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Procedimento para Montagem dos dentes

Os dentes anteriores são montados em cera de acordo com aspectos estéticos,


funcionais e anatômicos. Começando pelos dentes 11 e 21.
já pode começar a montar por esses dentes, ou comece conforme sua preferência.
Mas aqui vou descrever a maneira que eu costumo montar primeiro o 11 e 21 e depois 22,
23, 12 e 13 para em seguida montar os posteriores.
A posição das superfícies mesiais dos incisivos centrais correspondem à linha
média marcada e as pontas dos caninos à linha correspondente na base do modelo. Já o
dente lateral precisa ficar um pouco acima do nível dos centrais e do canino.
O comprimento foi definido pelo registro feito no consultório dentário através da
linha de fechamento labial. Os dentes inferiores foram montados simetricamente à fileira
de dentes da frente no maxilar superior. Teve-se o cuidado de garantir que houvesse um
degrau vertical(overjet) e uma sobremordida (overbite) de aproximadamente dois
milímetros.
Na montagem, devem ser observados muitos critérios que são suficientemente
conhecidos do técnico em prótese dentária, por exemplo, que a borda incisal dos dentes
anteriores superiores deve ser aproximadamente paralela à base do nariz ou a inclinação
dos eixos dos dentes incisivos laterais devem ser alinhada ligeiramente distalmente(terço
cervical). Em última análise, as condições funcionais precisam ser levadas em
consideração no caso da prótese protocolo for monomaxilar, ou seja, se o paciente for
dentado total ou parcial na arcada antagonista em questão.
Os dentes posteriores são montados, com base nas regras das próteses totais. Mais
uma vez, nos beneficiamos do conceito bem pensado do conjunto de dentes, porque os
dentes permitem fácil instalação na oclusão de dois a dois dentes ou bateria direita
posterior, bateria esquerda posterior, ou também da maneira mais ideal e que você domina
para seu trabalho bem desempenhado. O design multifuncional da superfície oclusal
desses dentes oferece uma ampla gama de aplicações possíveis. Os dentes então são
montados de acordo com as marcações feitas do modelo e as próteses enceradas e feita a
ceroplastia adequada para uma prova na boca do paciente. As papilas interdentais sempre
são preenchidas com cera e depois modeladas de acordo com a idade e limpeza. As
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papilas convexas são tão importantes para uma aparência natural quanto recessões
embutidas ou uma montagem em desarmonia intencional.
Trago aqui para você o protocolo da Faculdade de Odontologia de Araçatuba-
Unesp, caso você não tenha ainda um padrão definido de montagem de dentes artificiais.
Os dentes anteriores assumem uma importância muito grande no que se refere a
estética, a fonética, e a parte mecânica(oclusão). Nestas condições, para uma montagem
adequada, alguns princípios básicos deverão ser levados em consideração:
1. Linha mediana: Corresponde ao plano sagital do paciente e ela é demarcada
no plano de cera no momento do registro dos dentes com a base aparafusada na boca do
paciente.
2. Suporte para os lábios: A fim de que o suporte para os lábios seja satisfatório,
os dentes artificiais devem ser montados “exatamente” nos locais que eram ocupados
pelos dentes naturais. Ponto importante que deve ser considerado é que o suporte para o
lábio é dado não pelo bordo incisal, mas pela parte média da face vestibular do dente
A Papila incisiva é uma referência bastante significativa para a montagem do
incisivo central superior. Quando os dentes naturais anteriores superiores estão presentes,
a papila incisiva é localizada ligeiramente atrás dos mesmos. Após as extrações dos
dentes anteriores, em consequência do processo de reabsorção óssea, (e no protocolo ela
pode ser uma referência)
a papila incisiva passa a ocupar uma posição sobre o rebordo, evidenciando dessa
maneira, maior reabsorção da parte vestibular do alvéolo dental. Desde que a reabsorção
não tenha sido muito grande ela passa a ser referência para o posicionamento dos
incisivos centrais.
ALERTA! Esse conceito vai depender do posicionamento da prótese protocolo
também.
Como são definidas o posicionamento, alinhamentos e disposição dos dentes
artificiais?
Segundo, é possível distinguir sob a denominação genérica de alinhamento, três
elementos que definem a situação dos dentes ao formarem o arco; elementos que podem
variar independentemente uns dos outros e que são chamados de:
Posição: É a situação do conjunto de órgãos dentais no espaço, em relação com
os lábios, nariz, comissuras e dentes antagonistas, ou seja, é onde se encontra os dentes
em relação a essas estruturas citadas anteriormente. Assim, cada dente tem seu lugar
reservado.
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Alinhamento: Refere-se à forma do arco dental que se obtêm após a montagem


