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CENTRO UNIVERSITÁRIO IMEPAC ARAGUARI

MEDICINA

LIVINNY SUSAN BERNARDES SOUZA

QUEIMADURAS

ARAGUARI
2023
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LIVINNY SUSAN BERNARDES SOUZA

QUEIMADURAS

Trabalho acadêmico da disciplina de Primeiros

Socorros, eixo2 – Atenção à Saúde Individual
e Coletiva -, do curso de Medicina do Centro
Universitário IMEPAC de Araguari, como
avaliação parcial da primeira etapa curricular.

Professor: Renato Freitas Urzedo.

ARAGUARI
2023
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................04
2. DESENVOLVIMENTO............................................................................................05
2.1 Queimaduras.............................................................................................05
2.2 Graus de classificação das queimaduras..................................................05
2.3 Extensão da área corporal lesionada........................................................06
2.4 Agentes causadores..................................................................................08
2.5 Complexidade das queimaduras...............................................................08
2.6 Protocolo de tratamento imediato das queimaduras.................................09
2.7 Manejo pré-hospitalar das queimaduras...................................................09
2.8 Cuidados hospitalares...............................................................................09
2.9 Cuidados com as bolhas ou flictenas........................................................10
3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................11
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1. INTRODUÇÃO
Este trabalho tratará de um destacável problema de saúde pública, as
queimaduras, que, por sua vez, constituem lesões de diferentes graus e extensões,
desencadeadas por variados fatores – térmicos, químicos, elétricos, biológicos, ou
radioativos -, que podem comprometer em maior ou menor grau as funções vitais.
As queimaduras impactam a vida do indivíduo em toda sua integridade, seja
física, a partir de sequelas, seja psicológica, devido aos reflexos na aceitação do corpo
pós trauma e às alterações na capacidade de socialização. Fato que torna
imprescindível a elaboração de medidas de prevenção para esses acidentes.
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2. DESENVOLVIMENTO

2.1 QUEIMADURAS
As queimaduras são traumas causados por agentes diversos capazes de
produzir calor excessivo, de modo a danificar os tecidos corporais e acarretar a morte
celular, causando a destruição parcial ou total da pele e de seus anexos, acometendo
inclusive as camadas mais profundas, como tecido subcutâneo, músculos, tendões e
ossos.
Essas lesões promovem alterações locais ou sistêmicas, de modo a variar de
acordo com a precocidade e qualidade da intervenção terapêutica, além de depender
da gravidade dos fatores causadores.

2.2 Graus de classificação das queimaduras

 Primeiro grau: apresenta espessura superficial, afetando somente a
epiderme e sem formar bolhas. Resulta em edema, dor,
hipersensibilidade e rubor na região, podendo descamar de 4 a 6 dias
após o trauma;

 Segundo grau: afeta a epiderme e parte da derme, formando bolhas ou

flictenas (elevações revestidas por epitélio com conteúdo líquido
internamente, que visa prevenir a perda de sais minerais e água do
organismo). Pode ser dividida em:
- Superficial: a base da bolha é rósea, úmida e dolorosa;
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- Profunda: a base da bolha é branca, seca, indolor e menos dolorosa;

 Terceiro grau: afeta a epiderme, a derme e estruturas profundas,

apresentando placa esbranquiçada ou enegrecida. Há pouca ou
nenhuma dor, destruindo as terminações nervosas locais. As lesões de
espessura total não apresentam possibilidade de regeneração e a
possibilidade de infecção é alta.

2.3 Extensão da área corporal lesionada

Quanto mais extensa a lesão, maiores as chances de inflamação e
disfunção vital. Existem alguns métodos para o cálculo de tal extensão, como:
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 Diagrama de Lund e Browder:

É bastante preciso, pois leva em consideração as variações
percentuais da superfície dos diversos segmentos corpóreos, em diferentes
faixas etárias.

 Regra dos 9:
Os segmentos corporais são estimados em nove ou múltiplos de
nove, sendo seu somatório a superfície total queimada.

 Em relação à palma da mão:

A superfície da palma da mão corresponde a 1% da superfície
corpórea total. Pode-se estimar a área queimada avaliando quantas vezes
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ela corresponde à superfície palmar. Esse método não é preciso, mas pode
ser útil em situações de emergência e tem a vantagem de ser facilmente
memorizado.

2.4 Agentes causadores

 Queimaduras químicas: causadas por produtos corrosivos que podem
ser bases fortes ou de origem ácida, a exemplo de álcool, gasolina,
bases e ácidos;
 Queimaduras térmicas: têm origem no calor ou no frio, por meio de
exposição, condução ou radiação eletromagnética. Exemplos: líquidos e
sólidos ferventes, frio excessivo, entre outros.
 Queimaduras elétricas: através de raios, corrente elétrica, entre outros.
 Queimaduras ionizantes ou por radiação: ocorrem por meio de raios
solares, aparelhos de raios X ou ultravioleta, nucleares e outros.
 Queimaduras biológicas: são aquelas provocadas por animais e
vegetais, a exemplo de água-viva, lagarta-de-fogo, medusa e outros.

