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ITI Curso de Teologia Modulo IV - Heresiologia
ITI Curso de Teologia Modulo IV - Heresiologia
Ética Cristã 74
Heresiologia (Estudo de Seitas e Heresias)
Evangelismo e Missões
Escatologia (Um Tratado sobre os Últimos Acontecimentos)
ITI Curso Teológico Módulo IV
HERESIOLOGIA
SEITAS
E
HERESIAS
Ética Cristã 73
Heresiologia (Estudo de Seitas e Heresias)
Evangelismo e Missões
Escatologia (Um Tratado sobre os Últimos Acontecimentos)
ITI Curso Teológico Módulo IV
Índice
Capitulo I: Heresias nos Primeiros Séculos (Pg Oito)
1. Animismo
2. Apolinarianísmo
3. Arianismo
4. Donatismo
5. Gnosticismo
6. Maniqueísmo
7. Marcianismo
8. Monarquianismo
9. Monofisismo
10. Montanísmo
11. Nestorianismo
12. Pelagianismo.
Capitulo II: Heresias na Idade Média (Pg 16)
1. A Conversão de Constantino
2. Teodósio
3. A Cristianização do Império Romano
Capitulo II: Heresias na Idade Média (Pg 20)
1. A Conversão de Constantino
2. Teodósio
3. A Cristianização do Império Romano
Capitulo III: Heresia uma Ameaça sempre Presente (Pg 31)
Capitulo II: Como identificar uma Seita? (Pg 32)
1. Aspectos comuns das Seitas
2. Conhecendo um pouco mais as Seitas
3. Porque Estudar as Seitas
4. Cronologia de Suicídio coletivo nas Seitas
5. O Perigo das Seitas
6. Qual a Importância de se Estudar sobre as Seitas?
Capitulo III: Seitas Exóticas (Pg 39)
1. Adoradores de Maradona
2. Culto à Cebola
3. Adoradores do Umbigo
4. Ingestão de Excrementos
5. Veneradores do Sexo
6. Igreja da Eutanásia
7. Adoradores da Luz
8. Os seguidores da Bíblia Branca
9. Cultos às Celebridades
10. Idólatras de Elvis Presley
11. Veneradores de Raul Seixas
12. Discípulos de Jedi
Capitulo IV: O Brasil e o Sincretismo Religioso (Pg 43)
1. A Origem religiosa do Brasil
2. Culto aos Antepassados
3. Lugar dos Cultos
Ética Cristã 75
Heresiologia (Estudo de Seitas e Heresias)
Evangelismo e Missões
Escatologia (Um Tratado sobre os Últimos Acontecimentos)
ITI Curso Teológico Módulo IV
Introdução
Conta-se que a CIA possui um grupo de elite especializado em detectar notas falsas. Os
integrantes do grupo tiveram um profundo treinamento sobre a moeda verdadeira.
Estudaram cada detalhe do dólar, cada dimensão d a nota, estudaram sua textura, seus
detalhes, suas cores, espessura, seus desenhos, os traços, etc. Ficaram tão familiarizados
com o dólar que, se pegarem uma nota na mão, imediatamente saberiam se ela é
verdadeira ou falsa.
Os homens deste grupo não gastam seu precioso tempo estudando as notas falsas, pois
elas poderiam ser de variadas formas e texturas. Eles se aplicam a conhecer somente a
verdadeira, e quando encontram uma nota que não possui as mesmas características das
notas verdadeiras, sabem que aquela nota é falsa.
O que estes homens fizeram foi estabelecer um padrão de comparação com o qual as notas
falsas podem ser comparadas. A primeira nota criada é a verdadeira e por isso, ela é o
padrão de comparação com o qual as falsas poderão ser comparadas e detectadas.
Em se tratando de religião devemos seguir o exemplo deste grupo de elite da CIA. É uma
atitude sensata. Os homens deste grupo não gastam seu precioso tempo estudando as
notas falsas, pois elas poderiam ser de variadas formas e texturas. Eles se aplicam a
conhecer somente a verdadeira, e quando encontram uma nota que não possui as mesmas
características das notas verdadeiras, sabem que aquela nota é falsa.
Evidentemente, este deve ser à base de todo cristão autêntico, conhecer tão
profundamente as Escrituras Sagradas, de tal maneira que consiga diagnosticar, qualquer
desvio doutrinário ou a mais sutil heresia ainda que vestida de revelação para os últimos
dias. Por isso defendemos a verdadeira apologia que não consiste em criticar a religião dos
outros; menosprezar as demais crenças ou declarar guerra aos demais credos. A palavra
grega nos escritos neotestamentario para "responder" é apologia. Essa palavra aparece em
I Pedro 3.15: "antes santificai em vossos corações a Cristo como Senhor; e estai sempre
preparados para responder com mansidão e temor a todo aquele que vos pedir a razão da
esperança que há em vós".
Ética Cristã 76
Heresiologia (Estudo de Seitas e Heresias)
Evangelismo e Missões
Escatologia (Um Tratado sobre os Últimos Acontecimentos)
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O cristianismo é uma religião que por sua natureza exclui quaisquer outros credos como
verdadeiros, a não ser ele mesmo. Por isso, ele entra em choque com as demais religiões
existentes, que são sem exceções, produtos das ideias dos homens, que na ânsia de sua
procura pelo sagrado, por Deus, aliena-se nas suas próprias imaginações, resultado da
depravação total da qual está sujeita a humanidade sem Deus.
Quase todas as epístolas foram escritas visando à defesa da fé cristã (no sentido de corrigir
erros doutrinários) contra os ataques de fora, e muitas vezes de dentro da própria igreja.
Na atualidade ainda mais, pois o diabo sabe que o seu fim está próximo, ele conhece a
bíblia, por isso ele trabalha exaustivamente no campo da heresia, para atrair as almas após
si, e para que encontrem dificuldade para chegar ao conhecimento da verdade. Esta carga
herética que nós vemos no mundo, não está presente apenas em rituais macabros;
sacrifício de seres humanos, à chamada igreja do diabo.
Sabemos que a heresia também está nas grandes religiões, e até mesmo nas denominações
evangélicas. O vírus da heresia esta aí na nossa atmosfera existe comunidades que estão
mais contaminadas com o vírus da heresia, do que outras comunidades. Queremos
reafirmar: Este quadro herético não está apenas no mundo, seria infantilidade da nossa
parte não enxergar ensinos esquisitos, que estão dentro do arraial cristão. É digno de nota
que este vírus da heresia, tanto no mundo, quanto no meio evangélico, não vai diminuir,
pois a tendência é cada vez mais aumentar. II Tm 4.1-5 “Porque virá tempo em que não
suportarão a sã doutrina…”. Segundo este texto de II Timóteo, esta profecia está se
cumprindo hoje, é evidente que diante deste quadro da igreja evangélica, Deus sempre
levanta os seus remanescentes, ou seja, crentes que zelam pela sã doutrina, na igreja
primitiva existia, na idade média existia, hoje existe, e no futuro também existirá.
Hoje em dia, o que se prega no meio evangélico é o “ter”, e não o “ser”, o rebanho se cerca
de mestres para pregar aquilo que eles querem ouvir. O espírito da escritura é totalmente
o contrário desta postura de hoje, ela diz; “aquele que quer vir após mim, negue-se a si
mesmo, tome a cada dia a sua cruz, e siga-me”. Lc 9.23.
Por isso o objetivo principal do estudo de heresiologia é evitar os erros e equívocos, não
podemos tomar nota deste e de qualquer outro estudo, e sair debatendo com crentes, e
muito menos com incrédulos.
Ética Cristã 77
Heresiologia (Estudo de Seitas e Heresias)
Evangelismo e Missões
Escatologia (Um Tratado sobre os Últimos Acontecimentos)
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A razão pela qual estudamos as doutrinas bíblicas é tão somente para nossa instrução e
advertência pessoal, é claro, que se derem abertura para um esclarecimento, podemos
com sabedoria e cautela mostrar a nossa opinião sobre o assunto. O que não pode haver é
debates doutrinários. Tt 3.9-11. O texto quer dizer que se surgir no nosso meio um
indivíduo herético, o ministério deve chamar e advertir por até duas vezes, se ele
continuar ensinando as suas heresias, a bíblia fala no verso 10 que nós devemos evitar o
contato com aquele que resistir a correção do ministério. Interessante que hoje em dia, os
líderes e até membros comuns da igreja, usam o sofisma do “amor”; é muito fácil nós
falarmos que o amor é lindo, que o amor passa por cima de tudo, e simplesmente
continuar aceitando esses indivíduos no nosso meio, nós sabemos que o amor é
muitíssimo importante, mais tem que haver também disciplina e autoridade e temor pela
palavra de Deus.
Nós entendemos que o diabo, não vai chegar para o evangélico, e vai convidá-lo a se
converter ao satanismo, pois ele sabe que os crentes embora a grande maioria não tenha
zelo pela palavra, ele sabe que ao menos estão acostumados com a bíblia. Ele irá investir
com doutrinas capciosas com base no próprio evangelho. Não temos nenhum receio em
afirmar, que muitos cidadãos que se dizem homens de Deus, estão pregando doutrinas que
vem do inferno com capa de bíblia.
A carga herética ela passa pelos movimentos macabros, passa pela idolatria, pelo
misticismo cego, por religiões pagãs, mas ela também está presente em coisas superficiais,
leves, ingênuas superstições, algumas delas são “simpatias” como: Moeda nos cantos das
casas, o uso do sal grosso, pé de coelho, trevo de quatro folhas, ferraduras nas portas, a
prática de bater na madeira, o uso de roupas brancas na virada do ano, entrar com o pé
direito, banho do descarrego – que é um banho dado para tirar as energias maléficas e más
olhados. Todas estas heresias são fáceis de serem percebidas.
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Heresiologia (Estudo de Seitas e Heresias)
Evangelismo e Missões
Escatologia (Um Tratado sobre os Últimos Acontecimentos)
ITI Curso Teológico Módulo IV
Definição
Heresia deriva da palavra grega háiresis e significa: "escolha", "seleção", "preferência". Daí
surgiu à palavra seita, por efeito de semântica. Do ponto de vista cristão, heresia é o ato de
um indivíduo ou de um grupo afastar-se do ensino da Palavra de Deus e adotar e divulgar
suas próprias ideias, ou as ideias de outrem, em matéria de religião. Em resumo, é o
abandono da verdade.
O termo háiresis aparece no original em Atos 5.17; 15.5; 24.5; 26.5; 28.22. Por sua vez,
"heresia" aparece em Atos 24.11; I Coríntios 11.9; Gálatas 5.20 e II Pedro 2.1.
