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Trabalho de Sociologia

Tema: Karl Marx


Turma: 3°04

Equipe:
Geovana Malveira, Cléo, Victoria, Vitor Tavares, Julia Hevelly
Evellyn, Raul, Paulo, Maria Fernanda, Antony,Sara Etielle e Gabriel Liberato.

Conceitos Básicos:

Karl Marx desenvolveu uma teoria que destaca a importância da economia e das
relações sociais na história humana. Seus conceitos fundamentais incluem o
materialismo histórico (a ideia de que as condições materiais moldam a sociedade), a
luta de classes (a batalha entre a classe trabalhadora e a classe dominante), a
mais-valia (o lucro extraído do trabalho dos trabalhadores), a alienação (a desconexão
dos trabalhadores de seu trabalho e de si mesmos) e a visão de uma sociedade sem
classes, onde os meios de produção são de propriedade coletiva (comunismo). Esses
conceitos são centrais para entender o pensamento de Marx e sua crítica ao
capitalismo.

Dialética:

A dialética de Karl Marx é uma forma de pensar que se baseia na ideia de que o
conflito entre forças opostas impulsiona o progresso e a mudança na sociedade. Ele
aplicou essa abordagem à sua análise da história e da economia. Para Marx, a
dialética envolve três estágios: uma tese (uma ideia dominante), uma antítese (uma
ideia oposta) e uma síntese (uma nova ideia que surge da interação entre as duas
anteriores). Ele usou esse modelo para explicar como as contradições dentro do
sistema capitalista levariam eventualmente à sua superação e à transição para uma
sociedade comunista sem classes. Em resumo, a dialética de Marx enfatiza a dinâmica
de conflito e mudança na história e na sociedade.

Socialismo:

Karl Marx via o socialismo como uma fase de transição entre o capitalismo e o
comunismo, marcada pelo controle dos meios de produção pelo proletariado. Durante
essa etapa, o Estado ainda existiria, mas seria utilizado pela classe trabalhadora para
redistribuir riqueza e eliminar desigualdades. O objetivo final era uma sociedade sem
classes, sem propriedade privada dos meios de produção e sem a necessidade de um
Estado — uma sociedade comunista. O socialismo, para Marx, era parte de um
processo histórico que resultaria no fim da exploração e na igualdade real.

Comunismo:

Karl Marx via o comunismo como o estágio final da sociedade humana, sem classes
sociais, propriedade privada ou exploração do trabalho. Nessa sociedade, os meios de
produção seriam de propriedade comum, e a distribuição de bens seria baseada nas
necessidades das pessoas, não no lucro. O Estado, visto como um instrumento de
controle de classe, se tornaria desnecessário e desapareceria. O comunismo seria uma
sociedade cooperativa e igualitária, onde as pessoas trabalhariam conforme suas
habilidades e receberiam conforme suas necessidades. Marx acreditava que o
comunismo viria após uma fase de transição chamada socialismo, durante a qual a
classe trabalhadora tomaria o poder e reestruturaria a sociedade. O comunismo
representava o fim do conflito de classes e a realização de uma sociedade justa e sem
desigualdades estruturais.

Valor de Troca X Valor de uso:

Marx inicia sua análise econômica observando a mercadoria, que representa a riqueza
sob o capitalismo. Ele destaca que a mercadoria tem duas propriedades distintas: valor
de uso e valor de troca. O valor de uso está ligado à utilidade do objeto para satisfazer
necessidades humanas, enquanto o valor de troca é determinado pela quantidade de
trabalho socialmente necessário para produzi-lo. As mercadorias, embora possuam
qualidades diversas como valores de uso, são consideradas quantitativamente iguais
como valores de troca e podem ser trocadas entre si em proporções determinadas.
Marx enfatiza que a mercadoria é uma contradição material, pois sua natureza
contraditória se manifesta na troca. O valor de troca é uma relação quantitativa
acidental, variável no tempo e no espaço, e não está inerente à mercadoria. Ele surge
das relações de troca estabelecidas entre as mercadorias e abstrai o valor de uso. Os
agentes econômicos, ao realizar trocas, não consideram a utilidade específica dos
objetos, mas os veem apenas como meios de obter produtos desejados.

