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PROJETO DE PESQUISA DIREITO E LIBERDADE ME HEGEL
PROJETO DE PESQUISA DIREITO E LIBERDADE ME HEGEL
IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO x(
PROBLEMÁTICA FILOSÓFICA x
OBJETIVOS x
HIPÓTESES x
JUSTIFICATIVA x
PLANO DE TRABALHO x
REVISÃO TEÓRICA x
METODOLOGIA x
CRONOGRAMA x
REFERÊNCIAS x
I- IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO
Proponente: Pedro de Oliveira Silvino Fernandes, bacharel em Direito pela Universidade Federal Fluminense, advogado.
II - INTRODUÇÃO
O objetivo posto em questão é a Filosofia do Direito de Hegel, assim como a filosofia de Hegel e sua Lógica no geral, principalmente a teoria do Estado.
Especialmente de sua obra “Filosofia do Direito”, onde são traçadas as questões mais profundas acerca da história do Direito, da Moral e da Razão, como também
Correlacionando tal postulação de Hegel como Aganbem na teoria do Absoluto “-se”, a reflexão do conceito do pensamento que retorna a si.
Partindo de toda a lógica hegeliana, será analisado o conceito, tanto da vontade livre como do Direito em si e para si. E na materialidade do conceito de Direito,
porém partindo de Hegel, o desenvolvimento da ideia e da própria investigação filosófica no geral e jurídica. A vontade como sensação imediata e a vontade como
A teoria do Estado de Hegel, derivada da ideia de vontade, de moral e de espírito absoluto, o próprio desenlace da razão enquanto fruto do pensamento e não
pensamento como fruto da razão, mas o espírito na sua verdadeira forma e conteúdo dialéticos.
Por fim o entendimento da totalidade, do Direito, do conceito em si, da Ideia e da História, como também da Política, e todas as determinações da totalidade, a
particularização do universal.
A totalidade hegeliana concebida no caso como o Todo, aquilo que verdadeiramente é, no qual não se pode pensar na verdade sem isso, não só a verdade absoluta
do conceito imanente hegeliano, mas a verdade como um Todo, também a verdade que se fala no jurídico.
E a ligação com Aganbem que a partir do “-se” entende o absoluto hegeliano como uma finitude infinita, desvencilhando a superação da metafísica daquilo que é
IV - OBJETIVOS
a) Objetivo Geral:
O objetivo da pesquisa é o entendimento do ápice da filosofia e da ciência política e lógica, Com objetivo, assim como próprio Hegel, de crítica da crítica.
b) Objetivos Específicos:
1. Estudo da ideia de Direito, a respeito do conceito em si e para si, e também da mentalidade jurídica, no sentido científico, a respeito da totalidade da
sociedade.
3. Crítica da crítica, e desenvolvimento do conceito de Direito e Política, visando combinar os dois, em uma totalidade.
V - DESENVOLVIMENTO TEÓRICO DO TEMA
A Ideia do Direito, desde os iluministas como a Ideia de Liberdade e a história do conceito de liberdade e de Direito e o estudo do Direito como uma ciência social
no campo da filosofia política, demanda toda uma argumentação lógica e uma historicidade da consciência no seu caminho do saber e, como diz Hegel, o saber
absoluto. A própria razão, não como sendo um limitador do pensamento, mas como uma infinitude, representada até na ideia finita de vontade e de “livre-
Esquematizando, seria a vontade livre como fruto da totalidade, da moral, da política e do Direito, e o Estado como fruto da razão e do pensamento
A totalidade enquanto visão do Todo e a relação de Aganbem com o Saber Absoluto do “-se”, o entendimento completo do conceito e a verdade.
Ao contrário do pensamento liberal, que vê o Estado com a perspectiva negativa, Hegel o vê com a positividade. Para Hegel, o Estado deve ter forças plenas não
só para poder abstrair as vontades particulares do indivíduo mas para expressar essa vontade particular no universal. Assim os indíviduos tem perante o Estado
tanto direitos que devem ser usufruídos quanto deveres que devem ser cumpridos.
Assim também Aganbem faz uma crítica tenaz ao fator contratualista do liberalismo político, a noção de que o Estado democrático liberal é uma solução
consensual. Pois isto pressupõe a vida como um mero elemento do contrato, perdendo a questão do que é a própria vida humana, mesmo nas democracias liberais.
