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MANDETTA EASY CENTRO DE ESTUDOS – CONCURSO PROFESSORES SED

– PROF. ADRIELLEN

CONHECIMENTOS
PEDAGÓGICOS

PROFª ADRIELLEN MOREL


MANDETTA EASY CENTRO DE ESTUDOS – CONCURSO PROFESSORES SED
– PROF. ADRIELLEN
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Módulo: Conhecimentos Pedagógicos

O QUE É EDUCAR

A palavra educar deriva da palavra latina educare, que significa "revelar o que está dentro", deixar florescer
as habilidades e potencialidades, tornando explícitos os poderes inatos do homem. Faremos, por nossa conta, para
fins de um melhor entendimento, uma distinção semântica do termo educação, ficando este como a instrução
acadêmica e profissional passada de fora para dentro, ou seja, o conhecimento técnico transmitido pelo educador ao
educando, independentemente do método pedagógico adotado. Chamaremos de educare a educação que aflora de
dentro para fora, aquela que diz respeito ao ser, e não ao saber. Aquela que legará condutas morais e éticas
responsáveis pelo norteamento da vida de cada um. A educação em valores humanos busca a união desses dois
importantes conceitos. Educar é estabelecer uma troca com o educando. Educar não é um ato de "doação" de
conhecimento, mas um processo que se realiza no contato do homem com o mundo vivenciado, o qual não é
estático, mas dinâmico e em transformação contínua. A relação vertical, onde o educador é superior ao educando
deve dar lugar à relação dialógica, a qual supõe troca, pois "os homens se educam em comunhão, mediatizados pelo
mundo.” Para Paulo Freire, educador já não é aquele que apenas educa, mas o que, enquanto educa, é educado, em
diálogo com o educando, que ao ser educado, também educa (...)".
O saber construído dessa forma percebe a necessidade de transformar o mundo, porque assim os homens
se descobrem como seres históricos. Para Paulo Freire, educar é construir, é libertar o homem do determinismo,
passando a reconhecer o papel da História e onde a questão da identidade cultural, tanto em sua dimensão
individual, como em relação à classe dos educando, é essencial à prática pedagógica proposta. Sem respeitar a
identidade do educando, sem levar em conta as experiências vividas pelo educando antes de chegar à escola, o
educador não terá êxito na sua tarefa, e o processo será inoperante, consistirá em meras palavras despidas de
significação real. É um "ensinar a pensar certo" como quem "fala com a força do testemunho". É um "ato
comunicante, co-participado", de modo algum produto de uma mente "burocratizada". O educador deve incentivar
a curiosidade do educando valorizando a sua liberdade e a sua capacidade de aventurar-se.

RELAÇÃO EDUCANDO-EDUCADOR

A relação educador-educando não deve ser uma relação de imposição, mas sim, uma relação de
cooperação, de respeito e de crescimento. O aluno deve ser considerado como um sujeito interativo e ativo no seu
processo de construção de conhecimento. Assumindo o educador um papel fundamental nesse processo, como um
indivíduo mais experiente. Por essa razão cabe ao professor considerar também, o que o aluno já sabe, sua bagagem
cultural e intelectual, para a construção da aprendizagem.
O professor e os colegas formam um conjunto de mediadores da cultura que possibilita progressos no
desenvolvimento da criança. Nessa perspectiva, não cabe analisar somente a relação professor-aluno, mas também
a relação aluno-aluno. Para Vygotsky, a construção do conhecimento se dará coletivamente, portanto, sem ignorar a
ação intrapsíquica do sujeito. Assim, Vygotsky conceituou o desenvolvimento intelectual de cada pessoa em dois
níveis: um real e um potencial. O real é aquele já adquirido ou formado, que determina o que a criança já é capaz de
fazer por si própria porque já tem um conhecimento consolidado. Por exemplo, se domina a adição esse é um nível
de desenvolvimento real. O potencial é quando a criança ainda não aprendeu tal assunto, mas está próximo de
aprender, e isso se dará principalmente com a ajuda de outras pessoas. Por exemplo, quando ele já sabe somar, está
bom próximo de fazer uma multiplicação simples, precisa apenas de um «empurrão». Vai ser na distância desses
dois níveis que estará um dos principais conceitos de Vygotsky: as zonas de desenvolvimento proximal, que é
definido por ele como: (..) A distância entre o nível de desenvolvimento que se costuma determinar através da
solução independente de problemas, e o nível de desenvolvimento potencial, determinando através da solução de
problemas sob a orientação de um adulto ou de companheiros mais capazes. (VYGOTSKY), “A formação Social da
mente: O desenvolvimento dos processos psicológicos superiores”. São Paulo, Martins Fontes. 1989.
Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP) é um conceito elaborado por Vygotsky, e define a distância entre
o nível de desenvolvimento real, determinado pela capacidade de resolver um problema sem ajuda, e o nível de
desenvolvimento potencial, determinado através de resolução de um problema sob a orientação de um adulto ou
em colaboração com outro companheiro. Esse conceito abre uma nova perspectiva a prática pedagógica colocando a
busca do conhecimento e não de respostas corretas. Ao educador, restitui seu papel fundamental na aprendizagem,
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afinal, para o aluno construir novos conhecimentos precisa-se de alguém que os ajude, eles não o farão sozinhos.
Assim, cabe ao professor ver seus alunos sob outra perspectiva, bem como o trabalho conjunto entre colegas, que
favorece também a ação do outro na ZDP (zona de desenvolvimento proximal). Vygotsky acreditava que a noção de
ZDP já se fazia presente no bom senso do professor quando este elaborava suas aulas.
O professor seria o suporte, ou “andaime”, para que a aprendizagem do educando a um conhecimento
novo seja satisfatória. Para isso, o professor tem que interferir na ZDP do aluno, utilizando alguma metodologia, e
para Vygotky, essa se dava através da linguagem. Baseado nisso, dois autores Newman, Griffin & Cole,
desenvolveram essa idéia. Para eles era através do diálogo do professor com o aluno que a ZDP se desenvolve na
sala de aula. Com um esquema I-R-F (iniciação – resposta – feedback), que o professor “dando pistas” para o aluno
iniciava o processo, assim o aluno teria uma resposta e o professor dava o feedback a essa resposta (GOMES, 2002).
Nessa perspectiva, a educação não fica à espera do desenvolvimento intelectual da criança. Ao contrário,
sua função é levar o aluno adiante, pois quanto mais ele aprende, mais se desenvolve mentalmente. Segundo
Vygotsky, essa demanda por desenvolvimento é característica das crianças. Se elas próprias fazem da brincadeira um
exercício de ser o que ainda não são, o professor que se contenta com o que elas já sabem é dispensável.

RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO SEGUNDO PIAGET

Para Piaget a aprendizagem do estudante será significativa quando esse for um sujeito ativo. Isso se dará
quando a criança receber informações relativas ao objeto de estudo para organizar suas atividades e agir sobre elas.
Geralmente os professores “jogam” somente os símbolos falados e escritos para os alunos, alegando a falta de
tempo. Segundo Piaget esse tempo utilizado apenas para a verbalização do professor é um tempo perdido, e se
gastá-lo permitindo que os alunos usem a abordagem tentativa e erro, esse tempo gasto a mais, será na verdade um
ganho. O modelo tradicional de intervenção do professor consiste em explicar como resolver os problemas e dizer
“está certo” ou “está errado”. Isso está contra a teoria da psicologia genética de Piaget, que coloca a importância da
observação do professor sobre o aluno. Uma observação criteriosa, para ver o momento de desenvolvimento que a
criança está vivendo, assim saber que atividade cognitiva aquele aluno estará apto a investigar. O professor será o
incentivador, o encorajador para a iniciativa própria do estudante. Coloca-se também a importância da
espontaneidade da criança. Muitas vezes o professor se mostra tão preocupado em ensinar que não têm paciência
suficiente para esperar que as crianças aprendam. Dificilmente aguardam as respostas dos educandos, e perdem a
oportunidade de acompanhar a estrutura de raciocínio espontânea de seus alunos. Com a concepção das respostas
“certas” e sem o incentivo para pesquisa pessoal o estudante acaba por ter sua atividade dirigida e canalizada,
podendo até dizer moldada pelo método de ensino tradicional. Por isso Piaget fixa tanto essa idéia da
espontaneidade do aluno; porém, essa espontaneidade muitas vezes é distorcida em sua interpretação. Se um
professor deixar a criança sem planejar sua atividade, achando que essa aprenderá sozinha, erroneamente estará
aplicando o que Piaget diz.
Ainda a respeito da relação professor-aluno, Piaget coloca que essa relação tem que ser baseada no diálogo
mais fecundo, onde os “erros” dos estudantes passam a ser vistos como integrantes do processo de aprendizagem.
Isso se dá porque à medida que o aluno “erra” o professor consegue ver o que já se está sabendo e o que ainda deve
ser ensinado. Segundo Emilia Ferreiro e Ana Teberosky são esses “erros construtivos” que podem diferir das
respostas corretas, mas não impedem que as crianças cheguem a ela. Piaget ainda reforça que o aprender não se
reduz à memorização, mas sim ao raciocínio lógico, compreensão e reflexão. Diferentemente de Vygotsky, Piaget
coloca que o aprendizado é individual. Será construído na cabeça do sujeito a partir das estruturas mentais que ele
possui. Voltando a relação professor-aluno, Piaget a coloca baseada na cooperação de ambos. Assim, será através do
debate e discussão entre iguais que o processo do desenvolvimento cognitivo se dará; e o professor assumindo o
papel apenas de instigador e provocador, mantendo o clima de cooperação. As conseqüências serão à
descentralização, à socialização, à construção de um conhecimento racional e dinâmico dos alunos. Dessa forma, a
produção das crianças passa a fazer parte do processo de ensino e aprendizagem, buscando compreender o
significado do processo e não só o produto.
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EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE

A política de inclusão, na rede regular de ensino, dos alunos que apresentam necessidades educacionais
especiais, não consiste somente na permanência física desses alunos na escola; mas no propósito de rever
concepções e paradigmas, respeitando e valorizando a diversidade desses alunos, exigindo assim, que a escola crie
espaços inclusivos. Dessa forma, a inclusão significa que não é o aluno que se molda ou se adapta à escola, mas a
escola consciente de sua função que se coloca a disposição do aluno. As escolas inclusivas devem reconhecer e
responder às diversas dificuldades de seus alunos, acomodando os diferentes estilos e ritmos de aprendizagem e
assegurando uma educação de qualidade para todos mediante currículos apropriados, modificações organizacionais,
estratégias de ensino, recursos e parcerias com a comunidade. A inclusão, na perspectiva de um ensino de qualidade
para todos, exige da escola novos posicionamentos que implicam num esforço de atualização e reestruturação das
condições atuais, para que o ensino se modernize e para que os professores se aperfeiçoem, adequando as ações
pedagógicas à diversidade dos aprendizes. Deste modo, pode-se dizer que a escola inclusiva é aquela que acomoda
todos os seus alunos independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais ou lingüísticas.
Seu principal desafio é desenvolver uma pedagogia centrada no aluno, e que seja capaz de educar e incluir além dos
alunos que apresentem necessidades educacionais especiais, aqueles que apresentam dificuldades temporárias ou
permanentes na escola, os que estejam repetindo anos escolares, os que sejam forçados a trabalhar, os que vivem
nas ruas, os que vivem em extrema pobreza, os que são vítimas de abusos e até mesmo os que apresentam altas
habilidades como a superdotação, uma vez que a inclusão não se aplica apenas aos alunos que apresentam alguma
deficiência.
Para incluir a escola precisa, primeiramente, acreditar no princípio de que todas as crianças podem
aprender e que todas devem ter acesso igualitário a um currículo básico, diversificado e uma educação de qualidade.
As adaptações curriculares constituem as possibilidades educacionais de atuar frente às dificuldades de
aprendizagem dos alunos e têm como objetivo subsidiar a ação dos professores. Constituem num conjunto de
modificações que se realizam nos objetivos, conteúdos, critérios, procedimentos de avaliações, atividades e
metodologias para atender as diferenças individuais dos alunos. Assim sendo, é preciso desenvolver uma rede de
apoio (constituída por alunos, pais, professores, diretores, psicólogos, terapeutas, pedagogos e supervisores) para
discutir e resolver problemas, trocar idéias, métodos, técnicas e atividades, com a finalidade de ajudar não somente
aos alunos, mas aos professores para que possam ser bem sucedidos em seus papéis. A realização das ações
pedagógicas inclusivas requer uma percepção do sistema escolar como um todo unificado, em vez de estruturas
paralelas, separadas como uma para alunos regulares e outra para alunos com deficiência ou necessidades especiais.
Os educadores devem estar dispostos a romper com paradigmas e manterem-se em constantes mudanças
educacionais progressivas criando escolas inclusivas e de qualidades. Essas estratégias para a ação pedagógica no
cotidiano escolar inclusivo são necessárias para que a escola responda não somente aos alunos que nela buscam
saberes, mas aos desafios que são atribuídos no cumprimento da função formativa e de inclusão, num processo
democrático, reconhecendo e valorizando a diversidade, como um elemento enriquecedor do processo de ensino e
aprendizagem. Portanto, incluir e garantir uma educação de qualidade para todos os alunos é uma questão de
justiça e equidade social. A inclusão implica na reformulação de políticas educacionais e de implementação de
projetos educacionais inclusivo, sendo o maior desafio estender a inclusão a um maior número de escolas,
facilitando incluir todos os indivíduos em uma sociedade na qual a diversidade está se tornando mais norma do que
exceção. Por isso é preciso refletir sobre a formação dos educadores, uma vez que ela não é para preparar alguém
para a diversidade, mas para a inclusão; porque a inclusão não traz respostas prontas, não é uma “multi” habilitação
para atender a todas as dificuldades possíveis na sala de aula, mas uma formação na qual o educador olhará seu
aluno de um outro modo, tendo assim acesso as peculiaridades dele, entendendo e buscando o apoio necessário.
Por fim, cabe refletirmos sobre que é ser igual ou diferente? Pois, se olharmos em nossa volta, perceberemos que
não existe ninguém igual, na natureza, no pensamento, nos comportamentos e/ou ações; e que as diferenças não
são sinônimos de incapacidade ou doença, mas de equidade humana.
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EDUCAÇÃO COMO DIREITO

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e
aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:

- DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO

Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a
colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e
sua qualificação para o trabalho.
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas
de ensino;
IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
V - valorização dos profissionais do ensino, garantidos, na forma da lei, planos de carreira para o
magistério público, com piso salarial profissional e ingresso exclusivamente por concurso público de provas e
títulos;
VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei;VII - garantia de padrão de qualidade.
Art. 207. As universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e
patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.
§ 1º É facultado às universidades admitir professores, técnicos e cientistas estrangeiros, na forma da lei.
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se às instituições de pesquisa científica e tecnológica.
Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:
I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, assegurada, inclusive, sua oferta gratuita para todos os
que a ele não tiveram acesso na idade própria;
II - progressiva universalização do ensino médio gratuito;
III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede
regular de ensino;
IV - atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade;
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade
de cada um;
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;
VII - atendimento ao educando, no ensino fundamental, através de programas suplementares de
material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.
§ 1º - O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.
§ 2º - O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou sua oferta irregular, importa
responsabilidade da autoridade competente.
§ 3º - Compete ao Poder Público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e
zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela freqüência à escola.
Art. 209. O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes
condições: I - cumprimento das normas gerais da educação nacional;
II - autorização e avaliação de qualidade pelo Poder Público.
Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação
básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais.
§ 1º - O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas
públicas de ensino fundamental.
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§ 2º - O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades


indígenas também a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem.
Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração
seus sistemas de ensino.
§ 1º A União organizará o sistema federal de ensino e o dos Territórios, financiará as instituições de ensino
públicas federais e exercerá, em matéria educacional, função redistributiva e supletiva, de forma a garantir
equalização de oportunidades educacionais e padrão mínimo de qualidade do ensino mediante assistência técnica e
financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios;
§ 2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil.
§ 3º Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no ensino fundamental e médio.
§ 4º Na organização de seus sistemas de ensino, os Estados e os Municípios definirão formas de
colaboração, de modo a assegurar a universalização do ensino obrigatório.
Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de
transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.
§ 1º - A parcela da arrecadação de impostos transferida pela União aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios, ou pelos Estados aos respectivos Municípios, não é considerada, para efeito do cálculo previsto neste
artigo, receita do governo que a transferir.
§ 2º - Para efeito do cumprimento do disposto no “caput” deste artigo, serão considerados os sistemas de
ensino federal, estadual e municipal e os recursos aplicados na forma do art. 213.
§ 3º - A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao atendimento das necessidades do
ensino obrigatório, nos termos do plano nacional de educação.
§ 4º - Os programas suplementares de alimentação e assistência à saúde previstos no art. 208, VII, serão
financiados com recursos provenientes de contribuições sociais e outros recursos orçamentários.
§ 5º O ensino fundamental público terá como fonte adicional de financiamento a contribuição social do
salário-educação, recolhida pelas empresas, na forma da lei
Art. 213. Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo ser dirigidos a escolas
comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em lei, que:
I - comprovem finalidade não-lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros em educação;
II - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica ou confessional,
ou ao Poder Público, no caso de encerramento de suas atividades.
§ 1º - Os recursos de que trata este artigo poderão ser destinados a bolsas de estudo para o ensino
fundamental e médio, na forma da lei, para os que demonstrarem insuficiência de recursos, quando houver falta de
vagas e cursos regulares da rede pública na localidade da residência do educando, ficando o Poder Público obrigado
a investir prioritariamente na expansão de sua rede na localidade.
§ 2º - As atividades universitárias de pesquisa e extensão poderão receber apoio financeiro do Poder
Público.
Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração plurianual, visando à articulação e ao
desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis e à integração das ações do Poder Público que conduzam à:
I - erradicação do analfabetismo;
II - universalização do atendimento escolar;
III - melhoria da qualidade do ensino;
IV - formação para o trabalho;
V - promoção humanística, científica e tecnológica do País.

O PROFESSOR COMO PROFISSÃO

A arte de ensinar é uma tarefa difícil demais para que alguém se envolva nela por comodismo, falta de
opções ou porque é preciso auferir ganhos (extras). Os padres da Companhia de Jesus instalaram a primeira escola
em 1549. O ensino nesta época era tradicional. A escola tradicional permaneceu por aproximadamente trezentos e
oitenta e três anos. Com o governo de Getúlio Vargas, deu-se início à escola nova, onde o professor não se
comportava como o transmissor de conhecimentos e sim um facilitador de aprendizagem, onde o aluno era um ser
ativo e participante e estava no centro do processo de ensino/aprendizagem. Essa escola era uma escola
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democrática e divulgada para todos (o cidadão democrático). O advento da escola nova foi em 1932. Em 1964 tem
início a Escola Tecnicista, e o modelo americano é instituído em nosso país. Com o tecnicismo empregado em todos
os campos, o aluno era impedido de criar e pensar. Impediu-se a expressão dialética. Na escola tecnicista o social era
ditado pelos militares que detinham o poder, e foram anunciados padrões e métodos educacionais com ferramentas
que impressionavam e davam subsídios diferentes nas formas de ensinar. Nesta época foram instalados os recursos
audiovisuais como suporte pedagógico, a instrução programada e o ensino individualizado. Em 1983 deu-se o
aparecimento da Escola Crítica, onde o professor era o educador que orientava o contorno da aprendizagem com
participação real do aluno, aluno enfatizado como cidadão, aluno que construía e ressignificava a história. Na Escola
Crítica havia articulação e interação entre o educador e o educando, sendo empregados todos os contornos que
possibilitavam a apreensão crítica e reflexiva dos conhecimentos com enfoque na construção e reconstrução do
saber. Já no século XXI, observamos que na construção do saber a tecnologia passa a dominar os espaços locais e
temporais, impedindo a atuação dialógica, a interação, e a transmissão de emoções. Com o uso inadequado da
tecnologia há a individualização do ser humano, tornando-o espectador e talvez um indivíduo sem estímulo para
superar barreiras, sem explicação dialética do dia-a-dia, sem afinidade com o social e alienado em suas relações com
o global. Com a escola tecnológica, corre-se o risco de exclusão do indivíduo no social, fechando-o em seu mundo,
sem articulação com os demais membros da sociedade. Devemos aliar forças para que isso não aconteça, buscando
todas as oportunidades em busca da criatividade, pois a educação tem por intenção a humanização do homem.
Devemos ter em mente que os professores exercem um papel insubstituível no processo da transformação
social. A formação identitária do professor abrange o profissional, pois a docência vai mais além do que somente dar
aulas, constituiu fundamentalmente a sua atuação profissional na prática social. A formação dos educadores não se
baseia apenas na racionalidade técnica e/ou como apenas executores de decisões alheias, mas, cidadãos com
competência e habilidade na capacidade de decidir, produzindo novos conhecimentos para a teoria e prática de
ensinar. O professor do século XXI deve ser um profissional da educação que elabora com criatividade
conhecimentos teóricos e críticos sobre a realidade. Nessa era da tecnologia, os professores devem ser encarados e
considerados como parceiros/autores na transformação da qualidade social da escola, compreendendo os contextos
históricos, sociais, culturais e organizacionais que fazem parte e interferem na sua atividade docente. Cabe então aos
professores do século XXI a tarefa de apontar caminhos institucionais (coletivamente) para enfrentamento das novas
demandas do mundo contemporâneo, com competência do conhecimento, com profissionalismo ético e consciência
política. Só assim, estaremos aptos a oferecer oportunidades educacionais aos nossos alunos para construir e
reconstruir saberes à luz do pensamento reflexivo e crítico entre as transformações sociais e a formação humana,
usando para isso a compreensão e a proposição do real, sem deixar se seduzir pelos caminhos deslumbrantes dos
anúncios publicitários, pelas opiniões tendenciosas da mídia.

DIDÁTICA E DEMOCRATIZAÇÃO DO ENSINO

A democratização do ensino e a importância de oferecer este de qualidade e a toda sociedade é sempre


uma reflexão importante. A participação ativa na vida social é o objetivo da escola pública, o ensino é sem dúvida
promotora de ações indispensáveis para ocorrer a instrução. Algumas perguntas envolvendo a escolarização,
qualidade do ensino do povo, fracasso escolar, Ética como compromisso profissional e social devem ser respondidas
e solucionadas para a garantia de uma sociedade melhor.

A ESCOLARIZAÇÃO E AS LUTAS DEMOCRÁTICAS

A escolarização é o processo principal para oferecer a um povo sua real possibilidade de ser livre e buscar
nesta mesma medida participar das lutas democráticas. Democracia poderia ser entendida como um conjunto de
conquistas de condições sociais, políticas e culturais, pela maioria da população para participar da condução de
decisões políticas e sociais. Libâneo (1994) "A escolarização básica constitui instrumento indispensável à construção
da sociedade democrática", e ressalta também os índices de escolarização no Brasil, mostrando a evasão escolar e a
repetência como graves problemas advindos da falta de uma política pública, de igualdade nas oportunidades em
educação, deixando como resultado um enorme número de analfabetos na faixa de 5 a 14 anos. A transformação da
escola depende da transformação da sociedade, afirma Libâneo, e continua dizendo que a escola é o meio
insubstituível de contribuição para as lutas democráticas.
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O FRACASSO ESCOLAR PRECISA SER DERROTADO

O fracasso escolar é um grave problema do nosso sistema escolar, que aponta para um quadro onde a
escola não consegue reter o aluno no sistema escolar. Aponta muitos motivos para isto, mas considera, como
principal, a falta de preparo da organização escolar, metodológica e didática de procedimentos adequados ao
trabalho com as crianças pobres. Isto acontece devido aos planejamentos serem feitos prevendo uma criança
imaginada e não a criança concreta, aquela que esta inserida em um contexto único. Somente o ingresso na escola
pode oferecer um ponto de partida no processo de ensino aprendizagem.
São exemplos de alguns fatores que promovem o fracasso escolar: dificuldades emocionais, falta de
acompanhamento dos pais, imaturidade, entre outros. O fator isolado mais importante que influencia a
aprendizagem é aquilo que o aluno já conhece, complementa dizendo que o professor deve descobri-lo e basear-se
nisto em seus ensinamentos.

AS TAREFAS DA ESCOLA PÚBLICA DEMOCRÁTICA

Todos sabem da importância do ensino de primeiro grau para formação do indivíduo, da formação de suas
capacidades, habilidades e atitudes, além do seu preparo para as exigências sociais que este indivíduo necessita,
dando a ele esta capacidade de poder estudar e aprender o resto da vida. São tarefas principais das escolas públicas:
1. Proporcionar escola gratuita pelos primeiros oito anos de escolarização;
2. Assegurar a transmissão e assimilação dos conhecimentos e habilidades;
3. Assegurar o desenvolvimento do pensamento crítico e independente;
4. Oferecer um processo democrático de gestão escolar com a participação de todos os
elementos envolvidos com a vida escolar.

O COMPROMISSO SOCIAL E ÉTICO DOS PROFESSORES

O primeiro compromisso da atividade profissional de ser professor (o trabalho docente) é certamente de


preparar os alunos para se tornarem cidadãos ativos e participantes na família, no trabalho e na vida cultural e
política. O trabalho docente visa também à mediação entre a sociedade e os alunos. Libâneo afirma que, como toda
a profissão, o magistério é um ato político porque se realiza no contexto das relações sociais.

DIDÁTICA: TEORIA DA INSTRUÇÃO E DO ENSINO

É preciso conhecer os vínculos da didática com os fundamentos educacionais, compreender o objetivo de


estudar e relacionar os principais temas da didática que são indispensáveis para o exercício profissional.

A DIDÁTICA COMO ATIVIDADE PEDAGÓGICA ESCOLAR

Sabedores que a pedagogia investiga a natureza das finalidades da educação como processo social, a
didática coloca-se para assegurar o fazer pedagógico na escola, na sua dimensão político, social e técnica, afirmando
daí o caráter essencialmente pedagógico desta disciplina. Define assim a didática como mediação escolar entre
objetivos e conteúdos do ensino. É fundamental nesta estruturação escolar, a instrução como processo e o resultado
da assimilação sólida de conhecimentos; o currículo como expressão dos conteúdos de instrução; e a metodologia
como conjunto dos procedimentos de investigação quanto a fundamentos e validade das diferentes ciências, sendo
as técnicas recursos ou meios de ensino seus complementos. Sintetizando, os temas fundamentais da didática são:
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1. Os objetivos sócio-pedagógicos; 2. Os conteúdos escolares; 3. Os princípios didáticos; 4. Os métodos de ensino


aprendizagem; 5. As formas organizadas do ensino; 6. Aplicação de técnicas e recursos; 7. Controle e avaliação da
aprendizagem.

OBJETIVO DE ESTUDO: O PROCESSO DE ENSINO

Sem dúvida, o objetivo do estudo da didática é o processo de ensino. Podemos definir o processo de ensino
como uma seqüência de atividades do professor e dos alunos tendo em vista a assimilação de conhecimentos e
habilidades. Destaca a importância da natureza do trabalho docente como a mediação da relação cognoscitiva entre
o aluno e as matérias de ensino. Libâneo ainda coloca que ensinar e aprender são duas facetas do mesmo processo,
que se realiza em torno das matérias de ensino sob a direção do professor.

OS COMPONENTES DO PROCESSO DIDÁTICO

O ensino, por mais simples que pareça, envolve uma atividade complexa, sendo influenciado por condições
internas e externas. Conhecer estas condições é fator fundamental para o trabalho docente. A situação didática em
sala de aula esta sujeita também a determinantes econômico-sociais e sócioculturais, afetando assim a ação didática
diretamente. Assim sendo, o processo didático está centrado na relação entre ensino e aprendizagem. Podemos daí
determinar os elementos constitutivos da Didática:
1. Conteúdos da matérias; 2. Ação de ensinar; 3. Ação de aprender.

DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DA DIDÁTICA E TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS

A didática e sua história estão ligadas ao aparecimento do ensino.


Desde a Antigüidade clássica ou no período medieval já temos registro de formas de ação pedagógicas em
escolas e mosteiros. Entretanto, a didática aparece em obra em meados do século XVII, com João Amos Comenio, ao
escrever a primeira obra sobre a didática "A didática Magna", estabelecendo na obra alguns princípios com:
1. A finalidade da educação é conduzir a felicidade eterna com Deus.
2. O homem deve ser educado de acordo com o seu desenvolvimento natural, isto é de acordo com
suas características de idade e capacidade.
3. A assimilação dos conhecimentos não se da de forma imediata.
4. O ensino deve seguir o curso da natureza infantil; por isto as coisas devem ser ensinadas uma de
cada vez.
Já mais adiante, Jean Jacques Rousseau (1712-1778) propôs uma nova concepção de ensino, baseado nas
necessidades e interesses imediatos da criança. Porém, este autor não colocou suas idéias em prática, cabendo mais
adiante a outro pesquisador fazê-lo, Henrique Pestalozzi (1746-1827), que trabalhava com a educação de crianças
pobres. Estes três teóricos influenciaram muito Johann Friedrich Herbart (1776-1841), que tornou a verdadeira
inspiração para pedagogia conservadora, determinando que o fim da educação é a moralidade atingida através da
instrução de ensino. Estes autores e outros tantos formam as bases para o que chamamos modernamente de
Pedagogia Tradicional e Pedagogia Renovada.

TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NO BRASIL E A DIDÁTICA

Nos últimos anos, no Brasil, vêm sendo realizados muitos estudos sobre a história da didática no nosso país
e suas lutas, classificando as tendências pedagógicas em duas grandes correntes: as de cunho liberal e as de cunho
progressivista. Estas duas correntes têm grandes diferenças entre si. A tradicional vê a didática como uma disciplina
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normativa, com regras e procedimentos padrões, centrando a atividade de ensinar no professor e usando a palavra
(transmissão oral) como principal recurso pedagógico. Já a didática de cunho progressivista é entendida como
direção da aprendizagem, o aluno é o sujeito deste processo e o professor deve oferecer condições propícias para
estimular o interesse dos alunos por esta razão os adeptos desta tendência dizem que o professor não ensina; antes,
ajuda o aluno a aprender. É importante lembrar que as tendências progressivas só tomaram força nos anos 80, com
as denominadas "teorias críticas da educação.

A DIDÁTICA E AS TAREFAS DO PROFESSOR

O modo de fazer docente determina a linha e a qualidade do ensino. Os principais objetivos da atuação
docente são:
a. Assegurar ao aluno domínio duradouro e seguro dos conhecimentos.
b. Criar condições para o desenvolvimento de capacidades e habilidades visando à autonomia na
aprendizagem e independência de pensamento dos alunos.
c. Orientar as tarefas do ensino para a formação da personalidade.
Estes três itens se integram entre si, pois a aprendizagem é um processo. Depois, o autor levanta os
principais pontos do planejamento escolar:
a. Compressão da relação entre educação escolar e objetivo sócio-políticos.
b. Domínio do conteúdo e sua relação com a vida prática.
c. Capacidade de dividir a matéria em módulos ou unidades.
d. Conhecer as características sócio-culturais e individuais dos alunos.
e. Domínio de métodos de ensino.
f. Conhecimento dos programas oficias.
g. Manter-se bem informado sobre livros e artigos ligados a sua disciplina e fatos relevantes.
Já a direção do ensino e aprendizagem requer outros procedimentos do professor:
a. Conhecimento das funções didáticas
b. Compatibilizar princípios gerais com conteúdos e métodos da disciplina
c. Domínio dos métodos e de recursos auxiliares
d. Habilidade de expressar idéias com clareza
e. Tornar os conteúdos reais
f. Saber formular perguntas e problemas
g. Conhecimento das habilidades reais dos alunos
h. Oferecer métodos que valorizem o trabalho intelectual independente
i. Ter uma linha de conduta de relacionamento com os alunos
j. Estimular o interesse pelo estudo
Por parte do professor, para a avaliação, os procedimentos são:
a. Verificação continua dos objetivos alcançados e do rendimento nas atividades
b. Dominar os meios de avaliação diagnóstica
c. Conhecer os tipos de provas e de avaliação qualitativa
Estes requisitos são necessários para o professor poder exercer sua função docente frente aos alunos e
institutos em que trabalha. Por isto, o professor, no ato profissional, deve exercitar o pensamento para descobrir
constantemente as relações sociais reais que envolvem sua disciplina e a sua inserção nesta sociedade globalizada,
desconfiando do normal e olhando sempre por traz das aparências, seja do livro didático ou mesmo de ações pré-
estabelecidas.

AVALIAÇÃO

A avaliação educacional é uma tarefa didática necessária e permanente no trabalho do professor, ela deve
acompanhar todos os passos do processo de ensino e aprendizagem. É através dela que vão sendo comparados os
resultados obtidos no decorrer do trabalho conjunto do professor e dos alunos, conforme os objetivos propostos, a
fim de verificar progressos, dificuldades e orientar o trabalho para as correcções necessárias. A avaliação insere-se
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não só nas funções didáticas, mas também na própria dinâmica e estrutura do Processo de Ensino e Aprendizagem
(PEA).
A avaliação é um elemento muito importante no Processo de Ensino e Aprendizagem, porque é através
dela que se consegue fazer uma análise dos conteúdos tratados nas unidades temáticas. A avaliação reflete sobre o
nível do trabalho do professor como do aluno, por isso a sua realização não deve apenas culminar com atribuição de
notas aos alunos, mas sim deve ser utilizada como um instrumento de coleta de dados sobre o aproveitamento dos
alunos. Esta, porém, determina o grau da assimilação dos conceitos e das técnicas/normas; ajudam o professor a
melhorar a sua metodologia de trabalho, também ajuda os alunos a desenvolverem a auto confiança na
aprendizagem do aluno; determina o grau de assimilação dos conceitos. A motivação do docente no ensino e a sua
adequada formação deve dar o direito de comunicar ou se expressar, representando algo que seja para a criança se
comunicar a partir do vocabulário formal a partir de uma linguagem "normalizada" determinada pela sua evolução
mental, com capacidades para descobrir, investigar, experimentar, aprender e fazer, aprofundando os seus
conhecimentos no domínio da natureza e da sociedade.
Segundo o professor Cipriano Carlos Luckesi "a avaliação é uma apreciação qualitativa sobre dados
relevantes do processo de ensino e aprendizagem que auxilia o professor a tomar decisões sobre o seu trabalho."
Para GOLIAS (1995) a avaliação é "entendida como um processo dinâmico, continuo e sistemático que acompanha o
desenrolar do ato educativo"."Avaliação é um processo contínuo de pesquisas que visa a interpretar os
conhecimentos, habilidades e atitudes dos alunos, tendo em vista mudanças esperadas no comportamento dos
alunos, propostas nos objetivos, a fim de que haja condições de decidir sobre alternativas de planificação do
trabalho e da escola como um todo" PILETTII (1986). Já LIBÂNEO (1991) define "avaliação como uma componente do
processo de ensino que visa, através da verificação e qualificação dos resultados obtidos, a determinar a
correspondência destes com os objetivos propostos e, daí, orientar a tomada de decisões em relação às atividades
didáticas seguintes". NÉRICI (1985) "relaciona avaliação com a verificação de aprendizagem pois, para ele, a
avaliação é o processo de atribuir valores ou notas aos resultados obtidos na verificação da aprendizagem".

IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO

A importância da avaliação reside na sua função social e pedagógica. A avaliação tem a função diagnostica
psico-pedagógica e didática.
Diagnóstica - identifica as dificuldades do aluno e os conhecimentos prévios. Ajuda ao professor a constatar
as falhas no seu trabalho e a decidir a passagem ou não para uma nova unidade temática. Também ajuda o aluno a
realizar um esforço de sinetes das diferentes partes do programa do ensino, criar hábitos de trabalho independente
e consciencializar o grau consecutivo dos objectivos atingidos após um período de trabalho.
Pedagogico-Didáctica – refere-se ao papel da avaliação no cumprimento dos objetivos gerais e específicos
da educação escolar. Permite um reajustamento com vista à processução dos objectivos pedagógicos pretendidos,
ao mesmo tempo favorece uma atitude mais responsável do aluno em relação ao estudo, assumindo-o como um
dever social; contribui para a avaliação para correcção de erros de conhecimentos e habilidades e o
desenvolvimento de capacidades cognitivas.
Função de Controle - controla o Processo de Ensino e Aprendizagem (PEA), exigindo mais dos professores,
pois a observação visa a investigar, identificar os fatores do ensino, fazendo com que o professor se adapte aos
diferentes comportamentos dos alunos. Permite que haja um controle contínuo e sistemático no processo de
interacção professor - alunos no decorrer das aulas.

TAREFAS DA AVALIAÇÃO

São tarefas da avaliação as seguintes:


1. Conhecer o aluno: Pode-se orientar e guiar o aluno no processo educativo avaliando-o, para melhor
conhecer a sua personalidade, atitude, aptidões, interesses e dificuldades, para estimular o sucesso de todos.
2. Verificar os ritmos de progresso do aluno: É a colecta de dados sobre o aproveitamento dos alunos
através de provas, exercícios ou de meios auxiliares, como observação do desempenho e entrevista, para verificar se
houve um progresso do aluno desde o ponto de partida da aprendizagem até ao momento. O professor pode
organizar um caderno para anotar a progressão dos alunos em cada período.
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3. Detectar as dificuldades de Aprendizagem: Ao avaliar, o professor pode detectar algumas dificuldades


dos alunos. Também pode apontar as dificuldades no mesmo caderno. Por exemplo, o Carlos tem "problemas na
representação do afastamento ou cota de um ponto", escreve correctamente e conhece bem a Gramática. Este
registo deve ser acompanhado de modo a superar as dificuldades.
4. Orientar a aprendizagem: Os resultados obtidos pela avaliação devem ser utilizados para corrigir,
melhorar e completar o trabalho. Com base nesses resultados deve, na medida do possível, adequar o ensino de
forma que a aprendizagem se torne mais fácil e eficaz.

ETAPAS DA AVALIAÇÃO

Durante o PEA podemos encontrar as seguintes etapas:


• Determinar o que vai ser avaliado;
• Estabelecer os critérios e as condições para a avaliação;
• Seleccionar as técnicas e instrumentos de avaliação;
• Realizar a aferição dos resultados.

MÉTODOS DE AVALIAÇÃO

Existem várias técnicas e instrumentos de avaliação:


• Para a avaliação diagnostica, como técnica pode se utilizar o pré-teste, a ficha de observação ou
qualquer instrumento elaborado pelo professor para melhor controle.
• Para avaliação Sumativa, encontramos os dois instrumentos mais utilizados que são as provas objetivas
e subjetivas. Para o caso concreto da disciplina de biologia deve-se utilizar as provas objectivas, que se apresentam
com maior clareza, objectividade e precisão – são directas.
• Para avaliação formativa, temos como técnicas a observação de trabalhos, os exercícios práticos,
provas, etc.

TIPOS DE AVALIAÇÃO

a) Avaliação diagnostica: Este tipo de avaliação realiza-se no início do curso, do ano letivo, do semestre/
trimestre, da unidade ou de um novo tema e pretende verificar o seguinte:
• Identificar alunos com padrão aceitável de conhecimentos;
• Constata deficiências em termos de pré-requisitos;
• Constata particularidades
b) Avaliação formativa: Esta avaliação ocorre ao longo do ano lectivo. É através desta avaliação que se faz o
acompanhamento progressivo do aluno; ajuda o aluno a desenvolver as capacidades cognitivas, ao mesmo tempo
fornece informações sobre o seu desempenho.
• Informa sobre os objetivos se estão ou não a ser atingidos pelos alunos;
• Identifica obstáculos que estão a comprometer a aprendizagem;
• Localiza deficiência/dificuldades.
c) Avaliação somativa: Esta avaliação classifica os alunos no fim de um semestre/trimestre, do curso, do ano letivo,
segundo níveis de aproveitamento. Tem a função classificadora. È uma classificação final .

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação deve obedecer os seguintes critérios:


• Tem que ser benéfico;
• Deve ser justo e uniforme;
• Deve ser global;
• Deve ser eficaz na produção e mudanças no comportamento;
• Deve estar ao alcance dos alunos;
• O processo de avaliação deve ser aberto;
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• As conclusões finais devem ter certa validade e longo prazo.


• Deve ser praticável e não deve ser incómodo e inútil.

OS CRITÉRIOS DA ESCOLHA DAS TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DEPENDEM:

• Dos objectivos de avaliação;


• Dos meios,
• Dos conteúdos/complexidade da matéria;
• Tempo disponível/duração;
• Número de alunos na turma;
• O tipo do aluno;
• A idade dos alunos;
• As condições da sala de aula.

MODELO TRADICIONAL E ADEQUADO DA AVALIAÇÃO

Gadotti (1990) diz que a avaliação é essencial à educação, inerente e indissociável enquanto concebida
como problematização, questionamento, reflexão, sobre a acção. Entende-se que a avaliação não pode morrer. Ela
se faz necessária para que possamos reflectir, questionar e transformar nossas acções. O mito da avaliação é
decorrente de sua caminhada histórica, sendo que seus fantasmas ainda se apresentam como forma de controle e
de autoritarismo por diversas gerações. Acreditar em um processo avaliativo mais eficaz é o mesmo que cumprir sua
função didático-pedagógica de auxiliar e melhorar o ensino/aprendizagem. A forma como se avalia, segundo Luckesi
(2002), é crucial para a concretização do projecto educacional. É ela que sinaliza aos alunos o que o professor e a
escola valorizam.

COMPARAÇÃO DOS DOIS MODELOS DE AVALIAÇÃO

Visão tradicional
• Acção individual e competitiva
• Concepção classificatória
• Apresenta um fim em si mesma
• Postura disciplinadora e directiva do professor
• Privilégio à memorização
• Pressupõe a dependência do aluno

Modelo adequado

• Ação coletiva e consensual


• Concepção investigativa e reflexiva
• Atua como mecanismo de diagnóstico da situação
• Postura cooperativa entre professor e aluno
• Privilégio à compreensão
• Incentiva a conquista da autonomia do aluno.

AVALIAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ESCOLAR

Novos mecanismos da aplicação do Censo Escolar e do Sistema de avaliação do Ensino Básico no Brasil
(SAEB) serão implementados no início de 2005. Realizados desde a década de 90 por amostragem de alunos das
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redes estadual, municipal e particular, tanto o Censo como o Saeb passarão a ter o foco no aluno, ou seja, cada
estudante terá um cadastro pessoal que permitirá o acompanhamento de sua trajetória escolar. Dessa forma, o
Ministério da Educação pretende aperfeiçoar o objetivo desses diagnósticos, que é o de apoiar as Secretarias de
educação na melhoria da qualidade do ensino.
O Saeb é o instrumento nacional de avaliação do ensino básico no País e coleta, desde 1990, informações
sobre alunos da 4ª e 8ª série do ensino fundamental e da 3ª série do ensino médio, professores, diretores e escolas.
Um dos focos mais importantes é o exame de múltipla escolha, em que os estudantes respondem a questões de
língua portuguesa e matemática. O resultado das provas, organizadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educaionais Anísio Teixeira (Inep) a partir de 1997, era mostrado sempre por Estado, região e país, mas, segundo
Carlos Henrique Araújo, diretor de avaliação da educação básica do Inep, em 2005 toda escola e todo aluno da rede
pública fará o exame, que deixará de ser amostral
Diferente da análise qualitativa do Saeb, o Censo Escolar é o instrumento do governo federal que traz um
raios-X quantitativo das escolas, com número de alunos, turmas e profissionais, bem como da estrutura física
(número de laboratórios e bibliotecas, por exemplo). A novidade é que ele passará a incluir os dados por aluno, com
nome, nome da mãe, data de nascimento, raça e etnia. "Assim eliminaremos duplicidade de matrículas e alunos
fantasmas", afirma Dirce Gomes, diretora de estatística da educação básica do Inep. "Na época do primeiro Censo,
realizado em 1931 no governo Getúlio Vargas, o resultado demorou sete anos para ser contabilizado. O objetivo é
informatizar tudo e disponibilizar as informações na Internet em tempo real", garante. Desde 2003, as escolas
públicas já têm disponível no site do Inep um resumo de dados por escola, obtido através do censo, que permite
comparar, por exemplo, a estrutura física de escolas na mesma cidade.

SINAES

Criado pela Lei n° 10.861, de 14 de abril de 2004, o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior
(Sinaes) é formado por três componentes principais: a avaliação das instituições, dos cursos e do desempenho dos
estudantes. O Sinaes avalia todos os aspectos que giram em torno desses três eixos: o ensino, a pesquisa, a
extensão, a responsabilidade social, o desempenho dos alunos, a gestão da instituição, o corpo docente, as
instalações e vários outros aspectos. Ele possui uma série de instrumentos complementares: auto-avaliação,
avaliação externa, Enade, Avaliação dos cursos de graduação e instrumentos de informação (censo e cadastro). Os
resultados das avaliações possibilitam traçar um panorama da qualidade dos cursos e instituições de educação
superior no País. Os processos avaliativos são coordenados e supervisionados pela Comissão Nacional de Avaliação
da Educação Superior (Conaes). A operacionalização é de responsabilidade do Inep. As informações obtidas com o
Sinaes são utilizadas pelas IES, para orientação da sua eficácia institucional e efetividade acadêmica e social; pelos
órgãos governamentais para orientar políticas públicas e pelos estudantes, pais de alunos, instituições acadêmicas e
público em geral, para orientar suas decisões quanto à realidade dos cursos e das instituições.

CURRÍCULO

A escola, não é apenas um espaço social emancipatório ou libertador, mas também é um cenário de
socialização da mudança. Sendo um ambiente social, tem um duplo currículo, o explicito e o formal, o oculto e
informal. A prática do currículo é geralmente acentuada na vida dos alunos estando associada às mensagens de
natureza afetiva e às atitudes e valores. O Currículo educativo representa a composição dos conhecimentos e valores
que caracterizam um processo social. Ele é proposto pelo trabalho pedagógico nas escolas. Atualmente, o currículo é
uma construção social, na acepção de estar inteiramente vinculado a um momento histórico, à determinada
sociedade e às relações com o conhecimento. Nesse sentido, a educação e currículo são vistos intimamente
envolvidos com o processo cultural, como construção de identidades locais e nacionais.
Hoje existem várias formas de ensinar e aprender e umas delas é o currículo oculto. Para Silva, o currículo
oculto é “o conjunto de atitudes, valores e comportamentos que não fazem parte explícita do currículo, mas que são
implicitamente ensinados através das relações sociais, dos rituais, das práticas e da configuração espacial e temporal
da escola”. Ao pensarmos no homem como um ser histórico, também refletiremos em um currículo que atenderá,
em épocas diferentes a interesses, em certo espaço e tempo histórico. Existe uma diferença conceitual entre
currículo, que é o conjunto de ações pedagógicas e a matriz curricular, que é a lista de disciplinas e conteúdos do
currículo. O Currículo, não é imparcial, é social e culturalmente definido, reflete uma concepção de mundo, de
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sociedade e de educação, implica relações de poder, sendo o centro da ação educativa. A visão do currículo está
associada ao conjunto de atividades intencionalmente desenvolvidas para o processo formativo. O currículo é um
instrumento político que se vincula à ideologia, à estrutura social, à cultura e ao poder. A cultura é o conteúdo da
educação, sua essência e sua defesa, e currículo é a opção realizada dentro dessa cultura. As teorias críticas nos
informam que a escola tem sido um lugar de subordinação e reprodução da cultura da classe dominante, das elites,
da burguesia. Porém, com a pluralidade cultural, aparece o movimento de exigência dos grupos culturais dominados
que lutam para ter suas raízes culturais reconhecidas e representadas na cultura nacional, pois por trás das nossas
diferenças, há a mesma humanidade. Há várias formas de composição curricular, mas os Parâmetros Curriculares
Nacionais indicam que os modelos dominantes na escola brasileira, multidisciplinar e pluridisciplinar, marcados por
uma forte fragmentação, devem ser substituídos, na medida do possível, por uma perspectiva interdisciplinar e
transdisciplinar.
Para elaboração de um currículo escolar devemos levar em consideração as vertentes caracterizadas pela:
ontologia (trata da natureza do ser); epistemologia (define a natureza dos conhecimentos e o processo de conhecer);
axiologia (preocupa-se com a natureza do bom e mau, incluindo o estético). As ciências nos mostram que não há
desenvolvimento sustentado sem o capital social, gerador de inovação, de responsabilidade e de participação cívica.
E que a escolarização é a condição fundamental de acesso à cultura, ao sentido crítico, à participação cívica, ao
reconhecimento do belo, e ao respeito pelo outro.

PLANEJAMENTO É:

1. O processo de busca de equilíbrio entre meios e fins, entre recursos e objetivos, visando ao melhor funcionamento
de empresas, instituições, setores de trabalho, organizações grupais e outras atividades humanas. O ato de planejar é
sempre processo de reflexão, de tomada de decisão sobre a ação; processo de previsão de necessidades e
racionalização de emprego de meios (materiais) e recursos (humanos) disponíveis, visando à concretização de
objetivos, em prazos determinados e etapas definidas, a partir dos resultados das avaliações (PADILHA, 2001).
2. Planejar, em sentido amplo, é um processo que "visa a dar respostas a um problema, estabelecendo fins e meios
que apontem para sua superação, de modo a atingir objetivos antes previstos, pensando e prevendo necessariamente
o futuro", mas considerando as condições do presente, as experiências do passado, os aspectos contextuais e os
pressupostos filosófico, cultural, econômico e político de quem planeja e com quem se planeja. Planejar também é
uma atividade que está dentro da educação, visto que esta tem como características básicas: evitar a improvisação,
prever o futuro, estabelecer caminhos que possam nortear mais apropriadamente a execução da ação educativa,
prever o acompanhamento e a avaliação da própria ação. Planejar e avaliar andam de mãos dadas.
3. Planejamento Educacional é processo contínuo que se preocupa com o 'para onde ir' e 'quais as maneiras
adequadas para chegar lá', tendo em vista a situação presente e possibilidades futuras, para que o desenvolvimento
da educação atenda tanto as necessidades da sociedade, quanto as do indivíduo.
Para Vasconcellos (1995), "o planejamento do Sistema de Educação é o de maior abrangência (entre os níveis do
planejamento na educação escolar), correspondendo ao planejamento que é feito em nível nacional, estadual e
municipal", incorporando as políticas educacionais.
4. Planejamento Curricular é o "processo de tomada de decisões sobre a dinâmica da ação escolar. É previsão
sistemática e ordenada de toda a vida escolar do aluno". Portanto, essa modalidade de planejar constitui um
instrumento que orienta a ação educativa na escola, pois a preocupação é com a proposta geral das experiências de
aprendizagem que a escola deve oferecer ao estudante, através dos diversos componentes curriculares
(VASCONCELLOS, 1995).
5. Planejamento de Ensino é o processo de decisão sobre atuação concreta dos professores, no cotidianode seu
trabalho pedagógico, envolvendo as ações e situações, em constantes interações entre professor e alunos e entre os
próprios alunos (PADILHA, 2001). Na opinião de Sant'Anna et al (1995), esse nível de planejamento trata do "processo
de tomada de decisões bem informadas que visem à racionalização das atividades do professor e do aluno, na
situação de ensino-aprendizagem".
6. Planejamento Escolar é o planejamento global da escola, envolvendo o processo de reflexão, de decisões sobre a
organização, o funcionamento e a proposta pedagógica da instituição. "É um processo de racionalização, organização
e coordenação da ação docente, articulando a atividade escolar e a problemática do contexto social" (LIBÂNEO, 1992).
7. Planejamento Político-Social tem como preocupação fundamental responder as questões "para quê", "para quem"
e também com "o quê". A preocupação central é definir fins, buscar conceber visões globalizantes e de eficácia; serve
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para situações de crise e em que a proposta é de transformação, em médio prazo e/ou longo prazo. "Tem o plano e o
programa como expressão maior" (GANDIN, 1994).
8. No Planejamento Operacional, a preocupação é responder as perguntas "o quê", "como" e "com quê", tratando
prioritariamente dos meios. Abarca cada aspecto isoladamente e enfatiza a técnica, os instrumentos, centralizando-se
na eficiência e na busca da manutenção do funcionamento. Tem sua expressão nos programas e, mais
especificamente, nos projetos, sendo sobretudo tarefa de administradores, onde a ênfase é o presente, momento de
execução para solucionar problemas.

CURRÍCULO E INTERDISCIPLINARIDADE

A palavra Currículo é de origem latina e significa o caminho da vida, o sentido, a rota de uma pessoa ou
grupo de pessoas. Currículo indica processo, movimento, percurso, como a etimologia da palavra recomenda.
Currículo é o ambiente do conhecimento, assim como, o espaço de contestação das relações sociais e humanas e
também o lugar da gestão, da cooperação e participação. O currículo deve ser entendido como componente central
do procedimento da educação institucionalizada.
O que é um currículo interdisciplinar? É o modo de viabilizar as interações e inter-relações entre as
diferentes disciplinas existentes, consentindo que cada aluno perceba o conhecimento coletivo e construa o seu de
maneira individual. Como vemos, currículo interdisciplinar não é apenas combinar algumas disciplinas em projetos,
mas para que a interdisciplinaridade aconteça é necessário a colaboração e a parceria entre as disciplinas do
currículo para se chegar a um finalidade única, que é a noção da realidade. O conceito de interdisciplinaridade foi
organizado propondo-se restabelecer um diálogo entre as diversas áreas dos conhecimentos científicos. A
interdisciplinaridade pode ser compreendida como sendo a troca de reciprocidade entre as disciplinas ou ciências,
ou melhor, áreas do conhecimento. Nessa expectativa compete ao professor, articular teoria e prática, numa forma
interdisciplinar sem perder de vista os objetivos fundamentais elencados para a sua disciplina. Ao buscarmos um
novo olhar interdisciplinar chegaremos ao olhar transdisciplinar com mais entrosamento e fortalecimento.
A transdisciplinaridade considera o que está ao mesmo tempo entre as disciplinas, através das diferentes
disciplinas e além de toda disciplina e sua finalidade é compreender o mundo atual. A transdisciplinaridade é a
investigação da acepção da vida através de relações entre os diversos saberes das ciências exatas, humanas e artes,
estimulando a vinculação e indicando uma visão contextualizada do conhecimento, da vida e do mundo. A
transdisciplinaridade busca a compreensão do conhecimento, busca a inclusão, procura parceria, adiciona,
compartilha, coopera, agrega. Citando Paulo Freire, constatamos que a fala desse educador nos elucida ao colocar
que devemos aproximar a atitude interdisciplinar da atitude transdisciplinar: porque encontraremos nas duas o
coletivo instituinte, o trabalho em grupo, a transversalidade, o diálogo. O papel da educação como elemento de
desenvolvimento social é reorientado, quando existe correlação entre as capacidades exigidas para o exercício da
cidadania e para as ações produtivas. Devemos lembrar que a exclusão proveniente da sociedade do consumo e do
capitalismo poderá sofrer diminuição através da idéia de currículos que privilegiem áreas que estão em crescimento
no momento atual. Uma sugestão curricular de alcance para a sociedade contemporânea deverá agregar as
tendências atuais da ciência e da tecnologia nas atividades produtivas e nas interações sociais. Mediante as
demandas contemporâneas, educadores de todo o país estão reunidos para discutir o entendimento do currículo no
ensino infantil e fundamental, pois a idéia é modernizar o debate sobre a importância do currículo, principalmente
após a ampliação do ensino fundamental para nove anos. Os estudos serão estruturados em seis eixos temáticos:
currículo e desenvolvimento humano; educandos e o currículo; organização dos tempos e espaços escolares;
currículo, conhecimento e cultura; diversidade e inclusão social; e currículo e avaliação.Diante da constatação de
necessidades contemporâneas, os eixos temáticos referentes aos estudos em andamento incorporam a preocupação
dos educadores com a necessidade de um currículo que contemple a interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade,
porque o ser humano é ser de múltiplas dimensões e aprendem em tempos e em ritmos diferentes, o conhecimento
deve ser construído e reconstruído, processualmente e sucessivamente, e o conhecimento deve ser abordado em
uma perspectiva de totalidade.

CURRÍCULO E MULTICULTURALIDADE

O currículo "coerente" é aquele que permanece uno, que faz sentido como um todo e cujas peças, quaisquer
que sejam, estão unidas e ligadas pelo sentido da totalidade. A multiculturalidade é, hoje, uma dimensão essencial
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da coerência do currículo. Enquanto totalidade integrada, o currículo tem, cada vez mais, o contributo de peças
associadas à multiculturalidade. É condição para uma concepção una, inclusiva e pluralista do currículo. As
transformações demográficas e culturais ocorridas nas duas últimas décadas, reforçaram o peso da diversidade e
colocaram-na no centro do debate e das práticas educativas. Um currículo, qualquer currículo, é hoje, por inerência,
multicultural seja qual for o sentido que queiramos atribuir à raiz (cultura) do termo. Contempla os conhecimentos,
as atitudes e as competências que, numa sociedade e num certo momento, são consideradas relevantes tendo em
conta as características da população escolar e as finalidades do sistema educativo. Ignorar a diversidade, enquanto
variável constante na construção e realização do currículo, significa ignorar muitos daqueles saberes e atitudes bem
como o princípio da igualdade de oportunidades educativas. A razão de ser e grande finalidade da teoria e da prática
de organização e desenvolvimento curricular, é, e sempre foi, a concepção e realização das melhores formas de
adequar o currículo à diversidade dos seus destinatários. Não será a crescente diversificação cultural da sociedade e
das escolas que altera estes princípios. Antes, reforça-os no sentido da afirmação de uma concepção coerente, una e
pluralista do currículo e tornando mais óbvia a necessidade de incluir a vertente multicultural na preparação e no
desempenho profissional de professores.
Hoje, qualquer professor é, por inerência, professor de currículos que são multiculturais. No entanto
prevalecem, nos discursos e nas práticas escolares, de modo mais ou menos implícitos, dicotomias curriculares
quando entram em jogo variáveis multiculturais. Dicotomias que indiciam, por um lado, a existência de um currículo
oficial de um certo ciclo, ano ou disciplina e, por outro, a sua versão multicultural, mais ou menos lateral ou oculta.
Ou, ainda, por um lado, a prevalência de uma concepção de currículo dirigido a grupos definidos por uma suposta
uniformidade cultural e social para os quais todos os professores devem ser formados e, por outro, de um currículo
multicultural a que alguns professores deverão recorrer, como souberem e puderem, quando a composição das
classes for marcadamente discrepante daquela uniformidade. As raízes da persistência desta dicotomia encontram-
se no peso das práticas monoculturais anteriores, nas ideologias pessoais em relação às diferenças humanas, no
discurso pedagógico e social em relação à multiculturalidade que, freqüentemente, acentua as diferenças e na
formação de professores que, freqüentemente, as ignora. A formação inicial constitui a etapa estruturante de
concepções coerentes e pluralistas do currículo. A análise de alguns dados sobre a multiculturalidade em alguns
cursos de formação inicial de professores, mostra que o tema é, de modos muito diferenciados, parte dessa
formação mas indicia que a sua abordagem é ainda bastante avulsa, descontínua e pouco integrada, e orienta para
concepções dicotômicas do currículo. Tem tido um peso significativo nas unidades curriculares da área das Ciências
Sociais, em particular na Sociologia da Educação, menos em Desenvolvimento Curricular e em algumas metodologias
de ensino e é frágil na Intervenção/Prática Educativa. Embora reconhecendo teoricamente a importância da
multiculturalidade na gestão do currículo, os novos diplomados colocam a incidência da sua formação no elenco de
competências para o trabalho com classes situadas num padrão cultural de referência. O trabalho com populações
culturalmente discrepantes desse padrão, é entendido como uma adaptação das competências exigidas pelo
trabalho com classes padrão ou por competências adicionais a usar e desenvolver face aos contextos multiculturais.

PLANO DECENAL DE EDUCAÇÃO PARA TODOS

Documento elaborado em 1993 pelo Ministério da Educação (MEC) destinado a cumprir, no período de
uma década (1993 a 2003), as resoluções da Conferência Mundial de Educação Para Todos, realizada em Jomtien, na
Tailândia, em 1990, pela Unesco, Unicef, PNUD e Banco Mundial. Esse documento é considerado "um conjunto de
diretrizes políticas voltado para a recuperação da escola fundamental no país".
Em seu conjunto, o Plano Decenal marca a aceitação formal, pelo governo federal brasileiro, das teses e
estratégias que estavam sendo formuladas nos foros internacionais mais significativos na área da melhoria da
educação básica. Dessa forma, a Conferência de Jomtien é um marco político e conceitual da educação fundamental,
constituindo-se em um compromisso da comunidade internacional em reafirmar a necessidade de que "todos
dominem os conhecimentos indispensáveis à compreensão do mundo em que vivem", recomendando o empenho
de todos os países participantes em sua melhoria. O Plano Decenal de Educação para Todos foi apresentado pelo
governo brasileiro em Nova Delhi, num encontro promovido pela Unicef e pelo Banco Mundial e que reuniu os nove
países mais populosos do Terceiro Mundo - Tailândia, Brasil, México, Índia, Paquistão, Bangladesh, Egito, Nigéria e
Indonésia - que, juntos, possuem mais da metade da população mundial. Lá o documento foi aprovado pelas duas
organizações internacionais, que também ajudaram a elaborar a Declaração de Nova Delhi, estabelecendo posições
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consensuais entre os nove países participantes, na luta pela satisfação das necessidades básicas de aprendizagem
para todos.
As idéias contidas no Plano Decenal, portanto, têm origem na preocupação da comunidade internacional
com a educação, tendo em vista o novo cenário social advindo da sociedade da informação. Nesse sentido, a
educação fundamental tem sido considerada um "passaporte para a vida", devendo desenvolver, em todas as
pessoas, um corpo de conhecimentos essenciais e um conjunto mínimo de competências cognitivas, para que
possam viver em ambientes saturados de informações e continuar aprendendo. Segundo o Plano, "os compromissos
que o governo brasileiro assume, de garantir a satisfação das necessidades básicas de educação de seu povo,
expressam-se no Plano Decenal de Educação para Todos, cujo objetivo mais amplo é assegurar, até o ano 2003, a
crianças, jovens e adultos, conteúdos mínimos de aprendizagem que atendam a necessidades elementares da vida
contemporânea". O plano expressa sete objetivos gerais de desenvolvimento da educação básica:
1. Satisfazer as necessidades básicas de aprendizagem das crianças, jovens e adultos, provendo-lhes as competências
fundamentais requeridas para a participação na vida econômica, social, política e cultural do país, especialmente as
necessidades do mundo do trabalho;
2. Universalizar, com eqüidade, as oportunidades de alcançar e manter níveis apropriados de aprendizagem e
desenvolvimento;
3. Ampliar os meios e o alcance da educação básica;
4. Favorecer um ambiente adequado à aprendizagem;
5. Fortalecer os espaços institucionais de acordos, parcerias e compromisso;
6. Incrementar os recursos financeiros para manutenção e para investimentos na qualidade da educação básica,
conferindo maior eficiência e eqüidade em sua distribuição e aplicação;
7. Estabelecer canais mais amplos e qualificados de cooperação e intercâmbio educacional e cultural de caráter
bilateral, multilateral e internacional.
Os objetivos do Plano Decenal de Educação para Todos são lembrados na Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, aprovada em 1996, ao consolidar e ampliar o dever do poder público com a educação em geral e em
particular com o ensino fundamental.

PLANO DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO — PDE

O Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) foi aprovado pelo Presidente da República Luiz Inácio Lula
da Silva e pelo Ministro da Educação Fernando Haddad em 24 de abril de 2007, com o objetivo de melhorar a
Educação no País, em todas as suas etapas, em um prazo de quinze anos. A prioridade é a Educação Básica, que vai
do Ensino Infantil ao Médio.
O prevê várias ações que visam identificar e solucionar os problemas que afetam diretamente a Educação
brasileira, mas vai além por incluir ações de combate a problemas sociais que inibem o ensino e o aprendizado com
qualidade, como Luz para todos, Saúde nas escolas e Olhar Brasil, entre outros. As ações deverão ser desenvolvidas
conjuntamente pela União, estados e municípios.

Ações do PDE:

- Índice de qualidade: avaliará as condições em que se encontra o ensino com o objetivo de alcançar
nota seis no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). O plano Compromisso Todos Pela Educação
propõe as diretrizes e estabelece as metas para as escolas das redes municipais e estaduais de ensino;
- Provinha Brasil: instrumento de aferição do desempenho escolar dos alunos de seis a oito anos;
- Transporte escolar: Caminho da Escola é o novo programa de transporte para alunos da Educação
Básica que residem na zona rural;
- Gosto de ler: a Olimpíada Brasileira da Língua Portuguesa será realizada em 2008 e pretende resgatar
o prazer da leitura e da escrita no Ensino Fundamental;
- Brasil Alfabetizado: terá dois focos: a Região Nordeste, que concentra 90% dos municípios com altos
índices de analfabetismo; e os jovens de 15 a 29 anos. A alfabetização de jovens e adultos será, prioritariamente,
feita por professores das redes públicas, no contra turno de sua atividade;
- Luz para todos: programa no qual as escolas terão prioridade;
- Piso do magistério: definição do piso salarial nacional de 850 reais para os professores;
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- Formação: o programa Universidade Aberta do Brasil, por meio de um sistema nacional de ensino
superior à distância, visa capacitar professores da Educação Básica pública que ainda não têm graduação, formar
novos docentes e propiciar formação continuada;
- Educação Superior: duplicar as vagas nas universidades federais, ampliar e abrir cursos noturnos e
combater a evasão são algumas das medidas;
- Acesso facilitado: o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) aumentará o prazo para o aluno quitar o
empréstimo após a conclusão do curso;
- Biblioteca na escola: com a criação desse programa, os alunos do Ensino Médio terão acesso a obras
literárias no local em que estudam;
- Educação profissional: os Institutos Federais de Educação Tecnológica (IFETs) reorganizarão o modelo
da educação profissional e atenderão as diferentes modalidades de ensino;
- Estágio: alterações nas normas gerais da Lei do Estágio para beneficiar alunos da Educação Superior,
do ensino profissionalizante e médio;
- Proinfância: construção, melhoria da infra-estrutura física, reestruturação e aquisição de
equipamentos nas creches e pré-escolas;
- Salas multifuncionais: ampliação de números de salas e equipamentos para a Educação Especial e
capacitação de professores para o atendimento educacional especializado;
- Pós-doutorado: jovens doutores terão apoio do governo para continuar no Brasil;
- Censo pela Internet: com o levantamento do Educacenso, os gestores conhecerão detalhes da
Educação do Brasil;
- Saúde nas escolas: o Programa Saúde da Família atenderá alunos e professores para prevenir doenças
e tratar outros males comuns à população escolar sem sair da escola;
- Olhar Brasil: o programa identificará os estudantes com problemas de visão, que receberão óculos
gratuitamente;
- Mais Educação: alunos passarão mais tempo na escola, terão mais atividades no contra turno e
ampliação do espaço educativo;
- Educação Especial: monitorar a entrada e a permanência na escola de pessoas com deficiência, em
especial, crianças e jovens de zero a dezoito anos atendidas pelo Benefício de Prestação Continuada da Assistência
Social (BPC);
- Professor-equivalente: a própria universidade poderá promover concurso público para a contratação
de professores nas universidades públicas federais;
- Guia de tecnologias: as melhores experiências tecnológicas educacionais serão um referencial de
qualidade para utilização por escolas e sistemas de ensino;
- Coleção educadores: a coleção Pensadores, que engloba 60 obras de mestres brasileiros e
estrangeiros, será doada para as escolas e bibliotecas públicas da Educação Básica, com o objetivo de incentivar a
leitura, a pesquisa e a busca pelo conhecimento;
- Dinheiro na escola: todas as escolas de Ensino Fundamental Pública Rural receberão a parcela extra
de 50% do Programa Dinheiro Direto na Escola. As escolas urbanas só receberão a verba se cumprirem as metas
estabelecidas;
- Concurso: prevê a realização de concursos públicos para ampliação do quadro de pessoal do Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e da expansão da rede profissional;
- Acessibilidade: as universidades terão núcleos para ampliação do acesso das pessoas com deficiência
a todos os espaços, ambientes, materiais e processos, com o objetivo de efetivar a política de acessibilidade
universal;
- Cidades-pólo: o Brasil terá 150 novas escolas profissionais. A ação faz parte do plano de expansão da
Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica;
- Inclusão digital: todas as escolas públicas terão laboratórios de informática.

O SISTEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO

Atualmente o sistema escolar brasileiro é regido pela lei nº 9394/1996, que estabelece as diretrizes e bases
da educação nacional. Esta lei, aprovada após oito anos de discussão comandada pelo Congresso Nacional, revogou
as leis nº 4 024/61 (que foi nossa primeira lei de diretrizes e bases da educação, nos dispositivos que ainda
vigoravam); nº 5 692/71 (que estabelecia as diretrizes e bases para o ensino de 1º e 2º grau); e nº 7044/82 (que
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tornou opcional a profissionalização no 2º grau, obrigatória pela lei de 1971). Em seu artigo 1º, após declarar que a
educação abrange “os processos formativos” que se desenvolvem em todas as instâncias da vida social, a lei nº 9
394/96 afirma destinar-se a disciplinar “a educação escolar, que se desenvolve, predominantemente, por meio do
ensino, em instituições próprias” (§ 1º) que “a educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática
social”. Os estudos que faremos sobre o sistema escolar brasileiro devem ser sempre baseados na lei nº 9 394/96.