Uma seita é identificada, em geral, por aquilo que ela prega a respeito dos seguintes
assuntos:
1. A Bíblia Sagrada
2. A Pessoa de Deus
3. A queda do homem e o pecado
4. A Pessoa e a obra de Cristo
5. A salvação
6. O porvir
Se o que uma seita ensina sobre estes assuntos não se coaduna com as Escrituras,
podemos estar certos de que estamos diante duma seita herética. Entre as muitas razões
para o surgimento de seitas falsas no mundo, hoje, destacam-se as seguintes:
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Heresiologia (Estudo de Seitas e Heresias)
Evangelismo e Missões
Escatologia (Um Tratado sobre os Últimos Acontecimentos)
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Capitulo I
As primeiras heresias enfrentadas pela Igreja vieram dos judeus convertidos, problema já
enfrentado por Paulo na igreja da Galácia. Os ebionitas eram farisaicos em sua natureza.
Não reconheciam o apostolado de Paulo e exigiam que os cristãos gentios se submetessem
ao rito da circuncisão. No desejo de manterem o monoteísmo do Antigo Testamento, os
ebionitas negavam a divindade de Cristo e seu nascimento virginal, afirmando que Ele só
se distinguia dos outros homens por sua estrita observância da lei, tendo sido escolhido
como Messias por causa de sua piedade legal.
Os elquesaítas, por sua vez, apresentavam um tipo de cristianismo judaico assinalado por
especulações teosóficas e ascetismo estrito. Rejeitavam o nascimento virginal de Cristo,
mas julgavam-no um espírito ou anjo superior. A circuncisão e o sábado eram
grandemente honrados; havia repetidas lavagens, sendo-lhes atribuídos poderes mágicos
de purificação e reconciliação; a mágica e a astrologia eram praticadas entre eles. Com
toda probabilidade se referem a essas heresias a Epístola aos Colossenses e I Timóteo. O
ambiente gentílico também forneceu sua cota de heresias que atingiram a Igreja.
Conflitos com Filosofias Pagãs. Como cada geração procura interpretar Cristo em termos
de sua própria mentalidade, assim foi que, mal o cristianismo apareceu, começaram a
amalgamá-lo com filosofias gregas e orientais, daí surgindo muitas seitas:
1. Animismo
2. Apolinarianísmo
3. Arianismo
4. Donatismo
5. Gnosticismo
6. Maniqueísmo
7. Marcianismo
8. Monarquianismo
9. Monofisismo
10. Montanísmo
11. Nestorianismo
12. Pelagianismo.
Ética Cristã 80
Heresiologia (Estudo de Seitas e Heresias)
Evangelismo e Missões
Escatologia (Um Tratado sobre os Últimos Acontecimentos)
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Filosofia como instrução reveladora das coisas de Deus, que leva ao entendimento do
mistério da salvação. Nas Escrituras pode ser identificado o gnosticismo baseado na
filosofia helenística e nos sábios judeus, em quem se originaram os "cultos de mistérios"
dos místicos. Os gnósticos não priorizavam apenas o "conhecimento", mas a mortificação
da carne, o que os dificultava crer que Deus veio em carne por meio de Jesus Cristo.
Foi uma das heresias mais perigosas dos dois primeiros séculos da Igreja. Não eram fáceis
de definir, por serem demasiadas variadas suas doutrinas, que diferiam de lugar para
lugar, nos diversos períodos. Surgiram na Ásia Menor, e eram como que um enxerto do
Cristianismo no paganismo. Criam que do Deus supremo emanava um grande número de
divindades inferiores, algumas benéficas e outras malignas. Criam que por meio dessas
divindades o mundo foi criado com a mistura do bem e do mal. Interpretavam as
Escrituras de forma alegórica, de modo que cada declaração das Escrituras significava
aquilo que ao intérprete parecesse mais acertado. Eles diziam possuir capacidades e
conhecimentos espirituais superiores que os cristãos não possuíam. Os gnósticos seguem
líderes divulgadores de conhecimento espiritual que transcendem o entendimento normal,
geralmente considerado secreto.
Seus ensinamentos sobre a criação, o Cristo e a salvação eram tão radicalmente contrários
à pregação apostólica e ao ensino dos Pais da Igreja, que as igrejas do Império Romano
desenvolveram confissões de fé correta a serem professadas por todos os convertidos,
chamados de Credos. A doutrina central do gnosticismo, era que o espírito é inteiramente
bom e a matéria, inteiramente má. Desse dualismo antibíblico fluíram cinco erros
importantes:
1. O corpo do homem, que é matéria, é mau por essa mesma razão. Deve ser diferenciado
de Deus, que é totalmente espírito e, por isso mesmo totalmente bom.
2. A salvação é escapar do corpo, sendo obtida mediante a fé em Cristo, mas por meio de
conhecimento especial.
Ética Cristã 81
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Escatologia (Um Tratado sobre os Últimos Acontecimentos)
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3. A verdadeira humanidade de Cristo era negada de duas maneiras: (a) alguns diziam que
Cristo somente parecia ter corpo, e essa teoria era chamada de docetismo, do grego dokeo
(parecer); (b). Outros diziam que o Cristo divino uniu-se ao homem Jesus no batismo,
abandonando-o antes da morte, teoria essa chamada cerintismo, segundo o nome do seu
porta-voz mais destacado, Cerinto. Essa forma de gnosticismo é combatida por João em I
João 1.1 "O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o
que contemplamos e as nossas mãos apalparam, a respeito do Verbo da vida"; e em I João
4.2-3 "Nisto conheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio
em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não é de Deus; mas é o
espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que havia de vir; e agora já está no
mundo".
4. Como o corpo era considerado mal, devia ser tratado com rigor. Essa forma ascética de
gnosticismo é combatida por Paulo em parte da carta aos Colossenses, como em 2.20-23
"Se morrestes com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos sujeitais ainda a
ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais como: não toques, não proves, não
manuseies (as quais coisas todas hão de perecer pelo uso), segundo os preceitos e
doutrinas dos homens? As quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria em culto
voluntário, humildade fingida, e severidade para com o corpo, mas não têm valor algum no
combate contra a satisfação da carne".
O gnosticismo com o qual o Novo Testamento lidava era uma forma primitiva dessa
heresia, não o sistema desenvolvido e já complexo dos séculos II e III. Para Paulo o
gnosticismo era "engodo de humildade". Cl 2.18. Em confronto com o cristianismo dos
apóstolos, os mestres gnósticos são falsos irmãos e causam divisões na igreja (Jd 19), pois
se desviaram da graça de Deus. Jd 4. Além da forma encontrada em Colossenses e nas
cartas de João, alguma familiaridade com o gnosticismo primitivo se vê refletida em I e II
Timóteo, em Tito, em II Pedro e talvez em I Coríntios.
EBIONISMO
Ética Cristã 82
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Escatologia (Um Tratado sobre os Últimos Acontecimentos)
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Eles acreditavam que a lei mosaica era a maior expressão da vontade de Deus e continuava
válida para o homem. O maior ataque ao cristianismo primitivo estava relacionado à
interpretação que tinham a respeito da divindade de Jesus e de seu nascimento virginal.
Para eles, Jesus era o filho de José e Maria, que observou a Lei de forma especial, sendo
assim escolhido por Deus para ser o Messias; assim logicamente Jesus não era eterno, logo
não era Deus. Aprovavam os ensinos do evangelho de Mateus. Eles insistiam que os
cristãos, tanto gentios como judeus, ainda continuavam sob o domínio da Lei de Moisés e
que não havia salvação fora da circuncisão e do cumprimento da Lei. Os ebionitas eram
considerados apóstatas pelos judeus não cristãos, e também não contavam com a simpatia
dos cristãos-gentios, os quais depois do ano 70 constituíam a maior parte da Igreja.
DOCETISMO
O docetismo tem grande ligação com o gnosticismo, para quem o mundo material era mau
e corrompido. O vem do grego e significa "parecer". Os docetistas defendiam que o corpo
de Jesus Cristo era uma ilusão e sua crucificação teria sido apenas aparente.
Para os adeptos dessa heresia, a matéria é ruim e que o espírito não se envolveria com a
matéria, que é o princípio do pecado, por isso Cristo parecia estar numa matéria carnal,
mas na verdade não estava, era ilusório.
Não houve uma condenação oficial a esse pensamento, mas Irineu e Hipólito foram os
opositores dessa ideia filosófica grega e pagã da época.
MONTANISMO
Surgido na Frígia, após 155, os montanistas, assim chamados por causa de seu fundador se
chamar Montano, quase não podiam ser incluídos entre as seitas hereges, apesar de seus
ensinos terem sido condenados pela Igreja. Os montanistas eram puritanos, e exigiam que
tudo voltasse à simplicidade dos primitivos cristãos. Eles criam no sacerdócio de todos os
verdadeiros crentes, e não nos cargos do ministério. Observavam rígida disciplina na
igreja. Consideravam o dom de profecia como um privilégio dos seus discípulos.
Infelizmente, como geralmente acontece em movimentos dessa natureza, ele caiu para o
extremo e concebeu fanáticas e equivocadas interpretações da Bíblia.
Ética Cristã 83
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MONARQUIANISMO
Essa designação foi dada pela primeira vez por Tertuliano. Como a defesa doutrinária dos
apologetas, dos Pais antignósticos e dos Pais alexandrinos sobre o Filho de Deus, não
satisfez as dúvidas teológicas de todos na época e a teologia cristológica ainda era nova e
sem consistência, surgiam assim novos pensamentos.
1) Monarquianismo dinâmico
Desenvolvida por Teodoto de Bizâncio, foi uma tentativa de resguardar unidade de Deus.
Essa ideia tinha traços do ebionismo, que pregava ser Jesus apenas homem. Teodoto,
homem culto que comerciava couro, pregava contra a divindade do Filho, negava a
afirmação de que Jesus Cristo é Deus, achava mais seguro afirmar que Jesus era um mero
homem. Não negava o nascimento virginal, mas esse nascimento não divinizava Jesus. Ele
continuava sendo um mero homem, apesar de ser justo.
Ética Cristã 84
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Teodoto separou a vida de Jesus em tempos, ou seja, até o batismo Jesus viveu seu
cotidiano como todo homem vive, com a diferença de ter sido extremamente virtuoso. Em
seu batismo, o Espírito Santo desceu sobre Ele, e a partir daquele momento Ele passou a
operar milagres sem contudo tornar-se divino. Essa ideia recebeu o nome de dinamismo.
Jesus então, era um profeta e não Deus, e um profeta com unção divina (assim como Elias e
Eliseu). Somente após a ressurreição Jesus Cristo uniu-se a Deus.
O papa Vítor excomungou Teodoto, mas sua ideia não teve como ser banida, tanto que
Paulo de Samosata que foi bispo de Antioquia por volta de 260 d.C. defendeu essa forma de
monarquianismo. Paulo de Samosata foi um pouco mais longe do que Teodoto e afirmou
que o Filho, é identificado por sua sabedoria, mas um adjetivo que qualquer homem pode
ter, ou seja, diminuiu ainda mais a deidade de Jesus Cristo. O que aconteceu foi que a
sabedoria divina habitou no homem Jesus, e isso não significou que Ele seja uma pessoa
divina.
