Material de Apoio Fratelli - Casamento e Família - Tópicos Especiais

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Módulo 6: Casamento e família

- tópicos especiais
Formação em Psicoterapia de Casal

Raissa P. Rodrigues - CRP 06/171744


@somoshistoriaseafetos
tópicos
violência (abuso alcoolismo e drogadição;
emocional, físico e sexual) doença mental

envelhecimento e suicídio e crise na


doenças crônicas família.

intervenções na
comunidade
Definição de casamento e família
Casamento
Social Pessoal
Religioso Legal

Família (Roudinesco, 2003)


Tradicional
Contemporânea
Moderna
Outros aspectos

Dinâmica Familiar
Papéis de gênero
Função do casamento
Conflitos
Outros aspectos

Família como apoio e sustento


Inserção na cultura
Projeções e expectativas
Modelos de relacionamentos
Violência na família
emocional/psicológica

Abuso e violência física

sexual
Violência na família
A violência familiar é produto de um processo histórico que se sustenta no
tempo através de um circuito de relações entre os membros das famílias
que possibilita a repetição de condutas violentas, no qual os participantes
têm papéis definidos que alimentam a rigidez do sistema familiar. Assim, a
capacidade de articulação com outros sistemas fica totalmente
comprometida, afetando diretamente sua capacidade de procurar ajuda.
Violência na família
A violência familiar se sustenta pela presença de sistemas
hierárquicos ou autoritários na família, que justificam ações
ou agressões, gerando opressão e as consequências a ela
relacionadas. Também pela presença de sistemas de gênero,
fortemente enraizados na identidade de uma cultura, que
funcionam como argumentos explicativos que naturalizam e
justificam a violência, neutralizando possibilidades de se
insurgir contra ela.
Alcoolismo e drogadição
Inclusão familiar no tratamento
Questões financeiras
Desconhecimento
Sofrimento (incertezas, estado de
alerta, isolamento social)
Pacientes psiquiátricos
Estigma
Mudança de papéis
Cuidados contínuos
Alterações na trajetória familiar
Envelhecimento e doenças crônicas
Adoecimento grupal
Processo de luto partilhado pelo grupo
Cuidador principal e sobrecarga
“Família difícil”
Cerco do silêncio e os não ditos
Autonomia X Cuidado
Suicídio na família
Estigma
Tipo singular de perda
“Sobreviventes”
Busca dos porquês
Suicídio na família
Tipo singular de perda - herança de vergonha, medo, rejeição, estigma,
isolamento, desamparo, culpa exacerbada e raiva.

Combinação de luto e estresse pós traumático - morte


inesperada e violenta

“Por que ele fez isso comigo?”

Medo dos próprios impulsos autodestrutivos


Suicídio na família
Algumas situações obrigatórias e fonte de desconforto para os
enlutados são: prestação de depoimentos, confisco de provas e
até impedimento de acesso à residência, busca de informações
sobre o que aconteceu, abertura de inventário e todos os seus
entraves legais e partilha de bens – em especial quando os
herdeiros são menores de idade –, recebimento do laudo
cadavérico em momento posterior, entre muitos outros
trâmites.
Suicídio na família
Sobreviventes não deveriam sentir­-se envergonhados, mas são forçados a se
sentir assim pela sociedade, que, por vezes, os evitam, acusam ou
responsabilizam, afirmando reiteradas vezes que quem se matou é doente e
quem pertence àquela família também o é. Perguntas como “Você não percebeu
nenhum sinal?”, “Como vocês não viram?” ou “Por que não fizeram nada?” são
comuns. “Suicídio é uma admissão pública de que meu amor por meu filho não
era o suficiente”, comentam Lukas e Seiden (2007) representando a pressão
social sentida por um sobrevivente.
Suicídio na família
Sobreviventes testemunhas: encontraram corpo, cuidado diferenciado.

