Aula 4º

A importância da leitura no meio

acadêmico

Essa aula é muito importante, porque retrata

um pouco a nossa necessidade de leitura e também
as dificuldades que encontramos para ler, seja por
falta de tempo, ou por disponibilidade de acesso a
livros, jornais, revistas... É uma aula agradável. Peço-
lhe que se dedique nesta e nas outras aulas, pois é de
suma importância que você se interesse pela leitura,
assim fica mais fácil assimilar o conteúdo proposto
pelos professores. Desejo a vocês muito sucesso...
Boa aula!

Objetivos de aprendizagem

Ao término desta aula, vocês serão capazes de:

‡VDEHUEXVFDUHXVDURFRQKHFLPHQWRFLHQWtILFRQHFHVViULRjDWXDomRSURILVVLRQDODVVLPFRPRJHUDUFRQKHFLPHQWRDSDUWLU
da prática profissional;
‡UHIOHWLUHDWXDUFULWLFDPHQWHVREUHDHVIHUDGDSURGXomRFLHQWtILFD
‡GHVHQYROYHUUDFLRFtQLROyJLFRFUtWLFRHDQDOtWLFRSDUDRSHUDUFRPYDORUHVHIRUPXODo}HVGRVGLIHUHQWHVPRGRVQRFRQWH[WR
organizacionais e sociais.
 Metodologia das Ciências
Seções de estudo
1 - O que é ler?
2 - Técnicas de leitura trabalhada
3 - O que significa analisar um texto
1 - O que é ler?
Numa primeira abordagem, ler significa conhecer,
eleger, escolher, decifrar, interpretar13. Ler significa distinguir
dentre as ideias do autor, do texto lido, aquelas que nos são
mais importantes, mais significativas, mais sugestivas. Através
da leitura podemos ampliar e aprofundar conhecimentos
sobre determinado campo cultural ou científico, aumentar
nosso vocabulário pessoal e por consequência comunicarmos
nossas ideias de forma mais eficiente.
Pela leitura tomamos contato com ideias de outras pessoas
sobre determinado tema, aprofundamos conhecimentos e
adquirimos cultura geral.
Ampliando seu significado, “leitura é o exercício
constante, reflexivo e crítico da capacidade que nos é inerente
de ouvir e entender o que nos diz a realidade que nos cerca e
da qual também somos parte integrante”.
A leitura é exercício constante porque a habilidade de ler
pode ser desenvolvida e aprimorada por meio da repetição
do próprio ato de ler. É exercício reflexivo porque ao mesmo
tempo em que se lê, é necessário que se reflita sobre a
mensagem que o autor tenta nos passar em seu texto. E é
também exercício crítico, porque não basta absorvermos o
que nos diz o autor. É preciso confrontarmos sua mensagem
com nossas próprias ideias e valores.
Assim, podemos afirmar que a leitura constitui-se em um
dos fatores mais importantes para o aprendizado de qualquer
conteúdo, assim como para o desenvolvimento de pesquisas,
em seus diferentes tipos como veremos no capítulo seguinte.
O ato de ler se desenvolve por meio de uma sequência de
operações ou etapas como as que se seguem:
‡ inicialmente o leitor precisa reconhecer os símbolos
gráficos (letras, palavras e conjuntos de palavras) utilizados
no texto;
‡ a seguir passa a compreender o pensamento do
autor, o que ocorre reconhecendo o campo semântico
(organizar palavras utilizadas no texto, dentro das frases,
parágrafos, capítulos etc.) assim como o campo intencional.
A compreensão de um texto envolve três etapas, a saber: 1)
a sincrética (visão holística do texto, ‘o passar os olhos’); 2) a
analítica (relacionamento dos campos semântico e intencional)
e 3) a sintética (compreensão holística iluminada pela análise);
‡assim é possível interpretar o pensamento do autor,
além de reter (memorizar) suas ideias expostas no texto;
26
‡dessa forma o leitor pode valorar, isto é, comparar as
informações obtidas na leitura com seus próprios conceitos e
sentimentos, a fim de aceitar ou refutar as afirmações do autor;
‡ finalmente o leitor terá condições de reproduzir as
ideias lidas, de modo pessoal, poderá apropriar-se delas,
enquadrando-as no seu contexto cultural, confirmando, desta
forma, a compreensão do texto lido.
A prática da leitura14 se faz presente em nossas vidas desde
o momento em que começamos a “compreender” o mundo à
nossa volta. No constante desejo de decifrar e interpretar o
sentido das coisas que nos cercam, de perceber o mundo sob
diversas perspectivas, de relacionar a realidade ficcional com a
que vivemos, no contato com um livro, enfim, em todos estes
casos estamos, de certa forma, lendo - embora, muitas vezes,
não nos demos conta.