Paulo de Samosata, no sínodo de Antioquia em 268, foi declarado herege, mas de alguma
forma suas ideias surgiram mais tarde em alguns ramos da teologia liberal.
2) Monarquianismo modalista
Ética Cristã 85
Heresiologia (Estudo de Seitas e Heresias)
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Recebendo uma estrutura mais sistemática e filosófica por parte de Sabélio, foi levada para
Roma perto do final do pontificado de Zeferino, sendo veementemente atacada por
Hipólito. Sabélio negou a Trindade ao afirmar que não há três pessoas e sim uma só pessoa
que se manifesta de maneiras diferentes. Ele empregou a analogia do sol, um objeto único
que irradia tanto calor quanto luz; o Pai era por assim dizer, a forma ou essência, sendo o
Filho e o Espírito Santo os modos de auto-expressão do Pai.
Em 261 d.C. as doutrinas de Sabélio foram rejeitadas e condenadas por negar a distinção
das pessoas divinas na tentativa de resgatar uma teologia unicista para o cristianismo.
ARIANISMO
Os arianos foram seguidores de um presbítero de nome Ário. Ele afirmava que o Verbo
(Jesus Cristo) não era igual ao Pai, mas uma grande criatura. Segundo Ário, Cristo é o
primeiro dos seres criados através de quem todas as outras coisas foram feitas. Em
antecipação à glória que haveria de ter no final, Ele é chamado de Logos, o Filho unigênito
de Deus. Dizia Ário que Jesus podia ser chamado de Deus, apesar de não ser Deus na
realidade plena subentendida pelo termo.
Diante desse fato, Alexandre, bispo de Alexandria, convocou um sínodo, que o depôs do
presbiterato e o excluiu da comunhão da Igreja. Logo depois, o imperador Constantino
ordenou que todos os bispos cristãos comparecessem para deliberar a respeito de pessoa
de Cristo e da Trindade em uma reunião que ele presidiria em Nicéia, em 325 d.C. A grande
assembleia realizou-se com a presença de 318 bispos católicos, e somente 22 eram
declaradamente arianos desde o inicio.
O próprio Ário não obteve licença para participar de concílio por não ser bispo. Foi
representado por Eusébio de Nicomédia e Teogno de Nicéia. Alexandre dirigiu o processo
jurídico contra Ário e o arianismo, sendo auxiliado por seu jovem assistente chamado
Atanásio, que viria a sucedê-lo no bispado de Alexandria poucos anos depois. Neste
concílio foi formulado o documento chamado de Credo de Nicéia, onde os ensinos de Ário
foram condenados.
Ética Cristã 86
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OS MANIQUEUS
De origem persa, foram chamados por esse nome, em razão de seu fundador ter o nome de
Mani, o qual foi morto em 276, por ordem do governo persa. O ensino dos maniqueus dava
ênfase a este fato: "O universo compõe-se do reino das trevas e do reino da luz, e ambos
lutam pelo domínio da natureza e do próprio homem". Recusavam a Jesus, porém criam
em um "Cristo Celestial". Eram severos quanto à obediência ao ascetismo, e renunciavam
ao casamento. O maniqueísmo exaltava a tal ponto a vida ascética que consideravam o
instinto sexual pecado e enfatizavam a superioridade do estado civil do solteiro.
Segundo sua doutrina, o homem primitivo surgiu por emanação de um ser que por sua vez
era uma emanação superior do chefe do reino da luz. Oposto ao reino da luz, havia o reino
das trevas, que engnara o homem primitivo fazendo com que ele se tornasse um ser que
misturava luz e trevas. A alma do homem ligava-o com o reino da luz, mas seu corpo o
levava a ser escravo do reino das trevas. A salvação era uma questão de libertar a luz da
alma que estava escravizada à matéria do corpo. Essa liberação poderia ser conseguida
através da exposição à luz, Cristo. A elite, ou seja, os perfeitos, constituíam a casta
sacerdotal.
O maniqueísmo exerceu ainda muita influência por bom tempo após a morte de Mani. Um
pensador do porte de Agostinho, em sua busca pela verdade, foi discípulo do maniqueísmo
durante 12 anos. Depois de sua conversão, Agostinho se empenhou em refutar
energicamente essa filosofia no livro "Contra os Maniqueístas". Os maniqueus foram
perseguidos tanto por imperadores pagãos, como também pelos cristãos.
Todas as heresias que surgiram e que surgem, saíram e saem de dentro da Igreja. Então a
coisa acontece sempre da Igreja para fora e nunca de fora para a Igreja. Sempre há pessoas
ou grupos querendo interpretar a Bíblia de uma maneira que seja adequado a sua vontade.
Fontes de Pesquisa:
História da Igreja Cristã - Editora Vida
Módulo 2 de Teologia da Faculdade Teológica Betesda
Bíblia NVI de estudos
Dicionário Bíblico - Editora Didática Paulista
O Cristianismo Através dos Séculos - Editora Vida Nova
Questões Teológicas de Ontem e Hoje - Editora Reflexão
Renato Vargens
Ética Cristã 87
Heresiologia (Estudo de Seitas e Heresias)
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ITI Curso Teológico Módulo IV
Capitulo II
“Do segundo ao sexto século, a Igreja foi dilacerada por controvérsias acerca destes e de
outros ismos semelhantes, quase perdendo de vista sua verdadeira missão”. Consideramos
"Heresias da Idade Média" aquelas que surgiram após a oficialização do Cristianismo pelo
Império Romano, no século IV. Queremos dar alguns destaques especiais: A Conversão de
Constantino; Teodósio e o casamento promiscuo da igreja com o estado.
1. A Conversão de Constantino
Era o mês de outubro do ano 312. Um jovem general, a quem todas as tropas romanas da
Bretanha e da Gália eram fiéis, marchava em direção a Roma para desafiar Mexêncio, outro
postulante ao trono imperial. Segundo o relato da história, o general Constantino olhou
para o céu e viu um sinal, uma cruz brilhante, na qual podia ler: "Com isto vencerás". O
supersticioso soldado já estava começando a rejeitar as divindades romanas a favor de um
único Deus. Seu pai adorava o supremo deus Sol. Seria um bom presságio daquele Deus na
véspera da batalha? Mais tarde, Cristo teria aparecido a Constantino em um sonho,
segurando o mesmo sinal (uma cruz inclinada), lembrando as letras gregas chi (x) e rho
(p), as duas primeiras letras da palavra Cristos. O general foi instruído a colocar esse sinal
nos escudos de seus soldados, o que fez prontamente, da forma exata como foi ordenado.
Conforme prometido, Constantino venceu a batalha. Esse foi um dos momentos marcantes
do século IV, um período de violentas mudanças. Se você tivesse saído de Roma no ano
305 d.C. para viver anos no deserto, quando voltasse certamente esperaria encontrar o
cristianismo morto ou enfrentando as últimas ondas de perseguição. Em vez disso o
cristianismo se tornou a religião patrocinada pelo império.
No início, não houve derramamento de sangue, mas Galério se encarregou de mudar essa
situação. Quando Diocleciano e Maximiano deixaram seus postos (de acordo com o
planejado), em 305, Galério desencadeou uma perseguição ainda mais brutal. De modo
geral, Constâncio, que governava o Ocidente, era mais indulgente. Porém, as histórias de
horror do Oriente eram abundantes.
Até o ano 310, a perseguição tirou a vida de muitos cristãos. Contudo, Galério foi incapaz
de esmagar a igreja. Estranhamente, em seu leito de morte, ele mudou de ideia e no dia 30
de abril de 311, o feroz imperador desistiu de lutar conta o cristianismo e promulgou o
Édito de Tolerância.
Ética Cristã 88
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Evangelismo e Missões
Escatologia (Um Tratado sobre os Últimos Acontecimentos)
ITI Curso Teológico Módulo IV
Sempre político, insistiu em que fizera tudo para o bem do império, mas que os cristãos
continuam na sua determinação. Desse modo, agora era melhor permitir que eles se
encontrassem livremente, contanto que não atentassem contra a ordem pública. Além
disso, declarou: "Será tarefa deles orar ao seu Deus em benefício do nosso Estado". Roma
precisava de toda a ajuda que pudesse obter. Galério morreu seis dias depois.
A visão de Constantino foi autêntica ou ele foi apenas um oportunista, que usou o
cristianismo para benefício próprio? Somente Deus conhece a alma. Embora tenha falhado
na demonstração da sua fé em várias ocasiões, o imperador certamente assumiu um
interesse vivo no cristianismo que professava. Chegou até mesmo a correr risco pessoal
em certos momentos. É certo que Deus usou Constantino para fazer com que as coisas
acontecessem para a igreja. O imperador afirmou e assegurou a tolerância oficial à fé. Ao
fazer isso, porém, ele seguiu os passos do moribundo Galério. Assim, a batalha contra a
perseguição romana foi vencida, em certo sentido, não na Ponte Mílvia, mas nas arenas em
que os cristãos entraram para enfrentar bravamente a morte.
Ética Cristã 89
Heresiologia (Estudo de Seitas e Heresias)
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Escatologia (Um Tratado sobre os Últimos Acontecimentos)
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2. Teodósio
Estava assim desferido o último golpe contra a inocente, a mais pura e legítima igreja
cristã, em sua primeira fase histórica, chamada primitiva. Todo o trabalho dos apóstolos
do Senhor Jesus, que a estabeleceram sob a autoridade do Espírito Santo, seus sucessores,
os Pais da Igreja e os discípulos, na consolidação da fé e na preservação da sã doutrina,
estaria, de agora em diante, sendo anulado, e o mundo caminhando para uma situação de
decomposição dos valores moral e espiritual que o levaria rumo à perdição total, até
chegar à chamada idade das trevas, como uma repetição de tempos remotos quando a
humanidade vivia perdida nas trevas do pecado, porque Deus ainda não se revelara a ela
através de sua Palavra e, especialmente, de Seu Filho Unigênito, Jesus Cristo, o Salvador
da humanidade.
Muitos outros acontecimentos ocorreram nessa primeira fase histórica da Igreja cristã
verdadeira, a Igreja apostólica, cuja expansão no mundo daquela época foi
verdadeiramente assombrosa. Relatar tudo isso em um trabalho simples e modesto como
este, é quase impossível e também impróprio, porque, o que pretendemos aqui é facilitar
ao leigo, ao crente que geralmente dispõe de pouco tempo, e porque não dizer, de menor
poder aquisitivo, a ter esse acesso mais fácil e mais barato para obter esses conhecimentos
tão úteis para a sua vida espiritual e também intelectual.