Os sobreviventes precisam encarar a realidade do suicídio para que sejam


capazes de trabalhá-lo. As pessoas que testemunharam o suicídio, às vezes
são atormentadas por imagens intrusivas da cena e demonstram isso e
outros sinais de TEPT (Callahan, 2000). Para as pessoas que não estavam
presentes, a cena imaginada pode, algumas vezes, ser pior do que a real.
intervenções na comunidade
Com relação à comunidade e seus recursos, deve-se considerar:
qual o contexto de moradia da família;
tempo na comunidade;
identificar se são famílias migrantes,
quais os recursos comunitários em termos de Unidades Locais da Saúde,
Equipes da Estratégia de Saúde da Família, Escolas, Centros comunitários,
ONGs, etc.

Estes dados permitem visualizar, por sua vez, os diferentes níveis de vulnerabilidade
sócio comunitária a que a família está exposta, assim como, encontrar interlocutores
e aliados para nossa intervenção e espaços estratégicos de inserção da família e
escuta para além do sistema de saúde.
intervenções na comunidade
Com relação à família e suas redes:
identificar o ciclo vital em que a família se encontra e o ciclo vital de seus
integrantes;
mapear as redes, seja na família atual, na família extensa ou vizinhos que
podem vir a conhecer o problema da família.

Por sua vez, considera-se importante o reconhecimento dos diferentes ciclos


que a família atravessa, sendo que cada novo ciclo representa uma ameaça à
sua organização, assim como qualquer mudança na sua configuração (como,
por exemplo, a saída de membros) interfere decididamente na dinâmica
familiar.
intervenções na comunidade
Com relação à demanda de intervenção familiar:
quem criou o problema ou fez o encaminhamento. Aqui é importante escutar a pessoa ou
profissional que está levantando a demanda, no sentido de melhor discriminar a sua leitura sobre
ela. Lembremos que sempre estamos realizando uma interpretação da demanda original.

• Existe reincidência da mesma demanda na família?


• Que tipos de fronteiras o sistema familiar
identificado tem? Rígidas, difusas ou nítidas?
• Como se dão as relações de poder nesse sistema e que é possível visualizar através da forma como a
família se comunica com a equipe?
• Quais os subsistemas mais oprimidos ou submetidos pela violência?
• Quais os comportamentos ou reações do sistema opressor e o do oprimido?
• Houve já tentativas de comunicação dessa família com a equipe ou com alguma pessoa ou rede
social presente na comunidade?
intervenções na comunidade

Na dúvida, faça um grupo!

Rede de compreensão e compartilhamento


Referências
Brotto, Aline Maran; Guimaraes, Ana Beatriz Pedriali. A influência da família no tratamento de pacientes com
doenças crônicas. Psicol. hosp. (São Paulo), São Paulo , v. 15, n. 1, p. 43-68, jan. 2017 .

Casellato, G. (org). O resgate da empatia Suporte psicológico ao luto não reconhecido. São Paulo: Summus, 2015.

Feres-Carneiro, T. (org.) Família e casal: efeitos da contemporaneidade. Rio de Janeiro : Ed. PUC-Rio, 2005.

Mandelbaum, B., Schraiber, L. B., & d'Oliveira, A. F. P. L. Violência e vida familiar: abordagens psicanalíticas
e de gênero. Saúde E Sociedade, 25(2), 422–430. 2016 https://doi.org/10.1590/S0104-12902016145768

Moré, C. L. O. O.; Krenkel, S. Programa de Valorização da Atenção Básica. Centro de Ciências da Saúde. Curso de
Atenção a Homens e Mulheres em Situação de Violência por Parceiros Íntimos – Modalidade a Distância.
Violência no contexto familiar [recurso eletrônico] /Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis :
Universidade Federal de Santa Catarina, 2014. 82 p

Roudinesco, E. A família em desordem. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2003. 199 pp
Obrigada!
Contato:
raissa.p.rodrigues@unesp.br
@somoshistoriaseafetos

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