A atividade de leitura não corresponde a uma simples
decodificação de símbolos, mas significa, de fato, interpretar
e compreender o que se lê. Segundo Angela Kleiman, a leitura
precisa permitir que o leitor apreenda o sentido do texto,
não podendo transformar-se em mera decifração de signos
linguísticos sem a compreensão semântica dos mesmos.
Há entretanto, uma condição para que a leitura seja de
fato prazerosa e válida: o desejo do leitor. Como afirma Daniel
Pennac, “o verbo ler não suporta o imperativo”. Quando
transformada em obrigação, a leitura se resume a simples
enfado. Para suscitar esse desejo e garantir o prazer da leitura,
Pennac prescreve alguns direitos do leitor, como o de escolher
o que quer ler, o de reler, o de ler em qualquer lugar, ou, até
mesmo, o de não ler. Respeitados esses direitos, o leitor, da
mesma forma, passa a respeitar e valorizar a leitura. Está criado,
então, um vínculo indissociável. A leitura passa a ser um imã
que atrai e prende o leitor, numa relação de amor da qual ele,
por sua vez, não deseja desprender-se.
1.126XMHLWRGD/HLWXUD
4XHP«HVVHVXMHLWR"
É através da leitura que encontramos a possibilidade de nos instruir,
educar e também divertir. Esse leitor deve ser compreendido como
VHQGR DTXHOH TXH HVWDEHOHFH XPD UHOD©¥R DSURIXQGDGD FRP D
OLQJXDJHPHDVVLJQLȴFD©·HVSRLVRVOHGRUHVDTXHOHTXHVHUHODFLRQDP
de modo mecânico com o texto, não se constituirão leitores sem um
WUDEDOKRHIHWLYR
0£UFLRGH0HOR
O ato de ler deve ser realizado considerando-se que o
leitor deve ser o sujeito da leitura. E, para tal fim, o leitor deve
entender o que lê. E mais do que isso, o leitor-sujeito deve
compreender, avaliar, discutir e aplicar aquilo que leu.
O leitor como sujeito da leitura deve estar atento para três
pontos fundamentais:
‡WHURREMHWLYRGHFRPSUHHQGHUHQmRDSHQDVPHPRUL]DU
a mensagem do texto;
 27
‡DYDOLDURWH[WROLGRWHQGRFRPRFULWpULRGHMXOJDPHQWRD
compatibilidade das ideias expressas pelo autor com a realidade
vivida pelo leitor;
‡ WHU XPD DWLWXGH GH FRQVWDQWH TXHVWLRQDPHQWR GH
pergunta, de busca de diálogo com o autor do texto, procurando
detectar sua verdadeira intenção.
1.2 Para Aproveitar a Leitura
Para que a leitura tenha resultados satisfatórios, para que
seja proveitosa, algumas considerações devem ser levadas em
conta pelo leitor:
‡atenção: o leitor deve prestar atenção sobre o texto que
está lendo para que possa haver entendimento, assimilação e
apreensão das ideias apresentadas pelo autor;
‡ intenção: o leitor necessita ter vontade, querer tirar
proveito da leitura, isto é, interesse ou propósito de absorver
as ideias expostas;
‡reflexão: durante o ato de ler deve-se refletir, ponderar,
pensar sobre o que está sendo lido, observar todos os ângulos,
tentando descobrir novos pontos de vista, novas ideias,
perspectivas ou relações entre as ideias apresentadas;
‡ espírito crítico: ter espírito crítico significa ter condições
de avaliar o texto lido. Julgar, comparar, aprovar ou refutar
as colocações e pontos de vista do autor. Distinguir o que é
interessante, verdadeiro, significativo, importante enfim, não
admitindo ideias sem analisar, ponderar, nem proposições sem
discutir, nem raciocínios sem examinar;
‡ fazer análise: analisar significa dividir o texto em partes
que tenham significados próprios e estabelecer relações entre
elas, a fim de compreender a organização do texto;
‡fazer síntese: sintetizar, reconstituir as partes em que
o texto foi decomposto pela análise e resumir os aspectos
essenciais, deixando de lado aquilo que é secundário ou
acessório, mantendo uma sequência lógica de pensamento;
‡ Velocidade: Ao ler é preciso desenvolver certa
velocidade, cadência ou ritmo de leitura, o que tem características
individuais e depende, portanto, de cada leitor em particular.
1.3 Tipos de Leitura
Para fins de organização e melhor compreensão do ato de
ler, vamos apresentar alguns tipos de leitura:
‡ scanning: assim se denomina a leitura que consiste na
procura de um certo tópico no texto, utilizando o índice ou
algumas linhas, parágrafos, visando a encontrar frases ou
palavras-chave;
‡ skimming: captação da tendência geral do texto,
sem entrar em detalhes, valendo-se de títulos, subtítulos,