NÍVEIS DE ENSINO

De acordo com a lei (art. 21) a educação escolar compõe-se da educação básica (educação infantil, ensino
fundamental e ensino médio) e da educação superior:
Educação infantil. Para crianças até seis anos de idade. Será oferecida em creches, ou entidades
equivalentes (até três PDEanos de idade), e em pré-escolas (de quatro a seis anos), conforme o artigo 30.
Ensino fundamental. Tem a duração de oito anos letivos e é obrigatório, e gratuito na escola pública
(art.32). deve ter um mínimo de 800 horas anuais em 200 dias de efetivo trabalho escolar (arts. 24 e 32).
Ensino Médio. Deve ter a duração mínima de três anos (art. 35), em no mínimo 800 horas e 200 dias anuais
de efetivo trabalho escolar (art. 24).
Educação Superior. Conforme o artigo 44, abrangerá os seguintes cursos e programas:
I – cursos seqüenciais por campo de saber, de diferentes níveis de abrangência, a candidatos que
atendam aos requisitos estabelecidos pelas instituições de ensino;
II – de graduação, abertos a candidatos que tenham concluído o ensino médio ou equivalente e tenham
sido classificados em processo seletivo;
III – de pós-graduação, compreendendo programas de mestrado e doutorado, cursos de especialização,
aperfeiçoamento e outros, abertos a candidatos diplomados em cursos de graduação e que atendam às exigências
das instituições de ensino;
IV – de extensão, abertos a candidatos que atendam aos requisitos estabelecidos em cada caso pelas
instituições de ensino.

MODALIDADES DE ENSINO

O ensino oferecido pelo sistema escolar brasileiro começa por uma base comum para todos, diversificando-
se gradualmente até alcançar uma especialização em nível superior. Em linhas gerais, o que pode acontecer é o
seguinte:
Educação infantil. De acordo com o artigo 29 da lei 9394/96, “a educação infantil, primeira etapa da
educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus
aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade”.
Ensino fundamental. Embora, pela lei (art. 26), seja constituído de uma “base nacional comum, a ser
complementada em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas
características regionais e locais da sociedade, da cultura , da economia, e da clientela”, é praticamente igual para
todos. Ao menos, as matérias são praticamente as mesmas em todas as escolas de ensino fundamental do país. Em
parte isso acontece porque os sistemas de ensino e os estabelecimentos escolares têm dificuldades em adaptar-se às
características culturais e sociais diversificadas coexistentes em nosso país.
Ensino Médio. Ao contrário da lei nº 5 692/71, que instituiu a profissionalização compulsória, e da lei nº 7
044/82, que deixou em aberto a opção pela formação profissional nesse nível do ensino, a lei nº 9 394/96 atribui ao
ensino médio um caráter de formação geral básica: consolidação e aprofundamento de conhecimentos já
adquiridos, formação básica para o trabalho e a cidadania, aprimoramento do educando como pessoa humana e
compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos (art.35). A educação profissional
será feita em cursos específicos, articulados ou não com o ensino regular (art. 40).
Educação superior. Uma série de modalidades são oferecidas no ensino superior, que sempre termina por
uma especialização profissional. Medicina, Direito, Artes Plásticas, Jornalismo, Administração, Economia, Educação,
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História, Geografia são apenas algumas entre as muitas habilitações oferecidas. As vagas para os cursos superiores,
principalmente nas escolas públicas e gratuitas, ainda são bastante limitadas, sendo disputadas por muitos
candidatos. Geralmente, vencem aqueles que desfrutam de melhores condições socioeconômicas, já que dispõem
de melhores meios de estudar. O que acontece, então, na maioria das vezes, é que os ricos, que poderiam pagar,
não pagam, enquanto os pobres só conseguem fazer um curso superior em escolas particulares e com muita
dificuldade. O desejável seria que a educação fosse pública e gratuita para todos, em todos os níveis.

GESTÃO ESCOLAR

A Gestão Escolar, anteriormente nomeada Administração Escolar, embora muitas de suas funções que hoje
lhe são atribuídas já existissem, é um termo recente. A mudança de denominação não foi apenas na escrita, mas
também de concepções teóricas a respeito dessa atividade, e, além disso, reflete as transformações oriundas de um
determinado contexto histórico.

Origem Normativa

No Brasil, um marco normativo foi a Constituição Federal de 1988 que institucionalizou a “Gestão
Democrática do Ensino Público”, sendo dessa forma assegurada como o princípio da educação pública. A partir
dessa lei a organização escolar ganha um novo perfil, agora não mais embasada nas conjeturas da administração,
mas, sim, nos princípios da Gestão, por possuir um caráter mais democrático. Outro marco foi a Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional (LDB) nº 9.394/96, que vem unir forças com a Constituição de 1988, e com o mesmo
objetivo, surge para assegurar o princípio da Gestão Democrática do Ensino Público. Essa é a primeira das leis de
educação a dispensar atenção particular à gestão escolar, esta se situa no âmbito da escola e diz respeito a tarefas
que estão sob sua esfera de abrangência.

PARTICULARIDADES DA INSTITUIÇÃO ESCOLAR

A partir de então, a escola passa a ter uma nova função social, pois esta se relaciona aos diferentes
momentos da história que varia ao longo do tempo; e assume distinta configuração na política educacional.
Conseqüentemente, suas incumbências modificaram-se, como detalha Vieira (2005):
• A elaboração e a execução de uma proposta pedagógica são as primeiras e as principais das
atribuições da escola. A proposta pedagógica é, com efeito, o norte da escola, definindo caminhos e rumos que
uma determinada comunidade busca para si e para aqueles que se agregam em seu torno.
• A escola tem como tarefa especifica a gestão de seu pessoal, de seus recursos materiais e financeiros.
• Acima de qualquer outra dimensão é incumbência da escola zelar pelo ensino e a aprendizagem, que é
a sua razão de ser.
• Uma importante dimensão da gestão escolar é a relação com a comunidade (Art. 12 da LDB).

AUTONOMIA DAS ESCOLAS

É importante salientar um importante aspecto da gestão escolar que é a autonomia das escolas para prever
formas de organização que permitam atender as peculiaridades regionais e locais, às diferentes clientelas e
necessidades do processo de aprendizagem (LDB, Art. 23). Segundo Vieira (2005), nesse mesmo sentido, outras
medidas são previstas em lei com o objetivo de promover uma cultura de sucesso escolar para todas as crianças. O
conceito de Gestão Escolar - relativamente recente - é de extrema importância, na medida em que desejamos uma
escola que atenda às atuais exigências da vida social: formar cidadãos, oferecendo, ainda, a possibilidade de
apreensão de competências e habilidades necessárias e facilitadoras da inserção social.Para fim de melhor
entendimento, costuma-se classificar a Gestão Escolar em 3 áreas, funcionando interligadas, de modo integrado ou
sistêmico:
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GESTÃO PEDAGÓGICA GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS GESTÃO ADMINISTRATIVA

1. Gestão Pedagógica: É o lado mais importante e significativo da gestão escolar. Cuida de gerir o área
educativa, propriamente dita, da escola e da educação escolar. Estabelece objetivos para o ensino, gerais e
específicos. Define as linhas de atuação, em função dos objetivos e do perfil da comunidade e dos alunos. Propõe
metas a serem atingidas. Elabora os conteúdos curriculares. Acompanha e avalia o rendimento das propostas
pedagógicas, dos objetivos e o cumprimento de metas. Avalia o desempenho dos alunos, do corpo docente e da
equipe escolar como um todo. Suas especificidades estão enunciadas no Regimento Escolar e no Projeto Pedagógico
(também denominado Proposta Pedagógica) da escola. Parte do Plano Escolar (ou Plano Político Pedagógico de
Gestão Escolar) também inclui elementos da gestão pedagógica: objetivos gerais e específicos, metas, plano de
curso, plano de aula, avaliação e treinamento da equipe escolar. O Diretor é o grande articulador da Gestão
Pedagógica e o primeiro responsável pelo seu sucesso. É auxiliado nessa tarefa pelo Coordenador Pedagógico
(quando existe).
2. Gestão Administrativa: Cuida da parte física (o prédio e os equipamentos materiais que a escola
possui) e da parte institucional (a legislação escolar, direitos e deveres, atividades de secretaria).Suas especificidades
estão enunciadas no Plano Escolar (também denominado Plano Político Pedagógico de Gestão Escolar, ou Projeto
Pedagógico) e no Regimento Escolar.
3. Gestão de Recursos Humanos: Não menos importante que a Gestão Pedagógica, a gestão de pessoal -
alunos, equipe escolar e comunidade) constitui a parte mais sensível de toda a gestão.Sem dúvida, lidar com
pessoas, mantê-las trabalhando satisfeitas, rendendo o máximo em suas atividades, contornar problemas e questões
de relacionamento humano fazem da gestão de recursos humanos o fiel da balança - em termos de fracasso ou
sucesso - de toda formulação educacional a que se pretenda dar consecução na escola.Direitos, deveres, atribuições
- de professores, corpo técnico, pessoal administrativo, alunos, pais e comunidades - estão previstos no Regimento
Escolar.Quando o Regimento Escolar é elaborado de modo equilibrado, não tolhendo demais a autonomia das
pessoas envolvidas com o trabalho escolar, nem deixando lacunas e vazios sujeitos a interpretações ambíguas, a
gestão de recursos humanos se torna mais simples e mais justa. A organização acima - gestões pedagógica,
administrativa e de recursos humanos - correspondem a uma formulação teórica, explicativa, pois, na realidade
escolar, as três não podem ser separadas mas, isto sim, devem atuar integradamente, de forma a garantir a
organicidade do processo educativo.

ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – ECA – Lei 8069/90

Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente.


Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e
adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.
Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre
dezoito e vinte e um anos de idade.
Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem
prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as
oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em
condições de liberdade e de dignidade.
Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente serão
obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências
legais.
Art. 25. Entende-se por família natural a comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e seus
descendentes.
Parágrafo único. Entende-se por família extensa ou ampliada aquela que se estende para além da unidade
pais e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes próximos com os quais a criança ou adolescente convive e
mantém vínculos de afinidade e afetividade.
Art. 28. A colocação em família substituta far-se-á mediante guarda, tutela ou adoção, independentemente
da situação jurídica da criança ou adolescente, nos termos desta Lei.
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Art. 33. A guarda obriga a prestação de assistência material, moral e educacional à criança ou adolescente,
conferindo a seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos pais.
§ 1º A guarda destina-se a regularizar a posse de fato, podendo ser deferida, liminar ou incidentalmente,
nos procedimentos de tutela e adoção, exceto no de adoção por estrangeiros.

CAPÍTULO IV - DO DIREITO À EDUCAÇÃO, À CULTURA, AO ESPORTE E AO LAZER – ECA

Art. 53 - A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua
pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - direito de ser respeitado por seus educadores;
III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores;
IV - direito de organização e participação em entidades estudantis;V - acesso a escola pública e gratuita
próxima de sua residência.
Parágrafo Único - É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como
participar da definição das propostas educacionais.
Art. 54 - É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente:
I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na
idadeprópria;
II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio;
III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede
regular de ensino;
IV - atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade;
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade
de cada um;
VI- oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do adolescente trabalhador;
VI - atendimento no ensino fundamental, através de programas suplementares de material didático-
escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.
§ 1° - O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.
§ 2° - O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público ou sua oferta irregular importa
responsabilidade da autoridade competente.
§ 3° - Compete ao Poder Público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e
zelar, junto aos pais ou responsável, pela freqüência à escola.
Art. 55 - Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de
ensino.
Art. 56 - Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar os
casos de:
I - maus-tratos envolvendo seus alunos;
II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares; III -
elevados níveis de repetência.
Art. 57 - O Poder Público estimulará pesquisas, experiências e novas propostas relativas a calendário,
serração, currículo, metodologia, didática e avaliação, com vistas à inserção de crianças e adolescentes excluídos do
ensino fundamental obrigatório.
Art. 58 - No processo educacional respeitar-se-ão os valores culturais, artísticos e históricos próprios do
contexto social da criança e do adolescente, garantindo-se a estes a liberdade de criação e o acesso às fontes de
cultura.
Art. 59 - Os Municípios, com apoio dos Estados e da União, estimularão e facilitarão a destinação de
recursos e espaços para programações culturais, esportivas e de lazer voltadas para a infância e a juventude.
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FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

As investigações recentes sobre formação de professores apontam como questão essencial o fato de que os
professores desempenham uma atividade teórico-prática. É difícil pensar na possibilidade de educar fora de uma
situação concreta e de uma realidade definida. A profissão de professor precisa combinar sistematicamente
elementos teóricos com situações práticas reais. Por essa razão, ao se pensar um currículo de formação, a ênfase na
prática como atividade formadora aparece, à primeira vista, como exercício formativo para o futuro professor.
Entretanto, em termos mais amplos, é um dos aspectos centrais na formação do professor, em razão do que traz
conseqüências decisivas para a formação profissional. Atualmente, em boa parte dos cursos de licenciatura, a
aproximação do futuro professor à realidade escolar acontece após ele ter passado pela formação "teórica", tanto
na disciplina especifica como nas disciplinas pedagógicas. O caminho deve ser outro. Desde o ingresso dos alunos no
curso, é preciso integrar os conteúdos das disciplinas em situações da prática que coloquem problemas aos futuros
professores e lhes possibilitem experimentar soluções. Isso significa ter a prática, ao longo do curso, como referente
direto para contrastar seus estudos e formar seus próprios conhecimentos e convicções a respeito. Ou seja, os
alunos precisam conhecer o mais cedo possível os sujeitos e as situações com que irão trabalhar. Significa tomar a
prática profissional como instância permanente e sistemática na aprendizagem do futuro professor e como
referência para a organização curricular. Significa, também, a articulação entre formação inicial e formação
continuada. Por um lado, a formação inicial estaria estreitamente vinculada aos contextos de trabalho,
possibilitando pensar as disciplinas com base no que pede a prática; cai por terra aquela idéia de que o estágio é
aplicação da teoria. Por outro, a formação continuada, a pode ser feita na escola a partir dos saberes e experiências
dos professores adquiridos na situação de trabalho, articula-se com a formação inicial, indo os professores à
universidade para uma reflexão mais apurada sobre a prática. Em ambos os casos, estamos diante de modalidades
de formação em que há interação entre as práticas formativas e os contextos de trabalho.

DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM

Quais são as concepções de desenvolvimento?


Concepção inatista – É inspirada nas teorias de Darwin e explica o desenvolvimento humano como
resultado único de informações biológicas. A aprendizagem não influencia o desenvolvimento.
Concepção ambientalista - Fruto de uma ciência positivista, entende que o desenvolvimento acontece por
causa do ambiente. O desenvolvimento seria fruto da aprendizagem e esta aconteceria por condicionamento, ou
seja, por controle do ambiente.
Concepção interacionista - o desenvolvimento humano é resultado de uma interação de fatores biológicos
e ambientais, entendendo por ambiente os espaços sociais, históricos e culturais. Somos sujeitos ativos, capazes de
construir nossas próprias características, de acordo com as relações que estabelecemos com o meio físico, social e
cultural. Fonte: aula professora Andrea Studart, na EAPE

TEORIA DO DESENVOLVIMENTO DE JEAN PIAGET

Formado em Biologia, Piaget especializou-se nos estudos do conhecimento humano, concluindo que, assim
como os organismos vivos podem adaptar-se geneticamente a um novo meio, existe também uma relação evolutiva
entre o sujeito e o seu meio, ou seja, a criança reconstrói suas ações e idéias quando se relaciona com novas
experiências ambientais. Para ele, a criança constrói sua realidade como um ser humano singular, situação em que o
cognitivo está em supremacia em relação ao social e o afetivo.
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Na perspectiva construtivista de Piaget, o começo do conhecimento é a ação do sujeito sobre o objeto, ou


seja, o conhecimento humano se constrói na interação homem-meio, sujeito-objeto. Conhecer consiste em operar
sobre o real e transformá-lo a fim de compreendê-lo, é algo que se dá a partir da ação do sujeito sobre o objeto de
conhecimento. As formas de conhecer são construídas nas trocas com os objetos, tendo uma melhor organização em
momentos sucessivos de adaptação ao objeto. A adaptação ocorre através da organização, sendo que o organismo
discrimina entre estímulos e sensações, selecionando aqueles que irá organizar em alguma forma de estrutura. A
adaptação possui dois mecanismos opostos, mas complementares, que garantem o processo de desenvolvimento: a
assimilação e a acomodação. Segundo Piaget, o conhecimento é a equilibração/reequilibração entre assimilação e
acomodação, ou seja, entre os indivíduos e os objetos do mundo.
A assimilação é a incorporação dos dados da realidade nos esquemas disponíveis no sujeito, é o processo
pelo qual as idéias, pessoas, costumes são incorporadas à atividade do sujeito. A criança aprende a língua e assimila
tudo o que ouve, transformando isso em conhecimento seu. A acomodação é a modificação dos esquemas para
assimilar os elementos novos, ou seja, a criança que ouve e começa a balbuciar em resposta à conversa ao seu redor
gradualmente acomoda os sons que emite àqueles que ouve, passando a falar de forma compreensível. Segundo
FARIA (1998), os esquemas são uma necessidade interna do indivíduo. Os esquemas afetivos levam à construção do
caráter, são modos de sentir que se adquire juntamente às ações exercidas pelo sujeito sobre pessoas ou objetos. Os
esquemas cognitivos conduzem à formação da inteligência, tendo a necessidade de serem repetidos (a criança pega
várias vezes o mesmo objeto). Outra propriedade do esquema é a ampliação do campo de aplicação, também
chamada de assimilação generalizadora (a criança não pega apenas um objeto, pega outros que estão por perto).
Através da discriminação progressiva dos objetos, da capacidade chamada de assimilação recognitiva ou
reconhecedora, a criança identifica os objetos que pode ou não pegar, que podem ou não dar algum prazer a ela.
FARIA salienta que os fatores responsáveis pelo desenvolvimento, segundo Piaget, são: maturação; experiência física
e lógico-matemática; transmissão ou experiência social; equilibração; motivação; interesses e valores; valores e
sentimentos. A aprendizagem é sempre provocada por situações externas ao sujeito, supondo a atuação do sujeito
sobre o meio, mediante experiências. A aprendizagem será a aquisição que ocorre em função da experiência e que
terá caráter imediato. Ela poderá ser: experiência física - comporta ações diferentes em função dos objetos e
consiste no desenvolvimento de ações sobre esses objetos para descobrir as propriedades que são abstraídas deles
próprios, é o produto das ações do sujeito sobre o objeto; e experiência lógico-matemática – o sujeito age sobre os
objetos de modo a descobrir propriedades e relações que são abstraídas de suas próprias ações, ou seja, resulta da
coordenação das ações que o sujeito exerce sobre os objetos e da tomada de consciência dessa coordenação. Essas
duas experiências estão inter-relacionadas, uma é condição para o surgimento da outra.
Para que ocorra uma adaptação ao seu ambiente, o indivíduo deverá equilibrar uma descoberta, uma ação
com outras ações. A base do processo de equilibração está na assimilação e na acomodação, isto é, promove a
reversibilidade do pensamento, é um processo ativo de auto-regulação. Piaget afirma que, para a criança adquirir
pensamento e linguagem, deve passar por várias fases de desenvolvimento psicológico, partindo do individual para o
social. Segundo ele, o falante passa por pensamento autístico, fala egocêntrica para atingir o pensamento lógico,
sendo o egocentrismo o elo de ligação das operações lógicas da criança. No processo de egocentrismo, a criança vê o
mundo a partir da perspectiva pessoal, assimilando tudo para si e ao seu próprio ponto de vista, estando o
pensamento e a linguagem centrados na criança. Para Piaget, o desenvolvimento mental dá-se espontaneamente a
partir de suas potencialidades e da sua interação com o meio. O processo de desenvolvimento mental é lento,
ocorrendo por meio de graduações sucessivas através de estágios: período da inteligência sensório-motora; período
da inteligência pré-operatória; período da inteligência operatória-concreta; e período da inteligência operatório-
formal.

DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM PARA PIAGET

Ao elaborar a teoria psicogenética, Piaget procurou mostrar quais as mudanças qualitativas por quais passa
a criança, desde o estágio inicial de uma inteligência prática (período sensório-motor), até o pensamento formal,
lógico-dedutivo, a partir da adolescência. A adaptação do sujeito vai ocorrendo, de maneira que é necessário
investigar. Para que esta adaptação se torne abrangente, é necessário investigar como esses conhecimentos são
adquiridos. Este questionamento é o interesse principal da epistemologia genética. Dolle (1993). Segundo Piaget, o
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conhecimento não pode ser aceito como algo predeterminado desde o nascimento ou de acordo com a teoria
inatista, nem resultado do simples registro de percepções e informações como comenta o empirismo. Resulta das
ações e interações do sujeito com o ambiente onde vive.
Todo o conhecimento é uma construção que vai sendo elaborada desde a infância, através da interação
sujeito com os objetos que procura conhecer, sejam eles do mundo físico ou cultural. Os objetos do conhecimento
têm propriedades e particularidades que nem sempre são assimiladas pela pessoa. Por isso, uma criança que já
construiu o esquema de sugar, com maior facilidade utiliza a mamadeira, mas terá que modificar o esquema para
chupeta, comer com colher, etc. Também será mais fácil para essa criança, ela já tem esquemas assimilados. A este
processo de ampliação ou modificação de um esquema de assimilação. Piaget chamou de acomodação, embora seja
estimulado pelo objeto, é também possível graças à atividade do sujeito, pois é este que se transforma para a
elaboração de novos conhecimentos. Com sucessivas aproximações, construindo acomodações e assimilações,
completa-se o processo a que Piaget chamou de adaptação. A cada adaptação constituída e realizada, o esquema
assimilador se torna solidificado e disponível para que a pessoa realize novas acomodações. O que promove este
movimento é o processo de equilibração, conceito central na teoria construtivista. Diante de um estímulo, o
indivíduo pode olhar como desafio, uma suposta falta no conhecimento, faz com que a pessoa se “desequilibra”
intelectualmente, fica curioso, instigado, motivado e, através de assimilações e acomodações, procura restabelecer o
equilíbrio que é sempre dinâmico, pois é alcançado por meio de ações físicas e também mentais. O pensamento vai
se tornando cada vez mais complexo e abrangente, interagindo com objetos do conhecimento cada vez mais
diferentes e abstratos. A educação é um processo necessário, é importante considerar o principal objetivo da
educação que é autonomia, tanto intelectual como moral. A criança vai usando o sistema, pela sua própria estrutura
mental, que Piaget destaca, a lógica, a moral, a linguagem e a compreensão de regras sociais que não são inatas, que
não são impostas de dentro para fora e sim construídas pelo sujeito ao longo do desenvolvimento, através de
estágios diferentes um do outro. A afetividade está correlacionada a esta inteligência e desempenha papel de uma
fonte energética da qual dependeria o funcionamento da inteligência. ”A afetividade pode ser a causa de
acelerações ou retardos no desenvolvimento intelectual e que ela própria não engendra estruturas cognitivas, nem
modifica as estruturas do funcionamento nas quais intervém”.

TEORIA DO DESENVOLVIMENTO DE HENRY WALLON

A criança, para Wallon, é essencialmente emocional e gradualmente vai constituindo-se em um ser


sóciocognitivo. O autor estudou a criança contextualizada, como uma realidade viva e total no conjunto de seus
comportamentos, suas condições de existência. Segundo GALVÃO (2000), Wallon argumenta que as trocas
relacionais da criança com os outros são fundamentais para o desenvolvimento da pessoa. As crianças nascem
imersas em um mundo cultural e simbólico, no qual ficarão envolvidas em um "sincretismo subjetivo", por pelo
menos três anos. Durante esse período, de completa indiferenciação entre a criança e o ambiente humano, sua
compreensão das coisas dependerá dos outros, que darão às suas ações e movimentos formato e expressão.
Antes do surgimento da linguagem falada, as crianças comunicam-se e constituem-se como sujeitos com
significado, através da ação e interpretação do meio entre humanos, construindo suas próprias emoções, que é seu
primeiro sistema de comunicação expressiva. Estes processos comunicativos-expressivos acontecem em trocas
sociais como a imitação. Imitando, a criança desdobra, lentamente, a nova capacidade que está a construir (pela
participação do outro ela se diferenciará dos outros) formando sua subjetividade. Pela imitação, a criança expressa
seus desejos de participar e se diferenciar dos outros constituindo-se em sujeito próprio. Wallon propõe estágios de
desenvolvimento, assim como Piaget, porém, ele não é adepto da idéia de que a criança cresce de maneira linear. O
desenvolvimento humano tem momentos de crise, isto é, uma criança ou um adulto não são capazes de se
desenvolver sem conflitos. A criança se desenvolve com seus conflitos internos e, para ele, cada estágio estabelece
uma forma específica de interação com o outro, é um desenvolvimento conflituoso.No início do desenvolvimento
existe uma preponderância do biológico e após o social adquire maior força. Assim como Vygotsky, Wallon acredita
que o social é imprescindível. A cultura e a linguagem fornecem ao pensamento os elementos para evoluir, sofisticar.
A parte cognitiva social é muito flexível, não existindo linearidade no desenvolvimento, sendo este descontínuo e,
por isso, sofre crises, rupturas, conflitos, retrocessos, como um movimento que tende ao crescimento
De acordo com GALVÃO no primeiro ano de vida, a criança interage com o meio regida pela afetividade,
isto é, o estágio impulsivo-emocional, definido pela simbiose afetiva da criança em seu meio social. A criança começa
a negociar, com seu mundo sócio-afetivo, os significados próprios, via expressões tônicas. As emoções intermediam
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sua relação com o mundo. Do estágio sensório-motor ao projetivo (1 a 3 anos), predominam as atividades de
investigação, exploração e conhecimento do mundo social e físico. No estágio sensório-motor, permanece a
subordinação a um sincretismo subjetivo (a lógica da criança ainda não está presente). Neste estágio predominam as
relações cognitivas da criança com o meio. Wallon identifica o sincretismo como sendo a principal característica do
pensamento infantil. Os fenômenos típicos do pensamento sincrético são: fabulação, contradição, tautologia e
elisão. Na gênese da representação, que emerge da imitação motora-gestual ou motricidade emocional, as ações da
criança não mais precisarão ter origem na ação do outro, ela vai “desprender-se” do outro, podendo voltar-se para a
imitação de cenas e acontecimentos, tornando-se habilitada à representação da realidade. Este salto qualitativo da
passagem do ato imitativo concreto e a representação é chamado de simulacro. No simulacro, que é a imitação em
ato, forma-se uma ponte entre formas concretas de significar e representar e níveis semióticos de representação.
Essa é a forma pela qual a criança se desloca da inteligência prática ou das situações para a inteligência verbal ou
representativa.
Dos 3 aos 6 anos, no estágio personalístico, aparece a imitação inteligente, a qual constrói os significados
diferenciados que a criança dá para a própria ação. Nessa fase, a criança está voltada novamente para si própria.
Para isso, a criança coloca-se em oposição ao outro num mecanismo de diferenciar-se. A criança, mediada pela fala e
pelo domínio do “meu/minha”, faz com que as idéias atinjam o sentimento de propriedade das coisas. A tarefa
central é o processo de formação da personalidade. Aos 6 anos a criança passa ao estágio categorial trazendo
avanços na inteligência. No estágio da adolescência, a criança voltase a questões pessoais, morais, predominando a
afetividade. Ainda conforme GALVÃO é nesse estágio que se intensifica a realização das diferenciações necessárias à
redução do sincretismo do pensamento. Esta redução do sincretismo e o estabelecimento da função categorial
dependem do meio cultural no qual está inserida a criança.

TEORIA DO DESENVOLVIMENTO DE LEV S. VYGOTSKY

Para Vygotsky, a criança nasce inserida num meio social, que é a família, e é nela que estabelece as
primeiras relações com a linguagem na interação com os outros. Nas interações cotidianas, a mediação (necessária
intervenção de outro entre duas coisas para que uma relação se estabeleça) com o adulto acontece
espontaneamente no processo de utilização da linguagem, no contexto das situações imediatas. Essa teoria apóia-se
na concepção de um sujeito interativo que elabora seus conhecimentos sobre os objetos, em um processo mediado
pelo outro. O conhecimento tem gênese nas relações sociais, sendo produzido na intersubjetividade e marcado por
condições culturais, sociais e históricas.
Segundo Vygotsky, o homem se produz na e pela linguagem, isto é, é na interação com outros sujeitos que
formas de pensar são construídas por meio da apropriação do saber da comunidade em que está inserido o sujeito.
A relação entre homem e mundo é uma relação mediada, na qual, entre o homem e o mundo existem elementos
que auxiliam a atividade humana. Estes elementos de mediação são os signos e os instrumentos. O trabalho
humano, que une a natureza ao homem e cria, então, a cultura e a história do homem, desenvolve a atividade
coletiva, as relações sociais e a utilização de instrumentos. Os instrumentos são utilizados pelo trabalhador,
ampliando as possibilidades de transformar a natureza, sendo assim, um objeto social. Os signos também auxiliam
nas ações concretas e nos processos psicológicos, assim como os instrumentos. A capacidade humana para a
linguagem faz com que as crianças providenciem instrumentos que auxiliem na solução de tarefas difíceis, planejem
uma solução para um problema e controlem seu comportamento. Signos e palavras são para as crianças um meio de
contato social com outras pessoas. Para Vygotsky, signos são meios que auxiliam/facilitam uma função psicológica
superior (atenção voluntária, memória lógica, formação de conceitos, etc.), sendo capazes de transformar o
funcionamento mental. Desta maneira, as formas de mediação permitem ao sujeito realizar operações cada vez mais
complexas sobre os objetos.
Segundo Vygotsky, ocorrem duas mudanças qualitativas no uso dos signos: o processo de internalização e a
utilização de sistemas simbólicos. A internalização é relacionada ao recurso da repetição onde a criança apropria-se
da fala do outro, tornando-a sua. Os sistemas simbólicos organizam os signos em estruturas, estas são complexas e
articuladas. Essas duas mudanças são essenciais e evidenciam o quanto são importantes as relações sociais entre os
sujeitos na construção de processos psicológicos e no desenvolvimento dos processos mentais superiores. Os signos
internalizados são compartilhados pelo grupo social, permitindo o aprimoramento da interação social e a
comunicação entre os sujeitos. As funções psicológicas superiores aparecem, no desenvolvimento da criança, duas
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vezes: primeiro, no nível social (entre pessoas, no nível interpsicológico) e, depois, no nível individual (no interior da
criança, no nível intrapsicológico). Sendo assim, o desenvolvimento caminha do nível social para o individual. Como
visto, exige-se a utilização de instrumentos para transformar a natureza e, da mesma forma, exige-se o
planejamento, a ação coletiva, a comunicação social. Pensamento e linguagem associam-se devido à necessidade de
intercâmbio durante a realização do trabalho. Porém, antes dessa associação, a criança tem a capacidade de resolver
problemas práticos (inteligência prática), de fazer uso de determinados instrumentos para alcançar determinados
objetivos. Vygotsky chama isto de fase pré-verbal do desenvolvimento do pensamento e uma fase pré-intelectual no
desenvolvimento da linguagem. Por volta dos 2 anos de idade, a fala da criança torna-se intelectual, generalizante,
com função simbólica, e o pensamento torna-se verbal, sempre mediado por significados fornecidos pela linguagem.
Esse impulso é dado pela inserção da criança no meio cultural, ou seja, na interação com adultos mais capazes da
cultura que já dispõe da linguagem estruturada. Vygotsky destaca a importância da cultura; para ele, o grupo cultural
fornece ao indivíduo um ambiente estruturado onde os elementos são carregados de significado cultural. Os
significados das palavras fornecem a mediação simbólica entre o indivíduo e o mundo, ou seja, como diz VYGOTSKY
(1987), é no significado da palavra que a fala e o pensamento se unem em pensamento verbal. Para ele, o
pensamento e a linguagem iniciam-se pela fala social, passando pela fala egocêntrica, atingindo a fala interior que é
pensamento reflexivo.
A fala egocêntrica emerge quando a criança transfere formas sociais e cooperativas de comportamento
para a esfera das funções psíquicas interiores e pessoais. No início do desenvolvimento, a fala do outro dirige a ação
e a atenção da criança. Esta vai usando a fala de forma a afetar a ação do outro. Durante esse processo, ao mesmo
tempo que a criança passa a entender a fala do outro e a usar essa fala para regulação do outro, ela começa a falar
para si mesma. A fala para si mesma assume a função autoreguladora e, assim, a criança torna-se capaz de atuar
sobre suas próprias ações por meio da fala. Para Vygotsky, o surgimento da fala egocêntrica indica a trajetória da
criança: o pensamento vai dos processos socializados para os processos internos. A fala interior, ou discurso interior,
é a forma de linguagem interna, que é dirigida ao sujeito e não a um interlocutor externo. Esta fala interior, se
desenvolve mediante um lento acúmulo de mudanças estruturais, fazendo com que as estruturas de fala que a
criança já domina, tornem-se estruturas básicas de seu próprio pensamento. A fala interior não tem a finalidade de
comunicação com outros, portanto, constitui-se como uma espécie de “dialeto pessoal”, sendo fragmentada,
abreviada. A relação entre pensamento e palavra acontece em forma de processo, constituindo-se em um
movimento contínuo de vaivém do pensamento para a palavra e vice-versa. Esse processo passa por transformações
que, em si mesmas, podem ser consideradas um desenvolvimento no sentido funcional. VYGOTSKY diz que o
pensamento nasce através das palavras. É apenas pela relação da criança com a fala do outro em situações de
interlocução, que a criança se apropria das palavras, que, no início, são sempre palavras do outro. Por isso, é
fundamental que as práticas pedagógicas trabalhem no sentido de esclarecer a importância da fala no processo de
interação com o outro.
Segundo VYGOTSKY (1989), a aprendizagem tem um papel fundamental para o desenvolvimento do saber,
do conhecimento. Todo e qualquer processo de aprendizagem é ensino-aprendizagem, incluindo aquele que
aprende, aquele que ensina e a relação entre eles. Ele explica esta conexão entre desenvolvimento e aprendizagem
através da zona de desenvolvimento proximal (distância entre os níveis de desenvolvimento potencial e nível de
desenvolvimento real), um “espaço dinâmico” entre os problemas que uma criança pode resolver sozinha (nível de
desenvolvimento real) e os que deverá resolver com a ajuda de outro sujeito mais capaz no momento, para em
seguida, chegar a dominá-los por si mesma (nível de desenvolvimento potencial).