dos dentes. Ao dispor os dentes, observar o alinhamento, que deve acompanhar a formado
rebordo alveolar juntamente com o formato da barra protocolo.
Disposição Refere-se à situação individual de cada dente na arcada. No estudo da
disposição dos dentes devemos analisar inicialmente a questão da sequência de colocação
dos dentes para depois estudarmos o modo de disposição. Se o dente estará mais alto ou
mais baixo, com uma situação de giroversão etc.
Existem várias maneiras de iniciarmos a montagem dos dentes artificiais de um
protocolo. Alguns autores recomendam a montagem dos dentes do hemiarco superior e
depois do hemiarco inferior do lado correspondente caso o paciente necessite de prótese
protocolo bimaxilar.
Outros autores recomendam inicialmente a montagem dos seis dentes superiores
e inferiores, estabelecendo o trespasse horizontal e vertical para o caso. Após a prova, na
boca do paciente, completa-se a montagem dos dentes posteriores. A técnica a ser descrita
aqui, para a montagem dos dentes anteriores superiores, proporciona um arranjo
padronizado para as Próteses. Confesso que algumas vezes uso desse para facilitar a
minha montagem e acertar com maior facilidade, mas sei que isso é muito estranho e
desconhecido para os dentistas, que em a.

Montagem dos dentes anteriores superiores


Incisivo Central Superior
Retira-se do plano superior uma porção de cera correspondente ao tamanho do
incisivo central superior, tendo-se como referência a linha mediana inscrita marcada pelo
dentista.
Plastifica-se a cera no espaço deixado e fixa-se o dente, de tal modo que a face
mesial do mesmo tangencie a linha mediana. Caso precise desgastar dentes para que haja
o encaixe na base, opte primeiro para o desgaste da base.

Incisivo Lateral Superior


Retira-se do plano superior uma porção de cera correspondente ao tamanho do
dente, tendo-se como referência a face distal do incisivo central superior.
Plastifica-se a cera no espaço deixado e fixa-se o dente.
O incisivo lateral será colocado de modo a ficar:
a) Colo ligeiramente mais deprimido que o central
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(mais para dentro)


b) Bordo incisal ligeiramente mais elevado que o central
(ñ toca o plano)
c) Seu longo eixo ligeiramente inclinado para mesial.

Canino
Retira-se do plano superior uma região para encaixar o dente. Plastifica-se a cera
no espaço deixado e fixa-se o dente
O canino será colocado de modo a ficar:
a) Vértice da cúspide deverá situar-se ao nível do plano de orientação inferior
(tocando-o ou ligeiramente abaixo)
b) Visto pela face vestibular, seu longo eixo deverá estar ligeiramente inclinado
para mesial
c) Visto pela face mesial, o seu longo eixo deverá estar ligeiramente inclinado para
a região palatina de tal forma que a porção cervical apareça mais volumosa. Isto
caracteriza a bossa canina.
d) Olhando-se a prótese pela frente, somente será visível a metade mesial de sua
face vestibular.