ilustrações, gráficos. Leitura de parágrafos, tentando entender a
metodologia e a essência do trabalho;
‡ GH HVWXGR DEVRUomR PDLV FRPSOHWD H SURIXQGD GR
conteúdo e de todos os significados, utilizando dicionários e
fazendo resumos (ver item 1.6);
‡ FUtWLFD HVWXGR H IRUPDomR GH SRQWR GH YLVWD VREUH R
texto, comparando as afirmações ou ideias do autor com
conhecimentos anteriores ou ideias próprias do leitor.
1.4 Como Escolher um Livro para 2.1 A Técnica de Sublinhar (Ou
Ler Destacar)
ΖPDJHPH[WUD¯GDHPKWWSOLJKWLQVLOHQFHȴOHVZRUGSUHVVFRPERRNV
JLI!$FHVVRHP
Textos escritos, apresentados na forma de livros,
revistas, dissertações, teses, relatórios técnico-científicos,
artigos, documentos em geral, sejam publicações avulsas ou
periódicas, sejam consideradas em parte ou no todo, são úteis,
basicamente, para leitura e para consultas. Nos dois casos, no
entanto, há necessidade de uma seleção prévia, por parte do
leitor, do material a ser lido.
Na seleção de material para leitura é importante
identificar o texto que se pretende ler. Deve-se escolher o
texto, sempre que possível, pelo título, autor e edição, dando-
se preferência para ler o autor original do assunto tratado e,
se for do conhecimento do leitor, no idioma original do autor.
Em se tratando de livros, como técnica auxiliar para escolha,
devemos ler e verificar:
‡RWtWXORGDREUDFRPRIRUPDGHHVFODUHFHURDVVXQWRH
a intenção do autor;
‡ D GDWD GD SXEOLFDomR D ILP GH WHUPRV XPD LGHLD GD
atualização do texto, e da sua aceitação (por meio do número
de edições), exceto no caso de obras consideradas clássicas;
‡ D ILFKD FDWDORJUiILFD JHUDOPHQWH VLWXDGD QD VHJXQGD
página do livro, e contendo informações sobre as qualificações
do autor;
‡ DV RUHOKDV GR OLYUR RQGH JHUDOPHQWH p IHLWD XPD
apreciação da obra;
‡ R tQGLFH RX VXPiULR SDUD VH WHU XPD LGHLD VREUH D
organização da obra, sua divisão e tópicos abordados;
‡ D LQWURGXomR RX SUHIiFLR SURFXUDQGR GHWHUPLQDU RV
objetivos do autor e a metodologia empregada na obra;
‡DELEOLRJUDILDYLVDQGRDFRQKHFHUDVREUDVFRQVXOWDGDV
e indicadas pelo autor.
$V WHFQRORJLDV GR PXQGR PRGHUQR ȴ]HUDP FRP TXH DV SHVVRDV
GHL[DVVHPDOHLWXUDGHOLYURVGHODGRLVVRUHVXOWRXHPMRYHQVFDGDYH]
PDLV GHVLQWHUHVVDGRV SHORV OLYURV SRVVXLQGR YRFDEXO£ULRV FDGD YH]
mais pobres.
Eliene Percilia
2 - Técnicas de leitura trabalhada
Existem diversas técnicas que auxiliam o leitor para
melhor fixação e compreensão do texto lido. A seguir
abordaremos algumas dessas técnicas.
 Metodologia das Ciências
Imagem extraída em: <muitojapao2.blogspot.com/2008/11/marca-texto-...>
$FHVVRHP
Sublinhar é colocar em destaque as ideias principais
e palavras-chaves de um texto. Em geral, a ideia principal
encontra-se na primeira frase de sentido completo de um
parágrafo. As palavras-chave (substantivos e/ou verbos)
são aquelas que identificam o texto e lhe dão sentido. Para
sublinhar corretamente um texto, deve-se:
‡ ID]HU XPD SULPHLUD OHLWXUD LQWHJUDO GR WH[WR VHP
sublinhá-lo;
‡HPVHJXQGDOHLWXUDVXEOLQKDUDSHQDVRTXHpUHDOPHQWH
importante: ideias principais, dando destaque às palavras-
chave. As palavras sublinhadas devem permitir uma releitura
do texto com a continuidade semelhante à leitura de um
telegrama;
‡GHVWDFDUSDVVDJHQVLPSRUWDQWHVGRWH[WRFRPWUDoRV
na margem, assim como indicar as dúvidas com pontos de
interrogação;
‡ QmR LQWHUURPSHU D OHLWXUD DR HQFRQWUDU SDODYUDV
desconhecidas. Se após a leitura completa do texto as
dúvidas persistirem, o leitor deverá anotá-las para buscar
esclarecimentos.
2.2 A Técnica do Esquema
Fazer um esquema é listar os tópicos essenciais do
texto, com a finalidade de permitir ao leitor uma visualização
completa. A partir do esquema, é possível estabelecer uma
hierarquia das ideias contidas no texto, e destacar as diretrizes
que estabelecem sua unidade e coerência.
2.3 Técnica do Resumo
O resumo é a condensação do texto, guardando seus
elementos principais. O resumo deve conter os elementos
essenciais do texto, tendo-se o cuidado de manter as intenções
do autor.
32TXHVLJQLȴFDDQDOLVDUXPWH[WR"
Fonte: <http://blogdatil.blogspot.com/2010_04_25_archive.html>.
Analisar significa estudar, decompor, dividir, interpretar.
Analisar um texto é separar os elementos e partes que o
compõe até alcançar a “chave” do autor. É descobrir seu