Ética Cristã 90
Heresiologia (Estudo de Seitas e Heresias)
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Escatologia (Um Tratado sobre os Últimos Acontecimentos)
ITI Curso Teológico Módulo IV
Como vimos até aqui, em nossos singelos relatos históricos - extremamente resumidos,
diga-se de passagem - a Igreja Primitiva foi tumultuada por uma variedade enorme de
ideias e pensamentos que surgiam diuturnamente, entre os sucessores dos apóstolos: os
bispos e presbíteros da Igreja. Sendo a maioria deles bem intencionados, pois era de fato
essencial que muitas doutrinas que se achavam implícitas nas Escrituras do Novo
Testamento, mas ainda não muito claras para os leigos, fossem formalizadas de modo a
serem compreendidas e postas em prática na vida da Igreja, pois era grande o número de
novos convertidos à fé cristã naqueles dias.
Era imprescindível, portanto que os crentes verdadeiros fossem instruídos nos caminhos
da nova fé que abraçaram, e esta era uma responsabilidade dos chamados Pais da Igreja,
os quais se dedicavam aos estudos da teologia, incipiente, pode-se assim dizer, como
também eles eram incipientes nessa área, mas tiveram o grande mérito de não só formular
as bases teológicas para as novas doutrinas como também combater tenazmente as
heresias e seitas que se mostravam rebeldes contra as decisões dos Concílios. Esses
homens, muitos deles pertencentes à classe mais alta da sociedade, eram, na maioria das
vezes, sábios, de grande cultura, que não somente combateram as heresias como também
deram a sua grande contribuição para a formulação das bases teológicas para as novas
doutrinas.
Mas, se o assunto que pretendemos tratar neste momento é com relação às heresias
surgidas a partir do 5° século, porque então fazer todo esse arrazoado sobre as heresias
dos primeiros séculos, referentes à Igreja Primitiva? O que pretendemos com isto é fazer
uma comparação, traçando um paralelo entre as duas fases da Igreja: a Primitiva com a
Oficial. Isto porque, existe uma diferença que devemos considerar, de fato muito
importante.
Ética Cristã 91
Heresiologia (Estudo de Seitas e Heresias)
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Escatologia (Um Tratado sobre os Últimos Acontecimentos)
ITI Curso Teológico Módulo IV
Capitulo III
Heresias Contemporâneas
Numa época de heresias - e os hereges formam hoje um grande exército que se levanta ou
para acrescentar ou para tirar algo em relação à Palavra de Deus, temos que nos
arregimentar, como uma Igreja que se colocou na posição de atalaia, e colocar em prática o
que Judas nos mandou: batalhar diligentemente a favor da Verdade divina. Judas
empregou uma palavra usada nas competições que envolviam lutas contra adversários. A
palavra batalhar na sua forma grega significa agonizar, destacando, desta forma, a agonia
do competidor e seu empenho em se defender dos ataques do adversário e contra-atacar
até vencer a luta, ganhando a competição. Assim, também, deve ser nossa luta contra os
adversários da Verdade.
Finalmente, a vida de um mestre deverá ser avaliada para que se decida sobre a sua
doutrina. "Pelos seus frutos os conhecereis.". Mt 7.15-16. Muitos irmãos podem apresentar
uma série de erros e até mesmo pecados por uma questão de imaturidade, fraqueza,
ignorância, etc. Não devem ser alvos de julgamentos, mas de orientação.
Ética Cristã 92
Heresiologia (Estudo de Seitas e Heresias)
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Escatologia (Um Tratado sobre os Últimos Acontecimentos)
ITI Curso Teológico Módulo IV
“Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa,
ou da lua nova, ou dos sábados”. Cl 2.16. COMER... BEBER... SÁBADOS. As duas primeiras
palavras provavelmente se referem às regras judaicas sobre alimentação do AT, que os
colossenses eram pressionados a observar como necessidade para a salvação pelos falsos
mestres (cf. v. 17). "Dias de festa", "lua nova" e "sábados" provavelmente se referem a
determinados dias sagrados de observância obrigatória no calendário judaico. O apóstolo
Paulo ensina que o cristão está livre dessas obrigações legais e cerimoniais. Gl 4.4-11; 5.1;
Mt 12.1, Mc 7.6.
Uma das mais novas crenças dos denominados evangélicos é o cristianismo judaizante. Na
verdade, este movimento religioso e herético é a nova febre da atualidade. Isto porque,
alguns dos evangélicos têm introduzido praticas vetero-testamentárias nos cultos e
liturgias de suas igrejas. Na verdade, tais pessoas têm declarado que o resgate dos valores
judaicos é uma revelação de Deus a igreja contemporânea, cujo slogan é “Sair de Roma e
voltar para Jerusalém”.
Práticas principais:
Porém, não existem pressupostos bíblicos para que a igreja de Cristo, queira “recosturar” o
véu do templo. Entretanto, alguns dos crentes atuais teimam em transformar em realidade
aquilo que deveria ser uma simples sombra. As leis cerimoniais judaicas, os ritos
sacrificiais, as festas anuais, foram abolidas definitivamente por Cristo na cruz do calvário
(o significado de cada uma delas se cumpriu em nosso Senhor). Por esse motivo, mesmo os
judeus que se convertem hoje ao cristianismo estão dispensados das leis cerimoniais
judaicas. É por esta razão que crentes em Jesus, não fazem sacrifícios de animais, não
guardam o sábado, não celebram as festas judaicas, não se prostram diante a Arca da
Aliança e nem tampouco fazem uso do shofar.
“Ninguém se faça árbitro contra vós outros, pretextando humildade e culto dos anjos, baseando-
se em visões, enfatuado sem motivo algum na sua mente carnal, e não retendo a Cabeça, da
qual todo o corpo, suprido e bem vinculado por suas juntas e ligamentos, cresce o crescimento
que procede de Deus.” Colossenses 2.18-19.
Os crentes em Colossos estavam sendo intimidados por pessoas que alegavam ter uma
mais elevada, ampla, profunda e completa união com Deus do que aquela que somente
Cristo pode conceder. Esses eram os místicos. Eles alegavam haver tido comunhão com
seres angelicais através de visões e outras experiências místicas. A heresia gnóstica esteve
presente na igreja cristã primitiva por cerca de cento e cinquenta anos, e oito livros do
Novo Testamento foram escritos contra ela: Colossenses, três epístolas joaninas e a
epístola de Judas, além de alusões feitas também no Evangelho de João, no livro de
Apocalipse e na epístola aos Efésios.
O Misticismo Hoje
O Dicionário Aurélio diz: AMULETO é “pequeno objeto (figura, medalha, figa, etc.) que,
desde a mais alta antiguidade, alguém traz consigo ou guarda por acreditar em seu poder
mágico passivo de afastar desgraças ou malefícios”; FETICHE é “objeto animado ou
inanimado, feito pelo homem ou produzido pela natureza, ao qual se atribui poder
sobrenatural e se presta culto”; SUPERSTIÇÃO é “sentimento religioso baseado no temor ou
na ignorância, e que induz ao conhecimento de falsos deveres, ao receio de coisas
fantásticas e à confiança em coisas ineficazes”. A Enciclopédia Britânica diz que AMULETO
é ”designação genérica de diferentes objetos aos quais se atribui a virtude mágica de
guardar ou proteger quem o porta. Usados tradicionalmente para afastar o azar e trazer
sorte”. SUPERSTIÇÃO – “É uma atitude de espírito, crença ou prática mágico-religiosa para
as quais não há explicação lógica e que se baseiam na convicção de que certos atos,
palavras, números ou objetos trazem males, benefícios, azar ou sorte. As superstições, de
modo geral, podem ser classificadas como religiosas, culturais e pessoais”.
Ética Cristã 95
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Em razão disso, somente o retorno voluntário ao pecado poderá alterar a nossa situação
diante de Deus. O uso de qualquer objeto, seja no corpo, seja em nossa casa, não melhora
em nada a nossa condição de filho, de herdeiro, de abençoado, de isento das investidas do
diabo. Objetos não expulsam demônios, não quebram maldições, não substituem o
poderoso nome de Jesus.
O nome de Jesus não pode ser substituído por um objeto ou um produto industrializado. O
uso de amuletos evidencia não uma atitude de fé, mas de falta de fé. Deus não opera por
esse meio, sejam cordões, pulseiras, pirâmides, cristais, velas ou qualquer outro produto. A
Bíblia não apoia tal prática. A atitude de fé é o esperarmos no Senhor e nEle confiarmos.
Alegremo-nos no Senhor e Ele nos concederá os desejos do nosso coração. Sl 23.1; 37.4-7.
A nossa confiança deve ser depositada no Senhor. “Bem-aventurado o homem que põe no
Senhor a sua confiança”. Sl 40.4. Se dividirmos a nossa fé entre Deus e os amuletos,
estaremos coxeando entre dois pensamentos. Não é esta uma manifestação de fé, mas de
incredulidade, de dúvida nas promessas de Deus. E a dúvida é inimiga da fé. Mt 21.21.
“Abraão não duvidou da promessa de Deus, deixando-se levar pela incredulidade, mas foi
fortificado na fé, dando glória a Deus, estando certíssimo de que o que ele tinha prometido
também era poderoso para cumprir”. Rm 4.20-21. Abraão creu na promessa de que seria
pai de muitas nações. Aguardou confiantemente. Não apelou para objetos, amuletos,
cordão, pulseiras, vassoura atrás da porta.
Ética Cristã 96
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A fé cristã rejeita o uso de qualquer objeto com o propósito de obter favores espirituais ou
evitar a influência demoníaca. Do Egito já viemos. Das superstições já nos libertamos. Do
jugo do opressor já estamos livres. Da Babilônia espiritual já saímos. Cristo quebrou na
cruz todas as amarras, grilhões, embaraços; quebrou os fortes laços que nos prendiam ao
mundo das trevas. Gl 3.13. Um irmão escreveu num fórum de debate: “Deus nos fez livres,
livres de contatos físicos para O sentir, livres de pontos de apoio, para crer, livres de toda e
qualquer espécie de superstição e amuletos, livres para crer num Deus que tudo supre,
tudo faz, tudo opera naqueles que o amam”.
"Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto, diz o SENHOR.
Portanto, assim diz o SENHOR Deus de Israel, contra os pastores que apascentam o meu
povo: Vós dispersastes as minhas ovelhas, e as afugentastes, e não as visitastes; eis que
visitarei sobre vós a maldade das vossas ações, diz o SENHOR". Jr 23:1-2.
DIFERENÇA ENTRE: PASTOR E LOBO
Pastores buscam o bem das ovelhas; lobos buscam os bens das ovelhas.
Pastores vivem à luz da cruz; lobos vivem debaixo dos holofotes.
Pastores têm fraquezas; lobos são poderosos.
Pastores são ensináveis; lobos são donos da verdade.
