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Energia Natural
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Energia Natural
O desempenho do sistema eléctrico é medido péla sua eficiência, quando o valor mais próximo do
valor 1 (um), melhor será o seu factor de potência e melhor será seu aproveitamento no sistema
eléctrico, além de evitar sobrecarga em todo o sistema (Nascimento, 2022).
De ponto de vista das concessionárias de energia eléctrica, pode-se dizer que o factor de potência
é a relação entre energia activa (é aquela que efectivamente produz trabalho) e energia reactiva (é
aquela que não produz trabalho, mas é importante para criar o fluxo magnético nas bobinas dos
motores, transformadores, geradores entre outros equipamentos. O consumo de energia reactiva
deve ser baixo, pois o uso excessivo dela exigirá, por exemplo, condutores de maior secção
transversal que são economicamente menos viáveis e transformadores de maior capacidade, além
de provocar perdas por aquecimento e queda de tensão). (Fidel Rodrigues, 2012)
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Delimitação do tema
A pesquisa foi realizada na cidade de Nampula, concretamente nas estacões de bombagens da
empresa FIPAG - Área Operacional de Nampula, nos períodos correspondentes 2018-2019.
Problema de investigação
Segundo Lakatos e Marconi (1999:28) apud Ivala, Hydez e Luís (2007), "problema é uma
dificuldade teórica ou prática, no conhecimento de alguma coisa de real importância, para a qual
se deve encontrar uma solução˝.
Nos últimos anos, tem se deparado com elevada queda de tensão, oscilações constantes, deficiência
energética no sistema eléctrico da FIPAG de Nampula, sobretudo no que tánge a introdução de
novas plantas e equipamentos não previstos e sendo assim, o FP tem a tendência de baixar à valores
inferiores de 0.8.
Com o tema em pesquisa, as questões de partida normalmente destacadas foram bastantes
importantes para o desenvolvimento de vários instrumentos de recolha que à posterior levantou-se
a seguinte questão de estudo: Que impacto trás o baixo nível de Factor de Potência, FP˂ 0.8
na Empresa FIPAG-Nampula?
Hipóteses
Segundo Barreto & Honorato (1998) apud Ivala (2007:23). "Hipótese é uma expectativa de
resultado a ser encontrado ao longo da pesquisa, categoria ainda não complemente comprovada
empiricamente, ou opiniões vagas oriundos de censo comum que ainda não comum que ainda não
passaram pelo crivo do exercício científico˝.
H0 – É provável que o alto do factor de potência melhore a qualidade de energia fornecida aos
equipamentos eléctricos das estacões de bombagem da FIPAG - Área Operacional de Nampula.
H1 – É provável que o alto factor potencia não melhore a qualidade de energia fornecida aos
equipamentos eléctricos das estacões de bombagem da FIPAG - Área Operacional de Nampula.
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H2 – O alto factor de potência contribui na racionalização de energia eléctrica das estacões de
bombagem da FIPAG - Área Operacional de Nampula.
Objectivos
De acordo com Gil (1985:120), “a pesquisa descritiva é aquela que analisa, observa, regista e
correlaciona aspectos (variáveis) que desenvolvem factos ou fenómenos, sem manipula-los”.
Objectivo Geral
Segundo Piletti (1991:8), “Objectivos consistem numa descrição clara dos resultados que
desejamos alcançar com a nossa actividade”.
Neste contexto, o pesquisador destaca o objectivo geral do presente trabalho:
Analisar o processo de implementação medidas para optimizar o factor de potencia na empresa
FIPAG.
Objectivos específicos
De acordo com Lakatos e Marconi (2001), “os objectivos específicos tem função intermediária e
instrumental permitindo, de um lado, atingir Objectivo geral e de outro, aplicar este a situações
particulares”.
Neste contexto, o autor deste trabalho destacou os seguintes objectivos específicos:
• Identificar estratégias disponíveis para concepção do factor de potência FIPAG
• Proceder o levantamento detalhada do estado actual do factor de potência.
• Descrever os principais pontos críticos que contribuem para baixo factor de potencia.
• Verificar as implicações de factor de potência.
Justificativa
Segundo Lakatos E Marconi (1991:103), “a justificativa consiste numa exposição sucinta, porem
completa das razões de ordem teórica e dos motivos de ordem pratica que torna importante a
realização da pesquisa e responde a questão porquê”.