28
plano e estruturar suas ideias, separando as mais importantes
(primárias), que dão significado ao texto, das secundárias, que
complementam o sentido do que está escrito.
A finalidade principal da análise de um texto é conhecê-
lo por dentro, pondo em evidência as ideias principais, as
afirmações mais importantes, sem fazer julgamento (crítica).
3. 1&RPRID]HUDDQ£OLVHGHXPWH[WR
A seguir indicamos uma sequência de passos que podem
auxiliar na análise de um texto:
‡ YHULILFDU D QDWXUH]D GR WH[WR R TXH p"  YLVDQGR D
esclarecer se o texto que está sendo lido é trecho de obra, carta,
artigo de jornal ou revista, artigo de lei ou decreto, parágrafo
de uma encíclica, termos de um contrato, de um acordo, de
um tratado;
‡ FULWLFDU D DXWHQWLFLGDGH GR WH[WR YHULILFDQGR DXWRULD
(quem escreveu?), época (quando foi escrito?), local (onde?),
se é um documento original ou cópia, por que vias chegou até
nós?;
‡GLVFXWLUSRVVtYHLVFLUFXQVWkQFLDVTXHOHYDUDPjUHGDomR
(por que?), visando a obter explicação objetiva, lógica para o
aparecimento do texto. Relacioná-lo com os efeitos, correntes
de ideias, opiniões, comportamentos, pensamentos, cultura da
época em que foi redigido;
‡GHILQLUQXPDIUDVHDLGHLDJHUDO SODQR GRWH[WR3UHVWDU
atenção nas palavras- chave, que indicam a ideia principal
contida no texto;
‡ID]HUXPDDQiOLVHLQWHUQD([SOLFDUGHWDOKHVFRQWLGRVQR
texto, procurando interpretar os significados das palavras, a
utilidade e a importância dos termos empregados e dos conceitos
usados pelo autor. Buscar através de pesquisas documentais os
esclarecimentos necessários para a compreensão do texto;
‡ID]HUXPDVtQWHVH(YLGHQFLDURYDORUHDLPSRUWkQFLDGR
texto. Destacar, ordenar e hierarquizar os conceitos emitidos
pelo autor. Refletir sobre os elementos fornecidos pela análise
interna;
‡H[WUDSRODUDDQiOLVHGRWH[WRSDUDFRQVLGHUDUSRVVtYHLV
consequências do texto, no tempo, na posteridade. Examinar
possíveis influências do texto na evolução dos acontecimentos
a ele relacionados.
3.2 A leitura e coleta de dados
As leituras, bem como a coleta de dados – séries de
investigações e exploração do material existente para se verificar
a importância ou não de despender esforços na investigação do
tema, quando realizadas com método, permitem o caminhar de
forma rápida e objetiva para o final da pesquisa. Quando mal
feitas, ou quando não realizadas no tempo previsto, poderão
dificultar a realização do trabalho.
3.32VGLIHUHQWHVWLSRVGHOHLWXUDV
Diferentes são os autores que tratam da leitura ou
apontamentos. Na bibliográfica apresentamos alguns autores
que têm aprofundado o tema. Aqui interessa, sobremaneira,
que fique evidente a necessidade de se proceder a diferentes
tipos de leitura, uma vez que o trabalho acadêmico é uma
atividade eminentemente reflexiva.
A leitura de um texto marca-se pela decodificação de sua
 29
mensagem. Constitui uma etapa do processo de comunicação.
No processo de elaboração de um trabalho científico,
existem diferentes atitudes do pesquisador em relação à leitura.
É certo que não se consegue apreender a ideia central de um
texto com uma única leitura. Por isso há níveis de leituras:
leitura de reconhecimento, leitura seletiva, leitura crítica ou
reflexiva, leitura interpretativa.
3.3.1 Leitura de Reconhecimento
A leitura de reconhecimento é aquela desenvolvida
pelo pesquisador com vistas a conhecer a obra. É dedicada
a observações e ao conhecimento do autor, seu referencial
teórico, obras já escritas.
São passos da leitura de reconhecimento: identificar o
autor, a obra, ler a “orelha” do livro, o sumário, a introdução
e a conclusão para observar se a temática abordada pode
contribuir para a investigação. É parte, ainda, da leitura de
reconhecimento uma observação atenta da bibliografia do
autor, para identificação de outros livros que poderão existir na
biblioteca a auxiliar na fundamentação do trabalho.
3.3.2 Leitura Seletiva
É a leitura dedicada a selecionar as partes que interessam
ao trabalho. Como o ponto de partida para a elaboração de
uma monografia é um tema, e não um livro, busca-se selecionar
o material existente – capítulos de livros, artigos, teses – que
poderá servir para a construção do trabalho e, portanto, será