Ética Cristã 97
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Há na Igreja hoje, assim como em várias, uma presença daquilo que ficamos conhecendo
como a "heresia gnóstica", ou pelo menos, traços de algumas das suas características,
como o forte/falso misticismo, o dualismo e um certo tipo de ascetismo, que afetou a Igreja
do primeiro século e tem alcançado a igreja atual. Poderemos detectar um certo
gnosticismo em nossas Igrejas hoje, especialmente se tomarmos por paralelo a Igreja aos
Colossenses, e a carta que o apóstolo Paulo escreve para os crentes de Colossos
combatendo o gnosticismo e os seus ensinos que tinham base nas religiões misteriosas
orientais. A igreja deve estar atenta para estes fatos e retornar com todo ardor para as
Escrituras, pois somente ela produz o Conhecimento verdadeiro, e somente Cristo, o Filho
de Deus dá salvação para o homem perdido.
Como bem disse o Pr. Aécio: Desta forma, o evangelho da superstição vai crescendo e se
perpetuando. Resta a quem ainda não se rendeu a estas práticas resistir, confrontar e
combater.
Ética Cristã 98
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Nesta linha de raciocínio, líderes cristãos afirmam e determinam o que Deus irá nós dar,
pois somos filhos do Rei, mas esta é uma visão carnal, e não, divina. Será que estas pessoas
compreendem que o paradigma de sucesso de Deus está muito além do quanto temos na
conta bancária?
Para não pairar dúvidas, veja o que Jesus ensina: “Tende cuidado e guardai-vos de toda e
qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que
ele possui”. Lc 12.15. Em outras palavras, o verdadeiro porto seguro do homem é Cristo,
por isso, devemos buscar em primeiro lugar o Seu reino e Sua justiça e as demais coisas
(nossas necessidades) nos serão acrescentadas. Mt 6.33. Esta é a materialização da
verdade! Como bem afirmou o
Ética Cristã 99
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A teologia relacional, como movimento, teve início em décadas recentes, embora seus
conceitos sejam bem antigos. Ela ganhou popularidade por meio de escritores norte-
americanos como Greg Boyd, John Sanders e Clark Pinnock. No Brasil, estas ideias têm sido
assimiladas e difundidas por alguns líderes evangélicos, às vezes de forma aberta e
explícita.
2. Deus não é soberano. Só pode haver real relacionamento entre Deus e suas criaturas se
estas tiverem, de fato, capacidade e liberdade para cooperarem ou contrariarem os
desígnios últimos de Deus. Deus abriu mão de sua soberania para que isto ocorresse.
Portanto, ele é incapaz de realizar tudo o que deseja, como impedir tragédias e erradicar o
mal. Contudo, ele acaba se adequando às decisões humanas e, ao final, vai obter seus
objetivos eternos, pois redesenha a história de acordo com estas decisões.
3. Deus ignora o futuro, pois ele vive no tempo, e não fora dele. Ele aprende com o passar
do tempo. O futuro é determinado pela combinação do que Deus e suas criaturas decidem
fazer. Neste sentido, o futuro inexiste, pois os seres humanos são absolutamente livres
para decidir o que quiserem e Deus não sabe antecipadamente que decisão uma
determinada pessoa haverá de tomar num determinado momento.
Ética Cristã 100
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4. Deus se arrisca. Ao criar seres racionais livres, Deus estava se arriscando, pois não sabia
qual seria a decisão dos anjos e de Adão e Eva. E continua a se arriscar diariamente. Deus
corre riscos porque ama suas criaturas, respeita a liberdade delas e deseja relacionar-se
com elas de forma significativa.
6. Deus muda. Ele é imutável apenas em sua essência, mas muda de planos e até mesmo se
arrepende de decisões tomadas. Ele muda de acordo com as decisões de suas criaturas, ao
reagir a elas. Os textos bíblicos que falam do arrependimento de Deus não devem ser
interpretados de forma figurada. Eles expressam o que realmente acontece com Deus.
Estes conceitos sobre Deus decorrem da lógica adotada pela teologia relacional quanto ao
conceito da liberdade plena do homem, que é o ponto doutrinário central da sua estrutura,
a sua “menina dos olhos”. De acordo com a teologia relacional, para que o homem tenha
realmente pleno livre arbítrio suas decisões não podem sofrer qualquer tipo de influência
externa ou interna.
Portanto, Deus não pode ter decretado estas decisões e nem mesmo tê-las conhecido
antecipadamente. Desta forma, a teologia relacional rejeita não somente o conceito de que
Deus preordenou todas as coisas (calvinismo) como também o conceito de que Deus sabe
todas as coisas antecipadamente (arminianismo tradicional). Neste sentido, o assunto deve
ser entendido, não como uma discussão entre calvinistas e arminianos, mas destes dois
contra a teologia relacional. Vários líderes calvinistas e arminianos no âmbito mundial têm
considerado esta visão da teologia relacional como alheia ao cristianismo.
A teologia relacional traz um forte apelo a alguns evangélicos, pois diz que Deus está mais
próximo de nós e se relaciona mais significativamente conosco do que tem sido
apresentado pela teologia tradicional. Segundo os teólogos relacionais, o cristianismo
histórico tem apresentado um Deus impassível, que não se sensibiliza com os dramas de
suas criaturas. A teologia relacional, por sua vez, pretende apresentar um Deus mais
humano, que constrói o futuro mediante o relacionamento com suas criaturas. Os seres
humanos são, dessa forma, co-participantes com Deus na construção do futuro, podendo,
na verdade, determiná-lo por suas atitudes.
Contudo, a teologia relacional não é novidade. Ela tem raízes em conceitos antigos de
filósofos gregos, no socinianismo (que negava exatamente que Deus conhecia o futuro,
pois atos livres não podem ser preditos) e especialmente em ideologias modernas, como a
teologia do processo. O que ela tem de novo é que virou um movimento teológico
composto de escritores e teólogos que se uniram em torno dos pontos comuns e estão
dispostos a persuadir a igreja cristã a abandonar seu conceito tradicional de Deus e a
convencê-la que esta “nova” visão de Deus é evangélica e bíblica.
Ética Cristã 101
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Mesmo tendo surgido como uma reação a uma possível ênfase exagerada na
impassividade e transcendência de Deus, a teologia relacional acaba sendo um problema
para a igreja evangélica, especialmente em seu conceito sobre Deus. Embora os
evangélicos tenham divergências profundas em algumas questões, reformados,
arminianos, wesleyanos, pentecostais, tradicionais, neopentecostais e outros, todos
concordam, no mínimo, que Deus conhece todas as coisas, que é onipotente e soberano.
Entretanto, o Deus da teologia relacional é totalmente diferente daquele da teologia cristã.
Não se pode afirmar que os adeptos da teologia relacional não são cristãos, mas que o
conceito que eles têm de Deus é, no mínimo, estranho ao cristianismo histórico.
Ao declarar que o atributo mais importante de Deus é o amor, a teologia relacional perde o
equilíbrio entre as qualidades de Deus apresentadas na Bíblia, dentre as quais o amor é
apenas uma delas. Ao dizer que Deus ignora o futuro, é vulnerável e mutável, deixa sem
explicação adequada dezenas de passagens bíblicas que falam da soberania, do senhorio,
da onipotência e da onisciência de Deus (Is 46.10a; Jó 28; Jó 42.2; Sl 90; Sl 139; Rm 8.29; Ef
1; Tg 1.17; Ml 3.6; Gn 17.1 etc). Ao dizer que Deus não sabia qual a decisão de Adão e Eva
no Éden, e que mesmo assim arriscou-se em criá-los com livre arbítrio, a teologia
relacional o transforma num ser irresponsável.
Com certeza a visão tradicional de Deus adotada pelo cristianismo histórico por séculos
não é capaz de responder exaustivamente a todos os questionamentos sobre o ser e os
planos de Deus. Ela própria é a primeira a admitir este ponto. Contudo, é preferível
permanecer com perguntas não respondidas a aceitar respostas que contrariem conceitos
claros das Escrituras. Como já havia declarado Jó há milênios (42.2,3): “Bem sei que tudo
podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado. Quem é aquele, como disseste, que
sem conhecimento encobre o conselho? Na verdade, falei do que não entendia; cousas
maravilhosas demais para mim, coisas que eu não conhecia.”
Capitulo III
Para a maioria das pessoas os termos: seita, heresia, apologética etc, é de difícil elucidação
e trazem, na maioria das vezes, confusões e discrepâncias. Talvez por falta de informação e
formação teológica, muitos líderes estão ministrando heresias destruidoras no seio da
igreja cristã. Isso é deveras preocupante. Termos como: conversão, arrependimento,
regeneração, justificação, propiciação, dentre outros, estão sendo substituídos por:
decretar, maldição, reivindicar, apossar-se, tomar posse da bênção etc.
Urge a necessidade de, mais do que nunca, o líder estar de acordo com I Tm 3.2 que diz: “é
necessário, pois, que o bispo seja... apto para ensinar”. Mas a aptidão ao ensino só vem com
esmero estudo das Escrituras Sagradas, o que muitos não querem. Preferem copiar a moda
vigente. A “Teologia do Momento” é muito mais atraente e fácil. Traz satisfação ao ego,
massageia a nossa alma narcisista. O evangelho do aplauso é mais vistoso do que o
evangelho da cruz. Dá mais status.
Devemos lembrar-nos do que diz o apóstolo Paulo: Porque virá tempo em que não
suportarão a sã doutrina; mas, tendo grande desejo de ouvir coisas agradáveis, ajuntarão
para si mestres segundo os seus próprios desejos, não só desviarão os ouvidos da verdade,
mas se voltarão às fábulas. Tu, porém, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de
um evangelista, cumpre o teu ministério. II Tm 4.3-5.
Capitulo II
As Seitas estão em todos os lugares. Algumas são populares e amplamente aceitas. Outras
são isolacionistas e procuram se esconder, para evitar um exame de suas ações. Elas estão
crescendo e florescendo a cada dia. Algumas seitas causam grande sofrimento aos seus
seguidores, enquanto outras até parecem muito úteis e benéficas.
Com a proximidade do final do século, estão surgindo novas seitas religiosas e filosóficas
responsáveis pelos mais absurdos ensinamentos com relação ao final dos tempos. Essas
confusões de ideias estão sendo despejadas em cabeças incautas, acabando muitas vezes
em tragédias de grandes proporções.
Em 1978, o então missionário norte-americano Jim Jones foi responsável pela morte de
900 seguidores, na Guiana Francesa, todos envenenados após ter anunciado a eles o fim do
mundo. Um fato interessante desse trágico acontecimento foi o depoimento de um dos
militares americanos responsáveis pela remoção dos corpos. Ele disse que, após vasculhar
todo o acampamento, não foi encontrado um só exemplar da Bíblia. Jim Jones substituiu a
Bíblia por suas próprias palavras.
Em 1993, o líder religioso David Koresh, que se intitulava a reencarnação do Senhor Jesus,
promoveu um verdadeiro inferno no rancho de madeira, onde ficava a seita Branch
Davidian. Seduzindo os seguidores com a filosofia de que deveria morrer para depois
ressuscitar das cinzas, derramou combustível no rancho e ateou fogo, matando 80 pessoas,
incluindo 18 crianças.