Montagem de Dentes Posteriores superiores


Tal como os dentes anteriores superiores, para a montagem dos
dentes posteriores superiores há necessidade de referências para que os dentes possam s
er montados no plano de cera convenientemente, para executarem seu trabalho
funcionalmente. Assim, dois fatores devem ser considerados, ou sejam:
a) Linha principal do esforço mastigatório
b) Curva de compensação
Porém, ao contrário da prótese total temos dois fatores que interferem diretamente
nesses itens. O primeiro é que os dentes não ficam apoiados no rebordo e sim na barra
metálica da próteses protocolo, e o segundo fator é que muitas vezes o antagonista está
tão torto e extremamente fora de oclusão e não haverá extrações para reabilitar o superior,
que tudo que a literatura descreve em relação a uma prótese total e que se empregaria
nesse caso da prótese protocolo, vai por agua abaixo e ai precisa ter o feeling do protético
juntamente com o dentista, informando ao paciente o que é correto ser feito. Então
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esqueça essas referências em prótese protocolo e foque na possibilidade de melhorar a


oclusão do paciente enquanto você tem esse domínio, capacidade e responsabilidade
Agora, se for possível você controlar a montagem do começo ao fim, da melhor
maneira possível, é muito importante, até pra evitar problemas futuros como quebra o
soltura de dentes.

Curva de Compensação
Como o plano de orientação superior foi construído paralelo ao plano, quando o
paciente executa o movimento de protrusão os planos perdem contato na região posterior,
formando um espaço entre os planos que é chamado de “Fenômeno de Christensen”
Isto ocorre em virtude da inclinação da cavidade articular no sentido de trás para
a frente e de cima para baixo.
Na construção dos próteses totais sobre mucosa ou nas protocolos sobre
implante, devemos sempre evitar que haja formação deste espaço, pois se o mesmo
ocorrer, as próteses protocolos podem perder a eficiência mastigatória e
o paciente não conseguir usá-la. Por este motivo, devemos utilizar um artifício que
compense este espaço formado. Para tal, os dentes deverão ser dispostos em uma curva
no sentido ântero-posterior, chamada de “Curva de compensação”.
O mesmo fenômeno ocorre durante os movimentos de lateralidade. Em virtude da
inclinação da cavidade articular no sentido lateral (de cima para baixo e de fora para
dentro), os planos perdem contato entre si. Assim sendo, não há possibilidade de se
conseguir estabilidade e eficiência mastigatória. Por este motivo, os dentes são dispostos
de maneira tal a compensar este espaço com o fim de prover uma Articulação bilateral
balanceada(inferiores tocam-se, ocorrendo o mesmo com a palatina superior e a lingual
Inferior. Na posição de balanceio, a cúspide palatina superior deverá tocar a vestibular
inferior.
Na posição de protrusão as cúspides vestibulares e linguais dos dentes inferiores
tocam as cúspides vestibulares e linguais dos dentes superiores ao mesmo tempo, porém
mais à frente.)

Pré-molares superiores
Os pré-molares são colocados de modo a ficarem:
a) o seu longo eixo na vertical
b) as cúspides vestibulares e palatinas tocam o plano inferior
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c) faces vestibulares ao nível do canino ou ligeiramente para dentro


d) cúspides palatinas sobre a linha principal de esforço mastigatório.

Molares Superiores
Os molares são colocados de modo a ficarem:
a) suas cúspides palatinas deverão incidir sobre a linha principal do esforço
mastigatório
b) o 1º molar situar-se-á em contato com o plano oclusal inferior, somente por sua
cúspide mésio-palatina. Inicia-se aqui a curva de compensação. A cúspide mésio-
vestibular distará 0,5 mm aproximadamente do plano oclusal e a disto-vestibular a quase
1 mm.
c) O 2º molar acompanha a inclinação do 1º molar, porém suas cúspides
vestibulares são mais altas em relação ao plano oclusal inferior. Levantam-se para trás,
em direção às cabeças da mandíbula completando a Curva de Compensação.

