ANEXO À APOSTILA: resumo das novas matérias do programa de História do exame

de seleção do IFET.

IDADE MÉDIA:

A Idade Média estende-se por um período que vai de 476 até 1453, e é
geralmente dividida em dois momentos distintos: a Alta Idade Média (séculos V a X) e
a Baixa Idade Média (séculos XI a XV). É no primeiro período que ocorre a formação
do feudalismo, enquanto que no segundo período localizamos o apogeu e a crise do
sistema feudal.

a) Alta Idade Média Ocidental (séc V-X):

- Momento de transição para o Feudalismo.
- Com o fim do Império Romano do Ocidente, a Europa viveu uma série de
transformações.
- Surgimento de uma série de Reinos Bárbaros, principalmente os de origem germânica,
e a descentralização política.
- Fusão de instituições germânicas (comitatus, direito consuetudinário, economia agro-
pastoril) e romanas (colonato, cristianismo).
- O sincretismo religioso e o desenvolvimento da Igreja Católica.
- Destaque para o Reino dos Francos

b) Alta Idade Média Oriental – os muçulmanos:

- Na Arábia pré-islâmica, muitos árabes (beduínos) viviam no deserto, a procura dos
oasis.
- Destaque para criação de ovelhas e o comércio.
- Religião politeísta, cultuando plantas e pedras. Importância de Meca, onde estava a
pedra negra e a Caaba.
- No início do século VIII aparece a figura de Maomé (Mohamed).
- As visitas do Anjo Gabriel e as bases de uma nova religião – o Islamismo:
monoteísmo (“só há um Deus, Alá, e Maomé é seu profeta”); caridade; jejum anual
(Ramadã); orações diárias; e a peregrinação.
- Conversão dos “povos de livro” e de seus parentes.
- Os coraixitas, dirigentes de Meca, perseguiram Maomé.
- 622: Hégira: Fuga de Maomé de Meca para Medina (Yatreb) – início do calendário
muçulmano.
- Lá, ele converte a população e organiza um exército para a tomada de Meca (631).
- 633: Morte de Maomé – praticamente toda Arábia estava convertida ao Islamismo (a
conversão não era obrigatória).
- Criação do Alcorão e da Suna.
- Expansão do Islamismo: Oriente Médio, Norte da África e a Península Ibérica).
c) Alta Idade Média Oriental – os bizantinos:
- No século IV o Império Romano dava sinais claros da decadência.
- Diante disso, o Imperador Constantino transferiu a capital do Império Romano para a
cidade oriental de Bizâncio, que passou a ser chamada de Constantinopla.
a localização de Constantinopla, entre o mar Negro e o mar Mármara, facilitava muito o
comércio na região, fato que favoreceu enormemente a restauração da cidade,
transformando-a em uma Nova Roma.
- O cristianismo ortodoxo ocupava um lugar de destaque na vida dos bizantinos, bem
como o grego antigo e o hipódromo.
- O patriarca era o cargo mais alto da religião local, escolhido pelo imperador.
- O auge deste império foi atingido durante o reinado do imperador Justiniano (527-
565).
- Durante seu governo, Justiniano recuperou grande parte daquele que foi o Império
Romano do Ocidente.
- Compilação das leis romanas.
- Construção da catedral de Santa Sofia.
- Os monges, além de ganhar muito dinheiro com a venda de ícones, também tinham
forte poder de manipulação sobre sociedade.
- A Questão Iconoclasta.
- 1054: Grande Cisma do Oriente – Rompimento entre a Igreja Católica Apostólica
Romana e a Igreja Ortodoxa.
- Após a morte de Justiniano, o Império Bizantino ficou a mercê de diversas invasões, e,
a partir daí, deu-se início a queda de Constantinopla. Com seu enfraquecimento, o
império foi divido entre diferentes realezas feudais. Constantinopla teve sua queda
definitiva no ano de 1453, após ser tomada pelos turcos.

d) Baixa Idade Média Ocidental (séc X-XV):

- Características do Feudalismo:

Feudalismo Economia essencialmente agrária, natural e auto-suficiente: produzia-se para

o consumo imediato.
corvéia
Econômicas banalidades
Trabalho regulado pelas obrigações servis, fixados pela
mão-morta
tradição e pelo costume.
talha
formariage
Poder político descentralizado. O poder era local: cada domínio feudal era
independente, ou seja, cada feudo era governado pelo seu senhor.
Relações entre a nobreza feudal baseadas nos laços de suserania e
Políticas vassalagem: tornava-se suserano o nobre que doava um feudo a outro; e
vassalo, o nobre que recebia o feudo. Relações entre nobres e servos era
regida pela dependência pessoal.
Terra significava poder.
Sociedade rural e estamental, dividida em três estamentos ou ordens
sociais, a saber: clero, nobreza e campesinato (servos de gleba e
Sociais vilões).
Baixa mobilidade social.
Culturais Cultura teocêntrica, ou seja, todo o poder político girava em torno da
autoridade religiosa, da fé.
Predomínio da igreja, que determinava o modo de pensar e de viver da
sociedade.
Condenação pela Igreja dos juros (usura) e do lucro.
Fenômenos naturais explicados pela fé.
 Estabelecimento da Inquisição (Tribunal do Santo Ofício) para perseguir os
Hereges (século XII)

- As vilas, os burgos e os burgueses.

- As corporações de ofício.
- Aparecimento da cavalaria, especialista em armas.
- As Cruzadas: conjunto de guerras que opuseram católicos e muçulmanos no século
XI e XII. A desculpa da “defesa da religião” e os interesses econômicos de expansão do
Feudalismo.
- O contato com os árabes trouxe o Renascimento Agrícola, Comercial e Urbano.
- As feiras e as ligas de cidades: o desenvolvimento do comércio.
- Comércio de especiarias com o Oriente: desenvolvimento de Veneza e Florença.
- Desenvolvimento da burguesia.
- O aparecimento de Universidades Leigas.

OBS.: A arquitetura gótica.