DESENVOLVIMENTO PROXIMAL E DESENVOLVIMENTO REAL PARA VYGOTSKY

Para Vygotsky (1987), a zona de desenvolvimento proximal representa o espaço entre o nível de
desenvolvimento real, ou seja, aquele momento, onde a criança era apta a resolver um problema sozinha, e o nível
de desenvolvimento potencial, a criança o fazia com colaboração de um adulto ou um companheiro. A referência da
zona de desenvolvimento proximal implica na compreensão de outras idéias que completa a idéia central, tais como:
a) O que a criança consegue hoje com a colaboração de uma pessoa mais especializada, mais tarde poderá realizar
sozinha. b) A criança consegue autonomia na resolução do problema, através da assistência e auxílio do adulto, ou
por outra criança mais velha, formando desta forma uma construção dinâmica entre aprendizagem e
desenvolvimento. c) Segundo Vygotsky (1987), a aprendizagem acelera processos superiores internos que são
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capazes de atuar quando a criança encontra interagida com o meio ambiente e com outras pessoas. O autor ressalta
a importância de que esses processos sejam internalizados pela criança.
Vygotsky colocou que “as funções mentais superiores são produto do desenvolvimento sócio-histórico da
espécie, sendo que a linguagem funciona como mediador”. Lima (1990), por isso que a sua teoria ficou conhecida
como sócio-interacionista. Não se pode ignorar o papel desempenhado pelas crianças ao se relacionarem e
interagirem com outras pessoas, que sejam professores, pais e outras crianças mais velhas e mais experientes. A
mediação é a forma de conceber o percurso transcorrido pela pessoa no seu processo de aprender. Quando o
professor, se utilizando a mediação, consegue chegar à zona de desenvolvimento proximal, através dos “porquês” e
dos “como”, ele pode atingir maneiras através das quais a instrução será mais útil para a criança. Desta forma, o
professor terá condições de não só utilizar meios concretos, visuais e reais, mas, com maior propriedade, fazer uso
de recursos que se reportem ao pensamento abstrato, ajudando à criança a superar suas capacidades.

AGRESIVIDADE E APRENDIZAGEM

O crescente aparecimento de comportamentos agressivos nas escolas tem cada vez mais preocupado pais e
principalmente professores. A preocupação fica ainda maior quando nos remete o fato de que a escola é um local
onde as crianças estão para aprender regras e valores. Ao contrário do que muitas pessoas acreditam, a
agressividade não aparece só em escolas públicas, aparece também nas escolas particulares. Do mesmo modo que
não se vê diferença entre as escolas da área rural e urbana nesse aspecto. É importante afirmar que não estamos
falando somente de agressões físicas, estamos tratando também de falas e atitudes hostis. Esse comportamento,
quando apresentado por crianças, costuma estar relacionado a problemas familiares. Os estudantes podem ter em
casa um modelo de solucionar problemas de forma agressiva ou explosiva. E uma vez o comportamento aprendido,
ele poderá ser reproduzido em todo lugar, inclusive na escola, para com os colegas ou até mesmo com os
professores. Comportamento agressivo na escola vem se tornando um dos vários fatores que atrapalham a
aprendizagem atualmente, já que não são somente as crianças que praticam ou sofrem agressões que se prejudicam
nesse caso.
Temos de levar em consideração que as crianças que assistem a esses episódios agressivos tendem a
experimentar sensações como o medo e a ansiedade. Causa ansiedade nas crianças expectadoras por nada poderem
fazer para ajudar o colega agredido, pois tal atitude penderia para fazer da criança delatora o próximo alvo. E grande
parte das crianças sente medo de passar por tal situação. Essas sensações descritas não são adequadas para um
ambiente de aprendizado. Como se pode perceber, toda a turma sai prejudicada por essas circunstâncias. Para
solucionar ou amenizar o problema, em alguns casos é viável fazer um trabalho psicológico com o aluno agressivo,
auxiliando-o a lidar com os problemas em casa e dessa forma fazendo com que a agressividade diminua. Em outros
casos mais agravados, se faz necessário um trabalho de parceria da escola com a família, onde possam existir trocas
de experiências, para que desse modo todos possam compartilhar suas dificuldades e dúvidas. Para que a escola
possa orientar os pais sobre como o comportamento da criança na escola pode ser reflexo do comportamento da
família em casa, e de como eles podem agir para reverter à situação.

AFETIVIDADE E APRENDIZAGEM

Somos profissionais do ensino, nossa tarefa é ajudar os alunos em seu aprendizado; buscamos seu êxito e
não seu fracasso, e a qualidade de nossa relação com os alunos podem ser determinantes para conseguir nosso
objetivo profissional.Uma relação afetiva com os seus alunos, evidentemente, não implica diminuir a autonomia
docente em sala de aula. Pelo contrário, a ênfase na emoção e na afetividade humana imprime ao professor a
essência humanizadora de seu próprio ser. Cabe, assim, descartar a frase: “na sala de aula, eu me limito a ensinar;
relaciono-me com os alunos apenas fora da classe [...]” Quando o professor interage com os alunos de maneira
afetiva, a aprendizagem se torna intencionalmente significativa. Conforme o professor se apresenta e ministra suas
aulas, os alunos terão apatia ou simpatia pela disciplina que ele leciona. Uma influência específica vem da relação do
professor com os alunos (disponibilidade, interesse manifestado por todos os alunos, paciência, boa preparação das
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aulas, etc.). Além disso, quer se pretenda conscientemente quer não, os métodos utilizados na sala de aula, os
exercícios, as práticas, etc. podem influenciar notavelmente não só no aprendizado dos conteúdos ou habilidades
dos alunos, mas também em suas atitudes, com relação à matéria, ao estudo, e ao trabalho, assim como a respeito
de si mesmos (MORALES, 1999).
Concretizar tudo isso não é fácil. Muitas vezes, é necessária a mudança da prática educativa visando à
formação do aluno e promovendo a sua participação: ver o aluno como um sujeito social com direitos e deveres,
oportunizando o acesso e a construção do conhecimento. O professor precisa saber buscar, agir e refletir, ensinar e
aprender, construindo uma relação interativa com os alunos. Segundo Tisatto e Simadon (2002), “todas as pessoas
são merecedoras da confiança, da amizade e do respeito dos outros”. Vive-se em relação com as outras pessoas nas
diversas esferas da vida, cada uma com maneiras diferentes de perceber, de interpretar o que está ao seu redor.
Saber lidar com elas é uma arte necessária ao sucesso de qualquer atividade humana. As crianças, mais do que
ninguém, precisam da ajuda do professor para uma interação com a escola e com outras crianças. Neste sentido,
quando as crianças chegam à escola, precisam ser recebidos com amor, carinho, respeito e afeto. Cabe ao educador
respeitar e despertar a curiosidade dos seus educandos. Isto quer dizer que o aluno tem o direito de participar das
atividades de planejamento, execução e avaliação das matérias escolares; o aluno deve manifestar livremente suas
opinião e até mesmo ser estimulado a fazê - lo sem medo de ser ignorado e/ou contrariado pelo professor. Sendo
assim, o professor estará respeitando o aluno, de maneira participativa e afetiva, sem perder sua autonomia.
O professor que desrespeita a curiosidade do educando, o seu gosto estético, a sua inquietude, a sua
linguagem, mais precisamente a sua sintaxe e a sua prosódia; o professor que ironiza o aluno que o minimiza, que
manda que ‘ele se ponha no seu lugar (...), transgride os princípios fundamentalmente éticos de nossa existência
(FREIRE 1999). Se levar em consideração que os alunos possuem características comuns, mas também características
diferenciadas entende-se que as características comuns são a manifestação pelo desejo de aprender e a expectativa
de que a escola possa melhorar sua vida. Por outro lado, as características diferenciadas englobam alguns fatores,
tais como constituição física, aparência, nível intelectual, sociabilidade, temperamento, antecedentes familiares e
condições socioeconômicas. É no respeito às diferenças das crianças e na condução adequada de formas de
tratamento a todos com igualdade, amor e afeto que o aluno terá sucesso na aprendizagem cognitiva. Assim, o
sucesso da aprendizagem se caracteriza como resultado da afetividade por parte do professor.
Ser educador requer muita responsabilidade, comprometimento e muito amor pelo que faz. Para que seu
trabalho seja realizado com amor, é preciso que este profissional esteja se identificando e se sinta realizado em sua
profissão. Para Werneck (2002): É preciso que ele ame o que faz e o espaço físico em que trabalha, porque sua
realização como pessoa não poderá construir-se estando embasada em ilusões, formas imaginárias, mas somente se
estiver pautada na realidade concreta e iluminada pela esperança de que é possível mudar, confiança em si mesmo e
certeza de que a estrada é longa e que, contudo, não a percorremos sozinhos. A escola que cria um clima de afeto,
simpatia, compreensão, respeito mútuo e democracia, ou seja, um lugar onde todos compartilhem suas experiências
e opiniões proporcionam o envolvimento de todos os segmentos que dela fazem parte. Esta relação afetiva constitui
incentivo para o desenvolvimento da aprendizagem cognitiva. É importante que o educando seja orientado e
motivado para a busca efetiva da construção do conhecimento. A participação da família também é muito
importante para o sucesso e faz parte integrante desse processo. A escola deve facilitar a presença dos pais no
cotidiano escolar porque uma escola não se faz de paredes, mas de pessoas e ideais compartilhados.

LUDICO E APRENDIZAGEM

O lúdico tem sua origem na palavra latina "ludus" que quer dizer "jogo”. Caso achasse confinada a sua
origem, o termo lúdico estaria se referindo apenas ao jogar, ao brincar, ao movimento espontâneo. O lúdico passou
a ser reconhecido como traço essencial de psicofisiologia do comportamento humano. De modo que a definição
deixou de ser o simples sinônimo de jogo. O Lúdico apresenta valores específicos para todas as fases da vida
humana. Assim, na idade infantil e na adolescência a finalidade é essencialmente pedagógica.
A ludicidade, tão importante para a saúde mental do ser humano é um espaço que merece atenção dos
pais e educadores, pois é o espaço para expressão mais genuína do ser, é o espaço e o direito de toda a criança para
o exercício da relação afetiva com o mundo, com as pessoas e com os objetos. O lúdico possibilita o estudo da
relação da criança com o mundo externo, integrando estudos específicos sobre a importância do lúdico na formação
da personalidade. Através da atividade lúdica e do jogo, a criança forma conceitos, seleciona idéias, estabelece
relações lógicas, integra percepções, faz estimativas compatíveis com o crescimento físico e desenvolvimento e, o
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que é mais importante, vai se socializando. A convivência de forma lúdica e prazerosa com a aprendizagem
proporcionará a criança estabelecer relações cognitivas às experiências vivenciadas, bem como relacioná-la as
demais produções culturais e simbólicas conforme procedimentos metodológicos compatíveis a essa prática. Várias
são as razões que levam os educadores a recorrer às atividades lúdicas e a utilizá-las como um recurso no processo
de ensino-aprendizagem:
• As atividades lúdicas correspondem a um impulso natural da criança, e neste sentido, satisfazem uma
necessidade interior, pois o ser humano apresenta uma tendência lúdica;
• O lúdico apresenta dois elementos que o caracterizam: o prazer e o esforço espontâneo. Ele é
considerado prazeroso, devido a sua capacidade de absorver o indivíduo de forma intensa e total, criando um clima
de entusiasmo. É este aspecto de envolvimento emocional que o torna uma atividade com forte teor motivacional,
capaz de gerar um estado de vibração e euforia. Em virtude desta atmosfera de prazer dentro da qual se desenrola, a
ludicidade é portadora de um interesse intrínseco, canalizando as energias no sentido de um esforço total para
consecução de seu objetivo. Portanto, as atividades lúdicas são excitantes, mas também requerem um esforço
voluntário;
• As situações lúdicas mobilizam esquemas mentais. Sendo uma atividade física e mental, a ludicidade
aciona e ativa as funções psico-neurológicas e as operações mentais, estimulando o pensamento.
Em geral, o elemento que separa um jogo pedagógico de um outro de caráter apenas lúdico é este:
desenvolve-se o jogo pedagógico com a intenção de provocar aprendizagem significativa, estimular a construção de
novo conhecimento e principalmente despertar o desenvolvimento de uma habilidade operatória, ou seja, o
desenvolvimento de uma aptidão ou capacidade cognitiva e apreciativa específica que possibilita a compreensão e a
intervenção do indivíduo nos fenômenos sociais e culturais e que o ajude a construir conexões.

O APRENDER ATRAVÉS DO BRINCAR

O brincar e o jogar são atos indispensáveis à saúde física, emocional e intelectual e sempre estiveram
presentes em qualquer povo desde os mais remotos tempos. Através deles, a criança desenvolve a linguagem, o
pensamento, a socialização, a iniciativa e a auto-estima, preparando-se para ser um cidadão capaz de enfrentar
desafios e participar na construção de um mundo melhor. O jogo e a brincadeira são, por si só, uma situação de
aprendizagem. As regras e a imaginação favorecem a criança comportamento além dos habituais. Ela reproduz
muitas situações vividas em seu cotidiano, que através do “faz-de-conta” são reelaboradas criativamente,
vislumbrando novas possibilidades e interpretações do real.
Segundo Redin (2000): A criança que joga está reinventando grande parte do saber humano. Além do valor
inconteste do movimento interno e externo para os desenvolvimentos físicos, psíquicos e motor, além do tateio, que
é a maneira privilegiada de contato com o mundo, a criança sadia possui a capacidade de agir sobre o mundo e os
outros através da fantasia, da imaginação e do simbólico, pelos quais o mundo tem seus limites ultrapassados: a
criança cria o mundo e a natureza, o forma e o transforma e, neste momento, ela se cria e se transforma. O mundo
da fantasia, da imaginação, do jogo, do brinquedo e da brincadeira, além de prazeroso também é um mundo onde a
criança está em exercício constante, não apenas nos aspectos físicos ou emocionais, mas, sobretudo no aspecto
intelectual. Mas o que pudemos observar nas realizações dos estágios, é que o lúdico e o brincar estão mais
presentes na educação infantil do que nas séries iniciais. Nesta, a sala de aula é apresentada como coisa séria, não
permitindo espaço para o divertimento; o rigor e a disciplina são mantidos em nome dos padrões institucionais, o
que torna o ambiente infantil artificial, longe dos gostos das crianças. O brincar se resume em ouvir histórias ou
cantar algumas músicas. A hora do recreio e a hora da saída se tornam os únicos momentos em que as crianças
desnudam da responsabilidade da escola para permitir-se brincar e ser criança.
Os professores estão mais preocupados com o conteúdo, com o silencio e a organização na sala de aula.
Eles devem ter em mente que o jogo não é simplesmente um “passatempo” para distrair os alunos, ao contrário,
corresponde a uma profunda exigência do organismo e ocupa lugar de extraordinária importância na educação
escolar. Estimula o crescimento e o desenvolvimento, a coordenação muscular, as faculdades intelectuais, a
iniciativa individual, favorecendo o advento e o progresso da palavra. Estimula a observar e conhecer as pessoas e as
coisas do ambiente em que se vive. Através do jogo o indivíduo pode brincar naturalmente, testar hipóteses,
explorar toda a sua espontaneidade criativa. O jogo é essencial para que a criança manifeste sua criatividade,
utilizando suas potencialidades de maneira integral. É somente sendo criativo que a criança descobre seu próprio eu
(TEZANI, 2004). Segundo Santos (2000): Educadores e pais necessitam ter clareza quanto aos brinquedos,
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brincadeiras e/ou jogos que são necessários para as crianças, sabendo que eles trazem enormes contribuições ao
desenvolvimento da habilidade de aprender e pensar. No jogo, ela está livre para explorar, brincar e/ou jogar com
seus próprios ritmos, para autocontrolar suas atividades, muitas vezes é reforçada com respostas imediatas de
sucesso ou encorajada tentar novamente, se da primeira alternativa não obteve o resultado esperado.
Os educadores e pais devem estar cientes que brincar só faz bem para a criança, e que ela desenvolve,
amadurece e aprende ao mesmo tempo, pois ao brincar se sente livre para criar e recriar o mundo ao seu modo. Os
jogos, os brinquedos e as brincadeiras são atividades fundamentais nas áreas de estimulação da educação infantil e
nas séries iniciais, e é uma das formas mais natural e prazerosa no processo de aprendizagem. Através das
observações e da prática em sala de aula, constatamos que os jogos e brincadeiras mais freqüentes na educação
infantil são: massinha de modelar, pintura, rodas e cantigas, contar histórias, brincadeiras livres com brinquedos e
atividades no parquinho da escola. Já nas séries iniciais geralmente são utilizados os jogos educativos, tais como,
quebra-cabeça, jogos matemáticos, jogo de memória e a educação física. A impressão que tivemos, foi que os
professores das séries iniciais afastam o lúdico da vivência dos alunos em sala de aula, ao invés de aproveitarem
como instrumento facilitador da aprendizagem. Pois trabalhar de forma lúdica exige mais tempo, envolvimento e
dedicação e muitos não estão dispostos a sair de suas posições cômodas. Quanto mais rica for à experiência pela
criança, maior será o material disponível e acessível a sua imaginação, daí a necessidade do professor ampliar, cada
vez mais, as vivências da criança com os jogos, brinquedos e brincadeiras. A ludicidade deve permear o espaço
escolar a fim de transformá-lo num espaço de descobertas, de imaginação, de criatividade, enfim, num lugar onde as
crianças sintam prazer pelo ato de aprender. As crianças estão sempre dispostas a jogar e brincar. Cabe ao educador
propor atividades que promovam essa motivação, que envolvam os alunos e o conhecimento, proporcionando uma
aprendizagem de qualidade.

MOTIVAÇÃO E APRENDIZAGEM

Atualmente a motivação dos alunos para a aprendizagem é o centro das atenções no processo
educaticional, uma vez que este reconhece que a aprendizagem é um processo pessoal, reflexivo e sistemático que
depende do despertar das potencialidades do educando, de maneira sozinha ou com a ajuda do educador. Segundo
o dicionário Silveira Bueno, motivação quer dizer exposição de motivos ou causas; animação; entusiasmo. Através
dessas definições, pode-se constatar que estar motivado é estar animado, entusiasmado. Para isso, é necessário ter
motivos para se chegar a esse estado. Qualquer coisa que se faça na vida, é necessário primeiro a vontade de realizá-
la, senão nada acontece. Isso também ocorre na educação. Educação requer Ação e como resultado dessa ação, há o
APRENDIZADO. Mas para que se realize a ação e esta resulte no aprendizado é necessário, inicialmente, que haja a
VONTADE, nesse caso, a vontade de aprender. O professor deve descobrir estratégias, recursos para fazer com que o
aluno queira aprender, em outras palavras, deve fornecer estímulos para que o aluno se sinta motivado a aprender.
Como por exemplo:
• Dar tratamento igual a todos os alunos;
• Aproveitar as vivências que o aluno já tem e traz para a escola no momento de montar o currículo,
incluir temas que tenham relação, isto é, estejam ligados à realidade do aluno, a sua história de vida, respeitando a
sua vida social, familiar;
• Mostrar-se disponível para o aluno, ou seja, mostrar que ele pode contar sempre com o professor;
• Ser paciente e compreensivo com o aluno;
• Procurar elevar a auto-estima do aluno, respeitando-o e valorizando-o;
• Utilizar métodos e estratégias variadas e propostas de atividades desafiadoras.
O processo de aprendizagem é pessoal, sendo resultado de construção e experiências passadas que
influenciam as aprendizagens futuras. Dessa forma a aprendizagem numa perspectiva cognitivoconstrutivista é como
uma construção pessoal resultante de um processo experimental, interior à pessoa e que se manifesta por uma
modificação de comportamento. Ao aprender o sujeito acrescenta aos conhecimentos que possui novos
conhecimentos, fazendo ligações àqueles já existentes. E durante o seu trajeto educativo tem a possibilidade de
adquirir uma estrutura cognitiva clara, estável e organizada de forma adequada, tendo a vantagem de poder
consolidar conhecimentos novos, complementares e relacionados de alguma forma. O principal objetivo da
educação é o de levar o aluno com um certo nível inicial a atingir um determinado nível final. Se conseguir fazer com
que o aluno passe de um nível para outro, então terá registrado um processo de aprendizagem. Cabe aos
educadores proporcionar situações de interação tais, que despertem no educando motivação para interação com o
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objeto do conhecimento, com seus colegas e com os próprios professores. Porque, mesmo que a aprendizagem
ocorra na intimidade do sujeito, o processo de construção do conhecimento dá-se na diversidade e na qualidade das
suas interações. Por isso a ação educativa da escola deve propiciar ao aluno oportunidades para que esse seja
induzido a um esforço intencional, visando resultados esperados e compreendidos.

DESENVOLVIMENTO

A aprendizagem está envolvida em múltiplos fatores, que se implicam mutuamente e que embora
possamos analisá-los separadamente, fazem parte de um todo que depende, quer na sua natureza, quer na sua
qualidade, de uma série de condições internas e externas ao sujeito. No entanto, para a Psicologia, o conceito de
aprendizagem não é tão simples assim. Há diversas possibilidades de aprendizagem, ou seja, há diversos fatores que
nos leva a aprender um comportamento que anteriormente não apresentávamos um crescimento físico,
descobertas, tentativas e erros, ensino, etc. (BOCK, 1999) A aprendizagem é um fenômeno extremamente complexo,
envolvendo aspectos cognitivos, emocionais, orgânicos, psicossociais e culturais. A aprendizagem é resultante do
desenvolvimento de aptidões e de conhecimentos, bem como da transferência destes para novas situações. De
acordo com Bock o processo de organização das informações e de integração do material à estrutura cognitiva é o
que os cognitivistas denominam aprendizagem. A abordagem cognitivista diferencia a aprendizagem mecânica da
aprendizagem significativa. Bock destaca que a aprendizagem mecânica refere-se à aprendizagem de novas
informações com pouca ou nenhuma associação com conceitos já existentes na estrutura cognitiva. Já a
aprendizagem significativa, segundo a autora, processa-se quando um novo conteúdo (idéias ou informações),
relaciona-se com conceitos relevantes, claros e disponíveis na estrutura cognitiva, sendo assim assimilado. É
necessário refletir que cada indivíduo apresenta um conjunto de estratégias cognitivas que mobilizam o processo de
aprendizagem. Em outras palavras, cada pessoa aprende a seu modo, estilo e ritmo. Embora haja discordâncias entre
os estudiosos, estes são quatro categorias representativas dos estilos de aprendizagem. O conhecimento pode ainda
ser aprendido como um processo ou como um produto. Quando nos referimos a uma acumulação de teorias, idéias
e conceitos o conhecimento surge como um produto resultante dessas aprendizagens, mas como todo produto é
indissociável de um processo, podemos então olhar o conhecimento como uma atividade intelectual através da qual
é feita a apreensão de algo exterior à pessoa. No nível social podemos considerar a aprendizagem como um dos
pólos do par ensino-aprendizagem, cuja síntese constitui o processo educativo. Tal processo compreende todos os
comportamentos dedicados à transmissão da cultura, inclusive os objetivados como instituições que, específica
(escola) ou secundariamente (família), promovem a educação. Através dela o sujeito histórico exercita, usa
utensílios, fabrica e reza segundo a modalidade própria de seu grupo de pertencimento. (PAÍN, 1985) Assim, na
concepção Vygotskyana, o pensamento verbal não é uma forma de comportamento natural e inata, mas é
determinado por um processo histórico-cultural e tem propriedades e leis específicas que não podem ser
encontradas nas formas naturais de pensamento e fala. Segundo Vygotsky uma vez admitido o caráter histórico do
pensamento verbal, devemos considerá-lo sujeito a todas as premissas do materialismo histórico, que são válidas
para qualquer fenômeno histórico na sociedade humana. Vygotsky diz ainda que o pensamento propriamente dito é
gerado pela motivação, isto é, por nossos desejos e necessidades, nossos interesses e emoções. Por trás de cada
pensamento há uma tendência afetivo-volitiva. Uma compreensão plena e verdadeira do pensamento de outrem só
é possível quando entendemos sua base afetivo-volutiva. Para Vygotsky, a aprendizagem sempre inclui relações
entre as pessoas. A relação do individuo com o mundo está sempre medida pelo outro. Não há como aprender e
apreender o mundo se não tivermos o ouro, aquele que nos fornece os significados que permitem pensar o mundo a
nossa volta.
Veja bem, Vygotsky defende a idéia de que não há um desenvolvimento pronto e previsto dentro de nós
que vai se atualizando conforme o tempo passa ou recebemos influência externa. Com isso entende-se que o
desenvolvimento do individuo é um processo que se dá de fora para dentro, sendo que o meio influencia o processo
de ensino-aprendizagem. Segundo a concepção de Vygoysky se a aprendizagem está em função não só da
comunicação, mas também do nível de desenvolvimento alcançado, adquire então relevo especial – além da análise
do processo de comunicação – análise do modo como o sujeito constrói os conceitos comunicados e, portanto, a
análise qualitativa das “estratégias”, dos erros, do processo de generalização. Trata-se de compreender como
funcionam esses mecanismos mentais que permitem a construção dos conceitos e que se modificam em função do
desenvolvimento. Pode-se afirmar que a aprendizagem acontece por um processo cognitivo imbuído de afetividade,
relação e motivação. Assim, para aprender é imprescindível “poder” fazê-lo, o que faz referência às capacidades, aos
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conhecimentos, às estratégias e às destrezas necessárias, para isso é necessário “querer” fazê-lo, ter a disposição, a
intenção e a motivação suficientes. Para ter bons resultados acadêmicos, os alunos necessitam de colocar tanta
voluntariedade como habilidade, o que conduz à necessidade de integrar tanto os aspectos cognitivos como os
motivacionais, A motivação é um processo que se dá no interior do sujeito, estando, entretanto, intimamente ligado
às relações de troca que o mesmo estabelece com o meio, principalmente, seus professores e colegas. Nas situações
escolares, o interesse é indispensável para que o aluno tenha motivos de ação no sentido de apropriar-se do
conhecimento. A autora Bock (1999) destaca que a motivação continua sendo um complexo tema para a Psicologia
e, particularmente, para as teorias de aprendizagem e ensino.
A motivação é um fator que deve ser equacionado no contexto da educação, ciência e tecnologia, tendo
grande importância na análise do processo educativo. A motivação apresenta-se como o aspecto dinâmico da ação:
é o que leva o sujeito a agir, ou seja, o que o leva a iniciar uma ação, a orientá-la em função de certos objetivos, a
decidir a sua prossecução e o seu termo A motivação é, portanto, o processo que mobiliza o organismo para a ação,
a partir de uma relação estabelecida entre o ambiente, a necessidade e o objeto de satisfação. Isso significa que, na
base da motivação, está sempre um organismo que apresenta uma necessidade, um desejo, uma intenção, um
interesse, uma vontade ou uma predisposição para agir. A motivação está também incluído o ambiente que estimula
o organismo e que oferece o objeto de satisfação. E, por fim, na motivação está incluído o objeto que aparece como
a possibilidade de satisfação da necessidade. Uma das grandes virtudes da motivação é melhorar a atenção e a
concentração, nessa perspectiva pode-se dizer que a motivação é a força que move o sujeito a realizar atividades. Ao
sentir-se motivado o individuo tem vontade de fazer alguma coisa e se torna capaz de manter o esforço necessário
durante o tempo necessário para atingir o objetivo proposto. A preocupação do ensino tem sido a de criar condições
tais, que o aluno “fique a fim” de aprender. Diante desse contexto percebe-se que a motivação deve ser considerada
pelos professores de forma cuidadosa, procurando mobilizar as capacidades e potencialidades dos alunos a este
nível. Torna-se tarefa primordial do professor identificar e aproveitar aquilo que atrai a criança, aquilo do que ela
gosta, como modo de privilegiar seus interesses. Motivar passa a ser, também, um trabalho de atrair, encantar,
prender a atenção, seduzir o aluno, utilizando o que a criança gosta de fazer como forma de engajá-la no ensino.
Bock, cita algumas sugestões de como criar interesses:
1. Propiciando a descoberta. Bruner é defensor desta proposta. O aluno deve ser desafiado, para que
deseje saber, e uma forma de criar este interesse é dar a ele a possibilidade de descobrir.
2. desenvolver nos alunos uma atitude de investigação, uma atitude que garanta o desejo mais
duradourode saber, de querer saber sempre. Desejar saber deve passar a ser um estilo de vida. Essa atitude pode
ser desenvolvida com atividades muito simples, que começam pelo incentivo á observação da realidade próxima
ao aluno – sua vida cotidiana - , os objetos que fazem parte de seu mundo físico e social. Essas observações
sistematizadas vão gerar duvidas (por que as coisas são como são?) e aí é preciso investigar, descobrir. .
3. Falar ao sempre numa linguagem acessível, de fácil compreensão.
4. Os exercícios e tarefas deverão ter um grau adequado de complexidade. Tarefas muito difíceis, que
geram fracasso, e tarefas fáceis, que não desafiam, levam à perda do interesse. O aluno não “fica a fim”.
5. Compreender a utilidade do que se está aprendendo é também fundamental. Não é difícil para o
professor estar sempre retomando em suas aulas a importância e utilidade que o conhecimento tem e poderá ter
para o aluno. Somos sempre “ a fim” de aprender coisas que são úteis e têm sentido para nossa vida. O professor
deve descobrir estratégias, recursos para fazer com que o aluno queira aprender, deve fornecer estímulos para
que o aluno se sinta motivado a aprender. Ao estimular o aluno, o educador desafia-o sempre, para ele,
aprendizagem é também motivação, onde os motivos provocam o interesse para aquilo que vai ser aprendido. É
fundamental que o aluno queira dominar alguma competência. O desejo de realização é a própria motivação,
assim o professor deve fornecer sempre ao aluno o conhecimento de seus avanços, captando a atenção do aluno.
Conclusão: A aprendizagem é um fenômeno extremamente complexo, envolvendo aspectos cognitivos,
emocionais, orgânicos, psicossociais e culturais. A aprendizagem é resultante do desenvolvimento de aptidões e de
conhecimentos, bem como da transferência destes para novas situações. A estrutura cognitiva do aluno tem que ser
levada em conta no processo de aprendizagem. Os conhecimentos que o aluno apresenta e que correspondem a um
percurso de aprendizagem contínuo são fundamentais na aprendizagem de novos conhecimentos. São os
conhecimentos que o aluno já possui que influenciam o comportamento do aluno em cada momento, uma vez que
disponibiliza os recursos para a aptidão.É necessário refletir sobre o que é o conhecimento e perceber que é algo de
complexo que deve ser entendido como um processo de construção e não como um espelho que reflete a realidade
exterior. O professor deve utilizar as estratégias que permitam ao aluno integrar conhecimentos novos, utilizando
para tal métodos adequados e um currículo bem estruturado, não esquecendo do papel fundamental que a
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motivação apresenta neste processo.As técnicas de incentivo que buscam os motivos para o aluno se tornar
motivado, proporcionam uma aula mais efetiva por parte do docente, pois ensinar está relacionado à comunicação.
O ensino só tem sentido quando implica na aprendizagem, por isso é necessário conhecer como o professor ensina e
entender como o aluno aprende, só assim o processo educativo poderá acontecer e o aluno conseguirá aprender a
pensar, a sentir e a agir.Não há aprendizagem sem motivação, assim um aluno está motivado quando sente
necessidade de aprender o que está sendo tratado. Por meio dessa necessidade, o aluno se dedica às tarefas
inerentes até se sentir satisfeito.

SUCESSO E FRACASSO ESCOLAR

O fracasso escolar aparece hoje entre os problemas de nosso sistema educacional mais estudados e
discutidos. Porém, o que ocorre muitas vezes é a busca pelos culpados de tal fracasso e, a partir daí, percebe-se um
jogo onde ora se culpa a criança, ora a família, ora uma determinada classe social, ora todo um sistema econômico,
político e social. Mas será que existe mesmo um culpado para a nãoaprendizagem? Se a aprendizagem acontece em
um vínculo, se ela é um processo que ocorre entre subjetividades, nunca uma única pessoa pode ser culpada. Alicia
Fernández nos lembra que “a culpa, o considerar-se culpado, em geral, está no nível imaginário” O contrário da
culpa é a responsabilidade. Para ser responsável por seus atos, é necessário poder sair do lugar da culpa. Não deve
expurgar a responsabilidade de um fracasso escolar. O propósito é discuti-lo como um elemento resultante da
integração de várias “forças” que englobam o espaço institucional (a escola), o espaço das relações (vínculos do
ensinante e aprendente), a família e a sociedade em geral. Quando se fala em fracasso, supõe-se algo que deveria
ser atingido. Ele é definido por um mau êxito, uma ruína. Porém mau êxito em quê? De acordo com que parâmetro?
O que a nossa sociedade atual define como sucesso? Daí a necessidade de analisar o fracasso escolar de forma mais
ampla, considerando-o como peça resultante de muitas variáveis.
A sociedade busca cada vez mais o êxito profissional, a competência a qualquer custo e a escola também
segue esta concepção. Aqueles que não conseguem responder às exigências da instituição podem sofrer com um
problema de aprendizagem. A busca incansável e imediata pela perfeição leva à rotulação daqueles que não se
encaixam nos parâmetros impostos. Assim, torna-se comum o surgimento em todas instituições educativas de
“crianças problemas”, de “crianças fracassadas”, disléxicas, hiper-ativas, agressivas, etc. Esses problemas tornam-se
parte da identidade da criança. Perde-se o sujeito, ele passa a ser sua dificuldade. Desta forma, ao passar pelo
portão da escola, a criança assume o papel que lhe foi atribuído e tende a correspondê-lo. Porém, ao conceder este
rótulo à criança, não se observa em quais circunstâncias ela apresenta tais dificuldades (ele está assim e não é
assim). Isso não é apenas uma diferença terminológica, ela revela uma possibilidade de mudança. A sociedade do
êxito educa e domestica. Seus valores, mitos relativos à aprendizagem muitas vezes levam muitos ao fracasso. Em
nosso sistema educacional, o conhecimento é considerado conteúdo, uma informação a ser transmitida. As
atividades visam à assimilação da realidade e não possibilitam o processo de autoria do pensamento tão valorizada
por Alicia Fernández. Ela define como autoria “o processo e o ato de produção de sentidos e de reconhecimento de si
mesmo como protagonista ou participante de tal produção”. Este caráter informativo da educação se manifesta até
mesmo nos livros didáticos, nos quais o aprendente é levado a memorizar conteúdos e não a pensá-los; não
ocorrendo de fato uma aprendizagem. É preciso distinguir aquilo que é próprio da criança, em termos de
dificuldades, daquilo que ela reflete em termos do sistema em que se insere.
A família, por sua vez, também é responsável pela aprendizagem da criança, já que os pais são os primeiros
ensinantes e as atitudes destes frente às emergências de autoria do aprendente, se repetidas constantemente, irão
determinar a modalidade de aprendizagem dos filhos. Quando se fala em “famílias possibilitadoras de
aprendizagem” tem-se uma tendência a excluir as famílias de classes baixas já que estas não podem fornecer uma
qualidade de vida satisfatória, uma alimentação adequada, o acesso a diversas formas de cultura (cinema, teatro,
cursos, computador, etc). Entretanto é possível a existência de facilitadores de autoria de pensamento mesmo
convivendo com carências econômicas.
Em seu livro, “O saber em jogo”, Alicia Fernández cita uma pesquisa com famílias de classe baixa
facilitadoras da aprendizagem. O que caracteriza estas famílias é a criação de um espaço favorável para que cada
membro possa escolher e responsabilizar-se pelo escolhido, propiciando um espaço para a autoria de pensamento.
O perguntar é possível e favorecido, há facilidade de aceitar as diferentes opiniões e idéias. Condições estas que não
são comuns em famílias produtoras de problemas de aprendizagem. Além disso, segundo Maud Mannoni, um
sintoma não deve ser considerado de forma única, isolado, mas sim dentro de um contexto muito mais amplo e
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repleto de significados. Assim acontece com o fracasso escolar, ele pode assumir, dentro da família, uma função. Daí
a necessidade de buscar o significado do “não aprender”, analisando a história de vida do sujeito e buscando uma
significação das fantasias relacionadas ao ato de aprender. Também contribuem para o fracasso escolar a própria
instituição educativa que muitas vezes não leva em consideração a visão de mundo do aprendente. As discrepâncias
entre o desempenho fora e dentro da escola são significativas. Ou seja, muitas vezes os profissionais da educação
não conseguem transpor o conhecimento ensinando para a realidade do aprendente. Isso pode ser exemplificado no
livro: “Na vida dez, na escola zero” que trata do ensino da matemática. Na escola os alunos vão mal, porém em
situações naturais, cotidianas, e que necessitam de um raciocínio matemático eles vão muito bem. Outra questão
referente à escola é que esta, ao valorizar a inteligência, se esquece da interferência afetiva na não aprendizagem. O
sujeito pode estar em dificuldades de aprendizagem por ter ligado este fato a uma situação de desprazer. Esta
situação pode estar ligada a algum acontecimento escolar. Claparéde diz que a escola pode provocar na criança
conflitos que influenciarão seu gosto pelo aprender.