A necessidade de eficiência energética e a demanda por optimização do factor de potencia na
empresa FIPAG, É de estrema importância e a optimização do mesmo uma vez que a empresa tem
registado muitas oscilações devido ao baixo factor de potencia justificam a realização deste estudo.
A correcção do factor de potência é uma estratégia essencial para a optimização do consumo de
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energia e a redução dos custos associados. Além disso, a compreensão deste conceito é
fundamental para os profissionais que trabalham com sistemas eléctricos.
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CAPÍTULO 1: REVISÃO DA LITERATURA
1.1. Conceitos Fundamentais
1.1.1. Potências eléctricas
Em sistemas eléctricos, a potência eléctrica instantânea desenvolvida por um dispositivo de dois
terminais é o produto da diferença de potencial entre os terminais e a corrente que passa através
do dispositivo.
𝑃 =𝑢×𝑖
Onde:
P = Potência eléctrica
U = Tensão eléctrica
I = Intensidade da corrente eléctrica
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1.1.3. Potência Reactiva
Existe em CA outra potência, que é a chamada potencia reactiva cuja unidade é 𝑉𝑎𝑟 é igual:
𝑄 = 𝑢 × 𝑖 × 𝑠𝑖𝑛𝜃
Onde:
𝑄 é a Potência reactiva
U = é o valor eficaz da tensão senoidal.
I = é o valor da eficaz da intensidade de corrente alternada senoidal.
𝜃 é o ângulo da fase ou desfasagem entre a tensão e corrente.
Numa instalação eléctrica que apenas possua potência reactiva, a potência activa média tem um
valor nulo, pelo que não é produzido nenhum trabalho útil. Pode-se dizer que a potência reactiva
é uma potência que não produz watts activos.
Na indústria eléctrica recomenda-se que todas instalações tenham um factor de potência (cos ∅)
máximo, com o qual sin ∅ será mínimo, a potência e activa ou não útil será também mínima.
(POTÊNCIAS ELÉCTRICAS, 2012).
1.1.5. Factor de potência
O Sistema Eléctrico é constituído por um conjunto de equipamentos, genericamente
denominado “cargas”, tais como: motores, geradores, transformadores, reactores de iluminação,
reguladores, dentre vários outros, bem como pelas linhas de alimentação e seus condutores.
Cada componente traz em si uma característica construtiva própria que, somada às demais,
compõem as características do sistema eléctrico como um todo. Assim, equipamentos como os
motores e geradores, por dependerem de campos electromagnéticos para o seu funcionamento,
agregam ao sistema a característica denominada “indutiva”, pois, em seu funcionamento, a energia
eléctrica que os alimenta, por “indução”, é convertida em outro tipo de energia, no caso dos
motores, por exemplo, em energia motriz (Sena, 2005).
As cargas indutivas necessitam de campo electromagnético para seu funcionamento, por isso sua
operação requer dois tipos de potência: activa e reactiva.
A potência activa, medida em kW, é aquela que efectivamente realiza trabalho, gerando calor, luz,
movimento, etc.
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A potência reactiva, medida em kVAr, é usada apenas na criação e manutenção dos campos
electromagnéticos das cargas indutivas. Assim, enquanto a potência activa é sempre consumida na
execução de trabalho, a potência reactiva, além de não produzir trabalho, circula entre a carga e a
fonte de alimentação, “ocupando um espaço” no sistema eléctrico, o qual poderia ser utilizado para
fornecer mais energia activa. A potência activa e a potência reactiva, juntas, constituem a potência
aparente, medida em kVA, que é a potência total gerada e transmitida à carga (Martins, 2008).
De ponto de vista das concessionárias de energia eléctrica, pode-se dizer que o factor de
Potência é a relação entre energia activa (é aquela que efectivamente produz trabalho) e energia
reactiva (é aquela que não produz trabalho, mas é importante para criar o fluxo magnético nas
bobinas dos motores, transformadores, geradores entre outros equipamentos.
