Você está na página 1de 13

INSTITUTO SUPERIOR DE CIENCIAS DE EDUCACAO A DISTANCIA

Faculdade de Ciências Sociais e Humanas


Licenciatura Em Ciência Política e Relações Internacionais

INGLÊS

Write an essay that explains why diarrhea is a serious problem in Africa.

António Afonso Nhantumbo

Xai-Xai, Março de 2024

1
INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO A DISTÁNCIA
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
Licenciatura Em Ciência Política e Relações Internacionais

INGLÊS

Write an essay that explains why diarrhea is a serious problem in Africa.

Trabalho de Campo a ser submetido na


Coordenação do Curso de Licenciatura Em
Ciencia Política e Relações Internacionais da
UnISCED
Tutor: Vital Kashila Tsimpanga

António Afonso Nhantumbo

Xai-Xai, Março de 2024

1
Índice
1. Introdução.................................................................................................................................3

1.1. Objetivo................................................................................................................................3

1.2. Metodologia..........................................................................................................................4

2. Definição de diarreia................................................................................................................5

2.1. Fisiopatologia da diarreia.....................................................................................................5

2.3. Tratamento e protocolo de intervenção farmacêutica...........................................................6

2.3.1. Reidratação........................................................................................................................6

2.4. África Subsaariana: Diarreia mata mais de três mil crianças por dia...................................6

2.5. Diarreia na Ilha de Moçambique..........................................................................................7

3. Conclusão...............................................................................................................................10

4. Bibliografia.............................................................................................................................11

2
1. Introdução
A falta de informação e em muitos casos a negligência de sintomas como a diarreia, nos países
desenvolvidos e em desenvolvimento, leva ao aumento da taxa de morbilidade e mortalidade em
crianças, adultos e idosos.

Responsável pela perda de produtividade no trabalho e consumo de recursos médicos, a diarreia


é uma das queixas mais frequentes dos doentes assistidos pelos médicos de clínica geral, sendo
que cerca de 50% dos casos são encaminhados para especialistas (Braunwald et al., 2002).

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a UNICEF são registados, por ano, cerca de
2 biliões de casos de diarreia em todo o mundo (World Gastroenterology Organisation World
Global Guideline - Diarreia aguda em adultos e crianças: uma perspectiva mundial, 2012).

Nos países em desenvolvimento, a desnutrição, a escassez de água, bem como a inexistência de


saneamento básico e a falta de educação para a saúde contribui para uma elevada incidência de
diarreia (Thapar & Sanderson, 2004). Nestes países esta é considerada uma das maiores causas
de morbilidade e mortalidade infantil (Bhutta & Hendricks, 1996; Guerrant, Hughes, Lima, &
Crane, 1990). De acordo com OMS em “ 2003 cerca de 1,87 milhões de crianças, abaixo dos 5
anos, morreram de diarreia” (Black et al., 2010; World Health Organization. The treatment of
diarrhoea: a manual for physicians and other senior health workers, 2005).

Nos países desenvolvidos, apesar da escassez de dados, os casos de diarreia ainda são
consideráveis, daí a importância de se conhecer os tipos, causas e tratamentos da diarreia. Na
Europa e América, em crianças dos 0 aos 59 meses, existem cerca de 111 milhões e 220 milhões
de episódios anuais de diarreia, respetivamente (Lamberti, Fischer Walker, & Black, 2012).
Segundo Lamberti, Ficher Walker e Black (2012) destes valores na Europa, 72 milhões são
episódios ligeiros, 38 milhões são episódios moderados e 556 mil são episódios severos de
diarreia.

1.1. Objetivo
Este trabalho, tem como principais objetivos o estudo e a análise de uma patologia que afeta
milhares de pessoas - a diarreia em Africa - e que em muitos casos é negligenciada, conduzindo a
complicações mais graves do que aquelas que seriam esperadas.

3
1.2. Metodologia
Para o desenvolvimento desta monografia foram analisados várias diretrizes e relatórios da
Organização Mundial de Saúde, Colégio Americano de Gastroenterologia. Foram realizadas em
simultâneo diversas pesquisas no PUBMED, de modo a complementar a informação dos
relatórios mencionados. Relativamente à pesquisa de outros documentos esta foi realizada nas
plataformas informáticas disponíveis, como a plataforma da Sociedade Portuguesa de
Gastroenterologia e em livros como “Fisiopatologia - Fundamentos e Aplicações”, “Manual de
Terapêutica Médica”, “Harrison - Medicina Interna”,”Anatomia Geral – Moreno” e “Gray´s
Anatomy”

4
2. Definição de diarreia
A OMS define diarreia, como a “dejeção de fezes moles ou líquidas pelo menos três vezes em 24
horas”, sendo a principal preocupação a consistência e não a frequência (World Health
Organization. The treatment of diarrhoea: a manual for physicians and other senior health
workers, 2005).