Montagem dos Dentes Posteriores Inferiores


A ordem de montagem dos dentes inferiores varia segundo os autores.
Tamaki inicia pelos incisivos e segue, pela ordem, para posterior.
Saizar, depois de concluída a montagem dos dentes superiores, inicia pelo
primeiro molar inferior, já que esse dente, na dentição natural, é considerado (segundo
Angle) achave de oclusão.
Marca-se na cera, no plano de orientação inferior, com o articulador fechado, dois
traços: um ao nível da cúspide vestibular do segundo pré-molar superior, e outro ao nível
da cúspide disto-vestibular do primeiro molar superior, que corresponde ao
posicionamento do primeiro molar inferior. Ou simplesmente siga a oclusão dos dentes
antagosnistas independentes se são dentes naturais ou artificiais.
Plastifica-se a cera na região compreendida entre os dois traços, prende-se
primeiro molar inferior com cera plastificada, e fecha-se o articulador cuidadosamente,
para que a pressão de fechamento faça chegar o molar em oclusão central; observando se
a cúspide mésio-vestibular incide no centro das cristas marginais proximais do segundo
pré-molar e primeiro molar superior e se a cúspide disto-vestibular do molar inferior
incide sob a fossa principal do molar superior. Montado o molar de um lado, monta-se o
do lado oposto seguindo o mesmo procedimento
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Montagem dos Dentes Anteriores Inferiores


Incisivos Centrais
a) face mesial toca a linha mediana
b) face vestibular acompanha o contorno do plano de cera
c) longo eixo na vertical
d) não tocam os incisivos mesiais superiores quando as dentaduras estão em
oclusão central
Incisivos Laterais
a) face mesial mantem contato com a distal dos centrais
b) face vestibular acompanha o contorno do plano de orientação
c) longo eixo na vertical
d) não tocam os superiores em oclusão central.

Canino
a) face mesial contatando a face distal do lateral
b) cúspide localizada na linha do ponto de contato do incisivo lateral e do canino
superior
c) longo eixo, no sentido mésio-distal, ligeiramente inclinado para mesial e no
sentido vestíbulo lingual, perpendicular ao plano oclusal.

Primeiros Pré-Molares
a) em altura não deverá ultrapassar o canto da boca
b) longo eixo na vertical
c) deverá ser o último dente a ser montado, (para alguns autores, porém eu sempre
monto em sequência) permitindo assim um ajuste oclusal correto e evitando
apinhamentos dos dentes anteriores
d) quando necessário, devemos desgastar sua face mesial.
ALERTA! Importante para montagem dos dentes Anteriores
Os dentes anteriores mandibulares raramente se apresentam regularmente ou
simetricamente. Variações gerais, somadas a desgaste dos bordos incisais melhoram sua
aparência estética, e muitos pacientes têm a mentalidade de que se os dentes não estiverem
simétricos, terão a aparência mais natural.
Às vezes há necessidade de desgastarmos os dentes para que possamos montá-los
adequadamente, em especial os anteriores. Os desgastes feitos sem conhecimento ou com
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descuido podem determinar a perda da estética dos dentes. Colocar mais para trás ou mais
para cima, sem diminuir o comprimento da superfície vestibular é o objetivo deste
desgaste. Tudo isso precisa ser pensado visando a confecção da barra protocolo, que
precisará de espaço suficiente.
Outro fator em relação ao desgaste e que não recomendo é no momento da
montagem realizar todo e qualquer tipo de desgaste em regiões que são orifícios para
entrada e saída de parafuso e chave. E por quê? Simples, pois se precisar reorganizar a
montagem por alguma falha, e a remontagem for grande, possivelmente poderá perder os
dentes perfurados, então não recomendo perfurar todos os dentes referentes a esses
orifícios, principalmente se o paciente possui vários implantes. Faça em 2 de cada lado e
o dentista prova a montagem, ou se por acaso precisar ou quiser usar todos os implantes,
não perfurar os dentes e sim deixe marcado no modelo para o dentista remover no
consultório esses dentes da cera, parafusar na boca do paciente e reposicionar o dente
removido para sim efetuar a prova estética e funcional dos dentes sem correr o risco de
prejudicar algum desses dentes.

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