motivo de leitura crítica ou reflexiva. Essa é a fase de leitura
em que se busca dar “uma geral” na biblioteca para encontrar e
selecionar o que existe de melhor.
3.3.3/HLWXUD&U¯WLFDRX5HIOH[LYD
É a leitura atenta, preocupada com a identificação das
ideias centrais do texto. Uma vez definido o que se quer ler,
após ter-se efetuado a leitura seletiva, realiza-se a leitura crítica
que é o momento em que se busca recolher as ideias centrais,
anotando-as em fichas próprias (para posterior uso no trabalho)
em forma de resumo – paráfrases ou citações indiretas – ou em
forma de citação direta – transcrições ou citações ad literam,
isto é, como se apresentam no original.
A leitura crítica ou reflexiva pressupõe um esforço
deliberado e consciente de percepção dos significados, através
da análise, comparação, diferenciação, síntese e julgamento do
que se está lendo, com objetivo de avaliar a importância do
assunto para o conjunto do trabalho. Supõe a capacidade de
identificar as ideias principais e de diferenciá-las entre si e das
secundárias. Essa fase da leitura desdobra-se em certo número
de operações que podem ser sintetizadas como segue:
‡ LGHQWLILFDomR H HVFROKD GD LGHLD GLUHWUL] H GDV LGHLDV
secundárias;
‡ GLIHUHQFLDomR RX FRPSDUDomR GDV LGHLDV HQWUH VL D ILP
de determinar a importância relativa de cada uma no conjunto
das ideias;
‡ FRPSUHHQVmRGRVLJQLILFDGR H[DWRGRV WHUPRVRX GRV
conceitos que expressam;
‡ MXOJDPHQWR GR PDWHULDO DSyV HVFROKD GLIHUHQFLDomR H
compreensão.
É importante observar que sempre que se faz uma citação,
seja na forma de resumo ou literal, deve-se registrar a fonte,
isto é, o autor e a obra em que foram buscadas as informações.
3.3.4 Leitura Interpretativa
Essa fase da leitura é dedicada à identificação do exato
pensamento do autor, dos dados que oferece e das informações
que transmite. A partir disso, busca-se relacionar esses dados
com os problemas para os quais se está procurando solução.
Esse é o momento em que o pesquisador avalia o material
coletado em relação aos objetivos propostos pelo estudo.
Adotando o princípio de Descartes, o da dúvida metódica,
o pesquisador, nessa fase da leitura, busca refletir sobre a
capacidade heurística (investigação, interpretação) do material
coletado.
Retomando a aula
Parece que estamos indo bem. Então, para encerrar
HVVDDXODYDPRVUHFRUGDU
1 – O Que é Ler?
Neste ponto foi verificada a importância de ler. Vimos
qual o significado da palavra ler, é muito bom quando
conhecemos e conceituamos as palavras, isso demonstra
o nosso interesse referente a aquilo que estamos querendo
conhecer. Peço que sempre tenha essa vontade, pois o ler abre
perspectivas maravilhosas.
2 - Técnicas de Leitura Trabalhada
Depois que conhecemos o significado do termo ler,
partimos para a discussão mais profunda, que é a técnica de
leitura, não podemos nos enganar, em nossas leituras, para
que isso não aconteça, temos que dominar as técnicas da
leitura, fazendo isso, eu tenho certeza que meio caminho você
já percorreu, a outra metade dependerá de cada um.
3 - O que significa analisar um texto
Vimos então o conceito da palavra ler, depois para a
técnica da leitura, e nesta seção, estudamos a importância
de analisar um texto, pois para discutirmos, refletirmos...
Devemos analisar com calma, o texto lido, não podemos
ter pressa para dominar o assunto, devemos ter vontade.
É para isso que não podemos ter ansiedade e sim interesse
para conhecer o objeto que era desconhecido, e com a leitura
temos a possibilidade de conhecer esse objeto.
Glossário
‡ análise: é o processo de decomposição de uma
substância ou tópico complexo em seus diversos elementos
constituintes, a fim de se obter uma melhor compreensão sua.
‡ técnica: é o procedimento ou o conjunto de
procedimentos que têm como objetivo obter um determinado
resultado, seja no campo da Ciência, da Tecnologia, das Artes
ou em outra atividade.
‡interpretar: ato de ler um texto e tirar suas próprias
conclusões; lista de atribuições, contendo geralmente um
universo de discurso, para os diversos sinais que constituem o
alfabeto de um sistema lógico, de modo que sejam associados
a todas as fórmulas deste sistema de valores deveritativos;
modelo; estrutura.
 Metodologia das Ciências 30