O consumo de energia reactiva deve ser baixo, pois o uso excessivo da mesma exigirá, por
exemplo, condutores de maior secção transversal que são economicamente menos viáveis e
transformadores de maior capacidade, além de provocar perdas por aquecimentos e queda de
tensão). (ENERGIA REATIVA, 2012)
CAPITULO 2: METODOLOGIA
Segundo Marconi e Lakatos (2007:109) “A especificação da metodologia de monografia é o que
abrange maior número de itens, pois responde a um só tempo as questões, como? com quem?
onde? quando? ”
Segundo Findlay, Costa & Guedes, (2006:17) “Metodologia é o conjunto de métodos e técnicas
utilizadas para a realização de uma pesquisa. Existem duas abordagens de pesquisa, a qualitativa
e a quantitativa”. A primeira aborda o objecto de pesquisa sem a preocupação de medir ou
qualificar os dados colectados, o que ocorre essencialmente na quantitativa. Porém é possível
abordar o problema da pesquisa utilizando as duas formas. Faz-se necessário, contudo, definir o
que é método. Este pode ser compreendido como o caminho a ser seguido na pesquisa.
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2.1.1 Método Dedutivo
De acordo com Andrade (2003:131) "dedução é o caminho das consequências pois uma cadeia de
raciocínio em conexão descendente, isto é, o geral para o particular leva a conclusãoʺ.
O método usado neste trabalho de pesquisa foi o método dedutivo, porque o pesquisador partiu da
observação de uma realidade conhecida na FIPAG - Área Operacional de Nampula.
2.2.Tipo de Pesquisa
2.2.1.Pesquisa quanto a Abordagem
Segundo André (2005;25) diz: os pesquisadores que utilizam os métodos qualitativos buscam
explicar o porque das coisas, exprimindo o que convêm ser feito, mas não quantificam os valores
e as trocas simbólicas nem se submetem a prova de factos, pois os dados analisados não são –
métricos (suscitados e de interacção) e se valem de diferentes abordagens"
Neste contexto a pesquisa apresentada é do tipo qualitativo, porque o autor procura estudar o factor
de potência de cargas indústrias nas estações de bombagem da FIPAG-Área Operacional de
Nampula.
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2.3. Técnicas de colectas de dados
De acordo com Gerhardt & Silveira (2009, p. 68) “a colecta de dados é a busca por informações
para a elucidação do fenómeno ou facto que o pesquisador quer desvendar”. Para o presente
trabalho, o proponente utilizou como instrumento de colecta de dados a observação, a entrevista,
a pesquisa bibliográfica e documental
2.3.1. Observação
A observação “consiste em ver, ouvir e examinar os fatos, os fenómenos que se pretende
investigar”. (Gerhardt & Silveira, 2009, p. 74). No entanto, baseando-se nestes termos a
observação consiste em fazer o uso dos órgãos dos sentidos com o propósito de colher, avaliar,
analisar e estudar um facto sendo ele de carácter prático ou teórico.
Para o presente trabalho, a pesquisa teve como ponto inicial realizar o estudo de factor de potências
nas Estacões de Bombagem da FIPAG -Área Operacional de Nampula, foi usado a observação
direita em que o pesquisador participou na colecta de dados observando directamente.
2.3.2. Entrevista
Segundo Silva e Meneses (2001), “Entrevista é a obtenção de informações de um entrevistado,
sobre determinado assunto ou problema”. A entrevista pode ser:
• Padronizada ou estruturada: roteiro previamente estabelecido;
• Despadronizada ou não-estruturada: não existe rigidez de roteiro. Podem-se explorar mais
amplamente algumas questões.
A entrevista da pesquisa foi realizada de uma maneira informal (entrevista Não-estruturada) ao
qual foi concedida ao chefe do departamento de manutenção das Estacões de Bombagem da
FIPAG - Área Operacional de Nampula.
2.4. Parâmetros Precisas para a Pesquisa
De ponto de vista estatístico destacamos dois grupos de parâmetros de precisas estatísticas, que
são: universo e amostra de estudo.
2.4.1. Universo da Pesquisa
De acordo com Leite (2004) “o universo da pesquisa é formado por todos os elementos, pessoas,
animais ou objectos, que compõem o todo que vai ser pesquisado”
Neste contexto, constituiu universo de pesquisa do presente trabalho todos os consumidores de
cargas industriais de energia eléctrica na Província de Nampula.
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1.4.2. Amostra do estudo
Segundo Stevenson (1981), "Consiste no todo pesquisado no qual se extrai uma parcela que será
examinada que recebe o nome de amostra”.
Neste princípio, o pesquisador destacou as estações de bombagens da empresa FIPAG- Área
Operacional de Nampula.
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