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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL SERRA DOS ÓRGÃOS

CENTRO UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGÃOS


CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA

PÍLULAS DA SAÚDE

Supervisoras: Ana Cloe Marelli e Georgia Lobato

Síndrome de Burnout

Você sabe o que é a síndrome de Burnout?

A síndrome de Burnout é um termo que foi criado nos anos 70, para uma síndrome de
esgotamento diante de atividades no ambiente de trabalho, gerando exaustão física e
mental.
A causa desse problema vem diretamente com o excesso de trabalho, situações que
trazem um grande desgaste das responsabilidades, consumo de informações negativas e
até mesmo a competitividade e excesso de perfeccionismo.
Alguns profissionais são mais suscetíveis a desenvolver a síndrome, como: médicos,
enfermeiros, policiais, professores, administradores de empresas e profissionais que
desempenham dupla ou tripla jornada de trabalho. Esta síndrome pode ser caracterizada
como uma queima de fora para dentro, ou seja, fatos que causam muita pressão no
interior, na mente.
Pessoas que sofrem com a síndrome de burnout podem gerar depressão e ansiedade.
Com isso, é de tamanha importância informar em como enfrentar essa síndrome que
gera o desgaste.

Segundo a OMS, o Burnout pode ser considerado um grande problema no mundo


profissional da atualidade. No Brasil, o decreto 3.048 cita a “sensação de estar acabado”
como sinônimo da “Síndrome de Burnout” e “Síndrome do esgotamento profissional”,
através do Anexo II (Lista B - Grupo V da CID-10).
Segundo o Site do ministério da saúde os principais sinais e sintomas que podem indicar
Síndrome de Burnout são:

 Cansaço físico e mental


 Dor de cabeça frequente
 Alterações no apetite
 Insônia
 Dificuldade de concentração
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 Sentimentos de fracasso e insegurança


 Negatividade constante
 Alterações repentinas de humor
 Dores musculares
 Sentimentos de derrota e desesperança
 Fadiga
 Isolamento
 Sentimento de incompetência
 Problemas gastrointestinais
 Pressão Alta
 Aceleração dos batimentos cardíacos

É importante destacar, que a Síndrome de Burnout, não se dá em apenas por um único


dia ou até mesmo em um único momento, mas sim em uma série de sinais e sintomas
que trabalham conjuntamente afetando o cotidiano e a vida de uma pessoa, incluindo a
área psicológica. São situações que podem ocorrer por muito tempo, conforme a pessoa
vai lidando e se acumulam provocando assim uma “explosão”, paralisando o indivíduo
a ponto de não conseguir realizar as tarefas mais simples do dia a dia.
Estudos também nos mostram que pessoas perfeccionistas e que são extremamente
ligadas ao trabalho estão mais propensas a desenvolver a Burnout.

Segundo Hamachek, o Perfeccionismo desadaptativo (ou perfeccionismo neurótico)


abrange uma preocupação excessiva em cometer erros e uma incapacitante
culpabilização do self, excessiva autocrítica, um sentimento persistente de que os
padrões ou expectativas autoimpostos não estão a ser alcançados e uma preocupação em
desiludir os outros.

De certa forma pessoas com o perfil perfeccionista tendem a ser mais produtivas para
empresas, pois geram um índice de produção maior, porém acompanhado disso implica
em uma maior chance de adoecimento. Também por esses mesmos motivos que esta
síndrome é comum em profissionais que atuam diariamente sob pressão e com
responsabilidades constantes, como médicos, enfermeiros, professores, policiais,
jornalistas, dentre outros.

Como prevenir e tratar a síndrome de burnout?

Para tratar a síndrome de Burnout, o ideal é contar com um especialista.


O diagnóstico da síndrome deve estar baseado em exames psicológicos minuciosos e em
uma análise sobre a real interferência das condições de trabalho no comportamento do
indivíduo. O tratamento inclui acompanhamento psicológico e em alguns casos, o uso
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de medicamentos antidepressivos.
Como forma de prevenção da Burnout, diversas ações podem ser implementadas. A
redefinição e a reorganização dos processos de trabalho são de extrema importância.
É imprescindível que haja percepção do significado do trabalho e que o trabalhador se
sinta engajado e responsável por aquilo que faz, sem sentir-se coagido por normas e
políticas rígidas.
Sendo assim, uma das principais estratégias para prevenir a síndrome é enfatizar a
promoção dos valores humanos no ambiente de trabalho, para assim, fazer dele uma
fonte de saúde e realização. Compete a cada pessoa tomar a iniciativa de realizar um
processo de mudança pessoal e institucional, com propostas construtivas e participativas
ou se os ambientes de trabalho são mais fechados e resistentes, administrar a própria
saúde e buscar aliados para iniciar um movimento que leve à construção de espaços
mais saudáveis no contexto de trabalho.
O Burnout também pode ser prevenido das seguintes formas:

 Meditação e Alongamento: Tem como função a redução de estresse e aumento


de alívio, assim como o mindfulness, técnica utilizada em casos de
desenvolvimento pessoal, tendo como função atingir um estado de presença e
consciência entre o corpo e a mente. Com essa técnica, a pessoa se torna mais
ciente de suas emoções, pensamentos e sensações físicas no momento presente.

 Descanso Ativo: A pratica de uma atividade que seja mentalmente e fisicamente


estimulante. Como jogos mentais e/ou jogos esportivos.
Ao praticar exercícios físicos as pessoas podem gerar maior concentração, e
minimizar o estresse da síndrome de burnout.
Atividades como: dança, jiu-jítsu, corrida, ciclismo, dentre outras ajudam na
movimentação do corpo, gerando endorfina, com a principal função é inibir a
irritação e o estresse, contribuindo para a sensação de satisfação, bem-estar e de
felicidade das pessoas.

 Sono de Qualidade: Ter em média 7 ou 8 horas de sono é essencial para o


indivíduo, para poder acordar com energia e desempenhar bem suas tarefas
durante o dia.

 Alimentação Saudável: Evitar alimentos com açúcar, com gorduras e privilegiar


alimentos que contenham peixe, grãos, cereais, legumes, verduras…

 Dialogue: Ter boas conexões com outras pessoas é essencial, chama-las para
programas divertidos em grupo. Ter conversas saudáveis, socializar, criar laços.
Ajuda no bom humor.
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 Faça Terapia: A terapia é importante para mudar a qualidade de vida. Nela tem
um profissional que olha a maneira como você pensa, te escuta ativamente sem
julgamentos e é capaz de ver padrões que você não consegue

Referências Bibliográficas:

• World Health Organization. - Guidelines for the primary prevention of mental,


neurological and psychosocial disorders: Staff Burnout. In: Geneva Division of Mental
Health World Health Organization, pp. 91-110, 1998.

• [SciELO - Brasil - Síndrome de <i>Burnout</i> em médicos: uma revisão sistemática


Síndrome de <i>Burnout</i> em médicos: uma revisão sistemática]
Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbso/a/HFpJvMNmgCBMz3rDBcJQV9Q/

•[SciELO- Brasil – Perfeccionismo e representação vinculativa em jovens adultos


Perfeccionismo e representação vinculativa em jovens adultos]
Disponível em: https://www.scielo.br/j/prc/a/cSV7wjHwXhFLftLwvQQQSfN/

•Hamachek, D. E. (1978). Psychodynamics of normal and neurotic


perfectionism. Psychology: A Journal of Human Behavior, 15(1),27-33.

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