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Discente: Thalissa Batista de Melo

Ciências sociais – licenciatura

1) Mitchell e Simmons em seu livro “Para além da política” no capítulo


“Para além da política: mercados, bem-estar social e o fracasso da burocracia,
no primeiro momento ele faz críticas ao argumento liberal contra “remédio
intervencionista”. No segundo momento ele faz uma análise do “processo” de
mercado, no qual ele conceitua como um lugar abstrato, pois o mercado não
necessariamente está localizado em um lugar, porém se qualifica no seu
processo, diante disto possui características como uma relação dispersa e não
centralizada, ocorre com base no interesse privado, seu valor se coloca de
forma descentralizada, ou seja os preços sofrem flutuação não tendo uma
tabulação. Outro fator importante no “processo” de mercadoé o conceito de
mão invisível de Adam Smith que seria a forma inconsciente de um indivíduo
fazer uma ação sem a intenção, no capítulo ele cita o exemplo de um
açougueiro e de outros produtos, que não se torna a partir da sua benevolência
que ele produz a carne para as refeições do indivíduo, e sim pelo seu próprio
interesse, em benefício próprio.compreende – se que o ideal de mercado é
uma visão imaginara de um processo perfeito, onde todos se beneficiam
mutuamente sobre as trocas, porém em uma visão a longo prazo não se pode
aumentar seus bens sem que o outro perca algo.

A partir dos argumentos apresentado se compreende que mercados


fracassam, diante disto se pode estabelecer as “ falhas de mercado” que são:
Externalidade Ubíquas: quando o fracasso que interfere vários agentes do
mercado, excede os custos de uma ação privada, sendo assim os resultados e
problemas desse indivíduo, interferem em outros através de custos
inconscientemente para o afetado, ou seja, uma generalização de danos pode
gerar ou afetar terceiros, a consequência de uma ação que gera
consequências para terceiros. Podemos ter como exemplos a regulamentação
do Estado, regulamentação do mercado, intervenções estatais, os indivíduos
não poluires o ambiente; Bens públicos: os bens públicos não são exclusivos,
logo não geram novos custos e são compartilhados, os autores fazem a
utilização do exemplo de uma ponte para entender os bens públicos, pois ao
mesmo tempo que ela pode ter um enorme fluxo de pessoas, assim ficando
cheia ela também pode impedir pessoas de atravessarem a ponte, fazendo a
relação com o problema dos preços. Criando uma dificuldade de como se
estabelece o preço do bem público ou como pagar, sem reduzir o bem-está
social; Competição imperfeita: tem sua maior problemática quando é levada ao
poder monopólio, pois ele leva ao aumento dos preços estabelecidos com a
competição perfeita, um dos modelos para o combate a isso, seria as leis anti-
truste; Informação inadequada: O autor estabelece que o mercado entende os
indivíduos possuem as “informações perfeitas”, ou seja, o indivíduo/
consumidores uma vez entende tudo o que é necessário e preciso para sobre
os produtos. Com isso, se estabelece um problema de informação, pois ele
não tem o conhecimento que se esperado para conhecer os produtos,
estabelecendo um mercado que gera desigualdade, com um elevado preço dos
produtos, elevado custo de informação; Iniquidades de distribuição: Os autores
explicam a relação entre a distribuição de renda não se defini pelo esforço do
trabalhador, ou observa suas limitações ou necessidades, e sim na
produtividade que o trabalhador gera, com isso se estabelece uma
desigualdade no processo de distribuição de renda ou riqueza; Custos de
transição desempenham um papel fundamental para o funcionamento do
mercado, pois é através dele que se estabelece o processo de negociação e
monitoramento de trocas. Eles são ferramentas para justificar a
regulamentação do governo, eles se utilizam para não informar o consumidor,
são o encargo negociável.

O autor Albert Hirschman em seu livro “ Auto-subversão: teorias em


consagradas em xeque” aponta características gerais keynesiana, que seria o
Estado como interventor econômico para tentar resolver as crises gerais,
pressionar o Estado no poder econômico, o Estado no papel de mediação entre
o privado e os trabalhadores entre outras. Diante disto o keynesiana.
estabelece políticas públicas fiscais flexíveis, com isso o orçamento do governo
se torna fundamental para estabilidade econômica e o pleno emprego, por
meio do déficit.

O modelo keynesiano se estabelece no primeiro momento para


solucionar as falhas de mercado, ditas anteriormente, porém seu modelo
sustenta a ideia de o Estado como solucionador das crises, por meio do
intervencionismo, o Estado como diretor econômico, porém se compreende
que o Estado não possui as ferramentas necessárias para fazer as políticas
econômicas, pois possui falhas com a Isenção fiscal e grandes obras,
manipular as taxas de juros, o Estado dinamiza a economia. Além de que
esses ideias levam para caminhos neoliberais e neo-conservadores, com a
ideia de declínio, onde entra a crise pelo sucesso, que uma vez não se mostra
sustentável. O sucesso é o motivo do declínio na intervenção do Estado,
criando pouco espaço para a iniciativa privada.

3) O neoliberalismo segundo josé comblin pode ser considerado como


uma utopia, onde se relaciona com a teoria econômica, buscando se distanciar
dos valores morais ou chamas religiosos que se apresentam externamente a
economia, podemos pensar nessa utopia, pois se estabelece uma forma de
controle social inalcançável desenvolvendo mecanismos liberais. O
neoliberalismo produz e normaliza as desigualdades, perpétua a meritocracia,
enfraquece os movimentos sociais. Há-joon Chang, compreende o
neoliberalismo como um fenômeno que atingi os países periférios ou
subdesenvolvidos, o autor apresenta a ideia de analisarmos o processo de
formação históricas desses países, apontando para hipocrisia dos países
desenvolvidos, de primeiro mundo que se estabeleceu e se desenvolveu a
partir dos países subdesenvolvidos e periféricos. Ele cita as boas políticas que
seriam a privatização,desregularização, liberação do comércio e as Boas
instituições estão ligadas a democracia, governança empresarial, judiciário
independente.

Os dois autores fazem uma crítica ao neoliberalismo, pois a teoria de faz


por meio de um ideias econômico que não existe, e a partir dele se estabelece
outras vertentes. Além de que o neoliberalismo estabelece que o Estado como
subordinado ao mercado, uma vez que produz uma padronização única de um
ideal, que podemos vê com a ascensão do EUA, como o ideal de nação a ser
seguindo, e como um país economicamente como referência aos outros. Tendo
um discurso privativo dos interesses públicos e o fator do bem estar social.
Outras características que podemos relacionar com o neoliberalismo é o
processo de globalização e do livre comércio, o processo de autorregulação
dos mercados, fazendo com que eles mesmos criem seus próprios modelos de
“leis”, que trabalham em benefício privado.

O termo chutar a escada se estabelece na contradição dos países


desenvolvidos, ao estabelecer regras ao países subdesenvolvidos, sendo
assim esses países não podem/ devem repetir os processos que enriqueceram
esses países, pois imprimindo essa regra torna os países subservientes deles
e fazendo com que eles não evoluam da mesma forma, perpetuando um ideal
capitalista.

O neoliberalismo uma vez que ganhou destaque após a queda do


modelo keynesiano, ainda nos dias atuais podemos vê as características da
desigualdade estabelecida pelas grandes potências mundiais, o deslocamento
da realidade, a exposição de padrões inalcançáveis

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