2.5 Complexidade das queimaduras

 Pequeno queimado ou de pequena gravidade: pacientes com
queimaduras de primeiro grau em qualquer extensão, ou queimaduras
de segundo grau com área corporal atingida até 5% em crianças
menores de 12 anos e, para maiores de 12 anos, com área corporal
comprometida de até 10%.
 Médio queimado ou queimado de média gravidade: queimaduras de
segundo grau com área corporal atingida entre 5% a 15% em menores
de 12 anos e, em maiores de 12 anos, entre 10% a 20% da superfície
do corpo. Além de queimados de terceiro grau entre 5% a 10% da área
corporal. O comprometimento das regiões da face, mão, pé, pescoço,
axila, ou grandes articulações também se enquadra nesta
complexidade.
 Grande queimado ou queimado de grande gravidade: queimaduras de
segundo grau que comprometam área superior a 15% - em menores de
12 anos – ou 20% - em maiores de 12 anos, além de lesões de terceiro
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grau que atinjam região superior a 5% e 10%. Traumas causados por

corrente elétrica se enquadram neste nível de complexidade;

2.6 Protocolo de tratamento imediato das queimaduras

Após o acidente e a interrupção do processo gerador da lesão, a
queimadura deve ser resfriada com água corrente em temperatura ambiente e
protegida com um pano limpo para que não tenha nenhuma infecção.
É, posteriormente, essencial buscar o atendimento de saúde. Além de
que, produtos ou substâncias consideradas benéficas pelo imaginário popular, como
borra de café, manteiga, água sanitária e clara de ovo, não devem ser aplicadas na
região lesionada, haja vista possibilidade de causar danos ou piorar o quadro da
queimadura.

2.7 Manejo pré-hospitalar das queimaduras

Deve-se administrar oxigênio umidificado a todos os pacientes quando
não houver sinais evidentes de sofrimento respiratório, além de avaliar se existem
déficits neurológicos relacionados aos efeitos de toxinas inaladas e identificar fraturas
de ossos longos para imobilizá-las.
As vítimas de queimaduras devem ser expostas através da retirada de
todas as roupas, joias e adornos em geral. Sendo importante o controle da
temperatura corporal do paciente, uma vez que este corre risco de hipotermia.

2.8 Cuidados hospitalares

As medidas intra-hospitalares são cuidados com pacientes queimados
de suma importância para a melhora do prognóstico. Dentre estes tratamentos, a
intubação é necessária em casos de lesão nas vias aéreas, enquanto a ressuscitação
volêmica (administração intravenosa de fluidos com o objetivo de melhorar a perfusão
tissular em estados de choque) adquire papel central na manutenção das funções
vitais do organismo.
O adequado manejo da dor faz-se necessário através de abordagem
farmacológica – com anti-inflamatórios, opioides, antibióticos e outros -, a fim de
prevenir o desenvolvimento da dor crônica e transtornos psiquiátricos, como o
estresse pós-traumático.
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2.9 Cuidados com as bolhas ou flictenas

As bolhas ou flictenas (elevações revestidas por epitélio com conteúdo
líquido internamente, que visa prevenir a perda de sais minerais e água do organismo)
devem ser drenadas, mas não retiradas, uma vez que atuam como curativo biológico.
Em casos de rompimento das bolhas, o local deve ser limpo com água
corrente, receber proteção adequada – geralmente feita por curativos com
sulfadiazina de prata ou nitrato de cério, prevenindo infecções -, ser tratado, se
necessário, com pomadas específicas e evitar exposição ao sol para o não
desenvolvimento de manchas.
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3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

QUEIMADURAS; EDITIRA BRASILEIRA E PASSOS. Disponível em:

https://www.romulopassos.com.br/files/bibliotecas/8ee73934cf2f2b7f22864001e58ab
6c8.pdf
QUEIMADURAS; PROVAB; UNIVERSIDADES FEDERAL DE SANTA CATARINA;
Disponível em:
https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/13962/1/QueimadurasPROVAB.pdf
QUEIADURAS: DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO INICIAL; SOCIEDADE
BRASILEIRA DE CIRURGIA PLÁSTICA; Disponível em:
https://amb.org.br/files/_BibliotecaAntiga/queimaduras-diagnostico-e-tratamento-
inicial.pdf
MANUAL DE QUEIMADURAS PARA ESTUDANTES; SOCIEDADE BRASILEIRA DE
QUEIMADURAS; Disponível em: https://www.fepecs.edu.br/wp-
content/uploads/2021/11/Manual-de-Queimaduras-para-Estudantes-2.pdf
SAIBA COOAGIR EM CASO DE QUEIMADURAS LEVES OU GRAVES;
MINISTÉRIO DA SAÚDE; Disponível em: https://www.gov.br/pt-br/noticias/saude-e-
vigilancia-sanitaria/2021/09/saiba-como-agir-em-caso-de-queimaduras-leves-ou-
graves