Força de trabalho:

Karl Marx definiu a força de trabalho como a capacidade dos trabalhadores de realizar
trabalho produtivo, uma mercadoria vendida no mercado de trabalho em troca de um
salário. Ele explorou como essa relação entre o trabalhador e o empregador cria
dinâmicas de exploração e desigualdade na sociedade capitalista.
Forças de Produção:

O conceito central da teoria revolucionária de Marx é o de "forças produtivas", que não


é apenas uma inversão materialista da filosofia de Hegel nem uma base natural
subjacente às relações de produção de cada sociedade. Marx define as forças
produtivas como a capacidade real de trabalho dos seres humanos, incluindo a
utilização de meios materiais de produção e formas de cooperação específicas. Isso se
manifesta no contexto capitalista na produção de mercadorias. Tudo o que aumenta
essa capacidade de trabalho é considerado uma nova força produtiva. Isso inclui não
apenas a natureza, mas também a tecnologia, a ciência e a organização social,
especialmente a cooperação e a divisão do trabalho. Marx enfatiza que as forças
produtivas estão em constante aumento devido à fusão de muitas forças em uma força
coletiva, originando-se da produtividade do trabalho social. Isso inclui até mesmo a
classe trabalhadora como uma força produtiva material, que pode quebrar os entraves
do capitalismo e realizar novas potências das forças produtivas. A contradição entre as
forças produtivas e as relações de produção é o motor do desenvolvimento histórico da
sociedade, resultando em lutas de classe e mudanças sociais. A compreensão precisa
das forças produtivas é crucial para entender a dinâmica do desenvolvimento
socioeconômico e para a perspectiva revolucionária de Marx.

Estado:

Karl Marx via o Estado como um instrumento de dominação de classe, utilizado para
manter o poder da classe dominante e perpetuar o sistema capitalista. Segundo Marx,
o Estado não é uma entidade neutra, mas sim um mecanismo de controle e opressão
que protege os interesses dos proprietários dos meios de produção e suprime a luta de
classes. Em uma sociedade futura sem classes, Marx acreditava que o Estado se
tornaria desnecessário e seria abolido, pois as diferenças de classe desapareceriam.

Infraestrutura:

A infraestrutura, segundo Karl Marx, é a base material de uma sociedade, composta


pelas forças produtivas (como tecnologias, ferramentas e trabalho) e pelas relações de
produção (como propriedade e controle dos meios de produção). A infraestrutura é o
que sustenta a "superestrutura", que inclui instituições, leis, política e ideologia.

Para Marx, a infraestrutura determina como a sociedade funciona e como muda ao


longo do tempo. Mudanças na infraestrutura podem causar transformações sociais
significativas. Ele acreditava que as contradições no sistema capitalista, como a
exploração do trabalho e a concentração de riqueza, levariam a uma revolução social,
mudando a infraestrutura para uma organização socialista ou comunista. A análise da
infraestrutura é fundamental para entender as dinâmicas e mudanças em uma
sociedade, sendo parte central da teoria do materialismo histórico de Marx.

Superestrutura:

Karl Marx via a superestrutura no capitalismo como um conjunto de instituições e


ideologias que surgem a partir das relações de produção capitalistas. Isso inclui o
governo, a religião, a cultura, a educação, entre outros. Marx argumenta que a
superestrutura é moldada para servir aos interesses da classe dominante, perpetuando
assim a exploração e a desigualdade.

Classes-social:

Na visão de Karl Marx, as classes sociais são definidas com base nas relações de
produção e na propriedade dos meios de produção. As principais classes são a
burguesia, que controla os meios de produção e explora o trabalho do proletariado, e o
proletariado, que vende sua força de trabalho à burguesia. Marx via essa relação como
a base do sistema capitalista, que leva à exploração dos trabalhadores. Ele acreditava
que essa exploração causaria uma luta de classes, que culminaria na derrubada do
capitalismo e na criação de uma sociedade sem classes, onde a propriedade dos
meios de produção seria coletiva e a exploração seria eliminada.

Alienação:

Para Karl Marx, a alienação refere-se à condição em que os trabalhadores se


encontram sob o capitalismo, na qual eles se sentem desconectados ou separados do
produto de seu trabalho, do processo de trabalho em si, de seus colegas e até mesmo
de sua própria natureza humana. Isso ocorre porque, no sistema capitalista, os
trabalhadores não têm controle sobre os meios de produção e são tratados como
meros instrumentos para gerar lucro para os proprietários dos meios de produção.
Assim, os trabalhadores se sentem alienados de seu trabalho e de si mesmos,
perdendo a capacidade de expressar sua verdadeira essência e criatividade.