APRENDIZAGEM X FRACASSO ESCOLAR: QUAL O LIMITE QUE OS SEPARA?

Ao falarmos de fracasso escolar, além de tentarmos analisar os fatores que contribuem para seu
surgimento, é necessário conceituar aquilo que viria a ser seu oposto: a aprendizagem. Já mencionamos que a
aprendizagem é um processo vincular, ou seja, que se dá no vínculo entre ensinante e aprendente, ocorre, portanto
entre subjetividades. Para aprender, o ser humano coloca em jogo seu organismo herdado, seu corpo e sua
inteligência construídos em interação e a dimensão inconsciente. A aprendizagem tem um caráter subjetivo, pois o
aprender implica em desejo que deve ser reconhecido pelo aprendente. É importante lembrar que o desejar é o
terreno onde se nutre a aprendizagem.
Aprender passa pela observação do objeto, pela ação sobre ele, pelo desejo. A aprendizagem é a
articulação entre saber, conhecimento e informação. Esta última é o conhecimento objetivado que pode ser
transmitido, o conhecimento é o resultado de uma construção do sujeito na interação com os objetos (PIAGET) e o
saber é a apropriação desses conhecimentos pelo sujeito de forma particular, própria dele, pois implica no
inconsciente. A partir disso, podemos definir aprendizagem como uma construção singular que o sujeito vai fazendo
a partir de seu saber e assim ele vai transformando as informações em conhecimento, deixando sua marca como
autor e vivenciando a alegria que acompanha a aprendizagem. Este processo se difere bastante do fracasso escolar
que pode evidenciar uma falha nesta relação vincular ensinante- aprendente. Alicia Fernández diferencia fracasso
escolar, problema de aprendizagem e deficiência mental. Para ela no fracasso escolar “a criança não tem um
problema de aprendizagem, mas eu, como docente, tenho um problema de ensinagem com ele”. (FERNANDEZ,
1994). O problema de aprendizagem pode ser um sintoma de outros conflitos ou ainda uma inibição cognitiva, e a
deficiência mental tem incidência pequena na população.

A INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA:

Considerando os fatores implicados no processo da aprendizagem, poderíamos pensar no papel de


psicopedagogo com relação ao fracasso escolar. O psicopedagogo deve buscar o que significa o aprender para esse
sujeito e sua família, tentando descobrir a função do não aprender. Conhecer como se dá a circulação de
conhecimento na família, qual a modalidade de aprendizagem da criança, não perdendo de vista qual o papel da
escola na construção do problema de aprendizagem apresentado, tentando também engajar a família no projeto de
atendimento para ampliar seu conhecimento sobre a dificuldade, modificando seu modo de pensar e de agir com
relação à criança. Alicia Fernández fala de um enfoque clínico que significa preocupar-se com os processos
inconscientes e não somente com a patologia; é fazer uma escuta particular do sujeito que possibilite não só
encontrar as causas do não- aprendizado, mas também organizar metodologias para facilitar a aprendizagem e o
desempenho escolar.
É certo que o principal desafio da educação brasileira, para as próximas décadas, é o da qualidade. As
avaliações educacionais têm constatado que são altas as taxas de repetência e baixos os níveis de aprendizado na
educação básica. É preciso combater o fracasso escolar representado pela repetência. Em 1990, constatava-se que
mais de 50% dos alunos repetiam a primeira série do ensino fundamental. Os números da educação no Brasil de
2003, recentemente divulgados, revelam que as taxas decaíram. A proporção nacional, na primeira série do ensino
fundamental é de 30,1%, e, na segunda série, de 19,8%. São ainda elevadas, constituindo-se um sério problema para
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a educação. Os dados de fluxo mostram que as chances de repetência são bem maiores no Nordeste e no Norte do
país. Quase 11% dos alunos da região mais rica (Sudeste) refazem a primeira série, na região mais pobre (Nordeste)
o número é de 43%. No Norte, é de praticamente 48%. Esses números são sinais de como as oportunidades
educacionais estão distribuídas de forma não equânime. Uma educação bem sucedida deve conjugar um fluxo
escolar regular com o progresso cognitivo dos estudantes, efetivando o pleno desenvolvimento de habilidades e
competências em todos os componentes curriculares. O Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb)
tem produzido um volume significativo de dados sobre os desempenhos dos alunos e os seus fatores associados.
Os resultados do Saeb de 2003 mostram que cerca de 38% dos alunos, na 4ª série do ensino fundamental,
estão em situação de atraso escolar. Esta é motivada pelo ingresso tardio da criança na escola, pelo abandono das
salas de aula e pela reprovação ao final do ano letivo. Nessa etapa, os alunos que estão na idade correta auferiram
nota média de 182 pontos, portanto, acima da média nacional que é de 169, na avaliação de leitura. O grupo de
alunos, com pelo menos um ano de atraso, teve média de 158 pontos, uma diferença de 23 pontos. Em matemática,
o grupo sem defasagem obteve média de 189 pontos, contra 177 da média nacional. Os estudantes com um ano de
atraso obtiveram 166 pontos. Conclui-se que a diferença da medida de aprendizagem, conforme a trajetória escolar,
é de magnitude considerável. Os condicionantes do fracasso são diversos, distribuindo-se entre fatores ligados
diretamente aos alunos e às escolas. Relativamente às características dos alunos, sobressaem-se o seu universo
familiar, o nível socioeconômico e a escolaridade dos pais. As evidências mostram que familiares mais escolarizados
atribuem maior valor à educação, acompanham e incentivam os seus filhos, inclusive em tarefas do cotidiano
escolar, ações que maximizam as chances de sucesso. Os condicionantes originados no ambiente escolar podem ser
agrupados em três grandes conjuntos. O primeiro diz respeito à formação e atuação dos professores que, em muitos
casos são deficitárias. O segundo conjunto refere-se ao clima escolar, ou seja, aos resultados das interações sociais e
intelectuais entre alunos, professores e funcionários escolares. Escolas com clima degradado, seja por aspectos
disciplinares, seja por falta de coordenação do trabalho docente, pouco contribuem para o bom aprendizado dos
estudantes. O terceiro refere-se à gestão da educação, incluindo desde a administração superior até a da escola
propriamente dita. Para a obtenção do sucesso, são necessárias ações claras e racionais de alcance de metas,
monitoramento e avaliação do trabalho docente e de seus resultados junto aos alunos.
A ação pública no setor educacional pode combater o fracasso minimizando efeitos não desejáveis de
progressão escolar sem aprendizado. Um aspecto importante é a necessidade de melhorar as condições da
escolarização nas séries iniciais, mais precisamente, na etapa de alfabetização. É necessário abandonar a idéia de
que essa é uma etapa simples do processo de escolarização. Ela é crucial e irá contribuir para uma boa trajetória
posterior da ampla maioria dos estudantes. Melhorar os processos de alfabetização, desenvolvendo as habilidades
centrais, tais como a codificação e decodificação, a fluência na leitura, o domínio da associação entre fonema e
grafema, a consciência fonológica e fonêmica são metas incontornáveis para o sucesso dos estudantes. Para que tais
habilidades sejam desenvolvidas plenamente é importante dotar os docentes das competências para o seu ensino,
incluir atividades desta natureza no material didático e prever a melhor forma de avaliar o progresso dos alunos. É o
aprender a ler.
Uma etapa necessária é a do letramento, ou seja, o desenvolvimento da capacidade dos estudantes em
utilizar a linguagem escrita e ler, com competência, textos de gêneros variados. É o ler para aprender. Os professores
podem e devem iniciar mudanças em suas práticas docentes cotidianas para o alcance desse objetivo. Algumas das
principais evidências do Saeb revelam que o ensino de língua portuguesa centrado na evolução da capacidade de
leitura dos estudantes obtém melhores resultados. Práticas, como debate sobre textos de jornais e revistas,
exercícios de gramática relacionados com os textos, leitura e discussão de diversificados gêneros textuais, estudo de
textos explorando as diferenças entre fatos e opiniões, são algumas das medidas, bem-sucedidas de aprendizado.
Portanto, para superar os problemas de fluxo educacional e de aprendizado é necessário adotar políticas de
transformação da vida cotidiana das famílias e das escolas. Este é um tema central de desenvolvimento da nação
com impactos nas relações sociais e econômicas. É urgente e imprescindível buscar obsessivamente a qualidade na
Educação, para superar o fracasso evidenciado e experimentado por boa parte dos estudantes no sistema
educacional brasileiro.
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CRIATIVIDADE

Criatividade é, de uma forma geral, o oposto de imitação, de cópia. Populares aplicam a palavra
indiscriminadamente para uma série de produtos finais, desde a criação de trabalhos artesanais, poesias,
composição de sinfonias musicais, até as descobertas da física e da matemática. Seu conceito, seja entre psicólogos,
educadores, filósofos ou mesmo outros profissionais, é amplo e muitas vezes até controvertido. Isto se dá,
provavelmente, porque a noção de criatividade abrange um conjunto de fronteiras incertas. A criatividade tem sido
abordada de maneiras distintas, através dos tempos. Em tempos passados, chegouse a considerar a criatividade
como inspiração divina – o criador como um ser divinamente inspirado – ou tém como loucura – considerando o ato
de criação como proveniente de um acesso de loucura.As teorias sicológicas modernas em muito contribuíram para
uma melhor compreensão do complexo fenômeno da criatividade, tentando encontrar melhores explicações,
definições operacionais, instrumentos de avaliação, seus fatores condicionantes.
Para Sigmund Freud, pai da psicanálise, ela origina-se num conflito dentro do inconsciente. O indivíduo
criativo é aquele que aceita livremente as idéias que surgem do ID. Criatividade é uma forma de reduzir tensão, o
indivíduo cria para aliviar certos impulsos. É a tese da “catarsis criadora”. Segundo Freud, criatividade e neurose têm
a mesma fonte de origem:os conflitos do inconsciente. A criação é uma forma de sublimação, de se atingir
indiretamente algo que, conscientemente, não se teria condição de fazê-lo. Parando de brincar ao se tornar adulto, o
indivíduo só aparentemente desiste desta grandiosa fonte de prazer. Ao perder a ligação com os objetos reais das
brincadeiras, passa a fantasiar. Suas fantasias podem ser tanto desejos eróticos quanto desejos de engrandecimento.
O artista ou criador, como não possui os meios de alcançar determinadas satisfações, foge da realidade, passando a
elaborar desejos imaginários. Segundo Freud, não está longe de ser um neurótico; criar é o seu consolo, é a
gratificação do seu próprio inconsciente inacessível. A teoria gestaltista, cujos líderes são M. Wertheimer, K. Koffka e
W. Kohler, considera a criatividade como a habilidade do indivíduo reverter à relação figura/fundo, parte/todo. Esta
habilidade modifica-se nas diferentes idades. O pensamento criador é, primariamente, uma reconstrução de
configurações, é “insight”. O “insight” envolve a percepção ou reconhecimento súbito da associação entre duas
unidades de pensamento, que eram anteriormente separadas, estabelecendo-se, desta forma, uma nova conexão.
É a reconstrução do campo perceptivo do indivíduo; a percepção brusca, no seu ambiente, de novas
possibilidades de ação, que o levam, quase que instantaneamente, à solução do problema. A teoria humanista de
Carl Rogers enfatiza que criatividade pode ser tanto a teoria da relatividade de Einstein, quanto uma nova receita de
bolo feito por uma cozinheira. É necessário, entretanto, que o indivíduo possua a habilidade de lidar com conceitos e
elementos, de brincar espontaneamente com idéias, cores, formas, relações, de Expressar o ridículo, transformar os
elementos, de ver a vida de uma forma nova e significativa. Central para todo tipo de atividade criativa é o que ele
chama de “abertura à experiência”, que é, exatamente, o oposto de defesa psicológica. O fato de o indivíduo
perceber ou não as categorias, como predeterminadas, influi em sua habilidade de criar algo novo. Outra condição
importante, para haver criatividade, é que a avaliação do produto final seja feita internamente, que o próprio
indivíduo julgue o ato de criação. Este tem que, primeiramente, satisfazê-lo e, em segundo plano, à sociedade. É
necessário, igualmente, que haja liberdade psicológica e que não se faça uma avaliação do indivíduo. segundo
Rogers, uma pessoa é criativa na medida em que realiza suas pontencialidades como ser humano. O meio ambiente
pode, apenas, maximizar a possibilidade de emergência da criatividade. Outra importante contribuição na área da
criatividade foi à análise fatorial de J.P. Guilford.
A educação tem sido questionada por dar ênfase à aprendizagem mecânica ou de memorização e por não
estimular uma forma autônoma de pensar e de agir. Desde o ponto de vista pedagógico, o sistema educativo deveria
se preocupar em oferecer experiências que promovessem o desenvolvimento da criatividade em todas as áreas de
expressão, como forma de construção de conhecimento e de aprendizagem significativa. Por aprendizagem
mecânica ou repetitiva entende-se a aquisição de conhecimentos que nos possibilita memorizá-los e repeti-los
literalmente quando somos questionados. Aí estariam incluídos princípios, fórmulas, conjugação de verbos e, no
caso da Educação Física, técnicas de movimentos esportivos. Apoiando-nos em Ausubel e Rogers , entendemos a
aprendizagem significativa como a aquisição de conhecimentos em que somos capazes de atribuir significado ao
conteúdo aprendido, uma aprendizagem que provoca mudança no comportamento, em atitudes e na personalidade.
Isso ocorre quando a aprendizagem possibilita o estabelecimento de relações e vínculos, em quantidade e qualidade,
entre o novo conteúdo e as experiências vividas ou com os conhecimentos já adquiridos. Mesmo entendendo que os
dois tipos de aprendizagem não ocorrem de forma pura, o que vale observar é o nível de significância que pode
resultar de cada uma delas. Não é o caso de se desprezar a aprendizagem mecânica, pois conteúdos factuais são
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melhor ensinados e aprendidos por meio de repetição e memorização. O que se pretende é valorizar outros tipos de
aprendizagem que possibilitem o desenvolvimento do pensamento divergente e da criatividade. Se aprendizagem
for conceituada como toda nova reorganização que tem caráter de permanência e disponibilidade no tempo, pode-
se supor que toda aprendizagem é primeiramente uma criação.
Encontramos na literatura vários conceitos e definições sobre criatividade que apontam para uma
capacidade humana, que gera um tipo de pensamento divergente, tem como base experiências anteriores e resulta
em algo produtivo para o indivíduo ou para a sociedade. O contexto sócio-histórico-cultural pode fomentar ou inibir
a criatividade. Sefchovich & Waisburd (1995) e Capra (1982) assinalam que a cultura ocidental sempre valorizou o
pensamento dedutivo racional, gerando um estilo de criatividade estreitamente relacionado com o produto,
enquanto que a civilização oriental privilegia a experiência subjetiva como forma de conhecimento, um estilo de
criatividade mais centrada no ser humano e no seu desenvolvimento pessoal. Os primeiros autores vêm à
criatividade como uma forma de vida, por considerála um sistema de atitudes capaz de modificar-se e adaptar-se,
quantas vezes seja necessário, para converter cada situação em uma possibilidade de aprendizagem e ensino.
Wechsler (1995) comenta a esse respeito, que debates de estudiosos concluem que a criatividade é um conceito
muito abrangente, um fenômeno multifacetado, originado de múltiplas fontes: cognitiva, emocional, social, inter
pessoal e irracional. Ressalta, ainda, que: "ao considerarmos a noção de aprendizagem como um ato onde se
encontram elementos cognitivos, emocionais e sociais, que interagem para trazer a motivação e o envolvimento com
a tarefa, trazendo como conseqüência o aprender, podemos concluir que é inevitável se trabalhar com a criatividade
na sala de aula”.
A ação criativa é uma situação onde se produz o novo, a expressão de uma idéia, de algo concreto ou de
uma forma de comportamento que seja nova para quem o fez. Quando o indivíduo descobre algum fato que já foi
revelado por outros, ainda assim representa uma realização criadora. Dieckert (1985 e 1984) prefere o termo
criatividade pedagógica, esclarecendo que o professor deve incentivar o aluno a encontrar suas próprias idéias,
mesmo que estas já lhes sejam conhecida. Apesar da aceitação do conceito de criatividade e da proliferação dos
trabalhos nesta área, o processo educativo é insuficiente para desenvolver a criatividade e a educação formal não
tem oportunizado o ensino do pensamento criativo. Estimular o potencial de alunos faz parte de um tipo de prática
pedagógica que envolve mudanças. Mudança, transformação, sair da rotina são experiências que causam temor,
assustam, causam estranheza e têm tendência a não serem aceitas de imediato. Quando se oferece ao aluno
oportunidade para ser criativo está se oferecendo também uma abertura para a expressão de sentimentos,
emoções, atitudes que muitas vezes chocam outras pessoas.
Em nosso entender o desconhecimento de características de personalidade e da forma de agir e se
expressar, metodologias de ensino que estimulem formas de pensamento divergente e canalizem o agir para
mudanças positivas também representam um obstáculo para o desenvolvimento do potencial criativo dos alunos.

CARACTERÍSTICAS DE ALUNOS CRIATIVOS

Um aspecto comprovado é a tendência dos docentes em privilegiar características de indivíduos criativos


que se relacionam mais ao produto que este apresenta. A originalidade (respostas inovadoras), a flexibilidade
(riqueza das respostas), fluidez (quantidade de respostas), elaboração (número de detalhes), referem-se ao produto
que o sujeito apresenta e nos esclarecem pouco sobre atitudes e comportamentos da pessoa criativa nos momentos
de sua atuação. As características de aluno criativo que mais chamam a atenção de docentes de Educação Física
estão ligadas ao aspecto motor, na capacidade que o indivíduo possui de utilizar movimentos corporais para
expressar uma idéia. Estaria implícito aí o conceito de motricidade. No entanto, o que se percebe nos discursos de
alguns docentes é a associação que se faz da capacidade de se “expressar bem corporalmente" com a habilidade
física, a qualidade técnica, a estética dos movimentos, o que pode gerar uma idéia errônea de que somente os
indivíduos com performance corporal, a exemplo de atletas e bailarinos, seriam criativos. Parece existir
“discordância" em relação ao que se entende por técnicas no esporte e dança e vivência corporal diversificada que
um indivíduo adquiriu em sua história de vida, que pode ou não incluir técnicas esportivas. Possuir um bom
repertório de movimentos, vivências motoras ou domínio corporal implica experiências anteriores. Segundo Vigotski
(1998), a variedade e riqueza de experiências estão em relação direta com a atividade criadora. Isso não significa que
estejam relacionadas, necessariamente, às técnicas esportivas. Algumas características do comportamento de
pessoas criativas são consideradas inadequadas ou negativas e acabam por rotulá-las como pessoas difíceis.
Geralmente a infância de pessoas consideradas criativas são ricas em estímulo intelectual, mas pobres em
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comodidade emocional. “A estimulação intelectual e a privação emocional podem produzir um gênio, mas também
podem gerar pessoas frustradas e insatisfeitas.”
Gardner (1996 e 1999), ao estudar indivíduos altamente criativos, comenta as duas dimensões pessoais que
os coloca como pessoas difíceis. Uma delas é a determinação em fazer algo, a depreciação dos outros e a auto
promoção destes indivíduos, que acaba por conduzi-los a tornarem-se marginalizados. A outra dimensão revela a
tendência à conservação de traços ou aspectos menos atraentes da infância: egoísmo, egocentrismo, intolerância,
estupidez, obstinação. De certa forma, esses estudos vão contra as concepções de Maslow (1998) e Rogers (1985)
em relação à criatividade como auto realização. Para o primeiro autor, o conceito de criatividade e o de pessoa sadia
e plenamente humana talvez resultem a mesma coisa. Rogers (1985 a e b) acredita que a criatividade envolve toda
uma orientação do organismo e não apenas a mente consciente, o que ocorre apenas em uma pessoa
psicologicamente saudável. Algumas pesquisas sugerem que apesar de a criatividade ser considerada importante
como habilidade de pensamento e como fator de desenvolvimento humano, algumas características de sua conduta,
forma de agir ou mesmo de personalidade do indivíduo são incompatíveis com aquelas mais enfatizadas pela
sociedade em geral e pelo professor em particular. Antunes (1999) comenta que alunos considerados criativos
comparados com figuras históricas consideradas geniais por sua criatividade, demonstram extrema ousadia e
ambição em sua maneira de agir, despertando insensibilidade de amigos ou mesmo da sociedade. São, geralmente,
pessoas que pouco se incomodam em sacrificar o bem estar pessoal ou mesmo suas relações afetivas em troca do
desenvolvimento de sua obra. Estudantes criativos em relação aos não criativos são instáveis, desordenados,
descontrolados, interesseiros, contrários às regras - traços negativos do ponto de vista social. No entanto, estes
estudantes são também originais, aventureiros, cultos, espontâneos, flexíveis, artísticos - variáveis positivas no
aspecto social.
Alencar (1993) ao analisar as características e comportamentos desejados e encorajados pelos professores
em sala de aula, aponta que mais de 95% dos professores gostariam que seus alunos fossem obedientes, sinceros,
atenciosos, trabalhadores, populares e bem aceitos pelos colegas - atitudes que parecem facilitar a disciplina em sala
de aula. Características associadas à criatividade, como a independência de pensamento, de julgamento,
curiosidade, intuição, espontaneidade não foram consideradas importantes. A mesma autora, em vários outros
trabalhos, aponta para uma certa inconstância entre o discurso, que valoriza a criatividade, e as práticas docentes
que indicam um comportamento convergente. Ser curioso, ser questionador durante as aulas, e “querer saber de
tudo”- um dos requisitos para o desenvolvimento de habilidades de pensamento divergente - são vistas muitas vezes
como condutas que atrapalham a aula.

MEDO DE SE EXPOR

Muitas pessoas têm dificuldades e, até certo ponto, medo de serem diferentes, de serem criativos. Pensar
de forma diferente, tentar novas formas de expressão, questionar são encaradas com receio. Isso pode ser
observado já nas primeiras séries escolares e mesmo na educação não formal. Aquelas velhas e tão conhecidas
frases do tipo “isso não é pergunta que se faça”, “menino não dança assim” ou “meninas não se comportam desta
maneira”, ainda são comuns em nossa sociedade.
Expressar a criatividade por meio da motricidade é um problema na maioria das vezes. A inibição na
utilização do corpo como linguagem de expressão, que nós é imposta pela sociedade acaba por intimidar nossa
capacidade de criar novos movimentos, de manusear materiais de forma inusitada , de inventar novas formas de
relação com o grupo. O culto ao corpo perfeito, as formas de manifestação corporal ditadas pela sociedade
moderna, as formas estereotipadas das danças transmitidas pelos meios de comunicação, acabam por inibir e
aparecimento de formas de expressão individuais. O receio e a vergonha de se expor em atividades motoras está
relacionado ao fracasso, que pode ter diferentes causas, como por exemplo o medo de ser avaliado negativamente
por outros (pais, amigos, professores). Estudos comprovam que o medo aumenta com a idade e é na fase da
adolescência (fase também de transformações corporais) que se pode observar melhor o temor de se expor. Os
sentimentos negativos em relação ao próprio corpo geram um tipo de ansiedade que é pouco produtiva para a
expressão de idéias e emoções por meio da motricidade. Parece que para as meninas essa situação é mais comum
que para os meninos.
Alencar (1993) aponta a liderança, a independência e a iniciativa como características mais exigidas para o
sexo masculino e a intuição, espontaneidade e sensibilidade, para o sexo feminino. Para Maslow (1990) os exemplos
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de criatividade sempre fazem referência a produtos masculinos, que colocam o êxito e o triunfo em evidência. As
mulheres se comprometem menos com os produtos, com os ganhos e mais com o processo. De acordo com
Mackinnon (1980) pessoas criativas são as que apresentam mais indicadores de feminilidade, não como desvio de
sexualidade, mas como maior interesse por atividades estéticas que envolvem emoção e sentimentos. Em nossas
pesquisas uma das causas alegadas pelos docentes universitários como dificuldade para identificar alunos criativos é
o medo e a vergonha que os alunos têm de se expor, associada a uma resistência ao que novo ou diferente. Cabe ao
professor criar ambientes de respeito e aceitação que oportunizem as diferentes formas de expressão de
criatividade do aluno, especialmente nas atividades motoras.

METODOLOGIAS DE ENSINO

Uma questão que é sempre presente nas discussões sobre criatividade no processo educacional versa sobre
como os educadores reconhecem e cultivam uma forma de pensar divergente e autônoma de seus alunos e, ainda,
como esses educadores proporcionam aos estudantes oportunidade para canalizar sua energia criativa. Concepções
de ensino em que são privilegiadas e valorizadas a reprodução de conhecimento e a memorização de fatos são
projetadas para que os alunos adquiram conhecimento de forma passiva. A utilização de metodologias de ensino
diretivas, nas quais o professor e o conteúdo a ser aprendido são o centro do processo ensino-aprendizagem, acaba
por criar barreiras à expressão criativa do aluno. Mosston & Ashworth (1996), em um dos mais importantes
trabalhos sobre metodologias de ensino em Educação Física, descrevem formas de trabalho ou estilos de ensino nas
quais o aluno é protagonista do processo e a principal meta é sua autonomia. Afirmam que as áreas de Educação
Física, Esportes e Dança oferecem grandes oportunidades para desenvolver a capacidade humana de diversidade,
descobrimento, invenção e de ir mais além do conhecido, sendo o professor mediador e facilitador da construção de
conhecimento do aluno. Isso exige que o professor esteja preparado para proporcionar aos alunos problemas e
situações relevantes, aceitar e valorizar as idéias e as soluções encontradas pelos alunos.
Torre (1997:9) adverte que os conteúdos não devem ser obstáculos para o desenvolvimento da
criatividade, mas sim um veículo para acrescentar a ideação através dos conteúdos figurativos, simbólicos,
semânticos ou comportamentais. Ruiz Perez (1995) acrescenta que, embora numerosas atividades na Educação
Física reclamem um pensamento convergente e reprodutor, existem numerosas oportunidades para aprender de
forma mais criativa. Isso também foi evidenciado em nossa pesquisa realizada com docentes universitários de
Faculdades de Educação Física (Tibeau, 2001): estar preso a programas e conteúdos, a falta de tempo e o pouco
conhecimento que têm sobre a criatividade impossibilitam o reconhecimento da capacidade criativa dos alunos. As
pesquisas sobre criatividade no Brasil têm sido realizadas principalmente com alunos e professores do ensino
fundamental e médio e relatam estudos sobre avaliação da criatividade em alunos, influência da criatividade no
rendimento escolar, fatores inibidores e promotores da criatividade e, principalmente, metodologias e programas
para o desenvolvimento de diferentes formas de expressão da criatividade. Questionam também a própria forma de
atuação do professor. De uma certa forma, espera-se que o professor tenha sido preparado no seu curso de
formação profissional para atuar de maneira crítico-reflexiva em relação aos conteúdos a serem ensinados e a
valorizar a construção do conhecimento dos alunos.

A FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Estudos realizados na área de formação de professores têm evidenciado a carência dos cursos de
licenciatura em fornecer meios ao futuro profissional de desenvolver e aprimorar sua própria capacidade criativa e
para reconhecer e valorizar esta forma de pensar e agir em seus alunos. Relatam também a falta de preparo dos
professores, especialmente no Brasil, para oferecer condições para o desenvolvimento de formas de pensamento
crítico, autônomo, divergente e de trabalhar os conteúdos de maneira questionadora e indagadora. Wechsler (1995)
vai mais longe e assinala o próprio despreparo do futuro profissional para entender, valorizar e lidar com sua própria
criatividade. Mudanças tecnológicas e científicas que ocorrem neste final de século têm ocasionado uma crise na
universidade e, consequentemente, na formação de profissionais da educação. A velocidade das informações e dos
conhecimentos enfatiza a necessidade de o Homem se adaptar continuamente a novas situações a fim de responder,
com novas idéias e soluções, a velhos problemas.
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A psicologia admite que, exceto em casos patológicos, as pessoas possuem, em graus diferentes, todas as
habilidades em potencial. Criatividade, portanto, como a emergência de originalidade e individualidade, é
encontrada em cada indivíduo. Há uma tendência, em muitos pesquisadores na área da criatividade, para considerar
que a educação formal suprime muito a criatividade natural, ao treinar e incentivar as atividades relacionadas com o
pensamento convergente (reprodução de fatos conhecidos), abandonando, assim, as atividades relacionadas ao
pensamento divergente (fantasias, idéias novas, soluções originais). A emergência da era industrial e conseqüente
modernização e automação da sociedade definiram muito as características das transformações que o processo
educacional deveria incorporar. A criatividade, potencial presente em todos os indivíduos por ocasião do
nascimento, pode ser inibida, destruída ou incentivada, dependendo do meio ambiente em que os mesmos se
desenvolvam. Tendências e traços da personalidade criativa, tais como a auto-confiança, o humor, a abertura à
percepção, fluência, flexibilidade, conformismo, habilidade para sentir problemas, habilidade para reestruturar
idéias, curiosidade inteletual, entre outros, devem ser devidamente estimulados. E como bem o afirma Ostrower:
“Criar é tão difícil ou tão fácil como viver. E é do mesmo modo necessário”, pois, a educação sem criação não é uma
educação de verdade.
Qualquer indivíduo, independente de idade, sexo, inteligência ou nível sócio-econômico, pode melhorar
sua capacidade de pensamento criativo. A educação formal, que o indivíduo recebe, deve ser suficientemente
aberta, para ser autocrítica, autogeradora; e os métodos de ensino reformulados, no sentido de estimularem os
indivíduos a elaborarem e transformarem as suas idéias. Segundo Maria Helena Novaes (1975), é necessário
incrementar um tipo de ensino que combine o esforço de pensar com o de aprender, procurando tornar o indivíduo
sensível aos estímulos ambientais; quando este é encorajado a manipular objetos e idéias, isto funciona como um
incentivo ao desenvolvimento de suas próprias idéias, a descobertas de outras, á avaliação do pensamento
produtivo. Geralmente, há uma tendência para levar os indivíduos a interpretarem fatos, de acordo com uma série
de valores introjetados; a classificarem, compararem, julgarem. Os condicionamentos agem, muito freqüentemente,
com uma predisposição ao pensamento criativo. Estabelecer um relacionamento criativo com uma determinada
realidade é, na maioria das vezes, romper com o passado e o presente, projetando-se no futuro. È, portanto,
fundamental que, diante do volume e da complexidade dos problemas dos tempos atuais e da rapidez com que se
processam as mudanças, o indivíduo utilize o seu potencial criador contribuindo, assim, para a descoberta de
melhores respostas aos obstáculos e desafios do mundo moderno.

QUESTÃO 1

Ainda, segundo a LDB, Lei n.º 9.394/96, a educação básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurar-lhe
a formação comum indispensável para o exercício da cidadania, fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em
estudos posteriores,

A) devendo organizar-se exclusivamente em séries anuais com base na idade.


B) podendo organizar-se por forma diversa, sempre que o interesse do processo de aprendizagem assim o
recomendar.
C) sendo organizada com uma carga horária mínima anual de seiscentas horas.
D) devendo ter um calendário escolar com no mínimo cento e oitenta dias de efetivo trabalho escolar.
E) podendo adequar seu calendário escolar às peculiaridades locais, inclusive reduzindo o número de horas letivas
previstas nesta Lei.

QUESTÃO 2

As Diretrizes Curriculares Nacionais foram fixadas pelo Conselho Nacional de Educação em atendimento ao que está
prescrito na LDB como sendo incumbência da União “estabelecer, em colaboração com os Estados, Distrito Federal e
os Municípios, competências e diretrizes para a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio, que
nortearão os currículos e os seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar a formação básica comum”. Assim, as
DiretrizesCurriculares Nacionais
A) são normas obrigatórias que orientam as escolas na organização, articulação, desenvolvimento e avaliação de suas
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propostas pedagógicas.
B) são referenciais curriculares elaboradospela União para garantir a qualidade da educação básica.
C) abrangem as orientações práticas de organização de conteúdos e formas de abordagem das matérias com os
alunos.
D) correspondem à grade curricular a ser seguida pelas escolas públicas e particulares com a definição da base
nacional comum.
E) definem a proposta pedagógica das escolas no que se refere ao reconhecimento da identidade pessoal de
alunos da unidade escolar.

