia puntiforme e circular.
Equimose - Área de hemorragia não elevada, maior que uma petéquia.
Telangiectasia - Lesão vascular causada pela dilatação de pequenos vasos sanguíneos superficiais.
Cisto - Cavidade patológica revestida por epitélio, muitas vezes preenchida por material líquido ou
semissólido.
Unilocular - Descrição de uma lesão radiolúcida contendo apenas um compartimento.
Multilocular- Descrição de uma lesão radiolúcida contendo diversos ou muitos compartimentos
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São consideradas por Hupp et al. (2009) áreas de alto risco e que devem ser monitoradas: assoalho da boca,
as superfícies lateral e ventral da língua e as mucosas vestibular e do lábio inferior.
➢ Biópsia incisional: é o procedimento que remove fragmento para análise. É indicada em casos de
lesões grandes, lesões que apresentam características diferentes em diferentes sítios ou em locais de
risco, e lesões com suspeita de malignidade. A incisão é realizada em formato de cunha e deve incluir
tecidos com características de normalidade e alterados pela lesão (em lesões ulceradas as
informações são removidas do tecido perilesional que contém características de normalidade).
➢ Biópsia excisional: é o procedimento que realiza a remoção completa da lesão. É indicada para lesões
pequenas e, muitas vezes, é por retirar toda a lesão acaba sendo o próprio o tratamento.
A citologia esfoliativa tem como principal finalidade a detecção de tumores malignos (câncer).
➢ No diagnóstico de lesões ulceradas que persistam na mucosa bucal, inalteradas, ou que não
apresentam sinais de melhora espontânea ou com tratamento.
➢ No diagnóstico de lesões que seriam submetidas à biópsia.
➢ Em lesões extensas ou múltiplas, selecionando o local mais adequado para realização da biópsia.
➢ No controle de áreas submetidas a radioterapia, onde se observam alterações típicas de radiação.
➢ No controle da evolução de certas doenças.
➢ No controle de lesões cancerizáveis e de áreas onde houve remissão de tumor maligno em pacientes
que, de alguma forma, estão impedidos de realizar intervenção cruenta.
➢ Em áreas onde o teste do azul de toluidina (Teste de Shedd) foi positivo.
➢ Em lesões aparentemente inócuas e que não apresentem razão suficiente para a realização de
biópsia. Quando a suspeita clínica sobre determinada lesão ainda persiste, mesmo após resultado
negativo para câncer na biópsia.
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Lesões consideradas potencialmente malignas que acometem a mucosa oral, faríngea e laríngea:
A etiologia da leucoplasia ainda é incerta, mas diversos fatores têm sido apontados:
Tabaco
Álcool
Sanguinaria
Radiação ultravioleta
Microrganimos
Trauma
Leucoplasia:
➢ “uma placa ou mancha branca que não pode ser caracterizada clínica ou patologicamente como
qualquer outra doença
➢ é a lesão potencialmente maligna oral mais comum (= 85% das lesões)
➢ apresenta forte predileção pelo gênero masculino (cerca de 8% nos homens com mais de 70 anos),
➢ afeta indivíduos com mais de 40 anos
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A conduta diante das leucoplasias deve ser de biopsiar a área para obter o diagnóstico histopatológico e
conduzir o tratamento mais adequado. As leucoplasias sem displasias devem ser acompanhadas a cada 6
meses. A LVP exibe uma alta taxa de recorrência (83%) e após a excisão deve ter um acompanhamento de
longo prazo.
Eritroplasia
➢ "mancha vermelha que não pode ser clínica ou patologicamente diagnosticada como qualquer
outra condição".
➢ praticamente todas as eritroplasias verdadeiras apresentam displasia epitelial significativa,
carcinoma in situ ou carcinoma de células escamosas invasivo.
➢ acomete a faixa etária que vai desde a adultos de meia-idade a idosos, sem apresentar predileção
por sexo.
➢ o soalho de boca, língua e palato mole são os sítios mais acometidos e múltiplas lesões podem estar
presentes.
➢ cerca de 90% das lesões eritroplásicas constituem histopatologicamente displasias epiteliais severa.
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QUEILITE ACTÍNICA Acomete mais o lábio inferior Clinicamente é vista como uma
mais exposto ao sol, em área pálida, com perda do limite
indivíduos leucodermas com mais vermelhão/pele.
de 45 anos. O sexo mais
acometido é o masculino (10:1).
Apresenta desenvolvimento
lento. O Tratamento consiste em
uso do protetor solar, biopsia
diagnostica, vermelhonectomia,
proservação.
MELANOMA O melanoma está associado à
São quatro os tipos
exposição aguda de pessoas de clinicopatológicos de melanoma:
pele clara aos raios UV.
MELANOMA DE DISSEMINAÇÃO
SUPERFICIAL: a forma mais
comum de melanoma => mácula,
geralmente menor que 3 cm,
levemente elevado nas regiões
interescapular nos homens e a
parte de trás das pernas e coxas
nas mulheres.
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MELANOMA LENTIGINOSO
ACRAL (melanoma lentiginoso
mucoso): é a forma mais comum
de melanoma em melanodermas
e também a forma mais comum
de melanoma oral.
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