Em 1997, outra seita denominada Heaven’s Gate (Portão do Céu), que misturava ocultismo
com fanatismo religioso, levaram 40 seguidores ao suicídio. Na ocasião, essas pessoas
acreditavam que seriam conduzidas para outra dimensão em uma nave que surgiria na
cauda do cometa Halley Bop.
Existem muitos aspectos comuns entre as seitas que têm se disseminado pelo mundo. É
importante que nós saibamos reconhecer suas características, a fim de que não sejamos
enganados ou até mesmo desviados da verdadeira fé cristã. Não estamos dizendo que
todos os que pertencem a uma seita são desonestos ou mal intencionados. Existem muitas
pessoas sinceras que caíram vítimas de falsos profetas. Para evitar que isto ocorra
conosco, devemos ser capazes de distinguir os sinais característicos das seitas. Embora
elas sejam muitas, possuem características comuns e marcantes:
1. Elas têm outra fonte de autoridade além da Bíblia. Enquanto que os cristãos admitem
apenas a Bíblia como fonte de conhecimento verdadeiro de Deus, as seitas adotam outras
fontes. Algumas forjaram seus próprios livros; outras aceitam revelações diretas da parte
de Deus; outras aceitam a palavra de seus líderes como tendo autoridade divina. Outras
falam ainda de novas revelações dadas por anjos, ou pelo próprio Jesus. E mesmo que
ainda citem a Bíblia, ela tem autoridade inferior a estas revelações.
2. Elas acabam por diminuir a pessoa de Cristo. Embora muitas seitas falem bem de Jesus
Cristo, não o consideram como sendo verdadeiro Deus e verdadeiro homem, nem como
sendo o único Salvador da humanidade. Reduzem-no a um homem bom, a um homem
divinizado, a um espírito aperfeiçoado através de muitas encarnações, ou a mais uma
manifestação diferente de Deus, igual a outros líderes religiosos como Buda ou Maomé.
Frequentemente, as seitas colocam outras pessoas no lugar de Cristo, a quem adoram e em
quem confiam.
3. As seitas ensinam a salvação pelas obras. Essa é uma característica universal de todas as
seitas. Por acreditarem que o homem é intrinsecamente bom, pregam que ele pode
acumular méritos e vir a merecer o perdão de Deus, através de suas boas obras praticadas
neste mundo. Embora as seitas sejam muito diferentes em sua aparência externa, são
iguais neste ponto. Algumas falam em fé, mas sempre entendem a fé como sendo um ato
humano meritório. E nisto diferem radicalmente do ensino bíblico da salvação pela graça
mediante a fé.
4. As seitas são exclusivistas quanto à salvação. Pregam que somente os membros do seu
grupo religioso poderão se salvar. Enquanto que os cristãos reconhecem que a salvação é
dada a qualquer um que se arrependa dos seus pecados e creia em Jesus Cristo como
Salvador (não importa a denominação religiosa), as seitas ensinam que não há salvação
fora de sua comunidade.
5. As seitas se consideram o grupo fiel dos últimos tempos. Elas ensinam que receberam
algum tipo de ensino secreto que Deus havia guardado para os seus fiéis, perto do fim do
mundo. É interessante que ao nos aproximarmos do fim do milênio, cresce o número de
seitas afirmando que são o grupo fiel que Deus reservou para os últimos dias da
humanidade.
6. Uma seita frequentemente coloca fé e confiança exagerada em seu líder. Para uma
personalidade semelhante a um “guru” (que geralmente ganha um título muito
dignificante) é dado algum status de semideus pelos devotos. Isto resulta na crença de que
tudo o que ele ou ela diz, ou faz, deve ser infalível.
Eles enfatizam apenas o que é prático. Negligenciam a doutrina. Dizem: "Vocês precisam é
de algo prático". Na verdade, porém, o que estão querendo dizer é que não é importante a
doutrina. Mas não era assim que Paulo fazia na epístola aos Efésios; ele escreve os três
primeiros capítulos nos quais a doutrina não é prática, é pura doutrina. E só depois do
capítulo quatro; e que a torna prática. Ou seja, primeiro o fundamento doutrinário, depois
a prática. A ordem inversa é de grande perigo. É o que acontece com essas seitas.
Quero aqui realçar o perigo dentro das nossas igrejas. Hoje há uma tendência em se
desvalorizar a doutrina. Teologia, doutrina, tudo soa muito intelectual, sofisticado (creio
até que em algumas circunstâncias é verdade) e por isso é negligenciado. Há risco de
heresia no nosso meio.
Geralmente é um grupo não ortodoxo, esotérico (do grego esoterikós, que significa
conhecimento secreto, ao alcance de poucos). Podem ter uma devoção a uma pessoa,
objeto, ou a um conjunto de ideias novas. As seitas costumam fazer uso das seguintes
práticas:
10. Por que alguém seguiria uma Seita? A seita satisfaz várias necessidades:
Os adeptos de seitas são a classe mais marginalizada pela igreja. Há muitos cristãos que
não veem necessidade de estudar ou evangelizar este grupo de pecadores, preferindo
como dizem, apenas evangelizar os pecadores. Mas essa classe de pessoas está incluída em
Marcos 16:15, note que ali o mestre disse "toda a criatura". Essas pessoas são tão carentes
do amor de Deus como qualquer outro grupo de pecadores ou até mais. Admitimos sim,
que há mais dificuldades em convencê-los de seus pecados e erros, pois estão durante
anos, sendo controlados mentalmente pela seita, acabando por ficar dependentes
psicológica e espiritualmente dela.
As seitas lhes dão uma falsa segurança espiritual e oferecem um falso céu ou paraíso.
Desta maneia a pessoa escravizada pela seita não consegue enxergar o seu estado de
pecaminosidade, pensa estar salva quando na verdade esta indo a passos largos para a
perdição eterna.
O alarmante avanço das seitas deveria ser levado mais a sério pelas igrejas evangélicas.
Todo ano milhares de pessoas que outrora professavam ser cristãs se filiaram agora a
alguma seita destrutiva ou não. As seitas se tornaram uma ameaça ao verdadeiro
cristianismo. Nós como igreja do Deus vivo que é a coluna e baluarte da verdade devemos
estar preparados para batalharmos pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos.
Não podemos negligenciar a história dos heróis da fé que nos antecederam. Muitos deles
pagaram com a própria vida ao denunciar as heresias que estavam se infiltrando dentro da
igreja e como resultado nos deixaram um belo exemplo de zelo e coragem a serem
seguidos por todos nós. Algumas razões porque estudar as seitas:
1. Porque Jesus advertiu-nos dizendo: "Guardai-vos dos [falsos profetas], que vêm a vós
disfarçados em ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores." Mt 7.15.
Seitas – O que lhe vem à mente quando ouve esta palavra? Talvez você imagine um grupo
de pessoas alienadas da sociedade em algum vilarejo longínquo com roupas esquisitas e
rituais macabros. Infelizmente a verdade é bem diferente do que se pensa. Elas estão em
toda parte da sociedade e se alastram como epidemia. Não escolhe posição social, raça ou
credo. Estão entre as camadas pobres e também entre a elite social. Muitos artistas são
verdadeiros cartões postais das seitas, que através dos meios de comunicação entram em
nossos lares e difundem seus ensinamentos. Quase sempre aparecem na TV um ou outro
artista famoso falando sobre os “benefícios” da Meditação Transcendental, de “poder” dos
cristais ou indicando seu guru favorito, e tudo isso fundamentado nos moldes
“novaerensense” (relativo a Nova Era).
Atualmente calcula-se que existam no mundo mais de 10.000 seitas e cada ano que passa
surge mais uma com doutrinas e ensinamentos contrários à Palavra de Deus, levando mais
e mais pessoas para o engodo satânico da religião. A virada do milênio fornece um clima
propício para o fanatismo religioso que parece não ter fim. O próprio Senhor Jesus Cristo
já havia profetizado a este respeito quando disse que nos finais dos tempos apareceriam
falsos cristos e falsos profetas e enganariam a muitos.
E o que temos visto é exatamente isto; engano, falsidade e corrupção entre esses
movimentos. Seus líderes são verdadeiros carrascos, impondo o medo, controle espiritual
e psicológicos sobre seus adeptos, que recebem uma verdadeira lavagem cerebral. Suas
organizações são verdadeiros impérios financeiros, muitas vezes construído com dinheiro
ilícito de fontes obscuras e ilegais. Mas o que os fascinam mesmo, é o poder e o dinheiro, e
para consegui-los, não medem esforços, chegando a empregar até mesmo a violência.
A proliferação religiosa hoje é um fenômeno que recebe cada vez mais atenção, dos
teólogos, sociólogos e psicólogos que estão perplexos diante da caótica situação religiosa
do nosso mundo. As seitas constituem atualmente um grande desafio para a Igreja de
Cristo sobre a face da Terra.
VI. Cronologia de Suicídio coletivo nas Seitas: Acontecimentos e o fim macabro que tiveram
1993 – Cinqüenta e três pessoas de uma vila do interior do Vietnã, cometeram suicídio
coletivo.
1995 – A seita japonesa “Ensino da Verdade Suprema” provocou um atentado com gás
tóxico no metro de Tóquio, matando dez pessoas e ferindo cerca de cinco mil.
1997 – A seita americana “Porta do Céu” cometeu suicídio coletivo, o saldo de mortos
chegou a trinta e nove pessoas.
2000 – Cerca de oitocentas pessoas que estavam envolvidas com a seita “Movimento Pela
Restauração dos Dez Mandamentos” morreram carbonizadas na sede da seita em Uganda
na África. Antes de cometerem o suicídio o líder da seita os incentivou a abandonar os seus
bens, pois iriam se encontrar com a virgem Maria. Pelo jeito o único mandamento que a
seita não quis restaurar foi o “Não Matarás”.
Estes são só alguns exemplos, dentre muitos, que não caberia nesse artigo por falta de
espaço, mas com certeza já deu para perceber que o perigo das seitas já está virando uma
questão para as autoridades públicas se preocuparem. Felizmente muitos governos já
estão tomando providências nessa questão. Não são só as seitas exóticas como as da África
que oferecem sacrifícios humanos, ou as apocalípticas de Marshal Applewhite (Porta do
Céu) que precisamos nos preocupar. Existem aquelas que estão talvez perto de sua casa,
que aparentemente são inofensivas, que são classificadas até mesmo de “cristã”, quem
sabe você conheça um amigo ou parente que faça parte dela, essas não deixam de ser
também perigosas.