QUESTÃO 3

Segundo o Art. 11. da LDB, NÃO condiz com as incumbências dos municípios:
A) Organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos seus sistemas de ensino, integrando- os às
políticas e planos educacionais da União e dos estados.
B) Exercer ação redistributiva em relação às suas escolas.
C) Baixar normas complementares para o seusistema de ensino.
D) Autorizar, credenciar e supervisionar osestabelecimentos do seu sistema de ensino.
E) Assegurar o ensino fundamental e oferecer, com prioridade, o ensino médio a todos que o demandarem,
respeitado o disposto no art. 38 desta lei.

QUESTÃO 4

As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Especial, na Educação Básica, se aplicam às escolas para a
organização da educação de alunos que apresentem necessidades educacionais especiais, em todas as suas etapas
e modalidades. Essas diretrizes definem a educação especial como:
A) um nível da educação escolar brasileira.
B) uma etapa da educação básica.
C) Um desdobramento do ensinofundamental.
D) uma forma de tratar as crianças comnecessidades especiais.
E) uma modalidade da educação escolar.

QUESTÃO 5

Em relação à oferta da Educação Básica à população do campo, a LDB 9394/96 determina em seu artigo 28 que os
Sistemas de Ensino devem:
A) Ofertar ensino profissionalizante que atenda aos interesses do desenvolvimento local.
B) Organizar os conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às necessidades e interesses dos alunos do
campo
C) Criar no espaço rural uma escola modelo com os padrões urbanos para que não falte nada aos alunos do campo.
D) Oferecer transporte escolar gratuito para o deslocamento das populações rurais para os centros urbanos.
E) Oferecer meios de acesso do aluno ruralao Ensino Superior.
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QUESTÃO 6

A LDB estabelece que a educação tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho e que o ensino público deve ser ministrado com base na
gestão democrática. Assim, a democratização na escola passa, necessariamente,
A) pelo envolvimento dos pais e responsáveis pelos alunos na realização de festas e comemorações, tendo em vista
arrecadar recursos paras as reformas necessárias.
B) pela presença dos pais na escola para desenvolver trabalhos e atividades comunitárias.
C) pela eleição de diretores das unidades escolares pela comunidade escolar que faz a indicação em
uma lista tríplice a seranalisada pela Secretaria da Educação.
D) pela participação dos segmentos representativos da comunidade escolar na ação de planejar, executar e avaliar
o seu projeto político-pedagógico.
E) pela implantação da Associação de Pais e Mestres, cuja gestão deverá ser entregue à direção da unidade escolar
para garantir aaplicação correta dos recursos.
QUESTÃO 7

A partir da composição proposta pela Lei Federal nº 9.394/96, a Educação de Jovens e Adultos passa a ser
considerada:
A) um nível da educação brasileira, excluída aeducação infantil.
B) uma etapa da educação básica, excluída aeducação infantil.
C) uma modalidade da educação básica,excluída a educação infantil.
D) um nível do ensino fundamental.
E) uma etapa do ensino médio.

QUESTÃO 8

È correto afirmar que, conforme o artigo 31 da LDBEN nº 9.394/1996, uma das regras comuns a organização da
Educação Infantil, dentre outras é:
a) Avaliação mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento das crianças com o objetivo de promoção
para o ensino fundamental.
b) Carga horária mínima anual de 800 (oitocentas) horas de 180(cento e oitenta) dias letivos.
c) Atendimento a criança de no mínimo 4 (quatro) horas diárias para o turno parcial e de 8 (oito) horas para a
jornada integral.
d) Controle de frequência pela instituição de educação pré-escolar, exigida a frequência mínima de 50% ( cinquenta
por cento) do totalde horas.
e) Expedição de documentação que permita atestar os processos de desenvolvimento e aprendizagem da criança.

QUESTÃO 9

Um professor, na sua atividade de sala de aula, tem atitudes de apreço à tolerância e estabelece relações entre o
conteúdo escolar, o trabalho e as práticas sociais. À luz do que estabelece a LDBEN (Lei n.º 9.394/96), pode-se afirmar
que
A) Na sua ação, o docente desenvolve princípios do movimento de Educação para a Paz.
B) O professor cumpre o estabelecido nos princípios regimentais das escolas públicas.
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C) Essa ação docente é definida como ética e obrigatória na escola pública.


D) A ação do professor é definida como de gestão democrática do ensino público.
E) O professor, em suas aulas, observa princípios do ensino estabelecidos na lei.

QUESTÃO 10

De acordo com o artigo 32 da Lei n.º 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), com relação ao ensino
fundamentalobrigatório, gratuito na escola pública, écorreto afirmar que
A) Terá duração de 9 (nove) anos, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, e terá por objetivo a preparação para o
mercado de trabalho.
B) Organizar-se-á, obrigatoriamente, em ciclos, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades que não
seriam adquiridos por meio da organização por série.
C) Será ministrado em língua portuguesa e terá os mesmos processos de aprendizagem, inclusive em
comunidadesindígenas.
D) Utilizará, obrigatoriamente, progressão regular por série e adotará o regime de progressão continuada para os
ensinos fundamental e médio.
E) Será presencial, sendo o ensino a distância utilizado como complementação da aprendizagem ou em situações
emergenciais.

GABARITO

1.B
2.A
3.E
4.E
5.B
6.D
7.C
8.E
9.E
10.D

QUESTÃO 1

A avaliação da aprendizagem é uma situação complexa. Para se preparar uma avaliação, é necessário que o professor
tenha domínio dos conteúdos, habilidade para contextualizar esses conteúdos, utilize linguagens que tornem a prova
clara e precisa, e estabeleça critérios adequados. Benjamin Bloom desenvolveu uma classificação que ficou conhecida
como a Taxionomia de Bloom. O autor escolheu como critério a complexidade das operações mentais necessárias
para alcançar determinados objetivos no processo de aprendizagem. Os objetivos, na taxionomia de Bloom são
dispostos em diferentes níveis, conforme a construção do conhecimento. A ordem crescente de complexidade dos
objetivos é:
A) (re)conhecimento, compreensão,aplicação, análise, síntese, julgamento(avaliação);
B) (re)conhecimento, aplicação,compreensão, análise, síntese, julgamento (avaliação);
C) (re)conhecimento, compreensão, análise,síntese, aplicação, julgamento (avaliação);
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D) (re)conhecimento, compreensão,aplicação, análise, julgamento (avaliação),síntese;


E) (re)conhecimento, compreensão,aplicação, síntese, julgamento (avaliação),análise.

QUESTÃO 2

Sobre a avaliação da aprendizagem, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as afirmativas falsas.

( ) Podemos afirmar que prova escrita, portfólio, trabalhos, testes, pesquisas, e relatórios são exemplos de
instrumentos de avaliação.
( ) A avaliação no contexto atual deve priorizara nota em detrimento da qualidade do processo de aprendizagem.
( ) A avaliação tem diversas funções. Algumas delas são: facilitar o diagnóstico, interpretar os resultados, promover e
agrupar os alunos.
( ) A avaliação é uma atividade que informa tanto durante o desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem
(avaliação formativa) quanto no final do processo (avaliação somativa).
( ) A avaliação é um ritual a serviço da manutenção da ordem e da disciplina em salade aula.
Assinale a alternativa correta:
A) V, F, V, F, F;
B) F, F, V, V, V;
C) V, V, F, V, F;
D) V, F, V, V, F;
E) F, F, V, V, F.

QUESTÃO 3

A avaliação da aprendizagem é um processo contínuo, visando a correção das possíveis distorções a realizar
encaminhamentos pertinentes para alcançar os objetivos previstos no plano de ensino, o qual deve ser elaborado
de forma participativa e com o apoio do pedagogo. Essa avaliação se dá por meio de instrumentos que possuam
uma correspondência com a natureza dos objetivos de ensino. Para a aquisição de objetivos cognitivos, a técnica
aconselhada é:
A) tempestade cerebral, provas práticas, entrevistas especialmente
B) dramatizações, painel integrado, tempestade de ideias e pesquisa bibliográfica
C) seminários, dramatizações, GVGO e indicadores de aproveitamento
D) trabalhos em grupo, dramatizações, GVGOe prova apenas com consulta
E) prova dissertativa, prova de teste (objetiva), chamada oral, exercícios, trabalhos, solução de casos, conforme a
série em que o aluno seencontra

QUESTÃO 4

“As questões e considerações sobre a avaliação da aprendizagem pretendem, justamente, delinear uma investigação
que julgo necessária. Uma relação que ainda não percebo em sua total complexidade, mas que se refere
essencialmente ao descrédito que se estabelece quanto a uma perspectiva de avaliação mediadora devido à postura
conservadora dos educadores” (HOFFMANN, 1991, p. 67).
A partir da abordagem da autora, podemos considerar que a avaliação mediadora diz respeito à concepção de que:

a) O erro é fecundo e positivo, um elemento fundamental à produção de conhecimento pelo ser humano.
b) A opção epistemológica está em corrigir ou refletir sobre a tarefa do aluno; corrigir para ver se ele aprendeu.
c) A correção da produção de conhecimento do aluno o leva à superação da dificuldade, aoenriquecimento do saber.
d) o aluno é considerado um receptor passivo dos conteúdos que o docente sistematiza;
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QUESTÃO 5

Os cursos de ensino profissional de nível técnico pressupõem o desenvolvimento de conteúdos técnicos, realizados
em aulas prá- ticas e laboratórios. A avaliação da aprendizagem nesses ambientes deve-se dar através da(do):
a) Constatação de aptidões manuais para astarefas da disciplina.
b) Observação de habilidades, hábitos detrabalho, atitudes, interesses.
c) Observação de atitudes sociais e científicas,destreza mental e manual.
d) Aproveitamento de competências técnicastrazidas de ambientes de trabalho.

QUESTÃO 6

Segundo Moretto (2005) “ ... não é acabando com a prova escrita ou oral que melhoraremos o processo de
avaliação da aprendizagem, mas ressignificando o instrumento e elaborando-o dentro de uma nova perspectiva
pedagógica”. Com base nesse pressuposto, o autor nos indica que a operacionalização de uma aula com sucesso e a
consequente eficácia e eficiência de como avaliar se dá quando:

I. O professor atinge os objetivos de ensinar oportunizando aprendizagens significativas deconteúdos relevantes.


II. Ao estabelecer seus objetivos e estratégias de ensino, o professor saiba o que deseja ensinar e de que forma
fazê-lo.
III. Ao determinar que conteúdo desenvolver, o professor leve em conta a capacidade do aluno de estabelecer
relação entre o conteúdoensinado, as necessidades de seu dia a dia e o contato cultural dos alunos.
IV. O conteúdo selecionado leva em conta um critério essencialmente acadêmico, desfocado das representações
trazidas pelo aluno e de seu contexto social e político. Estão corretas apenas as afirmativas

a) I, II e III.
b) I, II e IV.
c) II e III.
d) III e IV.

QUESTÃO 7

A definição clara e precisa dos objetivos de ensino é etapa preparatória para a realização do processo da avaliação
da aprendizagem. É fundamental que se afirme que o professor ensina para que o aluno aprenda. Ao avaliar, portanto,
dentro dessa concepção, deve-se levar em conta que
I. Existem conhecimentos que são fundamentais e precisam ser avaliados para orientar o professor no processo de
ensino.
II. Nem tudo que é proposto, estudado e discutido em aula precisa ser avaliado.
III. Quando a avaliação é vista meramente como um evento relaciona-se com o processo de construção de
conhecimentos unicamente para medir.
IV. Existem assuntos que não se constituem em pilares fundamentais na estrutura conceitual.
Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)
a) I,III e IV.
b) I, II e IV.
c) II.
d) III.
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QUESTÃO 8

A avaliação da aprendizagem precisa ser coerente com a forma de ensinar. São princípios que sustentam a
concepção de aprendizagem, segundo Moretto (2005):
I. Os indicadores (palavras, gestos, figuras, textos) são interpretados pelo professor e essa interpretação
corresponde fielmente ao que o aluno pensa.
II. A aprendizagem é um processo interior ao aluno, ao qual temos acesso por meio de indicadores externos.
III. O conhecimento é um conjunto de relaçõesestabelecidas entre os componentes de um universo simbólico.
IV. O conhecimento construídosignificativamente é estável e estruturado.
Estão corretas apenas as afirmativas
a) I e II apenas.
b) II, III e IV apenas.
c) II e IV apenas.
d) I e III apenas.

QUESTÃO 9

A obra produzida por Libâneo (1985) parte da reflexão sobre um artigo publicado por Saviani em 1981 e apresenta
as tendências pedagógicas que têm se firmado nas escolas pela prática dos professores, apontando dois grupos de
pedagogias que se aproximam entre si: a pedagogia liberal e a pedagogia progressista. Nesses dois conjuntos de
pedagogias, a avaliação da aprendizagem escolar é realizada segundo o que propõe cada pedagogia. Considerando
a avaliação numa visão liberal e a avaliação numa visão progressista, assinale a alternativa que se apresenta
INCORRETA:

A) Na pedagogia libertadora, fundamentada e representada pelo pensamento e prática pedagógica do educador


Paulo Freire, a avaliação da aprendizagem deverá estar atenta aos modos de superação do autoritarismo e ao
estabelecimento da autonomia do educando;
B) Num modelo liberal de sociedade, a práticade avaliação terá de, obrigatoriamente, serautoritária;
C) Num processo de avaliação com função diagnóstica, baseada numa visão progressista, é necessário o
estabelecimento de uma escala de valores que permitirá um comparativo do desempenho dos alunos e o
estabelecimento de classificações;

D) Com a função classificatória (visão liberal), a avaliação constitui-se num instrumento estático do processo de
crescimento; com a função diagnóstica, ela constitui-se num momento dialético do processo de desenvolvimento da
ação pedagógica;
E) Para as pedagogias libertadoras a avaliação tem a finalidade de construção de postura cooperativa entre as
pessoas envolvidas no processo educativo, o desenvolvimento da consciência crítica e responsável de todos sobre o
cotidiano.

QUESTÃO 10

A avaliação da aprendizagem é uma atividade inerente ao processo educativo e não pode ser praticada
isoladamente, sob o risco de perder a sua dimensão pedagógica. Assim, a fim de cumprir a sua dimensão pedagógica,
a avaliação apresenta modalidades que estão intimamente relacionadas às suas finalidades. São três as modalidades
presentes nos processos de ensino e de aprendizagem: Diagnóstica, Formativa ou Somativa. O critério que distingue,
basicamente, uma da outra é o lugar que a avaliação ocupa em relação à ação docente. Analise as afirmativas e
assinale V para as VERDADEIRAS e F para as FALSAS.
( ) A Avaliação Formativa é utilizada para uma apresentação final sobre o que o aluno pode obter em um
determinado período.
( ) A Avaliação Somativa é utilizada ao longo do processo pedagógico para acompanhamento do desenvolvimento,
reorientando a aprendizagem.
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– PROF. ADRIELLEN

( ) A Avaliação Diagnóstica leva a processos de exclusão e classificação no final de cada unidade de ensino em que
se organiza o processo educativo.
( ) A Avaliação Formativa auxilia o professor na regulação dos processos de ensino e de aprendizagens, informando
o que deve ser feito.
( ) A Avaliação Diagnóstica precede a ação, identificando características do aluno e conhecimentos prévios.
A sequência CORRETA, de cima para baixo, é:
(A) V, F, V, V, F.
(B) F, F, F, V, V.
(C) F, F, V, V, F.
(D) V, V, F, F, F.
(E) F, V, F, V, F.

GABARITO
1.A
2.D
3.E
4.A
5.A
6.A
7.B
8.B
9.C
10.B
QUESTÃO 1

O modelo pedagógico difundido por PauloFreire encontra-se inserido na pedagogia:

A) libertadora.
B) tecnicista.
C) tradicional.
D) libertária.

QUESTÃO 2

Sobre a Educação e a Escola no Brasil, Saviani identifica quatro grandes concepções na organização, orientação e
funcionamento da escola. Assinale a alternativa CORRETA.

a) Concepção humanista,tradicional,moderna, analítica e dialética.


b) concepção positivista, humanista, moderna,analítica e dialética.
c) concepção humanista, moderna, analítica,pós- moderna e dialética.
d) Concepção humanista,cognitivista,analítica, moderna e dialética.
e) Concepção humanista, tradicional,positivista, crítico social e analítico.

QUESTÃO 3

A prática do professor está focada na realização pessoal do aluno através de seu próprio esforço, cujos conteúdos
são acumulados historicamente sem reconstrução ou questionamentos. A aprendizagem se da de forma receptiva,
automática, propiciando a memorização.
Assim podemos AFIRMAR que esta tendência é:
A) Tendência Pedagógica RenovadaProgressista.
B) Tendência Pedagógica ProgressistaLibertadora.
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C) Tendência Pedagógica ProgressistaCrítico-Social dos Conteúdos.


D) Tendência Pedagógica Renovada nãoDiretiva.
E) Tendência Pedagógica Liberal Tradicional.

QUESTÃO 4

Entre as práticas pedagógicas progressistas, estão as pedagogias:


A) tecnicista, tradicional e crítico-social dosconteúdos.
B) libertária, tradicional e renovada.
C) tradicional, tecnicista e renovada.
D) libertadora, libertária e crítico-social dosconteúdos.

QUESTÃO 5

O Movimento dos Pioneiros da Educação Renovada também pode ser chamado de Movimento:

A) Renovador da Educação Pública.


B) dos Intelectuais da Educação.
C) Escolanovista.
D) Educacional Europeu.

QUESTÃO 6

De acordo com Saviani (1983), qual a identificação CORRETA da abordagem da ação pedagógica centrada no
processo e daquela que tem seu centro no produto?

a) Freinetiana e Freiriana.
b) Crítica e Reprodutivista.
c) Escola Nova e Tradicional.
d) Montessoriana e de Conteúdos.

QUESTÃO 7

Na tendência tradicional, a PedagogiaLiberal se caracteriza por:

a) Subordinar a educação à sociedade, tendo como função a preparação de recursos humanos por meio da
profissionalização.
b) Valorizar a autoeducação, a experiência direta sobre o meio pela atividade e o ensino centrado no aluno e no
grupo.
c) Acentuar o ensino humanístico, de cultura geral, através do qual o aluno deve atingir pelo seu próprio esforço,
sua plena realização.
d) Considerar a educação um processo interno, que parte das necessidades e dos interesses individuais.
e) Focar no aprender a aprender, ou seja, é mais importante o processo de aquisição do saber do que o saber
propriamente.

QUESTÃO 8

A aprendizagem, de acordo com a concepção pedagógica liberal renovadora não diretiva:

a) Consiste em modificar as percepções darealidade.


b) Baseia-se na motivação e na estimulaçãode problemas.
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c) Baseia-se no desempenho do aluno.


d) Prioriza a resolução de situações-problemaa partir de temas geradores.
e) Ocorre a partir da interação social, daconstrução de conhecimento em grupo.

QUESTÃO 9

Confrontar a experiência do aluno com o saber sistematizado constitui método de ensino-aprendizagem próprio
daconcepção pedagógica.

a) liberal tecnicista.
b) progressista histórico-crítica.
c) liberal renovadora progressiva.
d) progressista libertadora.
e) progressista libertária.

QUESTÃO 10

Considerando a tendência pedagógica liberal tecnicista, é falso afirmar que:

a) O tecnicismo educacional ganhou autonomia enquanto tendência pedagógica nos anos 60, inspirada na teoria
behaviorista da aprendizagem e na abordagem sistêmica do ensino.
b) A tendência tecnicista está interessada na racionalização do ensino, no uso de meios e técnicas mais eficazes,
prevalecendo o uso demanuais de caráter instrumental.
c) Os livros didáticos utilizados nas escolas que adotam essa tendência são elaborados com base na tecnologia da
instrução.
d) A tendência tecnicista foi imposta às escolas pelos órgãos oficiais do governo populista, por ser compatível com
a orientação econômica, política e ideológica vigente nesse período.
e) No tecnicismo, o professor é um administrador e executor do planejamento, que é organizado com objetivos,
conteúdos, estratégias e avaliação

GABARITO

1. A
2. E
3. E
4. D
5. C
6. C
7. C
8. A
9. B
10. D
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QUESTÃO 1

Marque (V), se a assertiva for verdadeira, ou (F), se a assertiva for falsa. Acerca da organização do trabalho
pedagógico, a opção por um modelo de gestão participativa tem por objetivos a melhoria da qualidade pedagógica do
processo educacional, a busca de maior sentido de realidade e atualidade para o currículo escolar e o aumento do
profissionalismo dos professores.

( ) FALSA. ( ) VERDADEIRA.

QUESTÃO 2

O sistema educacional brasileiro ainda não se modificou o suficiente para atender às especificidades e necessidades
educativas dos alunos com deficiências graves. Em virtude disso, o Referencial Curricular Nacional (1998) e as
Estratégias e Orientações para a educação de crianças com NEE recomendam o trabalho conjunto, a parceria e apoio
dos serviços especializados para avaliação, atendimento às necessidades especificas e orientação para adaptações e
complementações curriculares, visando ao acesso desses alunos:

a) Ao currículo desenvolvido na escola comum.


b) Ao currículo desenvolvido na escola especial.
c) À sociedade letrada. d) Aos esportes.
e) A integração curricular entre atendimentoespecial e escola especial.

QUESTÃO 3

Marque (V), se a assertiva for verdadeira, ou (F),se a assertiva for falsa.

No âmbito escolar, o termo planejamento é empregado estritamente em referência a ações administrativas, não
abrangendo aspedagógicas, como a elaboração do currículo.

( ) FALSA. ( ) VERDADEIRA.

QUESTÃO 4

Marque (V), se a assertiva for verdadeira, ou (F),se a assertiva for falsa.

Currículos elaborados com base no princípio de que a função da educação é a formação do homem devem
contemplar a aprendizagem de conteúdos importantes para assegurar a inserção do educando no mercado de
trabalho.

( ) FALSA. ( ) VERDADEIRA

QUESTÃO 5

Segundo Zabalza, o currículo aparece como o itinerário formativo de uma etapa escolar na qual caminham juntos os
objetivos da educação. No que se refere às competências lógico- formais, a criança deve envolver-se em:
I. Saber vincular sua produção visual com as operações de classificar, dividir, sequenciar e captar as correlações
existentes entre significante e significado;
II. Produzir intuições espaciais múltiplas, reconhecendo o campo das categoriastopológicas como direita-
esquerda,acima-abaixo;
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III. Diante de objetos naturais ou artificiais realizar intuições lógicas como classificação, subdivisão e sequenciação.
São corretas as afirmações:

a) Todas.
b) b) Apenas I e II.
c) c) Apenas II e III.
d) d) Apenas I e III.

QUESTÃO 6

“É a redefinição do sentido dos conteúdos de ensino, de modo a atribuir sentido prático aos saberes escolares,
abandonando a preeminência dos saberes disciplinares para se centrar em competências supostamente verificáveis
em situações e tarefas específicas."

a) Currículo por disciplina;


b) Currículo por competência;
c) Currículo por tarefa;
d) Currículo por desempenho.

QUESTÃO 7

Segundo a LDB (Lei no 9394/96), os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional comum,
a ser complementada, emcada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte:

(A) Obrigatória, desenvolvida pelo estudo da língua portuguesa e da matemática.


(B) Diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela.
(C) Facultativa, assegurada pelo ensino religioso,visando à formação espiritual do educando.
(D) Transversal, demandada pela integração das disciplinas da base comum do currículo e as diversidades
socioculturais das comunidades.
(E) Específica, oferecida pelo conhecimento do mundo físico e natural e da realidade social e política da população
brasileira.

QUESTÃO 8

Os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional comum, a ser complementada:

(A) Pelo ensino da arte, componente curricular da parte diversificada, não obrigatório.
(B) Pela educação física, componente do ensino fundamental, exclusivamente.
(C) Pela parte diversificada, incluída obrigatoriamente apenas no ensino médio.
(D) Em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada.
(E) Pela oferta obrigatória de duas línguas estrangeiras, a partir da 7ª série.

QUESTÃO 9

Tendo como base a definição de currículo oculto, amplamente difundida entre os teóricos da educação, pode-se
afirmar que, o que se percebe e aprende nele são

(A) Conteúdos culturais apresentados aos alunosde cada série sob o ponto de vista de temas interdisciplinares.
(B) Conhecimentos sistematizados de forma gradual.
(C) Conteúdos programáticos oriundos dos livros didáticos.
(D) Fatos e fenômenos da ciência e da atividade cotidiana.
(E) Atitudes, comportamentos, valores e orientações.
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QUESTÃO 10

É o conceito que designa um programa educativo centrado na defesa da diversidade cultural e que tem como
finalidade o desenvolvimento de uma cultura ampla:

A) Currículo Hegemônico;
B) Currículo Explícito;
C) Currículo Multicultural;
D) Currículo Implícito.

GABARITO

1.V

2.A

3.F

4.F

5.C

6.B

7.B

8.D

9.E

10.C
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1. A construção do projeto político-pedagógico da escola exige a definição de princípios, objetivos, estratégias e,


acima de tudo, um trabalho coletivo para a sua operacionalização. Numa perspectiva crítica e democrática, o projeto
político-pedagógico da escola proporciona:
I - melhoria da organização pedagógica, administrativa e financeira da escola, bem como o estabelecimento de
novas relações pessoais e interpessoais na instituição;
II - Redimensionamento da prática pedagógica dos professores e formação continuada do quadro docente.
III - Planejamento a curto prazo para definir aplicação de medidas emergenciais na escola, de modo a superar certas
dificuldades,detectar outras e propor novas ações.
IV - a superação de práticas pedagógicas fragmentadas e a garantia total de um ensino de qualidade.
Assinale a opção em que todas as afirmativas estão corretas:
A) I, II e III.
C) I, II e IV.
B) I e IV.
D) I e II

2. A implementação do projeto político-pedagógico é uma das condições para que se afirme a identidade da escola
como espaço necessário à construção do conhecimento e da cidadania. Sabe-se que o currículo é parte integrante
desse processo e deve contemplar a formação de identidade cultural. Nessa perspectiva, o currículo deverá ter
omodiretriz:
(A) Promover narrativas sobre o outro numaótica universalista.
(B) Valorizar o enfoque prescritivo e autoreferenciado do conhecimento.
(C) Organizar conteúdos, disciplinas, métodos,experiências e objetivos.
(D) Estabelecer pautas de conduta visando àclassificação de identidades.
(E) Privilegiar os processos de subjetivaçãocoletiva e o saber sistematizado.

3. A elaboração do projeto político-pedagógico é um processo de consolidação da democracia e da autonomia da


escola, com vistas à construção de sua identidade. É uma ação intencional, com um compromisso definido
coletivamente, que reflete a realidade, busca a superação do presente e aponta as possibilidades para o futuro. O
projeto político-pedagógico é um documento que não se reduz à dimensão didático-pedagógica. Nesse texto, o
projeto político-pedagógico se constitui como

(A) Instrumento legitimador das ações normativas da equipe gestora.


(B) Desenvolvimento de ações espontâneas da comunidade escolar.
(C) Definição de princípios e diretrizes queprojetam o vir a ser da escola.
(D) Incorporação de múltiplas teorias pedagógicas, produzidas nacontemporaneidade.
(E) Implementação de estrutura organizacional visando à administração interna da escola.

4. O Projeto Político-Pedagógico (PPP) relaciona-se à organização do trabalho pedagógico da escola, indicando uma
direção,explicitando os fundamentos teórico-metodológicos, os objetivos, o tipo de organização e as formas de
implementação e avaliação da escola.
VEIGA, I. P. A.; RESENDE, L.M.G. (Org.).
Escola: espaço do ProjetoPolítico-Pedagógico. 4. ed. Campinas-SP: Papirus, 1998 (adaptado).
Considerando a elaboração do PPP, avalie asseguintes afirmações.
I. O PPP constitui-se em processo participativo de decisões para instaurar uma forma de organização do trabalho
pedagógico que desvele os conflitos e as contradições no interior da escola.
II. A discussão do PPP exige uma reflexão acercada concepção de educação e sua relação coma sociedade e a escola,
o que implica refletir sobre o homem a ser formado.
III. A construção do PPP requer o convencimento dos professores, da equipe escolar e dos funcionários para
trabalharem em prol do plano estabelecido pela gestãoeducacional.
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É correto o que se afirma em


a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III

5. O projeto político-pedagógico de uma escola não é uma formalidade, mas um guia de trabalho para todos os
envolvidos na dinâmica institucional. Nesta perspectiva, e,m relação ao projeto, é tarefa da equipe pedagógica:
a) Enviá-lo aos órgãos competentes, após suaelaboração, a fim de regularizar a situação jurídica da escola.
b) Desenvolver processos de acompanhamento e avaliação através de análise de informações relativas às ações
previstas.
c) Especializar-se na redação de projetos e regimentos, a fim de prescindir do auxílio de um profissional externo.
d) Redigir o projeto e reproduzi-lo para todos os profissionais da escola, para que se familiarizem com seu
conteúdo.
e) Zelar pelo cumprimento do plano, tornando-se a consciência crítica e ideológica da instituição.

6. O Projeto Político-Pedagógico é um instrumento teórico-metodológico que representa o ideário de uma


instituição de ensino, tendo como característica a participação coletiva. A construção do Projeto Político-
Pedagógico deverá
(A) Privilegiar os processos de subjetivação coletiva e o saber sistematizado.
(B) Seguir as orientações das Secretarias de Educação na elaboração do Regimento Escolar.
(C) Incluir a participação de todos os sujeitos da escola nas etapas de elaboração, execução e avaliação.
(D) Privilegiar a participação dos coordenadores e professores em detrimento da participação dos demais
membros da comunidade escolar.
(E) Seguir as determinações do RegimentoEscolar.

7. A Unidade Escolar, como promotora da aprendizagem de conhecimentos significativos, faz a organização


curricular em seu Projeto Político Pedagógico, levando em consideração diferentes saberes dos contextos
ecológico, demo-gráfico, social e cultural.Com essa articulação, o processo educativo assume uma perspectiva

(A) humanística.
(B) experimental.
(C) multidimensional.
(D) profissional.
(E) técnica.

8. “As inovações (pedagógicas) não têm hipóteses de sucesso se os atores não são chamados a aceitar essas
inovações e não se envolvem na sua própria construção.” ALENCASTRO, Ilma Passos. Inovações e projeto político-
pedagógico: uma relação regulatória ou emancipatória? Cadernos Cedes,v. 23, n. 61, p. 267. Na perspectiva da citação
acima, o Projeto Político-Pedagógico de uma escola deve priorizar a(o)

(A) Organização sistêmica de conteúdos.


(B) Participação espontânea.
(C) Estrutura interna das funções escolares.
(D) Planejamento participativo.
(E) Processo de ensino e aprendizagem.
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9. Estabelecido pela atual legislação brasileira, o Projeto Político-Pedagógico deve contemplar a questão da
qualidade de ensino, em todas as suas dimensões, ordenando institucionalmente o trabalho escolar em suas
especificidades, níveis e modalidades. Nessesentido, o Projeto Político-Pedagógico

a) Compõe-se, exclusivamente, dos planos de ensino das disciplinas e do planejamento anual das atividades a serem
desenvolvidas na escola.
b) Constitui a proposta de trabalho da escola, cuja elaboração compete, exclusivamente, ao Coordenador
Pedagógico e ao Diretor.
c) Define anualmente os níveis e as modalidades de ensino a serem oferecidos pela escola e a abrangência da
clientela escolar.
d) Exige em sua construção a participação de todos os agentes do processo educativo: professores, funcionários,
pais e alunos.
e) Estabelece as formas como, autonomamente, a escola e seus professores se manifestarão frente a decisões
governamentais.

10. Acompanhando as transformações ocorridas no cenário mundial, o Estado brasileiro, desde os anos de 1990,
tem tomado medidas de ordem legal objetivando a atualização das políticas educacionais a fim de possibilitar
mudanças na realidade do ensino nacional. Dentre essas medidas, tem-se o estabelecimento de Diretrizes
Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica, que têm como um dos seusobjetivos:
(A) Estimular a reflexão crítica dos participantes dos processos de formulação, execução e avaliação do projeto
político-pedagógico das escolas de educação básica.
(B) Superar a necessidade de construção de competências e habilidades próprias à formação humana e cidadã dos
estudantes das escolas de educação básica.
(C) Proporcionar aos alunos de escolas da educação básica a qualificação para o trabalho e para o exercício da
cidadania por meio do currículo nacional único.
(D) Incentivar a participação de voluntários nas atividades docentes das escolas de educação básica, sem
exigências de formação e especialização acadêmicas.
(E) Promover o desenvolvimento cognitivo e, quando possível, o psíquico e o social dos alunos de escolas de
educação básica, considerando a realidade escolar.
GABARITO

1. D
2. E
3. C
4. C
5. B
6. C
7. C
8. D
9. D
10. A

1. Sobre o planejamento escolar, NÃO podemos afirmar que


a) É processo de busca de equilíbrio entre meios e fins, entre recursos e objetivos, visando ao melhor funcionamento
deempresas, instituições, setores de trabalho, organizações grupais e outras atividades humanas.
b) As ideias que envolvem o planejamento são amplamente discutidas nos dias atuais, assim a compreensão de
conceitos e o uso adequado dos mesmos não são complicadores para o exercício da práticade planejar.
c) É sempre processo de reflexão, de tomada de decisão sobre a ação; processo de previsão de necessidades e
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racionalização de emprego de meios (materiais) e recursos (humanos) disponíveis, visando à concretização de


objetivos, em prazos determinados e etapasdefinidas, a partir dos resultados das avaliações.
d) Processo contínuo que se preocupa com o ―para onde ir‖ e ―quais as maneiras adequadas para chegar lá‖, tendo
em vista a situação presente e possibilidades futuras, para que o desenvolvimento da educação atenda tanto as
necessidades da sociedade, quanto as do indivíduo.
e) Faz parte da história do ser humano, pois o desejo de transformar sonhos em realidade objetiva é uma preocupação
marcante de toda pessoa.