Vale a pena

Vale a pena assistir

Nenhum a menos: as dificuldades encontradas por

uma menina de 13 anos quando tem de substituir seu
professor, que viaja para ajudar a mãe doente. Antes de
partir, ele recomenda à garota que não deixe nenhum aluno
abandonar a escola durante sua ausência. Quando um
garoto desaparece da escola, a jovem professora descobre
que ele deixou o vilarejo em direção à cidade em busca de
emprego, para ajudar no sustento da família. Seguindo os
conselhos de seu professor, ela vai atrás do aluno.
Ana e o rei: Quando a professora inglesa, Anna
Leonowens, chega ao exótico Sião para ensinar os filhos do
Rei Mongkut, suas sensibilidades ocidentais se chocam com
os modos do governante oriental. A tensão aumenta quando
Mongkut descobre que forças externas estão conspirando
contra seu regime.
Sociedade dos poetas mortos: Em 1959, John Keating
volta ao tradicionalíssimo internato Welton Academy,
onde foi um aluno brilhante, para ser o novo professor de
Inglês. No ambiente soturno da respeitada escola, Keating
torna-se uma figura polêmica e mal vista, pois acende
nos alunos a paixão pela poesia e pela arte e a rebeldia
contra as convenções sociais. Os estudantes, empolgados,
ressuscitam a Sociedade dos Poetas Mortos, fundada por
Keating em seu tempo de colegial e dedicada ao culto da
poesia, do mistério e da amizade. A tensão entre disciplina e
liberdade vai aumentando, os pais dos alunos são contra os
novos ideais que seus filhos descobriram, e o conflito leva
à tragédia.

Atividades da Aula 04

Após terem realizado uma boa leitura dos assuntos abordados em

QRVVD DXOD QD 6DOD 9LUWXDO HVW¥R GLVSRQ¯YHLV RV DUTXLYRV FRP DV
DWLYLGDGHV H[HUF¯FLRV TXHGHYHU¥RVHUUHVSRQGLGDVHHQYLDGDV

Minhas DQRWD©·HV