NASCIMENTO, D. A. Do fim da experiência ao fim do jurídico: percurso de Giorgio Agamben. São Paulo: LiberArs, 2012, p. 168: Se a relação de bando é o
elemento originário da constituição jurídica, uma força que liga os pólos da exceção soberana, quais sejam, a vida nua e o poder soberano, “é estrutura de bando
que devemos aprender a reconhecer nas relações políticas e nos espaços públicos em que ainda vivemos. Mais íntimo que toda a interioridade e mais externo que
toda a estraneidade é, na cidade, o banimento da vida sacra [...] E, se, na modernidade, a vida se coloca sempre mais claramente no centro da
política estatal ( que se tornou, nos termos de Foucault, biopolítica), se, no nosso tempo, em um sentido particular mas realíssimo, todos os cidadãos apresentam-
se virtualmente como homine sacri , isto somente é possível porque a relação de bando constituída desde a origem a estrutura própria do poder soberano” nesta
linha de argumentação, temos que, sendo a relação de exceção a origem mesmo do princípio de soberania, sendo o conceito de soberania ainda um dos principais
alicerces do edifício jurídico-político da modernidade, toda relação política guarda a memória de uma estrutura de abandono, tonada evidente com o exame da
situação do homo sacer. O que resta da relação soberana, a vida nua, se alastra por todo o universo político. Estamos diante do conceito de vida nua.
E dessa forma a presente tese tem em vista, realizar uma crítica da crítica, desenvolvendo as teorias através da lógica hegeliana, e do desenvolvimento do conceito
VI - JUSTIFICATIVA
A justificativa do tema passa pela cientificidade da investigação e do saber jurídico, como também a própria pedagogia jurídica. Já que a ciência positiva do
Direito tem em vista dizer o que é de Direito (HEGEL), acaba se encerrando na aparência tanto do fenômeno jurídico, quanto do político e filosófico. Então a
pesquisa tem como iniciativa a crítica da crítica, e perpassar a ciência meramente positiva do direito, e não só, mas o estudo voltado aos manuais que não possui
crítica.
Colocando na ordem do dia a totalidade enquanto conceito fundamental para o entendimento da ordem jurídica e dos conceitos jurídicos. Correlacionando o
Direito à todos os campos do saber, sobretudo da filosofia, da política e da investigação profunda no geral.
O Direito lida com a busca pela verdade, com a busca pelo que é verdadeiramente real, e a busca pela verdade torna o presente trabalho pertinente, para que se
possa investigar a investigação, e colocar conceitualmente e através da Lógica a própria ideia de verdade e realidade, tão massacrada nos últimos tempos.
Vejo com isso uma concordância temática com a pesquisa do professor Dianiel Nascimento, que é um estudioso de Aganbem, e analista do cenário político atual
Aganbem analisa o liberalismo politico sob a categoria de biopolítica presente em Foucalt, e trabalha a ideia de como o Estado abandona a vida do indivíduo, a
A evidência de tal constatação está no próprio Lattes do professor com fiversas publicações sobre Giorgio Aganbem como as citadas.
REVISÃO TEÓRICA
A principal obra estudada em questão é a Filosofia do Direito de Hegel. Não foram consultadas bibliografias secundárias, apenas a Filosofia do Direito, que tem
como ponto de partida a Ideia de Direito e a ideia do direito na história, assim como a vontade livre e a razão.
Foram examinadas a lógica da obra hegeliana, do seu ponto de partida que é a Ideia do Direito à História, retornando à vontade para alcançar a vontade livre, que
é a vontade racional e fruto do conceito, determinada pela moral, direito, política e a totalidade.
CRONOGRAMA
(Quando e quais atividades serão realizadas ao longo curso?). Apresentar o planejamento temporal das atividades a serem realizadas durante o período de duração
do curso (2 anos). O cronograma identifica a previsão do tempo necessário para passar de uma fase a outra. Algumas ações podem ser executadas
Exemplo:
ETAPAS PERÍODOS
REFERÊNCIAS
Hegel, Georg Wilhelm Friedrich, 1770-1831. Princípios da filosofia do direito / G.W.F. Hegel; tradução. Orlando Vitorino. - São Paulo : Martins Fontes, 1997.
AGAMBEN , G. . AGAMBEN, GIORGIO. -SE: O ABSOLUTO DE HEGEL E O EREIGNIS DE HEIDEGGER. PENSANDO - REVISTA DE
FILOSOFIA, [S. l.], v. 12, n. 27, p. 117-128, 2022. DOI: 10.26694/pensando.v12i27.10600. Disponível em:
999X.2016.v1n1.p38-57