Capitulo III
Seitas Exóticas
É incrível como as pessoas estão propensas a exercer fé nos mais estranhos tipos de
deuses. Quando tocamos neste assunto, obviamente nos vêm à mente alguns exemplos de
cultos anormais, porém, os exemplos que seguem são tão excêntricos que desafiam os
limites do que consensualmente denominamos de anormal. Vejamos:
Culto à Cebola
Existe um grupo em Paris, França, que cultua a cebola. É isso mesmo. Estamos falando de
um legume, considerado pelos adeptos como “bulbo divino”. A liturgia do culto é a
seguinte: as pessoas se reúnem em volta de uma cebola e vão descascando-a lentamente,
camada após camada, até chegarem ao talo, que, segundo creem, é a parte mais importante
do ritual. O indivíduo que estiver em concentração e contemplar a sagrada gastronomia
alcançarão à pureza espiritual.
Adoradores do Umbigo
Este culto também gira em torno da meditação, sendo que, desta vez, o deus venerado é o
ventre, ou melhor, o umbigo. Dentro do templo, com as portas fechadas e um ambiente
repleto de incenso, sob um calor quase insuportável, o grupo (também francês) se
concentra em seus próprios umbigos. Acreditam que, pela meditação profunda, poderão
regredir, por meio do seu próprio cordão umbilical, até o umbigo de Adão, onde, dizem,
encontrarão a paz do paraíso original.
Ingestão de Excrementos
Algumas seitas esotéricas, para adquirirem o que chamam de qualidades místicas (como,
por exemplo, poder, força física e espiritual), ensinam a beber a própria urina. Até mesmo
o padre Joseph Dillon, 53 anos, da Paróquia N.S. Aparecida (SP), ficou conhecido por dizer
em entrevistas que a urina seria a “água da vida”. Essas práticas irracionais, do ponto de
vista bíblico e científico, têm levado muitos a crer que ingerindo urina conseguirão força
espiritual. Inclusive, há até congressos internacionais sobre o assunto. Mas muitos não se
contentam em “deliciar-se” somente com sua própria urina, preferindo também comer as
próprias fezes, como é o caso de algumas seitas hindus.
Veneradores do Sexo
“Nós temos um deus sexy, uma religião sexy e um líder muito sexy, com um grupo de
jovens seguidores extremamente sexy. Se você não gosta de sexo, que vá embora enquanto
pode”. Esta é uma das doutrinas centrais da seita que ficou conhecida por muito tempo
como Meninos de Deus, hoje Família do Amor. Seu líder, que se identifica como MO,
pregava o sexo livre, inclusive para a prática de um evangelismo que denominam de “pesca
coquete”. Defendem a prática homossexual e a prostituição. É o “vale-tudo” do sexo no
recrutamento de adeptos. Por isso, a seita foi denunciada e perseguida em vários países e
continua sob investigação da Polícia Federal.
Igreja da Eutanásia
De acordo com este grupo religioso, os problemas do mundo são todos causados pelo
excesso de população. Então, a solução “óbvia” proposta seria a redução da população. Mas
como? Pelo suicídio, eutanásia, sodomia, aborto e canibalismo. Como não poderia deixar
de ser, esse grupo também professa fé em elementos extravagantes. Creem em
extraterrestres e se dedicam a práticas mórbidas.
Adoradores da Luz
A Igreja Mundial do Criador é um grupo racista fundado em 1971, na Flórida, por Ben
Klassen, ex-corretor de imóveis. É um dos movimentos que mais crescem nos EUA,
segundo o jornal The New York Times. São partidários da filosofia de Adolf Hitler e
possuem um livro chamado White Bible [Bíblia Branca], no qual pregam o ódio contra os
judeus e os negros, e defendem a supremacia da raça branca. Baseado nesta nefasta
ideologia, Benjamin Nathaniel Smith, membro ativo de extrema direita da seita, que
chegou a alterar seu nome para August Smith porque considerava seu nome
“excessivamente judeu”, assassinou um coreano, cinco judeus e três negros. A justificativa?
Ele os considerava “pessoas sujas”. A seita possui sites espalhados pela Internet, onde
convida crianças para seu evangelho de horror.
Cultos às Celebridades
Parece que a frase “Elvis não morreu” é muito mais que um simples chavão, pelo menos
para os fãs religiosos da “Igreja Presleyteriana”. A home page do grupo mostra desde
testemunhos de graças recebidas de adeptos até os 31 mandamentos de Elvis. Tal igreja foi
fundada em 1998, na Austrália, após a líder e fundadora, Anna, ter tido uma experiência
mística com o rei do rock. E, hoje, conta com algumas congregações espalhadas pelos EUA
e possui até um “teólogo”, o Dr. Edwards, responsável pela parte doutrinária. Entre as
muitas práticas esdrúxulas exigidas pelo grupo, destacamos as seguintes:
(a) Pelo menos uma vez na vida os adeptos deverão peregrinar até Graceland. (b) Todos
devem possuir em casa os 31 preceitos de Elvis, que incluem receitas de comida. (c)
Devem incentivar, diariamente, as crianças a elogiar o cantor já falecido. Mas os disparates
não param por aí. Determinado sacramento, uma paródia da santa ceia, é feito com carne
moída e pudim de banana. Os hinos, é claro, são alusões ao ex-roqueiro, e tudo isso
recheado de muito rock-and-roll.
Discípulos de Jedi
Mais de 70 mil pessoas na Austrália declararam ser seguidoras de Jedi. A religião foi criada
baseando-se nos filmes de Star Wars, o famoso Guerra nas estrelas, de George Lucas, o
“papa” da ficção científica hollywoodiana. Talvez tudo não passe de uma brincadeira de
fanáticos cinematográficos, que promoveram uma enxurrada de e-mails incentivando os
fãs a votarem no censo religioso como seguidores de Jedi. Para que se tornasse uma
doutrina, era preciso que dez mil pessoas professassem a “fé Jedi”. Mas o caso vem
surpreendendo as autoridades, já que 0,30% da população australiana diz acreditar em tal
“força”, a fonte de poder dos cavaleiros “Jedis”. O jedaísmo prega os princípios de algumas
religiões, como, por exemplo, a busca pelo autocontrole e pela iluminação. Sua estrutura
assemelha-se às filosofias orientais, mas com valores cristãos. Por isso, não será estranho
se algum dia ouvirmos alguém orar a “Saint Luke Skywalker”!
Adoradores de Maradona
Como é possível alguém exercer fé nestes absurdos? Como são possíveis tamanhos
absurdos? Haveria alguma explicação plausível concernente à tendência megalomaníaca
dentro desses caóticos grupos religiosos e seus cultos aberrantes?
Alguns estudiosos do assunto, como o professor Moraleda, que, entre outras matérias,
leciona antropologia religiosa, dizem que essa tendência é fruto da aplicação de técnicas
de controle mental. Quanto a essa questão, declarou o professor: “... há nelas (nas técnicas
mentais) uma tendência bem visível de constituir-se em organizações autoritárias e
fortemente estruturadas. O passo para o fanatismo é fácil de dar. A seita destrutiva se
organiza como agrupamento totalitário, no qual se utilizam técnicas de persuasão
coercitiva (que constrange alguém a fazer algo) e controle mental, para conseguir a total
submissão dos indivíduos ao líder e a entrega sem reservas à ideia coletiva; por seu
caráter alienante, são grupos potencialmente destruidores da personalidade dos
membros”.
Cremos, portanto, que a origem de todas essas heresias está fincada no âmbito espiritual.
As pessoas estão cansadas da fé que professam e, para a maioria, sua religião tem-se
tornado fria e impessoal. Não há vida, não preenche a necessidade básica de seus
membros. O modo alternativo de crença e prática das seitas é extremamente atrativo para
alguns. As seitas oferecem um mundo alienado, porém, personalizado. Lembre-se, o
homem é “incuravelmente religioso”. Precisa ter um Deus, ou, então, criará um ídolo.
(Martinho Lutero).
Capitulo IV
Longe de ser apenas “o maior país católico do mundo”, o Brasil vê desfilar em sua história
e em seu território, um leque de religiões, seitas e movimentos, que formam um complexo
mosaico. Importando todo tipo de crença, sincretizando algumas e criando outras, o país
submerge a igreja evangélica em um mar de doutrinas. Ao lado do cristianismo evangélico,
crescem também seitas pseudocristãs.
Assim, é raro encontrar uma pessoa no Brasil que não tenha sido abordada por algum
grupo religioso. Na verdade, os representantes das seitas sabem como vender muito bem
as suas heresias às pessoas simples, através de estratégias planejadas com o uso de
palavras convincentes. Algumas até apelam para a própria Bíblia ou usam o nome de Jesus
Cristo. Isso pode ser uma armadilha como alerta a Palavra: Amados, não deis crédito a
qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos
profetas têm saído pelo mundo fora. I Jo 4.1. O Espírito Santo em I Tm 4.1 e 2 conclama a
todos nós a não dar ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios, que são
concebidas pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria
consciência.
Foi exatamente aí que o protestantismo entrou no Brasil e foi recebido como instrumento
modernizador e de vanguarda. Atualmente a Igreja Católica possui vários segmentos: o
catolicismo tradicional, baseado no culto aos santos; o catolicismo romanizado, centrado
nos sacramentos e numa rígida moral; o catolicismo progressista oriundo das
comunidades eclesiais de base (CEBs), numa perspectiva libertadora e o catolicismo
carismático, defendendo uma postura renovada ou pentecostal da Igreja.
Observamos que a meta dessas diversas seitas é a utopia humana e não o Reino de Deus;
sua direção e cabeça é seu líder e não Jesus Cristo, e seu deus é seu servo e não seu
soberano. Vemos, portanto, que há apenas dois tipos de religião: aquela que defende a
auto-salvação (a salvação a partir do homem) e a que atribui a Deus a obra total da
salvação. Desse modo, apenas o cristianismo traz essa segunda perspectiva, começando
por condenar o homem, responsabilizando-o, de forma exclusiva, pela má conduta em que
está.
As seitas orientais oriundas de países como o Japão, China, Coréia trouxeram para o Brasil
um tipo de culto até a alguns anos desconhecido por nós. É certo que nós – brasileiros –
não estranhamos o que já se tornou habitual para os católicos. Cultuam de certo modo os
mortos, quando oferecem missas em sufrágio das almas dos falecidos, pensando com isso
beneficiá-los. É que a Igreja Católica ensina que mesmo depois de haver alguém se
confessado ao padre e obtido dele a declaração de que seus pecados estão são perdoados;
e, mesmo até depois de ter cumprido as penitências ordenadas, o católico não vai para o
céu. Vai para o purgatório satisfazer a justiça de Cristo.
Através das missas, ensinam os lideres católicos, a alma é transportada do purgatório para
o céu. Só que o período de duração no purgatório é indefinido e assim devem ser
realizadas missas a partir do sétimo dia do falecimento. Quando as crianças recém-
nascidas falecem sem o batismo, ensina o catolicismo que a alma da criança é transportada
para o Limbo. Também é aliviada do sofrimento existente nesse lugar pelo sufrágio das
missas. Essa prática por gerações e mais geração entre os brasileiros deu margem a que as
seitas como a Seicho-No-Ie, Igreja Messiânica Mundial, Arte Mahikari, encontrasse no país
uma oportunidade de crescer, praticando como força de atração, o culto aos antepassados.