2. Sobre a importância do planejamento escolar, Libâneo coloca que o mesmo não é algo neutro, é político, uma vez
que envolve opções e ações. Destaca as seguintes funções:
I. Explicitar princípios, diretrizes e procedimentos do trabalho docente. II. Assegurar a racionalização, organização e
coordenação do trabalho docente evitandoa improvisação e a rotina.
III. Assegurar a unidade e a coerência do trabalho docente, para que todos trabalhem da mesma forma.
IV. Facilitar a preparação das aulas indicando as ações de professores e alunos e possibilitando o
replanejamento do trabalho frente a novas situações. Estão corretos apenas os itens:
a) I, III e IV.
b) II, III e IV.
c) I, II e IV.
d) I, II e III.

3. Para que o professor possa atingir efetivamente os objetivos, é necessário que realize um conjunto de operações
didáticas coordenadas entre si, ou seja, o planejamento, a direção do ensino e da aprendizagem e a avaliação
(LIBÂNEO, 1994). No que diz respeito ao planejamento escolar, o professor deve:
a) As alternativas B, C, D, E se encontram corretas;
b) Possuir conhecimento das características sociais, culturais e individuais dos alunos, bem como o nível de preparo
escolar em que se encontram;
c) Conhecer os vários métodos de ensino e procedimentos didáticos, a fim de poder escolhê-los conforme os temas a
serem tratados, características dos alunos, etc.;
d) Compreender as relações entre a educação escolar e os objetivos sociopolíticos e pedagógicos, ligando-os aos
objetivos de ensino;
e) Prever atividades didáticas em termos da sua organização e coordenação em face aos objetivos propostos, quanto
a suarevisão e adequação no decorrer do processo de ensino.

4. Marque (V), se a assertiva for verdadeira, ou (F), se a assertiva for falsa. O planejamento escolar deve contemplar a
atenção individualizada ao discente, a fimde atender à diversidade dos modos de aprender.
( ) FALSA.
( ) VERDADEIRA

5. Segundo José Carlos Libâneo o planejamento escolar – objetivos, conteúdos, métodos – está recheado de
implicações sociais e têm um significado genuinamente político. Por essa razão o planejamento é uma atividade de:

a) Estabelecimento da dicotomia teoria eprática.


b) Preenchimento de formulários para controle administrativo.
c) Guia de orientação para a exclusão dos alunos desobedientes.
d) Atendimento ao que foi elaborado pelos técnicos a ser executado pelo professor.
e) Reflexão acerca das nossas opções e ações.

6. Segundo José Carlos Libâneo em Didática, planejar é uma atividade consciente para prever as ações do professor, e
não se reduz a um simples preenchimento de formulários para controle administrativo; e sim, deve ser fundamentada
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em opções político pedagógicas e ter como referências permanentes as situações didáticas concretas (isto é, a
problemática social, econômica, política e cultural que envolve a escola, os demais professores, os alunos, os pais, a
comunidade, que interagem no processo de ensino). Portanto, é no planejamento escolar que o professor estabelece
suas ações com o processo ensino aprendizagem, devendo:
I. Prever objetivos, conteúdos e métodos a partir da consideração das exigências postas pela realidade social, do
nível de preparo e das condições socioculturais eindividuais dos alunos.
II. Prever que no processo de ensino, o conteúdo trabalhado com os alunos terá apenas o significado educativo e de
reprodução social.
III. Assegurar a racionalização, organização e coordenação da sua prática em sala de aula, de modo que possibilite a
realização de um ensino de qualidade e evite a improvisação e a rotina. IV. Atualizar o conteúdo sempre que
necessário, aperfeiçoando-o em relação aos progressos feitos no campo do conhecimento, adequando-os às condições
de aprendizagem de seus alunos, bem como os métodos, técnicas e recursos de ensino que vão sendo incorporados à
experiência cotidiana.
V. Assegurar a unidade e a coerência da sua atuação, uma vez que isso torna possível inter-relacionar, os elementos
que compõem o processo de ensino: os objetivos (para que ensinar), os conteúdos (o que ensinar), os alunos e suas
possibilidades (a quem ensinar), os métodos e técnicas (como ensinar) e a avaliação, que está intimamente
relacionada aos demais.
Está (ao) correta (s):

a) Somente II, III, IV e V.


b) Somente I, II, III e IV.
c) Somente III.
d) Somente I, III, IV e V.
e) I, II, III, IV e V.

7. São funções do planejamento escolar,EXCETO:

a) explicitar princípios, diretrizes e procedimentos do trabalho docente que assegurem a articulação entre as tarefas da
escola e as exigências do contexto social e do processo de participação democrática.
b) expressar os vínculos entre o posicionamento filosófico, político pedagógico e profissional e as ações efetivas que o
professor irá realizar na sala de aula, através de objetivos, métodos e formas organizativas do ensino.
c) assegurar a racionalização, organização e coordenação do trabalho docente, de modo que a previsão das ações
docentes possibilite ao professor a realização de um ensino de qualidade e evite a improvisação.
d) atualizar o conteúdo do plano sempre que for revisto, aperfeiçoando-o em relação aos progressos feitos no campo
de conhecimentos, adequando-os às condições de aprendizagem dos alunos, aos métodos, técnicas e recursos de
ensinoque irão sendo incorporados na experiência cotidiana
e) facilitar a preparação de aulas, de forma a manter a unidade dos conteúdos, com vistas à formação de turmas
homogêneas, possibilitando a exclusão de alunos que nãoacompanhem as aulas propostas.

8. Que tipo de planejamento apresenta a seguinte definição: “é a previsão dos conhecimentos a serem desenvolvidos
e das atividades a serem realizadas em uma determinada classe, durante um certo período de tempo, geralmente
durante o ano ou semestre letivo”?
a) Planejamento de unidade.
b) Planejamento educacional.
c) Planejamento de aula.
d) Planejamento de curso.
e) Planejamento escolar.
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9. As fases do planejamento escolar podem ser divididas em: o planejamento da escola, o planejamento curricular e o
projeto ou plano de ensino. O planejamento curricularé

a) o que chamamos de Projeto Político-Pedagógico ou projeto educativo, sendo este o plano integral da instituição e
que é composto de marco referencial, diagnóstico e programação. Esse nível envolve tanto a dimensão pedagógica
quanto a comunitária e administrativa da escola.
b) a proposta geral das experiências de aprendizagem que serão oferecidas pela escola incorporadas nos diversos
componentes curriculares, podendo ter como referência os seguintes elementos: fundamentos da disciplina, área de
estudo, desafios pedagógicos, encaminhamento, proposta de conteúdos, processos de avaliação.
c) o planejamento mais próximo da prática do professor e da sala de aula. Diz respeito, mais restritamente, ao
aspecto didático. Pode ser subdividido em projeto de curso e plano de aula. d) o planejamento global da escola, que
envolve o processo de reflexão, de decisões sobre a organização, o funcionamento e a proposta pedagógica da
instituição.
e) uma ferramenta gerencial que auxilia a escola a realizar melhor o seu trabalho: focalizar sua energia, assegurar que
sua equipe trabalhe para atingir os mesmos objetivos e avaliar e adequar sua direção em resposta a um ambiente
em constante mudança. É considerado um processo de planejamento estratégico desenvolvido pela escola para a
melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem. Esse plano define diretrizes, objetivos e metas estabelecidas
pela Unidade escolar.

10. O planejamento é um componente essencial no cotidiano educacional. De acordo com pesquisadores o


planejamento escolar precisa ser concebido como um meio para facilitar e viabilizar:

a) As relações hierárquicas no contextoescolar.


b) A transmissão dos conteúdos de maneiralinear e fragmentada.
c) A democratização do ensino.
d) As relações autoritárias no espaçoescolar.
e) A transmissão dos conteúdos de maneiramecânica e homogênea.

GABARITO:

1.B;
2.C;
3.A;
4.V;
5.E;
6.D;
7.E;
8.D;
9.B;
10.C

1.O acesso e a qualidade da educação daescola

a) vêm permitindo a inclusão de todos os alunos na escola, mesmo os com deficiência, do mesmo modo que estimula
a participação em olimpíadas e competições visando à preparação para omercado competitivo.
b) estão sendo garantidos, desde 2007, pelos dados de desempenho das escolas indicados pelo Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), permitindo, assim, a participação e a interferência dos pais no trabalho
pedagógico dos professores e na gestão da escola.
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c) dependem da competência técnica dos professores e do compromisso destes profissionais em relação a um ensino
de qualidade, assim como, da eficiência da equipe gestora da escola.
d) resultam da participação e da possibilidade de democracia nos mecanismos de gestão educacional e que estes
mecanismos sejam igualmente pautados por relações democráticas cotidianas, no interior da escola, e entre a escola e
a comunidade.
e) dependem do estímulo e responsabilidade dos pais no acompanhamento dos estudos de seus filhos, bem como a
realização conjunta das lições de casa de seus filhos, dando retorno aos professores sobre o rendimento escolar.

2.Sobre a educação escolar, é corretoafirmar:

a) A Educação Básica e Superior são os níveis que compõem a educação escolarA Educação Básica é
composta pela Educação Infantil e pelo Ensino Fundamental.
b) O Ensino Superior é uma modalidade daeducação escolar
c) O Ensino Fundamental é a primeira etapa da educação escolar.
d) A educação escolar é composta pela educação obrigatória, de 4 a 17 anos.

3.O Decreto nº 6.425, de 4 de abril de 2008, que dispõe sobre o censo anual da educação define que o censo
escolar da educação básica será realizado em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios, em caráter declaratório e mediante coleta de dados descentralizada, englobando
todos os estabelecimentos públicos e privados de educação básica e adotando como unidades de informação:

a) alunos, turmas, escolas e secretarias de educação.


b) alunos, professores, escolas e técnicosda educação.
c) alunos, turmas, escolas e profissionais da educação.
d) secretarias de educação, técnicos da educação, turmas e escolas.
e) professores, turmas, escolas e profissionais da educação.

4. Segundo o art. 21 da LDB nº 9.394/1996, a educação escolar é composta de:


a) Educação Infantil e EnsinoFundamental.
b) Ensino Médio e Educação Superior
c) Educação Básica e Educação Superior
d) Educação Básica
e) Ensino Fundamental e Ensino Médio

5. Segundo a LDB, a educação escolarcompõe se de:


a) Educação Básica e Educação Infantil.
b) Educação Infantil e EnsinoFundamental.
c) Educação Básica e Educação Superior.
d) Educação Básica, Educação Infantil eEducação Superior.
6. Ghirardelli, em “O que é a Pedagogia”, indica que a pedagogia possui suas características básicas estabelecidas
com o advento do mundo moderno, que trouxe um novo conceito ao qual a pedagogia está atrelada e do qual é
caudatária. Trata-se do conceito de:
a) aprendizagem
b) escola
c) infância
d) educação
e) instrução
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7. Segundo a LDB vigente, a EducaçãoEscolar brasileira é composta por:


a) Educação Infantil, Ensino Fundamentale Ensino Superior
b) Ensino Fundamental e Ensino Médio
c) Educação Básica e Educação Superior
d) Pré-Escolar, Ensino Fundamental,
Ensino Médio e Ensino Superior
e) Educação Básica, Educação Especial eEducação para Diversidade

8.A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN – Lei nº 9.394/1996) define que a estrutura da educação
escolar brasileira compõe-se deníveis e modalidades de ensino. A composição correta dos níveis escolares é:

a) Educação fundamental, educaçãotecnológica, educação de jovens e adultose educação básica.


b) Educação básica e educação superior.
c) Educação infantil, ensino médio, educação profissional e educação básica. d)Ensino fundamental,
educação profissional, educação superior e educação do campo.

9. Na perspectiva do combate às desigualdades sociais e regionais, da eliminação de preconceitos de


origem, raça, gênero, idade e outras formas de discriminação e, ao mesmo tempo, fomentando a igualdade
de acesso e permanência, respeitando as especificidades regionais e a diversidade sociocultural e ambiental,
articulam-se às políticas educacionais de ação afirmativa e inclusão:
a) educação musical; educação de tempo integral; educação semiprofissional; programa ciência sem
fronteira; educaçãoinfantil
b) educação de meninos e meninas; educação integral; programa amigos da escola; programa de
voluntariado.
c) educação escolar indígena; educação escolar quilombola; educação para jovens e adultos em situação de
privação de liberdade nos estabelecimentos penais; educação do campo e dos povos das águas e das
florestas.
d) educação escolar em contraturno; educação socioambiental; educação pública intercultural; educação
rural e cooperativismo; educação escolar militar; educação escolar bilíngue

10. Conforme o que dispõe o Artigo 21, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), Lei nº 9394/96, “ A
educação escolar compõe-se de”:
a) educação básica; ensino médio; educação de jovens e adultos; educação superior.
b) educação básica, formada pela educação infantil,ensino fundamental, ensino médio; e educação superior .
c) educação infantil; educação básica; educação profissional; educação superior
d) educação infantil; ensino fundamental; ensino médio; educação especial; ensino superior.

Gabarito:1-d 2-a 3-c 4-c 5-c 6-c 7-c 8-b 9-c 10-b

1. Em relação à educação e às novas tecnologias, é INCORRETO afirmar que


a) a alfabetização tecnológica tem relação indireta com o domínio crítico da linguagem tecnológica, sendo apenas
mecânica.
b) a utilização das tecnologias na sala de aula só auxiliará o desenvolvimento de uma educação transformadora se for
baseada em um conhecimento que permita ao professor interpretar, refletir e dominar criticamente a tecnologia.
c) o professor precisa se preparar, com atualização e formação profissional, para utilizar pedagogicamente as
tecnologiasna formação dos cidadãos produtores e intérpretes das linguagens do mundo atual e futuro.
d) o uso das tecnologias deve ser contextualizado com as necessidades socioculturais dos alunos.
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2. Segundo o artigo 1º do Decreto nº 5.622, de 19 de dezembro de 2005, que regulamenta o artigo 80 da Lei nº
9394/96, é a modalidade educacional na qual a mediação didático pedagógica nos processos de ensino/aprendizagem
ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores
desenvolvendo atividadeseducativas, em lugares ou tempos diversos:
a) Educação a Distância.
b) Educação Tradicional.
c) Educação Presencial.
d) Educação Integral.

3. Na Educação a Distância, a ideia das tecnologias colaborativas se fundamenta no conceito de aprendizagem


sociointeracionista:

a) behaviorista
b) significativa
c) cognitivista
d) cooperativa

4. Um dos vídeos virais mais provocativos do YouTube dos últimos dois anos começa de forma bem
prosaica: uma menina de um ano brinca com um iPad, passando os dedos na tela sensível ao toque e
arrastando grupos de ícones. Nas cenas seguintes ela parece beliscar, bater e cutucar as páginas de revistas de
papel como se fossem telas. Melodramático, o vídeo repete esses gestos em close-up.

a) as tecnologias digitais prejudicam o acesso ao conhecimento


b) a educação moderna concentra seufoco educativo nas tecnologias
c) as folhas impressas são entendidas com dificuldade pelos nativos digitais.
d) o ensino não pode abrir mão dos livros e das tecnologias.
e) a escola não deve estar afastada da modernidade.

5.O uso de tecnologias da comunicação e informação nas práticas educativas deve

a) estimular práticas de competitividade entre os estudantes e a criatividade, por meio de premiações para
alunos talentosos na temática, olimpíadasescolares e torneios entre classes.
b) ser adaptado para servir a fins de controle e vigilância dos estudantes, professores e demais profissionais
da educação, de modo a garantir maior segurança nas instituições educacionais
c) ser feito com parcimônia, considerandoos riscos que eles representam para o exercício do magistério
d) estimular a criação de novos métodos didático-pedagógicos e garantir o acesso dos estudantes à biblioteca, ao
rádio, à televisão e à internet aberta às possibilidades da convergência digital.

6. Os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio apresentam disciplinas potenciais, de acordo com os
temas de cada área, incluindo também orientações teóricas sobre o processo de ensino e aprendizagem, com base nas
competências a serem construídas nessa modalidade de ensino, isto é, no Ensino Médio. Esses parâmetros estão
centralizados nas tecnologias e nas tendências globais da sociedade, voltadas ao mundo do trabalho e estão
organizados em quatro etapas:
a) Bases Legais – Linguagens, Códigos e suas Tecnologias – Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias –
Arte e Língua Estrangeira.
b) Bases Legais – Linguagens, Códigos e suas Tecnologias – Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias –
Ciências Humanas e suas Tecnologias.
c) Orientação Sexual – Linguagens, Códigos e suas Tecnologias – Ciências da Natureza, Matemática e suas
Tecnologias – Ciências Humanas e suas Tecnologias.
d) História – Arte – Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias – Ciências Humanas e suas Tecnologias.
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7. Em relação às Novas Tecnologias da Informação e Comunicação (NTICs), é CORRETO afirmar que:

a) As NTICs oferecem possibilidades inéditas de interatividade entre professor/estudante e


estudante/estudante e de interação com materiais de boa qualidade e de grande variedade.
b) A introdução das NTICs na educação precisa ser acompanhada de mudanças nos modos de ensinar e na
própria concepção e organização dos sistemaseducativos.
c) A informação e a comunicação são o motor da sociedade moderna e o professor deve atuar como um
comunicador e transmissor de conhecimentos utilizando as NTICs.
d) As NTICs aparecem como um instrumento importante para resolver os problemas do ensino e melhorar
definitivamente a qualidade da educação de modo geral.
e) A introdução das NTICs na educação deve ser orientada para a melhoria da qualidade e da eficácia do
sistema e, por isso, deve priorizar as suas característicastécnicas.

8.Que áreas de conhecimento estão envolvidas na atuação do Designer Instrucional?

a) Educação, comunicação, filosofia egestão


b) Educação, didática, comunicação egestão
c) Educação, didática, política e gestão
d) Educação, tecnologia, antropologia egestão
e) Educação, tecnologia, comunicação egestão

9.A expansão dos meios de acesso a educação básica constitui um dos objetivos das políticas públicas para a educação
no Brasil. Dentre as ações abaixo, assinale a que NÃO contribui parao alcance deste objetivo é:

a) aumento da oferta de educação de jovens e adultos;


b) estímulo à formação continuada dos professores;
c) falta de apoio à educação infantil;
d) implementação de programas de educação aberta e a distância;
e) incentivo à utilização das novas tecnologias de informação e comunicação.

GABARITO

1.a / 2.a / 3.e/ 4.c/ 5.d/ 6.b / 7.b / 8.e /9-d


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QUESTÃO 1

Na psicogenética de Henri Walon, a dimensão afetiva ocupa lugar central, tanto do ponto de vista da construção da
pessoa quanto do conhecimento. Ambos se iniciam num período que se estende ao longo do primeiro ano de vida e
que o autor denomina de

(A) cognitivo-emocional.
(B) afetivo-compulsivo.
(C) impulsivo-cognitivo.
(D) impulsivo-emocional.
(E) afetivo-cognitivo.

QUESTÃO 2

De acordo com Heloysa Dantas in La Taille (1992), a afetividade não é apenas uma das dimensões da pessoa, ela
prepondera em uma fase do desenvolvimento. Para Wallon, em qual momento do desenvolvimento humano a
afetividade prevalece em relação à razão?
(A) Na fase adulta, quando a pessoa necessita usar a afetividade para tomar decisões sobre seu futuro e suas
relações.
(B) No seu momento inicial, logo que o indivíduo sai da vida puramente orgânica, e que suas ações são puramente
emocionais.
(C) No início da adolescência, quando o sujeito utiliza a afetividade como instrumento para lidar com as diferenças.
(D) Na etapa em que, já idoso, o indivíduo passa a usar mais afetividade recordando fatos do passado.
(E) Na fase final da infância, quando a criançausa da afetividade para conseguir atenção de pais e professores.

QUESTÃO 3

Segundo La Taille, Oliveira e Dantas (1992):


– para Wallon, “a consciência afetiva é a forma pela qual o psiquismo emerge da vida orgânica: corresponde à sua
primeira manifestação. Pelo vínculo imediato que instaura com o ambiente social, ela garante o acesso ao universo
simbólico da cultura, elaborado e acumulado pelos homens ao longo da sua história”;
– a partir da diferenciação entre afetividade e inteligência, “a história da construção da pessoa será constituída por
uma sucessão pendular de momentos dominantemente afetivos ou dominantemente Cognitivos, não paralelos, mas
integrados”.
Segundo Fiorin (2006), para Bakhtin, “a subjetividade é constituída pelo conjunto de relações sociais de que
participa o sujeito. (...) O princípio geral do agir é que o sujeito age em relação aos outros; o indivíduo se constitui
em relação ao outro”.Graças a estudos, como os mencionados acima, podemos entender o desenvolvimento
humano como:
(A) resultado, sempre provisório, das relações afetivas que se originam na primeira infância e que tendem a
desaparecer com o surgimento do juízo moral.
(B) maturidade emocional produzida pelo desenvolvimento da inteligência em situações de conflito nas relações
interpessoais.
(C) capacidade de estabelecer relações lógico-formais, desenvolvida pelas relações afetivas na primeira infância e
pela escola a partir dos seis, sete anos.
(D) síntese das relações sociais na família, na escola e nos contextos sociais mais amplos do trabalho e da
participação política.
(E) síntese das relações entre cognição e afeto, no contexto das relações dos indivíduos entre si e o seu meio físico,
social e cultural.
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QUESTÃO 4

Em uma reunião pedagógica, os docentes da EEEFM “Governador Sebastião Mendonça” discutiam algumas
atividades desenvolvidas por alunos do 5.º ano do ensino fundamental. No calor da discussão, a professora Teresa
Cristina teceu críticas a Piaget, dizendo que este pensador, embora de valor, desprezara o papel dos fatores sociais no
desenvolvimento humano. Pedro Paulo, um dos colegas que lera a obra Piaget, Vygotsky, Wallon: teorias
psicogenéticas em discussão (La Taille; Dantas; Oliveira, 1992), aparteou-a e disse-lhe que, segundo a obra lida:
(A) Piaget costuma ser criticado por “desprezar” o papel dos fatores sociais no desenvolvimento humano. Nada
mais injusto, pois tal desprezo nunca existiu. O máximo que se pode dizer é que Piaget não se deteve longamente
sobre a questão, tendo apenas situado as influências e determinações da interação social sobre o desenvolvimento da
inteligência.
(B) La Taille afirma que Piaget em nenhum momento omitiu de sua teoria os fatores sociais, muito pelo contrário,
eles estão presentes em toda a sua obra, pois ele acreditava que todas as relações sociais são sempre
favorecedoras do desenvolvimento. Jean Piaget não somente era adepto como também defendia esse otimismo
social.
(C) para Piaget, o homem não é social da mesma maneira aos seis meses ou aos vinte anos de idade. A
socialização efetiva da inteligência só tem início por volta dos doze anos, quando a criança está no estágio
operatório formal. Nos estágios anteriores, a inteligência é essencialmente individual, não há socialização.
(D) na teoria piagetiana, a cooperação é o tipo de relação interindividual que representa o mais baixo nível de
socialização; é ela a responsável pelo desenvolvimento infantil. A cooperação necessária a esse desenvolvimento
tem seu início nas relações entre crianças pequenas, daí a importância dese promoverem brincadeiras em grupo.
(E) para La Taille, o postulado de Wallon de que o homem é “geneticamente social” (impossível de ser pensado
fora do contexto da sociedade), não é válido para a teoria de Piaget, pois para este, desde o nascimento, o
desenvolvimento intelectual resulta, exclusivamente, da interação entre o sujeito e os objetos materiais com os
quais convive.

QUESTÃO 5

Com base na Teoria Piagetiana, relacione os conceitos da primeira coluna de acordo com as definições
apresentadas na segunda coluna:
1. Adaptação
2. Assimilação
3. Acomodação
4. Organização
5. Esquema
6. Estrutura
7. Invariantes
8. Funcionais Estágio

( ) É a unidade estrutural básica depensamento e ação. É usado para processare identificar a entrada de
estímulos. Éconstruído pelo sujeito individualmente pelos processos de assimilação e acomodação. Refere-se aos
comportamentos possíveis àcada estrutura.
( ) É um dos componentes do desenvolvimento cognitivo. São maneiras de organização do pensamento. São
sistemas de esquemas que se relacionam e se conservam buscando o equilíbrio. É o ‘órgão’ que o indivíduo possui
para se relacionar com o ambiente. As mudanças consistem no desenvolvimento intelectual.
( ) É um meio para compreender o processo de desenvolvimento do ser humano. São formas de interagir com o
ambiente que têm características semelhantes. Traduzem diferentes formas de organização mental e de diferentes
estruturas cognitivas. É um instrumento metodológico, de classificação, que descreve o desenvolvimento do
pensamento ao longo de um continuum.
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( ) É a tendência e habilidade de todas as espécies de sistematizar seus processos em sistemas coerentes. Se não
fosse essa característica, a cada desequilíbrio o sistema acabaria.
( ) É a essência do funcionamento biológico e do funcionamento intelectual. Todos os organismos vivos possuem e
ocorre por meio de dois processos básicos.
( ) É um processo cognitivo em que o sujeito integra um novo dado aos esquemas já existentes de modo a incorporá-
lo à estrutura existente do sistema e que explica o crescimento dos esquemas.
( ) É a variação de um esquema, a criação de novos esquemas ou a modificação de velhos esquemas, e que explicam
o desenvolvimentodos esquemas.
( ) É um dos conceitos mais fundamentais da teoria que explica o modo de funcionamento intelectual e que
constitui nossa herançabiológica geral e permanece constantedurante toda vida. A sequência CORRETA é:
a) 8, 4, 6, 7, 1, 2, 3, 5.
b) 5, 6, 8, 4, 1, 2, 3, 7.
c) 5, 6, 7, 1, 4, 3, 2, 8.
d) 8, 5, 6, 1, 4, 3, 2, 7.

QUESTÃO 6

Com relação aos estágios (ou estádios) de desenvolvimento, de acordo com a Teoria Piagetiana, assinale V para as
sentenças VERDADEIRAS e F para as FALSAS.
( ) Os estágios do desenvolvimento são uma maneira de explicar a organização mental e as idades cronológicas são
norteadoras referindo-se às idades mais prováveis em que a criança apresenta os comportamentos descritos em cada
estágio.
( ) A ordem de sucessão dos estágios é constante, embora a criança possa omitir ou pular qualquer um dos estágios
dependendo dos estímulos do meio.
( ) O conceito de ‘estágio’ explica a forma de organização intelectual e pode ser compreendido como uma escada
em que cada vez que o sujeito atinge um degrau superior, ou seja, uma estrutura mais complexa, deixa a estrutura
menos complexa para trás evoluindo em seu pensamento.
( ) O estágio sensório-motor caracteriza-se pela falta da função simbólica e por isso não se pode considerar que haja
inteligência propriamente dita.
( ) O estágio pré-operatório tem início com as primeiras simbolizações rudimentares que aparecem no final do
período sensório-motor, ou seja, há representação e por isso o pensamento não está mais preso aos eventos
perceptivos e motores.
( ) O pensamento pré-operatório praticamente não pode ser considerado um pensamento ‘bom’ pelas características
que ele apresentae que impedem que esse seja um pensamento lógico.
( ) No período operatório concreto, os processos mentais da criança tornam-se lógicos, ou seja, a criança tem em seu
controle um sistema cognitivo coerente e integrado com o qual organiza e age no mundo.
( ) As operações formais constituem o ápice do desenvolvimento intelectual; o estado final de equilíbrio para o qual a
evolução intelectual vinha-se dirigindo desde o nascimento e, após este estágio, não há mais mudança qualitativa nas
estruturas e sim mudanças quantitativas. A sequência CORRETA é:

a) F, V, V, V, F, F, V, F.
b) V, V, F, V, V, F, F, V.
c) F, F, V, F, F, V, F, F.
d) V, F, F, F, V, V, V, V.
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QUESTÃO 7

Com relação à construção do número naperspectiva Piagetiana, leia as afirmativas abaixo:

I. O número não é empírico por natureza, a criança o constrói através da abstração reflexiva pela sua própria ação
mental de colocar coisas em relação; o conceito de número não pode ser ensinado, pois a criança o constrói por si
mesma, pela sua capacidade de pensar; a adição não precisa ser ensinada, posto que a própria construção do número
envolve a repetida adição deste. Cada criançaconstrói o número criando e coordenando relações.
II. O objetivo da matemática é aprimorar o raciocínio das crianças, tornando-as mais capazes de refletir sobre sua
realidade. A construção do número acontece gradualmente por partes ao invés de tudo de uma vez, o que leva anos
para ser construído. A conservação, classificação e seriação são necessárias à construção da noção de número pela
criança, sendo que essas estruturas bem trabalhadas na pré-escola possibilitarão à criança dispor de instrumentos
intelectuais para compreender o conceito numérico e as operações como adição, subtração, divisão e
multiplicação.
III. O número é uma relação criada mentalmente pelo indivíduo. A criança constitui o número em função da
sua sucessão natural, e essa construção ocorre junto com as operações da lógica de classificação e seriação, ou seja,
o número operatório é a síntese de duas entidades lógicas: da inclusão de classe e da ordem serial, que a criança
elabora por abstração reflexiva. A construção do número também está relacionada aos princípios da conservação,
que é uma condição necessária de toda atividade racional, inclusive do pensamento aritmético.
IV. Piaget estava muito mais interessadonaquilo que poderíamos chamar de prontidãopara números do que
nas realizações aritméticas como tais. Seu objetivo foi o de investigar e diagnosticar a evolução de
capacidades relacionadas à noção numéricamuito mais sutis e básicas do que aquelasenvolvidas nas onhecidas
operaçõeselementares de contar, somar, subtrair, etc. Estão CORRETAS as afirmativas:

a) I e III, apenas.
b) II e IV, apenas.
c) I, II e III, apenas.
d) I, II, III e IV.

QUESTÃO 8

As reflexões teóricas sobre o processo ensino-aprendizagem permitem identificar o movimento de ideias de


diferentes correntes acerca dessa problemática. Sobre esse assunto e de acordo com a teorização de Piaget, julgue
os itens:

I. As contribuições da teoria construtivista de Piaget, sobre a construção do conhecimento e os mecanismos de


influência educativa, têm chamado a atenção para os processos sociais e coletivos, que têm lugar em um contexto
exclusivamente focado no âmbito interpessoal e que procuram analisar como os alunos aprendem, estabelecendo uma
estreita relação com os processos de ensino em que estão conectados.
II. Segundo Piaget, o pensamento é a base em que se assenta a aprendizagem, é o modo pelo qual a inteligência se
manifesta, e a inteligência é fenômeno biológico condicionado pela base neurônica do cérebro e do corpo, sujeito ao
processo de maturação do organismo. A inteligência desenvolve uma estrutura e um funcionamento, sendo a
estrutura, de acordo com o autor, fixa e acabada.
III. Piaget destacou a importância de uma hierarquia de tipos de aprendizagem que vão desde a simples associação
de estímulos à complexidade da solução de problemas. Para este autor, a classificação de tipos de aprendizagem indica
a necessidade de utilização de diferentes estratégias de ensino.
IV. Toda aprendizagem precisa ser significativa para o aluno, de forma não mecanizada, e deve estar relacionada com
os conhecimentos, experiências, vivências do aluno. Toda aprendizagem é pessoal, precisa visar objetivos realísticos,
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necessita ser processo contínuo e estar embasada em um bom relacionamento entre os elementos do processo (aluno,
professor, colegas). É correto o que se afirma em:

a) todas as afirmativas são corretas.


b) I, III e IV, apenas.
c) III, apenas.
d) IV, apenas.

QUESTÃO 9

Para Piaget, o juízo moral, assim como o desenvolvimento, é permeado por fases distintas e diretamente ligado ao
modo pelo qual o sujeito relaciona-se com as outras pessoas. Na heteronomia, que vai dos 6 até 10/11 anos de
idade, a criança internaliza as regras, toma consciência delas, pois já pode separar físico de psíquico. A isso, Piaget
denomina realismo moral. Assinale a alternativa que apresenta exemplo de realismo moral.

(A) A reciprocidade, pois a noção de justiça supera a fase do estrito igualitarismo para basear-se na equidade. Os
castigosconvertem-se, assim, em algo motivado, não necessário e recíproco.
(B) A criança não segue regras coletivas. Quando se depara com crianças dessa idade, percebe-se o que se chama
de monólogo coletivo, pois estas estão na fase de egocentrismo.
(C) A criança passa a tomar decisões por si mesma, analisando e compreendendo asregras de cunho universal.
(D) A criança prefere brincadeiras individuais, analisa as regras de cunho universal e passa a segui-las, tomando
decisões por si mesma, sem o referendo dos pais.
(E) A consideração da responsabilidade centrando-se unicamente nas consequências materiais da ação, sem
levar em conta a intenção que move a ação nem as circunstâncias que a rodeiam.

QUESTÃO 10

Sobre a construção do conhecimento, marque V para verdadeiro ou F para falso e, em seguida, assinale a
alternativa que apresenta a sequência correta.

( ) Segundo a teoria piagetiana, no processo de formação dos conceitos científicos, as formas culturais
internalizam-se durante o desenvolvimento dos indivíduos e é o material simbólico que possibilita sua relação com
os objetos do conhecimento.
( ) Pode-se afirmar que tanto Vygotsky quanto Piaget, em suas teorias, deram destaque à atividade do sujeito na
aquisição do conhecimento e ao qualitativo das mudanças no desenvolvimento.
( ) Analisando o processo de desenvolvimento da escrita na criança, Vygotsky assevera que a mecânica de ler o
escrito, estimulada nas escolas, conduz necessariamente ao domínio da linguagem escrita.
( ) É correto afirmar que as ideias de Piaget sobre o desenvolvimento da criança centraram-se tão somente na teoria
da equilibração das estruturas cognoscitivas, desconsiderando os fatores sociais que incidem no desenvolvimento e
que surgem mais tardiamente na obra de Vygotsky.

(A) F/ V/ F/ V
(B) V/ V/ V/ F
(C) V/ F/ F/ V
(D) F/ V/ F/ F
(E) F/ F/ V/ V
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GABARITO:

01- B;
02- D;
03- D;
04- D;
05- E;
06- D;
07- A;
08- D;
09- D;
10- E;

1. Atualmente há uma complexidade crescente dos sistemas de ensino, alargando as dimensões de atuação de todos
os educadores. Por isso, a capacidade de liderança do Pedagogo frente a sua equipe de professores faz tanta diferença
na eficácia no processo de formação. Assinale a alternativa que corresponde a função do Pedagogo na escola.
a) Planejamento e operacionalização de aula, responsabilidade sobre a avaliação de cada um dos educandos e
aplicação de atividades eprovas.
b) Mobilização de diferentes áreas do conhecimento para a realização de uma educação de qualidade.
c) Resultados não satisfatórios quanto ao desempenho docente em suas competências básicas.
d) Incentivo para que o professor trabalhe de forma individualizada, utilizando exercícios de memorização
como ferramenta de planejamento, sem quehaja a cooperação.

e) Isenção da responsabilidade com o professor pelo pleno desenvolvimento das potencialidades do educando,
conforme determina a legislação vigente.