Mercadoria:

Para Marx, mercadoria é qualquer objeto ou serviço produzido para ser trocado no
mercado. Ele destaca duas características principais das mercadorias: valor de uso e
valor de troca. O valor de uso refere-se à utilidade ou função prática de uma
mercadoria, enquanto o valor de troca é determinado pela quantidade de trabalho
socialmente necessário para produzi-la. A análise das mercadorias desempenha um
papel fundamental na compreensão da teoria do valor e da exploração na economia
política marxista.

Ideologia:

"Ideologia no pensamento Marxista (materialismo dialético) é um conjunto de


proposições elaborado, na sociedade burguesa, com a finalidade de fazer aparentar os
interesses da classe dominante com o interesse coletivo, construindo uma hegemonia
daquela classe. A manutenção da ordem social requer dessa maneira menor uso da
violência.

A ideologia torna-se um dos instrumentos da reprodução do status e da própria


sociedade.
O método precípuo da ideologia é a utilização do discurso lacunar (Althusser). Nesse,
uma série de proposições, nunca falsas, sugere uma série de outras, que são. Desse
modo, a essência do discurso lacunar é o não dito (porém sugerido).

Exemplo: 'Todos são iguais perante a lei' (verdade, numa sociedade burguesa) sugere
que todos são iguais no sentido de terem oportunidades iguais (o que é falso, devido à
propriedade privada dos meios de produção).
Formas ideológicas correspondentes aos estágios de desenvolvimento:"

Fetichismo da mercadoria:

mercadorias adquiriam uma valoração de venda irreal e infundada, distante de seu


valor real determinado pelo trabalho humano. Ele usou a história bíblica de Moisés e o
bezerro de ouro como metáfora para ilustrar como as mercadorias perdiam sua relação
com o trabalho e ganhavam uma vida própria, tornando-se objetos de adoração e
atribuição de valor simbólico quase divino. Para Marx, os seres humanos não
compravam apenas a utilidade dos produtos, mas também sua transcendência.
Embora Marx não tenha aprofundado muito esse tema, outros pensadores
neo-marxistas da pós-modernidade como Max Horkheimer, Theodor Adorno, Walter
Benjamin e outros expandiram essa análise, criando uma tradição rica de investigação
sobre a fetichização da mercadoria e propondo soluções para esse fenômeno.

Mais-valia:
A mais valia refere-se ao processo da exploração da mão de obra assalariada.
Segundo o autor, os trabalhadores não recebem o equivalente àquilo que produzem e
todo o lucro obtido através da produção das mercadorias vai direto para o empregador,
que se apropria do trabalho excedente
exemplo de como isso acontece: Em 10 dias de trabalho um trabalhador da indústria
têxtil produz o valor equivalente a 50 peças de roupa (1.000 reais, por exemplo). Em
um mês de trabalho (22 dias), então, ele teria produzido um valor de 2.200 reais. No
entanto, o salário que ele recebe é de apenas mil.

Fontes:

O Fetichismo da mercadoria na obra de Karl Marx - InfoEscola


O Conceito de Forças Produtivas Materiais (marxists.org)
Valor de uso x Valor de troca em relação às mercadorias em Marx (uol.com.br)
O que é Materialismo Dialético? - Toda Matéria (todamateria.com.br)
Karl Marx: biografia, obras, resumo das ideias e teorias - Toda Matéria
(todamateria.com.br)
Descubra os Principais Conceitos de Karl Marx! (listologia.com)
A Mais Valia de Karl Marx - Toda Matéria (todamateria.com.br)
O que é a Alienação do Trabalho para Marx? - Toda Matéria (todamateria.com.br)
O que é ideologia? Definição em Marx, cultura e política - Toda Matéria
(todamateria.com.br)
Infraestrutura e superestrutura no pensamento de Marx | Filosofia na Escola
As classes sociais no pensamento de Karl Marx - Brasil Escola (uol.com.br)
Socialismo Marxista - InfoEscola
O conceito de comunismo, segundo Karl Marx (cafehistoria.com.br)
O capital: crítica da economia política - Livro I: o processo de produção do capital
(redept.org)

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