Segundo Branwald e colaboradores (2002) é considerado diarreia quando existe eliminação


superior a 200g/dia de fezes não moldadas ou líquidas. Contudo, a maior parte dos doentes,
considera a diarreia como uma diminuição da consistência das fezes acompanhada de um maior
número de dejeções diárias.

De acordo com Ponce (2010), a capacidade absortiva do cólon não excede 2 a 3 l por dia e
qualquer perturbação fisiológica do intestino delgado provoca um enorme desequilíbrio do
balanço hídrico do tubo digestivo.

A diarreia pode estar relacionada com uma simples alteração intestinal ou ser causada por
bactérias, vírus, parasitas, medicamentos (iatrogénica), problemas intestinais ou intolerâncias
alimentares (National Institute of Diabetes and Digestive and Kidney Diseases, s.d.).

2.1. Fisiopatologia da diarreia


Em termos fisiopatológicos, Pinto (2007) afirma que a diarreia pode ocorrer se houver um
aumento do volume de água que entra no cólon, ultrapassando os 6l; se houver uma doença
associada, quer por lesões da muscosa, quer por perturbações na motilidade, podendo limitar a
absorção de água; e se a quantidade de líquido que chega ao cólon apresentar substâncias que
aumentem a secreção de água e eletrólitos e que impeçam o cólon de compensar esse excesso de
água.

Fisiopatologicamente, as diarreias são divididas em quatro tipos, sendo esta classificação


diferente da classificação clínica indicada mais adiante nesta dissertação Diarreias 30
(Braunwald et al., 2002; Pinto, 2007). Os quatro tipos são: diarreia secretora, diarreia exsudativa
ou inflamatória, diarreia osmótica e por fim diarreia motora (Pinto, 2007).

5
2.2. Tipos de diarreia do ponto de vista clínico

Dependendo da duração da diarreia de acordo com Ponce (2010), Braunwald e colaboradores


(2002), do ponto de vista clínico esta diferencia-se em dois tipos: aguda e crónica.

É considerada diarreia aguda quando tem uma duração inferior ou igual a 2 semanas, e diarreia
crónica quando tem uma duração superior ou igual a 4 semanas (Braunwald et al., 2002).

Contudo, tanto Ponce (2010) como Braunwald e colaboradores (2002), consideram a existência
de outro tipo de diarreia no período entre as 2 e as 4 semanas, a diarreia persistente ou subaguda.

2.3. Tratamento e protocolo de intervenção farmacêutica

2.3.1. Reidratação
Segundo a OMS, o tratamento mais importante da diarreia é assegurar a reposição de fluidos e
eletrólitos. Nas últimas três décadas, conseguiu-se reduzir a taxa de mortalidade associada graças
à distribuição e ao uso generalizado de soluções de reidratação oral (SRO) (Sociedade
Portuguesa de Gastrenterologia - Diarreia: avaliação e tratamento. Normas de orientação clínica,
2013, World Gastroenterology Organisation World Global Guideline - Diarreia aguda em adultos
e crianças: uma perspectiva mundial, 2012).

Nos casos de diarreia leve a reposição de líquidos e a toma de SRO torna-se suficiente. No
entanto, em casos de desidratação extrema a reidratação terá de ser intravenosa (Braunwald et
al., 2002).

As terapias de reidratação oral (TRO) são um método custo/efetivo de terapêutica não


farmacológica nas gastroenterites agudas, e reduz a necessidade de internamento tanto nos países
desenvolvidos como nos países em desenvolvimento (World Gastroenterology Organisation
World Global Guideline - Diarreia aguda em adultos e crianças: uma perspectiva mundial, 2012).

2.4. África Subsaariana: Diarreia mata mais de três mil crianças por dia
De acordo com o relatório do Fundo das Nações Unidas para a Criança (UNICEF) e pela
Organização Mundial de Saúde refere que 89 por cento da população mundial, ou seja mais de
seis mil milhões de pessoas, têm agora acesso fontes de água potável.

6
Onze por cento da população mundial – ou seja, 783 milhões de pessoas – ainda não têm acesso
a água potável.

O mundo atingiu o objetivo do Desenvolvimento do Milénio de reduzir a metade o número de


pessoas sem acesso a água potável metade, cinco anos antes da data limite de 2015

O relatório da ONU refere que a maior parte das pessoas no mundo têm agora acesso a água
potável. E adianta que, entre 1990 e 2010, mais de dois mil milhões de pessoas obtiveram acesso
a água canalizada, a poços protegidos e a outras fontes melhoradas de água limpa.

Estas são as boas notícias. As más, diz a ONU, é que pelo menos 11 por cento da população
mundial ou seja, 783 milhões de pessoas – ainda não têm acesso a água potável.