Quando se trata de crianças recém-nascidas então culto toma outro titulo e é conhecido
como Culto aos Anjinhos.
Segundo a crença dessas seitas, os espíritos dos mortos vagueiam pelo espaço e visitam os
parentes vivos. Nessas visitas ocasionais, dizem os adeptos desse culto, que os mortos
observam se a família está se lembrando deles. Caso esteja em esquecimento e o culto à
sua pessoa não esteja sendo celebrado, males podem advir à família como doenças,
dificuldades financeiras, problemas dentro da família.
Com relação aos católicos que esperam cumprir a justiça de Cristo pagando o restante dos
seus pecados no purgatório, afirmamos que nenhuma pessoa se salva por cumprir a justiça
de Cristo. Ele já a cumpriu na cruz. Jo 19.30.
A justiça de Cristo nos é imputada pela fé e não por obras. Rm 4.25; 5.1. Por isso, o cristão
ao morrer ele é transportado para as mansões celestiais como prometeu Jesus ao ladrão
na cruz. Lc 23.42-43. Pela Bíblia nos inteiramos de que os mortos não se comunicam com
os vivos. Is 8.19. Tem a pessoa falecida consciência do que ocorre em torno dela no lugar
onde está; os cristãos ficam com Cristo no céu. II Co 5.6-8; Fp 1.21-23; os descrentes ficam
no Hades até o dia do Juízo Final, quando de lá sairão para o Lago de fogo ou Geena. Lc
16.22-25; Apoc 20.11-15. Nada sabem do que ocorre na terra. Hb 9.27.
Devemos ter respeito pelos nossos parentes enquanto vivos, mas não há possibilidade de
que eles nos ajudem ou prejudiquem depois da morte. É certo que a Bíblia recomenda aos
filhos que durante sua vida prestem obediência e dediquem amor aos seus pais. Ef 6.2-3;
Pv 23.22; I Tm 5.4. O tipo de Culto aos Antepassados e Culto aos Anjinhos é meio de
adoração de criaturas mortas. Paulo menciona em Rm 1.23 que nos últimos dias haveria
pessoas que adorariam mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente.
Qualquer tipo de culto que não seja dedicado exclusivamente a Deus, é culto idólatra e que
acarretará a perdição para aquele que o praticar. Apoc 21.8. Deus reclama para si
adoração exclusiva. Mt 4.10; Jo 4.24.
Os Mortos não se Comunicam com os Vivos: Davi chorou amargamente pela doença do
filho que tivera de Bate-Seba. Orava de contínuo a Deus, também com jejum prolongado.
Percebeu um dia que os seus serviçais cochichavam entre si e que motivo do cochicho era
porque o filho havia morrido. Davi resolveu interrogar se o menino vivia ou não. Foi-lhe
anunciado que a criança falecera. Mudou de semblante, pediu comida e justificou sua
mudança de atitudes, dizendo II Sm 12.22-23.
Davi sabia que a criança não voltaria de onde estava (Seol), mas ele iria ter com ela. É isso
o que acontece com os que morrem sejam adultos ou crianças. Eles não voltam a nós. Nós
iremos a eles. Porque os mortos não falam aos vivos, Deus proibiu terminantemente essa
busca de contatar com os mortos, praticando a mediunidade. Is 8.19-20.
A Capital do Brasil, Brasília concentra mais de 2.500 locais de seitas e idolatrias que
influenciam na administração do país. O principal pilar de qualquer cartilha sobre
democracia afirma que o poder emana do povo. Em Brasília, centro das decisões políticas
do país, talvez não seja bem assim. Pode-se afirmar, genericamente, que, na capital, muitas
pessoas - os místicos creem que o poder emana dos espíritos. Isso, porque o misticismo e o
poder sempre andaram juntos na quarentona Brasília, desde a sua fundação em 1960.
Estimativas informais indicam que existem mais de 2.500 casas que cultuam as seitas
afros, assim como dezenas de seitas bizarras e religiões idólatras como a Cidade da Paz,
Santuário Dom Bosco, templos da LBV, templos budistas e a Cidade Eclética.
A Cidade Eclética Yokaonan, inaugurada em 1956, também fica nas cercanias de Brasília,
no município de Santo Antônio do Descoberto, misturando práticas kardecistas e
trabalhos de umbanda. Não menos exótica, mas também prometendo os poderes de uma
vida de sucesso como é próprio do ambiente de Brasília, existe a seita Fé Bahá'í, religião
surgida na antiga Pérsia, atual Irã , em 1844, que possui suas próprias leis e escrituras: as
Sagradas Escrituras Bahá'ís. Uma das afirmações de sua doutrina é que "todas as religiões
provêm de um mesmo Deus". Semelhante a proposta da Nova Era, prega a harmonia
essencial entre a religião, a razão e a ciência.
Poderes Ocultos: A força da influência dos poderes espirituais nas decisões de poder em
Brasília pôde ser medida, recentemente, no final de maio, com a inauguração da Praça dos
Orixás, na Prainha, no Lago Sul do Distrito Federal. A nova praça, que conta com16
esculturas do Candomblé, foi considerada - não apenas pelos evangélicos, mas também por
pessoas de outras religiões - uma afronta ao povo com o gasto do dinheiro público para
agradar representantes de seitas que representam os espíritos malignos. Para estes, os
mais de R$ 100 mil gastos na construção da praça poderiam ser utilizados em obras
sociais.
Mas não é de hoje que o dinheiro público é envolvido com coisas místicas em Brasília. Em
1986, por exemplo, foi criada por decreto, pelo governador do Distrito Federal, a Cidade
da Paz, fundação de caráter privado, cujo objetivo era englobar atividades científicas,
religiosas, místicas, tecnológicas, ecológicas e educacionais, através de projetos, eventos,
estudos e pesquisas em todas essas áreas. O documento que fundamentava a criação da
Cidade da Paz ressaltava que a nova entidade "teria como finalidade contribuir para o
despertar de uma nova consciência, uma nova visão do mundo".
A capital federal é considerada por muitos a cidade mais esotérica do Brasil, onde se
reúnem, todos os anos, milhares de pessoas em busca de contato com extraterrestres e
visitando as várias instituições místicas. Para alguns evangélicos, todos os males
provenientes do alto nível de misticismo, que acontece em Brasília, refletem
negativamente no resto do Brasil, já que as decisões, em sua maioria, são tomadas por
pessoas envolvidas com algum tipo de seita ou religião idólatra.
Conclusão
O estudante sério da bíblia percebe quem é coerente diante da Palavra de Deus, ele sabe
também que nos últimos 50 anos, o mundo têm sido bombardeado por seitas, heresias e
toda sorte de ismos, é claro que a heresia sempre existiu, nós vamos ver que a heresia, já
existia mesmo antes da criação do homem, mas nós queremos dizer, que na igreja está
crescendo demais as doses heréticas. O homem ele está num labirinto herético, ele está
tateando para encontrar saída, a humanidade se encontra demasiadamente perdida diante
desta quantidade de religiões que vemos por aí. E este trabalho herético vem do diabo, e
ele encontra vazão nos corações dos homens que não tem Jesus, mas ela também acha
ambiente em crentes infantis, em crentes que não tem discernimento, e crentes que não
tem zelo pela escritura.
Esta disciplina teológica se propõe a levar os estudantes a compreender melhor o que são
seitas se, em primeiro lugar, verificarmos qual a diferença entre “seita” e “heresia”. “Por
definição, um herege é um cristão professo que está errado com relação a alguma verdade
particular, ao passo que o ponto essencial quanto às seitas é que elas absolutamente não
são cristãs, e sim contrafações do cristianismo”.
Em seu sentido mais genérico, seita é “devoção a uma pessoa ou coisa particular, dedicada
por uma corporação de adeptos”. Esta definição está na raiz de termos como “sectarismo”,
e por esse ângulo tanto um partido político como uma torcida organizada de futebol
poderiam ser classificados como “seita”. Em nosso estudo, no entanto, estamos
interessados em estudá-las de uma perspectiva cristã e, nesse prisma, as seitas aparecem
invariavelmente como falsificações da fé cristã. Podemos dizer que as seitas, em sua maior
parte, são o produto final das heresias, ou seja, o resultado da fermentação herética na
massa da igreja. Nem toda heresia culmina na formação de uma seita, mas toda seita
possui em seu sistema elementos heréticos.
5. Durante os primeiros 300 anos, o que a igreja utilizou para combater as heresias?
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Percival de Souza (escritor, jornalista e membro do Conselho Diretor da FTIM)
Ariovaldo Ramos (pastor e presidente da Visão Mundial)
Alexandre Farias (Consultor teológico e pastor auxiliar da IECP)
Omar de Souza (Jornalista e pastor batista)
Pastor Isaltino Gomes Coelho Filho
Anísio Renato de Andrade
Natanael Rinaldi
Clériston Andrade
Centro Apologético Cristão de Pesquisas - CACP
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Pr. Aluízio Antônio
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Dra. Judith Reisman, Kinsey, sex & fraud
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Joe Dallas, A operação do erro (Editora Cultura Cristã, São Paulo)
João Luiz
Sergio Viula
Júlio Severo
Pr.Ricardo Goldin
Revista Defesa da Fé
Enciclopédia Barsa
Manchetes e reportagens: Carnaval 2003
Airton Evangelista da Costa
Carlos Sider
Helder Sales (CE)
Pr. Jeff Fromholz (RJ)
Sinfrônio Jardim Neto
A.A. Autores Anônimos
Chamada da meia noite
Claudio Eduardo Fonseca
Pr. Luís Gonzaga de Paiva Filho
(95 Teses Assinam este documento) José Barbosa Junior (redator e organizador) – Batista – Rio de Janeiro/RJ.
Raphael da Rocha – Batista – Teresópolis/RJ. Tiago Blanco Pinheiro Puglia – Presbiteriano – Curitiba/PR. Cláudio
Pires Monteiro – Batista – Teresópolis/RJ; Marcelo Ferreira Soares – Metodista – Rio de Janeiro/RJ. Marcos Eduardo
Vitorino Silva – Presbiteriano – Niterói/RJ; Mateus Abboud de A. Costa – Igreja Cristã Apostólica – Niterói/RJ.
Rafael da Costa Jesus – Medotista – Rio de Janeiro/RJ; Estevão Barreto Sampaio – Caverna de Adulão – Campos/RJ.
Marcos André Farias – Batista – Rio Grande/RS; Marcia Carvalho Barboza – Batista – Rio de Janeiro/RJ. Roberto
Amorim – Prebiteriano – Belo Horizonte/MG; Renato de Oliveira da Silva – Batista – Teresópolis/RJ. Raphael
Pacheco Dias – Batista – Teresópolis/RJ; Elena Leão - Presbiteriana - Manaus/AM. Matheus Barbosa. Igreja Cristã