2. A manifestação da liderança está presente em diversos setores de nossa sociedade através de cargos de
responsabilidade como, diretores, executivos e pedagogos. Com base no conhecimento de liderança de um grupo
assinale a alternativa correta.

a) Líderes devem possuir a capacidade de estimular a valorização das habilidades de cada um de seus liderados e
não utilizar o autoritarismo como instrumento persuasão.
b) A maneira como o líder articula, comunica, incentiva e promove mudança, não impulsiona o desenvolvimento
do bom funcionamento do trabalho de organização da equipe liderada.
c) O estilo de um líder se origina de uma predisposição genética, se adquire por nascimento, devido a suas
características pessoais, há líderes mais aptos do que outros.
d) Os bons resultados de liderança provém de um líder autoridade, exigente que domine sua equipe.
e) Um grupo ou equipe necessariamente não precisa de um líder, portanto, o integrante que dominar o assunto
debatido pode coordená-lo.
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3. Devido a complexidade do fracasso escolar faz com que os profissionais da área estejam atentos para evitar um
ensino que cause desinteresse no aluno. Vários fatores contribuem para que o fracasso escolar confronte o processo
de ensino aprendizagem.

Assinale a alternativa que exemplifica esses fatores.

I. O querer aprender por parte do indivíduo,carências afetivas, barreiras emocionais a serem superadas.
II. A preparação de professores para receber alunos com capacidadesadquiridas de histórias culturais diferentes.

III. O não comprometimento com o ensino por parte da família, instituição escolar e Estado.
IV. O preconceito e a necessidade de trabalhar para auxiliar no sustento de casa de alguns alunos.
V. Alimentação deficiente, falta de atenção, carinho e estímulos por parte da família e o distanciamento do universo
letrado.
a) Apenas I, III e IV estão corretas.

b) Apenas III, IV e V estão corretas.

c) Apenas II, III e IV estão corretas.

d) Apenas I, IV e V estão corretas.

e) Apenas I, II e III estão corretas.

4 . Alimentação deficiente, falta de atenção, carinho e estímulos por parte da família e o distanciamento do universo
letrado.

a) Apenas I, III e IV estão corretas.

b) Apenas III, IV e V estão corretas.

c) Apenas II, III e IV estão corretas.

d) Apenas I, IV e V estão corretas.

e) Apenas I, II e III estão corretas.

5. Ao Pedagogo recai a responsabilidade de acompanhar o trabalho desenvolvido pelo professor como forma de
melhorar a aprendizagem desenvolvida nas instituições escolares. Assinale a alternativa correta quanto ao trabalho a
ser desenvolvido por este profissional.

a) A implementação do currículo proposto no projeto político-pedagógico da escola não faz parte das
atribuições do pedagogo.
b) O acompanhamento do processo de ensino-aprendizagem é uma ação estritamente do professor e não do
pedagogo.
c) A não viabilização da interação humana no interior da escola.
d) Auxílio no desenvolvimento de competências técnicas e humanas.
e) A administração de verbas concedidas a instituição escolar e no caso de instituição privada, a administração dos
recursos obtidos através de mensalidades para a melhoria da escola.
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6. Na construção do conhecimento e na otimização do processo de ensino-aprendizagem, assinale o que for


correto quanto a responsabilidade do professor enquanto coordenador de um grupo.
a) Incentivar a família a participar do processo de integração e socialização do aluno.
b) Responsabilizar a família no incentivo ao universo letrado.
c) Esperar que a criança já tenha habilidades de escrita e leitura em qualquer nível de aprendizado.
d) Desenvolver ações onde o educando coloque suas idéias somente em modo de avaliação escrita.
e) Entender que cada indivíduo possui uma classe econômica - social, por isso nem todos aprendem da mesma
maneira.

7. O objetivo do Planejamento Pedagógicoé


a) ajudar o aluno no desenvolvimento de suas atividades.
b) analisar a importância do processo de avaliação.
c) coordenar o trabalho da diretoria da escola.

d) coordenar as atividades que serãoaplicadas ao longo do ano letivo.


e) ajudar no processo de organização do calendário de
provas de uma única classe.

GABARITO:
1-B
2-A
3-B
4-C
5-D
6-A
7-D
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FONÉTICA

01) (CESPE / UnB / IBAMA / 2009) As palavras “amazônico” e “viúva” acentuam-se de acordo com a mesma regra
de acentuação gráfica.

02) (CESPE / UnB / ADRAGRI / CE / 2009) Nas palavras “fitoterápico”, “líquido” e “álcool”, foi empregada a mesma
regra deacentuação gráfica.

03) (CESPE / UnB / BB / ESCRITURÁRIO / 2009) As trocas simbólicas permitem a comunicação, geram relações
sociais, mantêm ou interrompem essas relações...
O sinal de acentuação gráfica em “mantêm” marca o plural do verbo, que assim é acentuado para concordar com
“trocas”.

04) (CESPE / UnB / MMA / MÉDIO / 2009) O emprego do acento agudo nos vocábulos país e aí justifica-se pela
mesmaregra de acentuação gráfica.

05) (CESPE / UnB / TRE / MA / ANALISTA / 2009) As palavras “Estágio”, “diária” e “após” são graficamente
acentuadas devido à mesma regra.
06) (CESPE / UnB / TRE / MA / ANALISTA / 2009) O plural de “detém” grafa-se detem.

07) (CESPE / UnB / TRE / MA / ANALISTA / 2009) O país dispõe das melhores universidades do mundo, detém
metade dos cientistas premiados com o Nobel e registra mais patentes do que todos os seus concorrentes
diretos somados.
No termo “país”, o acento é obrigatório.

08) (CESPE / UNB / MRE / IRBr / 2009) As palavras “líderes”, “empréstimo”, “Econômico” e “públicas” recebem
acento gráfico com base na mesma justificativa gramatical.

09) (CESPE / UnB / NECROTOMISTA / PB / 2009) Assinale a opção que apresenta palavras cuja acentuação não se
explica pela mesma regra.
(A) Belém – Pará – até
(B) violência – própria – delinquência
(C) constituída – vândalos – subterfúgios
(D) protegê-los – vivê-las – estará
(E) cidadãos – situação – estarão

10) (CESPE / UNB / TRT / ANALISTA / 2008) Com referência à ortografia oficial e às regras de acentuação de palavras,
assinale a opção incorreta.
(A) Os vocábulos lágrima e Gênesis seguem a mesma regra de acentuação.
(B) As palavras oásis e lápis são acentuadas pelo mesmo motivo.
(C) A grafia correta do verbo correspondente a ressurreição é ressucitar.
(D) Apesar de a grafia correta do verbo poetizar exigir o emprego da letra “z”, o feminino de poeta é grafado com s.
(E) O vocábulo traz corresponde apenas a uma das formas do verbo trazer; a forma trás é empregada na
indicação de lugar.

11) (CESPE / UNB / MPE / AM / 2008) Diferentes regras de acentuação justificam o emprego de acento gráfico
em “princípios” e “fenômenos”.

12) (CESPE / UNB / MPE / AM / 2008) A palavra “circuito” aparece sem acento no texto, mas sua forma com
acento no segundo i (circuíto) também é correta.

13) (CESPE / UNB / SEBRAE / 2008) Em “reúne”, o sinal gráfico marca a ocorrência da vogal como sílaba
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tônica, separada da vogal anterior; mas palavras da mesma família, como reunião e reunir, não precisam de
acento gráfico, pois,nestes casos, a vogal u não ocorre como sílaba tônica.

14) (CESPE / UNB / SEBRAE / 2008) Estas indagações, possivelmente existentes desde que o homem começou a
pensar, têm ocupado o tempo e o esforço de elaboração dos filósofos ao longo dos séculos.
A forma verbal “têm” é acentuada porque concorda com “Estas indagações”.

15) (CESPE / UNB / ABIN / 2008) As palavras “última”, “década” e “islâmica” recebem acento gráfico com base
emregras gramaticais diferentes.

16) (CESPE / UNB / GDF / 2008) Nas palavras “histórico”, “pedagógica” e “didático”, foi empregada a mesma
regra deacentuação gráfica.
17) (CESPE / UNB / CBMDF / Médico / 2007) Os termos “competência”, “círculo”, “mínimo” e “máximo” acentuam-se
graficamente porque terminam em vogal átona.

18) (CESPE / UNB / DIPLOMATA / 2007) O emprego de acento gráfico na forma verbal “crêem” atende à mesma
regra que determina a acentuação gráfica das seguintes formas verbais flexionadas no plural: têm, vêem, vêm e
dêem.

19) (CESPE / UNB / INCA / MÉDIO / 2010) As palavras “Único”, “críticas” e “público” recebem acento gráfico porque
têm sílaba tônica na antepenúltima sílaba.
20) (CESPE / UNB / TRE / BA / SUPERIOR / 2010) Nas palavras “referência” e “espécie”, o emprego do acento atende
à mesma regra de acentuação gráfica.

21) (CESPE / UNB / SAD / PE / SUPERIOR / 2010) As palavras “pública” e “órgãos” são acentuadas de acordo com a
mesma regra de acentuação gráfica.

22) (CESPE / UNB / MINISTÉRIO DA SAÚDE / SUPERIOR / 2010) Em última análise: isso quer dizer que há um
descompasso entre as decisões pessoais, as funções desempenhadas (profissões, papéis) e os fins últimos
perseguidos.
O uso do acento agudo em “análise” é obrigatório para distinguir esse substantivo do possível uso da flexão do verbo
analisar, analise, nessa estrutura sintática.
23) (CESPE / UNB / PMV / 2007) Em “a ciência pôde finalmente observar”, o acento, no verbo poder, é utilizado
para sediferenciar o tempo passado desse verbodo tempo presente.

24) (CESPE / UNB / IEMA / MÉDIO / 2007) As palavras “política”, “América”, “intérpretes” são acentuadas de
acordo com a mesma regra de acentuação.

ORTOGRAFIA

01) (CESPE / UNB/ SEGER ES / SUPERIOR / 2009) A palavra “prevenção” se escreve com “ç”, da mesma forma que
“correção”, “precaução” e “compreenção”.

02) (CESPE / UNB/ TRE / MA / ANALISTA / 2009) Julgue os itens abaixo quanto à grafia das palavras neles
empregadas.
I - Após ter seu mandato cassado, o prefeito está ancioso para voltar à vida política.
II - A polícia revelou, algumas horas depoisdo ocorrido, a indentidade do incendiário.
III - Por proceder mal, o profissional foi considerado, um mau colega.
IV - Recentemente, surgiram denúncias de privilégios e malversação dos recursospúblicos.
Estão certos apenas os itens:
(A) I e II.
(B) I e III.

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(C) II e III.
(D) II e IV.
(E) III e IV.

03) (CESPE / UNB/ TRE MA / MÉDIO / 2009) ...6,5 bilhões de pessoas que existem hoje no planeta, cerca de 4 bilhões
vivem abaixo da linha da pobreza, dos quais 1,3 bilhão, abaixo da linha da miséria.

Estaria gramaticalmente correta a substituição de “cerca de” por acerca de.

04) (CESPE / UNB/ NECROTOMISTA / PB/ 2009) Se todos os carros do mundo fossem elétricos, a quantidade
de CO2 que lançaríamos na atmosfera continuaria a mesma. É que groço da produção mundial de CO2 não sai
do escapamento dos carros, mas das uzinas termoletricas que queimam o carvão, o combustivel mais sujo que
existe.
O total de erros de grafia verificados no trecho acima é igual a:
A) 1.
(B) 2.
(C) 3.
D) 4.
(E) 5.

05) (CESPE / UNB/ PROFESSOR / PB / 2009) O texto fala de etimologia, que é o estudo da origem e da formação
das palavras de uma língua. É etimológica a razão pela qual se emprega a letra h em várias palavras do português,
como no caso do verbo “habita”, que aparece no texto. Também se escrevem com h inicialas palavras:

(A) hebreu, herói, húmido.


(B) hidráulico, hiato, higiene.
(C) herva, histeria, hipopótamo.
(D) hematoma, hérnia, hazar.
(E) hexágono, hombro, herdar.

06) (CESPE / UNB / TRE / PA / TÉCNICO) Julgue a correção gramatical.


Os colonizadores portugueses mau pisavam a nova terra descoberta, passavam logo a realizar votações para
eleger os que iria governar, as vilas e cidades que fundavam.

07) (CESPE / UNB / MPE / AM / 2008) Quando olhei a terra ardendoQual fogueira de São João,
Eu perguntei a Deus do Céu:

Por que tamanha judiação


Em “Por que tamanha judiação?”, “Por que” é um pronome interrogativo que poderia ser substituído por Porque,
sem haver erro de grafia ou mudança de sentido.

08) (CESPE / TJ / RJ / TÉCNICO / 2008) Os trechos abaixo são adaptados de O Globo de 19/3/2008. Assinale a opção
que apresenta erro de grafia de palavra.
(A) A defesa e a preservação do meio ambiente são hoje uma preocupação mundial, e o Brasil, dono de vastos
recursos naturais, procura também avançarnessa área.
(B) Uma boa parte da população se conscientizou da necessidade de agir para proteger fauna, flora, rios e outros
bens da natureza.
(C) Movimentos foram criados, até na política, e órgãos federais, estaduais e municipais, além do Ministério Público,
se mobilizaram.
(D) Há dez anos, foi aprovada a Lei Contra Crimes Ambientais, dando respaudo jurídico às ações de preservação e
prevendo punições para os infratores.

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(E) Na prática, existe enorme dificuldadepara que os transgressores sejam punidos.

09) (CESPE / TJ / RR / SUPERIOR) Além disso, o romance oferece um ponto de fuga em relação à maioria dos textos
literários que, no período, desempenhavam a função de “desvendamento social” do Brasil, na medida em que
problematiza, com rigor incomum, pressupostos identitários deintegração nacional por eles formulados.
A correção gramatical do período estaria mantida caso se substituísse a expressão “na medida em que” por à medida
em que.

10) (CESPE / UNB / MTE / 2008) Grupo Móvel — Por que o Sr. continua trabalhando?
Como “Por que” está no início de uma pergunta, a palavra Porque poderia, corretamente, substituí-la.

11) (CESPE / UNB / MCT / CTI / 2008) Uma ONG exemplar em seus objetivos e procedimentos é a SOS Mata
Atlântica, que desenvolve projetos que movimentam cerca de R$ 2 milhões por ano no plantio de árvores, para
neutralizar o carbono emitido no país.
A substituição da expressão “cerca de” por acerca de mantém a correção gramatical do período.

12) (CESPE / UNB– Banco da Amazônia


S.A. - Técnico Bancário) Julgue o fragmento quanto à grafia, à acentuação e ao emprego do sinal indicativo de
crase.
A causa do aquecimento da Terra, em geral, é a liberação de gases e vapores produzidos atravez de queimadas
nas matas e poluição provocada por carros e industrias, que são os grandes culpadosdisso tudo.

13) (CESPE / UNB– Banco da Amazônia


S.A.-Técnico Bancário) Julgue o fragmento quanto à grafia, à acentuação e ao emprego do sinal indicativo de
crase. Eles destroem, com isso, à “Camada de Osônio”, que tem a função de proteger a Terra dos raios
solares. Com a destruição dessa camada, a Terra fica mais exposta ao Sol e,consequentemente,a temperatura
aumenta.

14) (CESPE / UNB– PC / PA – Delegado de Polícia Civil –2006) Os interesses econômicos das grandes potências
aconselharam o encorajamento das reinvidicações(1) dos trabalhadores, em todo o mundo. Era preciso evitar que
países onde as forças sindicais eram débeis(2) fizessem concorrência industrial aos países onde essas forças eram mais
ativas. Era preciso impedir a vil(3) remuneração da mão-de-obra operária,em prejuízo(4) das economias então
dominantes. Assim, razões extremamente estreitas e egoístas geraram a contradição de contribuir para o avanço do
movimento operário, em escala mundial. Assinale a opção em que o número apresentado corresponde à palavra do
texto cuja grafia não está de acordo com asnormas da língua padrão.

(A) 1.
(B) 2.
(C) 3.
(D) 4.

15) (CESPE / UNB– CODEBA - Guarda Portuário – 2006) Julgue as associações propostas nos itens seguintes.
* plural de pastel = pastels
* feminino de cavaleiro audaz = dama audaciosa

16) (CESPE / UNB– Banco da Amazônia S.A. - Técnico Bancário) Julgue o fragmento quanto à grafia, à
acentuação e ao emprego do sinal indicativo de crase.
Os cientistas dizem que alguns fenômenos naturais, como errupções vulcânicas, possuem um efeito temporário sobre
clima. Porém, afirmam também que o clima está sofrendo mudanças por causa doaquecimento global.
Considerando que os fragmentos apresentados nos itens seguintes são trechos sucessivos e adaptados de um texto
publicado na Folha de S.Paulo em 11/11/2008, julgue-os quanto à correção gramatical de cada um deles.
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17) (CESPE / AGENTE DA POLÍCIA CIVIL / 2009) Na madrugada de ontem, uma caminhonete chegou a delegacia
de investigações sobre entorpecentes, em Botucatú. Um grupo de oito homens sairam do veículo, arrombaram
uma das portas e invadiram a delegacia.

18) (CESPE / AGENTE DA POLÍCIA CIVIL / 2009) O grupo levou armas, drogas e destruiu arquivos. Artefatos
esplosivos foram detonados no interior do predio. Pouco antes, vizinhos contam, que ouviram o barulho de um
carro saindo.

19) (CESPE / AGENTE DA POLÍCIA CIVIL / 2009) Ao menos dois carros, que estavam no estacionamento, e uma
casada vizinhança foram atingidos. Não houve feridos.
Nós, chefes de Estado e de Governo dos 21 países ibero-americanos, reunidos na XIII Conferência Ibero-Americana,
na cidade de Santa Cruz de la Sierra, Bolívia, reiteramos o nosso propósito de continuar a fortalecer a Comunidade
Ibero-Americana de Nações como fórum de diálogo, cooperação e concertamento político, aprofundando os vínculos
históricos e culturais que nos unem, e admitindo, ao mesmo tempo, as características próprias de cada uma das
nossas múltiplasidentidades, que permitem reconhecer-nos como uma unidade na diversidade.

20) (CESPE / UNB / MTE / 2008) Considerando-se os sentidos do texto, o termo “concertamento” poderia ser
substituído por acordo.

GABARITO
1) E
2) E
3) E
4) D (GABARITO PRELIMINAR) / ANULADA (GABARITO DEFINITIVO) JUSTIFICATIVA CESPE: A falta de objetividade na
redação do comando da questão permite mais de uma interpretação, ensejando, assim,duplicidade de resposta.
5) B
6) E
7) E
8) D
9) E
10) E
11) E
12) E
13) E
14) A
15) E / E (AMAZONA AUDAZ) * CAVALEIRO AUDAZ AMAZONA AUDAZ / CAVALHEIRO AUDACIOSO AMAZONA
AUDACIOSA
16) E
17) E
18) E
19) C
20) C

EMPREGO DOS PESSOAIS

01) Estas cédulas eram depois apuradas com as outras, pela razão especiosa de que mais valia atribuir a um
candidato algum pequeno saldo de votos que tirar-lhe os que deveras lhe foram dados pela vontade soberana do
país.
A expressão “lhe foram dados” pode, sem prejuízo para a correção gramatical do período, ser substituída por
foram dados aele.
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02) Em “e restituímos a ela o sentido original”, a substituição de “restituímos a ela” por lhe restituímos resulta
em incorreção gramatical.

03) Mantendo-se a correção gramatical do texto, é correto substituir-se “colocaram a produtividade como
principal meta” porcolocaram-lhe na situação de meta principal.

04) Os professores assistem a todo esse movimento com um misto de perplexidade e fascinação, porque temem
ficar marginalizados se não conseguirem dominar essas novas tecnologias e porque muitos acreditam que o
ensino pela Internetvai resolver os problemas de aprendizado no Brasil.
Mantêm-se a correção gramatical e o sentido original do texto caso o trecho “Os professores assistem a todo esse
movimento” seja assim reescrito: Os professores assistem-lhe.

05) Eu, também por sinais, achei que tinha razão, e contei-lhe algumas eleições antigas.a expressão “contei-lhe”,
“lhe”exerce a função de objeto direto.
06) Em “ficarmos unicamente apresentando denúncias de violações”, a substituição da parte sublinhada pelo
pronome oblíquo correspondente resulta em ficarmosunicamente apresentando-lhes.

07) Essa responsabilidade lhe impõe atribuições culturais de peso na política pública do município carioca e
nos espectros exibidores no país e no exterior. Em “Essa responsabilidade lhe impõe”, o pronome “lhe”
pode, sem prejuízo para acorreção do período, ser substituído por a.
09) Então, hoje nada mais resta senão aceitar o capitalismo e tentar transformá-lo, não derrubá-lo.
A coerência e a correção gramatical do texto serão mantidas caso se substitua “derrubá-lo” por derrubar-lhe.

10) Não sendo condicionado por natureza, o homem é capaz de vivenciar novas experiências, de inventar artefatos
que lhe possibilitem, por exemplo, voar ou explorar o mundo subaquático...
No desenvolvimento das relações de coesão do texto, o pronome “lhe” retoma “homem” e, por isso, sua
substituição pelo pronome o preservaria a coerência e a correção gramatical do texto.

11) Olham uma moeda de R$ 1 e não veem valor significativo nela.


Substituindo-se o termo sublinhado em “Olham uma moeda de R$ 1” por um pronome pessoal correspondente,
considerando a função sintática do trecho, obtém-se: Olham-na.

12)

Mantendo-se a correção gramatical do texto, a primeira fala da charge pode ser reescrita do seguinte modo:
Mano, vou ter que demitir-lhe.

13) Os produtos à base de G. biloba com o devido registro nos órgãos responsáveis e comercializados nas
farmácias brasileiras são fabricados com extratos padronizados geralmente adquiridos no exterior. As
indústrias nacionais apenas os transformam em comprimidos, cápsulas e outras formas farmacêuticas.

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Mantém-se a correção gramatical, caso se altere o pronome “os” por lhes.

14) Em “ficarmos unicamente apresentando denúncias de violações”, a substituição da parte sublinhada pelo
pronome oblíquo correspondente resulta em ficarmosunicamente apresentando-lhes.

15) Como podemos intervir na realidade, modificando as estruturas corruptas e injustas? Quando os
direitos do cidadão lhe são oferecidos, e ele passa a exercê-los, há modificação de comportamento da
sociedade.
Em “Quando os direitos do cidadão lhe são oferecidos (...) há modificação de comportamento da sociedade”,
o pronome “lhe” se refere a “sociedade”.
VALORES DOS TEMPOS VERBAIS

01) Articulação – Qual seria o conceito de trabalho mais apropriado para o movimento de mulheres? O que
deveria estar presentenesse conceito?
Os tempos verbais usados nas perguntas apresentadas nas linhas de indicam que, na visão do entrevistador, as
respostas a essas perguntas independem do entrevistado e são atemporais.

02) Pesquisas constatam doses crescentes de pessimismo diante do que o futuro esteja reservando aos que
habitam este mundo, com a globalização exacerbando a competitividade e colocando os Estados de bem-estar
social nos corredores de espera de cumprimento da pena de morte. Preserva-se a correção gramatical e a
coerência textual ao se substituir “esteja” por está, mas perde-se a ideia de hipótese, de possibilidade que o
modo subjuntivoconfere ao verbo.

03) Um dos aspectos mais notáveis da aventura do homem ao longo da história tem sido seu constante anseio
de buscar novas perspectivas, abrir horizontes desconhecidos, investigar possibilidades ainda inexploradas, enfim,
ampliar o conhecimento. Seriam preservadas a correção gramatical do texto, bem como a coerência de sua
argumentação, se, em lugar de “tem sido”, fosse usada a forma verbal é; no entanto, a opção empregada no
texto ressalta o caráter contínuo e constante dos aspectos mencionados.
Estratégias intelectuais do detetive Poirot. A grande questão era se a IA era capaz desse exercício intelectual
ou
Se apenas fazia uma boa imitação da inteligência humana. Interessava saber se apresentaria características
que poderiam ser associadas a um comportamento inteligente. O objetivo era verificar se o software
conseguiria descobrir o assassino tão rapidamente quanto Poirot.
No segmento “se a IA era capaz desse exercício intelectual ou se apenas fazia uma imitação da inteligência
humana”, as formas verbais poderiam ser corretamente substituídas por seria e faria, respectivamente.

05)) É apressado asseverar que essa expansão do segmento possa gerar maior concorrência no setor. Vale
lembrar, apenas como comparação, que a chegada dos bancos estrangeiros (nos anos 90) não surtiu o efeito
esperado quanto à concorrência bancária.
O emprego do subjuntivo em “possa” justifica-se por se tratar de uma afirmação hipotética.

06) Há algo que une técnicos e humanistas. Ambos se creem marcados por um fator distintivo, inerente a
seus cérebros: o dom da inteligência, que os apartaria do trabalhador manual ou mecânico. Gramsci percebe
nessa crença um ranço ideológico da divisão do trabalho: A forma verbal “apartaria” está flexionada no futuro
do pretérito porque denota uma ação que compõe uma hipótese, uma suposição.

07) A governabilidade só existe verdadeiramente com uma oposição atuante, que sinalize os problemas
existentes e discuta os seus encaminhamentos.
O emprego do subjuntivo em “sinalize” e “discuta” justifica-se por compor um período de natureza explicativa.

08) Depósitos de lixo saem caro ao meio ambiente e ao orçamento da cidade, mesmo depois de desativados.
Ecologistas e estudiosos do assunto alegam que a opção por aterros é uma aberração e um erro na condução do

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problema causado pelo lixo. Para eles, a educação seria uma das opções mais corretas e capazes de promover a
preservação ambiental. O enfrentamento da questão, de maneira global, seria a saída para diminuir o volume de
lixo produzido. O reúso e a reciclagem são outros componentes tidos como obrigatórios quando se planeja
livrar a cidade das toneladas de lixo geradas diariamente. Elas se transformam em montanhas enormes, onde se
misturam restos de alimentos com materiais que poderiam ter novas utilizações, levando a um novo ciclo
econômico. Disso resultaria a oferta de oportunidades de trabalho, renda e dignidade para uma significativa
parcela da população local.

O emprego do futuro do pretérito em “seria” e “resultaria” indica a possibilidade de realização, no futuro, das
noções expressas por essas formas verbais.

No texto, um fato ou estado considerado em sua realidade está expresso pelo verbo sublinhado em
(A) “a verdade estaria inscrita”.
(B) “o interesse circunscrevia-se”.
(C) “não haveria mais uma verdade filosófica”.
(D) “o significado de verdade seria o de expressão”.

9) A Organização dos Estados Americanos (OEA) naufraga em um mar de alternativas regionais, cujo acento
maior é a exclusão dos EUA. É o caso da proposta de uma nova organização de países da América Latina e
Caribe, que se junta a outras iniciativas do mesmo teor, como o Grupo do Rio e a UNASUL. O poder de
Washington já fora avisado por instituições acadêmicas norte-americanas de que a OEA corre o risco de
perder vigência. Seria a quebra do mais importante elo da cadeia de ações coletivas envolvendo América
Latina e EUA, com a predominância histórica dos norte-americanos.
A forma verbal “Seria” está no futuro do pretérito e indica uma ação que provavelmente poderia ter
acontecido no passado.

10) Por isso, ela continua sempre atual, continua a nos falar hoje sem que nenhum de nós também se julgue
seu destinatário privilegiado ou seu decodificador absoluto. O uso do modo subjuntivo em “julgue” é
exigido pela estrutura sintática em que ocorre; se fosse retirada a conjunção “que” da oração subordinada,
o modo empregadodeveria ser o infinitivo: julgar.

11) Foi por participar de um ato público, em 1980, que Chico Mendes passou a ser fichado e perseguido
pelos militares.
O verbo “participar” está empregado, no período, como termo substantivo.

12) Talvez possamos escapar das cobranças sendo mais naturais, cumprindo deveres reais.
A ideia de suposição ou hipótese seria retirada do texto, mas a coerência entre os argumentos e a correção
gramatical seriam mantidas se, em lugar do subjuntivo, fosse usado o modo indicativo em “possamos”:
podemos.

13) Escutai; a anedota é curta A forma verbal “Escutai” está flexionada no modo subjuntivo e indica a incerteza
do falante a respeito do que está dizendo.

14) ...a linha que ligará o Rio de Janeiro a São Paulo, a 360 km/h, deverá ir a leilão até o fim do ano...
A substituição da locução verbal “deverá ir” pela forma verbal irá mantém a correção gramatical do texto e as
ideias nele originalmente expressas.

15) Ainda que os bancos continuem ganhando muito dinheiro com a dívida pública, os resultados espetaculares
devem-se...
O emprego do modo subjuntivo em “continuem” indica que a argumentação ressalta uma hipótese; pois, se não
o fosse, a opção correta seria pela forma de indicativo: continuam.

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16) Talvez possamos escapar das cobranças sendo mais naturais, cumprindo deveres reais.
A ideia de suposição ou hipótese seria retirada do texto, mas a coerência entre os argumentos e a correção
gramatical seria mmantidas se, em lugar do subjuntivo, fosse usado o modo indicativo em “possamos”: podemos.

17) Novos valores culturais, que poderãovir aajudar a reduzir o déficit e as desigualdades existentes em nosso
país... Mantêm-se a correção gramatical e osentido do texto ao se substituir aexpressão “poderão vir a
ajudar” porajudarão.

18) O Brasil não dispunha de uma lei que regulamentasse claramente os direitos e deveres das empresas...
Em “O Brasil não dispunha”, o verbo dispor está no presente.
19) Em meio a uma crise global sem precedentes, nossos países estão descobrindo que não são parte do
problema.
A substituição de “estão descobrindo” por descobrem prejudica a correção gramatical do período.

20) Um homem do século XVI ou XVII ficaria espantado com as exigências de identidade civil a que nós nos
submetemos com naturalidade.
A ideia de suposição expressa na forma verbal “ficaria” permite o emprego de submetermos, forma verbal no
modo subjuntivo, em lugar de “submetemos”, sem que se prejudiquem a coerência e a correção gramatical do
texto.

21) ...estabeleciam aquele tipo de situação em que cidadãos sentem-se nocauteados... A forma verbal
“estabeleciam” é derivadado verbo estar e está no futuro do pretérito.
22) Configurava-se, assim, uma dupla violência: uma é aquela que ceifa vidas, que mutila, que estropia,
lesiona com gravidade pessoas inocentes...
A forma verbal “lesiona” está no presentedo subjuntivo de um verbo da primeira conjugação.

23) ...manifesta-se quando a sociedade sente-se imobilizada...


A forma verbal “imobilizada” está utilizada como particípio de um verbo irregular: imobilizar.

24) O ser, de modo geral, só é possívelnas dimensões reais e objetivas do espaço e do tempo.
O termo “só é possível” indica que “ser” está empregado como verbo, não como substantivo, sinônimo de
pessoa.

25) A verdade é que a culpa acabará


genericamente atribuída à tecnologia.

O uso do futuro do presente em “acabará” expressa que a verdade referida ainda não foi comprovada.

26) Na forma verbal “revelaria”, a terminação –ria exprime ideia de hipótese ou possibilidade.

GABARITO

1) E
2) C
3) C
4) C
5) C
6) C
7) E
8) C
9) B
10) E
11) C
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MANDETTA EASY CENTRO DE ESTUDOS – CONCURSO PROFESSORES SED – PROF. ADRIELLEN

12) E
13) E
14) E
15) E
16) E
17) E
18) E
19) E
20) E
21) E
22) E
23) E
24) E
25) E
26) E
27) C

TEMPO COMPOSTO

01) A cidade estivera agitada por motivos de ordem técnica e politécnica. A substituição de “estivera” por tinha
estado prejudica a correção gramatical do período.
02) As estradas da Grã-Bretanha tinham sido construídas pelos romanos, e os sulcos foram escavados por
carruagens romanas.
Devido ao valor de mais-que-perfeito das duas formas verbais, preservam-se a coerência textual e a correção
gramaticalao se substituir “tinham sido” por havia sido.

03) A mesma relação de tempo estabelecida pela forma verbal “fizera”, em “Hans Lipperhey fizera uma
descoberta revolucionária”, é verificada em

(A) “Contudo, uma de suas invenções mudaria o destino do cientista e o rumo da astronomia”.
(B) “capazes de fazer com que objetos distantes parecessem próximos”.
(C) “Com a ajuda do utensílio, Galileu conseguiu ver”.
(D) “o que jamais qualquer outro astrônomohavia visto”.
(E) “o que contradizia a crença dos defensores do geocentrismo”.

04) Desde 1947,a opinião públicabrasileira foi confrontada com essa duplicidade de atitudes,
intensificada pelacampanha O Petróleo É Nosso, que algunschegam a considerar tão intense e apaixonante,
no século XX, quanto fora a da abolição da escravatura, no século XIX. O texto apresentaria incorreção
gramaticale a coerência entre seus argumentos seriaprejudicada caso se procedesse à substituição de “fora”
por havia sido.

GABARITO

1) E
2) E
3) D
4) E

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MANDETTA EASY CENTRO DE ESTUDOS – CONCURSO PROFESSORES SED – PROF. ADRIELLEN

CONJUGAÇÃO

01) Preservam-se a coerência textual e a correção gramatical ao se empregar a oração flexionada no modo
subjuntivo para que cabessem em lugar de usá-la no infinitivo,“para caber”.

02) Considerando os trechos abaixo, que constituem um texto, assinale a opção incorreta no que se refere ao
emprego das classes de palavras e suas flexões.
(A) A técnica de estabelecer freios ao poder na linha da tradição ocidental não é o único caminho possível para
a vigência dosdireitos humanos.
(B) Não é da essência de um regime de direitos humanos a separação entre o domínio jurídico e os outros
domínios da existência humana, como os domínios religioso, moral e social.
(C) O Ocidente repetirá hoje os mesmos erros do passado se insistir na existência de um modelo único para a
expressão e a proteção dos direitos humanos.
(D) Estados Unidos e Europa desrespeitaram a autonomia de destino de cada povo se tentarem impor sua
verdade, sua economia, seu modo de vida, seus direitos humanos.

03) Com a mesma correção gramatical de “Se nos dedicarmos”, estão conjugados os verbos ver, em Se vermos
uma estrela cadente, faremos um pedido, e pôr, em Se pusermos a mão no fogo, nos queimaremos.

GABARITO

1) E
2) D
3) E

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