De acordo com o Sanjay Wijesekera o responsável pelo sector da água, saneamento e higiene da
UNICEF. Diz ele: “Mais de três mil crianças morrem, diariamente, de diarreia, sendo mesmo a
principal causa de morte na África Subsaariana. E isto deve-se à falta de acesso a água potável, a
instalações sanitárias e a falta de higiene”.

O relatório refere que, globalmente, mais de 40 por cento de todas as pessoas que não têm acesso
a água potável vivem na África Subsaariana.

Ainda no relatório da ONU se observa que não só os países mais ricos melhoraram a qualidade
da água e dos serviços de sanidade e que algumas das nações mais pobres também o fizeram com
resultados notáveis. E cita, a propósito, o caso do Malawi, onde metade da sua população de
cerca de 15 milhões tem acesso a água potável. O Burkina Fasso obteve resultados semelhantes.

2.5. Diarreia na Ilha de Moçambique


O Sector de saúde, na Província de Nampula a mais populosa do País, foi uma das mais afetadas
após a passagem do ciclone Gombe em Março deste ano. Na província de Nampula, 69 unidades
sanitárias foram afetadas sendo 67 parcialmente e 2 totalmente destruídas. Infelizmente este
ciclone afetou também 306 funcionários de Saúde da província pela destruição das suas casas, e
deixando 114 deles completamente desalojados com a destruição total das suas residências.

7
Os distritos costeiros da Província de Nampula, foram mais afetados, nomeadamente Ilha de
Moçambique, Mossuril e Mogincual, Angoche, Monapo ficaram incontactáveis e muitos
inacessíveis, com a destruição de vias de acesso e cortes de energia eléctrica.

Infelizmente 10 pessoas perderam a vida por causa do desabamento de habitações, por


eletrocussão e por materiais arremessados pelo vento durante a passagem do ciclone Gombe.

No Distrito da Ilha de Moçambique onde o Técnico Superior de Saúde Pública, Sr. Rosário
Silva, trabalha há 15 anos, duas pessoas perderam a vida. O responsável pela vigilância
epidemiológica explica também como o seu distrito foi afetado pelo ciclone Gombe. “O Serviço
Distrital de Saúde, Mulher e Ação Social (SDSMAS)” funcionava na Ilha sede antes da
passagem do ciclone Gombe. Infelizmente por causa do ciclone eu e a minha equipa fomos
forçados a mudar para o centro de Saúde de Lumbo. Onde tivemos que nos acomodar, nos
serviços de internamento Pediátricos.

O ciclone afetou muito a nossa comunidade, porque muitas pessoas ficaram desalojadas e
tiveram que passar muito tempo nas escolas sem quais quer condições adequadas de saneamento
e proteção. Durante o mesmo período muitas pessoas começaram a utilizar águas de fontes não
próprias”.

Rosário admite que apesar das dificuldades, OMS tem sido um parceiro fiel a SDSMAS, no que
diz respeito aos aspetos de formação em manejo de casos e na vigilância sanitária ligada a
doenças diarreicas e Malária. “Após a passagem do ciclone Gombe a capacitação recebida pela
OMS, ajudou-me a aumentar os meus conhecimentos no que diz respeito o manejo de casos de
diarreia e malaria na minha comunidade. A OMS também tem nos ajudado no processo de
colheita de amostras de água de poços nos locais afetados pelo ciclone. Ajudando assim a
resolver casos suspeitos de diarreia no Distrito”.

O Técnico reconheceu que o apoio técnico prestado pela OMS, ajudou a reduzir os elevados
casos de diarreia apos o ciclone Gombe.” Depois de ciclone registamos uma tendência de
aumento de casos de diarreia, mas com o apoio da OMS nos últimos tempos temos vindo a
registar uma redução dos casos de maneira significativa”.

No dia 26 de Julho de 2022 a equipa de resposta ao ciclone Gombe, no Sub escritório da


Província de Nampula, fez uma doação de insumos a Direção do Serviço Distrital de Saúde da

8
Ilha de Moçambique um dos 5 distritos costeiros mais fustigados pela tempestade tropical. “Este
material que recebemos hoje, vai nos ajudar a combater doenças de origem hídrica no Distrito”.

Desde Abril deste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) em parceira com o Serviço
provincial e distrital e outros parceiros têm vindo a fazer o levantamento das necessidades do
sector, de modo a responder de forma efectiva para aliviar o sofrimento das pessoas afetadas
principalmente as mais vulneráveis.

Dr. Faquir Calú, Gestor de Incidentes na Operação de Resposta ao ciclone Gombe no Sub
escritório da OMS em Nampula, declarou que “A OMS tem vindo a apoiar a Província de
Nampula, principalmente em 5 Distritos mais afectados pelo Ciclone Gombe, nomeadamene:
Ilha de Moçambique, Mossuril, Mongincual, Monapo e Meconta nos aspetos de coordenação
(deste da coordenação dos parceiros de saúde a grupos técnicos de trabalho) a alocação de
recursos e implementação de planos de resposta. Para além do apoio técnico na prevenção de
doenças com alto potencial epidémico tais como diarreias e malária”.

A OMS tem providenciado materiais e insumos médicos para prevenção e tratamento de casos de
diarreia em ambulatório a serviços distritais de saúde.

De forma a fazer chegar os cuidados primários de Saúde à aquelas comunidades extremamente


afectadas e sem acesso as unidades sanitárias a OMS está a providenciar apoio técnico e
financeiro para a implementação de Brigadas Móveis nos mesmos distritos anteriormente
mencionados.

Como forma de garantir que os cuidados de saúde continuassem a ser oferecidos nos centros de
saúde afectados e danificados pela tempestade tropical a OMS doou tendas de diferentes
tamanhos (72m2, 44m2 e 24m2) a 4 centros de saúde nos distritos de Mossuril e Mogincual.

No âmbito de desenvolvimento de capacidades, a OMS apoiou técnica e financeiramente as


formações de manejo de caso de doenças diarreicas e colheita, acondicionamento e testagem de
amostras de fezes. Nestes treinos foram formados 70 profissionais de saúde da área clínica e 47
técnicos de laboratório, com uma cobertura de 100% dos distritos da província.

“A OMS tudo fará para continuar a providenciar suporte a província de Nampula e aos distritos
afetados de forma a aliviar o sofrimento das comunidades afetadas. Continuaremos engajados

9
nesta missão”. Acrescenta Dr. Faquir Calú, Gestor de Incidentes na Operação de Resposta ao
ciclone Gombe no Sub escritório da OMS em Nampula.

3. Conclusão
Conhecer os tipos de diarreias existentes, saber identificá-las, saber o seu tratamento e as suas
limitações é de extrema importância. Independentemente do agente etiológico, os casos mais
leves de diarreia sem complicações, tanto em crianças como em adultos, devem ser tratados
recorrendo às SRO, à ingestão de líquidos e uma dieta apropriada ao estado do doente.

O relatório da ONU refere que a maior parte das pessoas no mundo têm agora acesso a água
potável. E adianta que, entre 1990 e 2010, mais de dois mil milhões de pessoas obtiveram acesso
a água canalizada, a poços protegidos e a outras fontes melhoradas de água limpa.

Estas são as boas notícias. As más, diz a ONU, é que pelo menos 11 por cento da população
mundial ou seja, 783 milhões de pessoas – ainda não têm acesso a água potável.

Muitas das terapêuticas utilizadas para o tratamento da diarreia não são sujeitas a receita médica,
podendo ser livremente adquiridas na farmácia pelos utentes. Contudo é imprescindível, que o
profissional de saúde que esteja a realizar o atendimento, saiba esclarecer o utente relativamente
às medidas a tomar e consiga prevenir possíveis interações medicamentosas, efeitos secundários
ou mesmo a toma de medicamentos desnecessários. Dependendo do tipo de diarreia e da sua
evolução pode ser necessário a utilização de outras medidas farmacológicas, tais como
antibióticos. O reencaminhamento dos doentes para um médico, torna-se essencial para que haja
um diagnóstico mais preciso e a implementação de outro tipo de terapêutica sujeita a receita
médica.

10
4. Bibliografia
Abdo, A., & Beck, P. (2003). Diagnosis and management of microscopic colitis. Canadian
Family Physicians, 49, 1473–1478.

Allen, S., Martinez, E., Gregorio, G., & Dans, L. (2010). Probiotics for treating acute infectious
diarrhoea ( Review ). The Cochrane Collaboration.

Allen, S., Okoko, B., & Martinez, E. (2004). Probiotics for treating infectious diarrhoea.
Cochrane Database Syst Rev, 2, CD003048.

Bartlett, J. (2002). Antibiotic-associated diarrhea. The New England Journal of Medicine, 346,
334–339.

Beaugerie, L., & Petit, J. (2004). Microbial-gut interactions in health and disease: antibiotic-
associated diarrhoea. Best Practice & Research Clinical Gastroenterology, 18, 337–352.

Bhutta, Z., & Hendricks, K. (1996). Nutritional management of persistent diarrhea in childhood:
a prospective from the developing world. Journalof Pediatric Gastroenterology and Nutrition, 22,
33–7.

Black, R., Cousens, S., Johnson, H., Lawn, J., Rudan, I., Bassani, D., … Cibulskis, R. (2010).
Global, regional, and national causes of child mortality in 2008: a systematic analysis. Lancet.

11
12

Você também pode gostar