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Prof.

Matheus Laranja
Noções de física Aula 04

Aula 04
Noções de Física p/ PRF - Quantidade de Movimento,
Conservação da Quantidade de Movimento e Colisões

Prof. Matheus Laranja e Hugo Lima

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Sumário
SUMÁRIO ..................................................................................................................................................3

AULA 04 – QUANTIDADE DE MOVIMENTO, CONSERVAÇÃO DA QUANTIDADE DE MOVIMENTO E


COLISÕES ......................................................................................................................................................... 4

INTRODUÇÃO......................................................................................................................................................... 4
QUANTIDADE DE MOVIMENTO, IMPULSO E COLISÕES ................................................................................................... 4
Quantidade de Movimento ............................................................................................................................... 4
Conservação da Quantidade de Movimento ...................................................................................................... 5
Impulso ........................................................................................................................................................... 7
Colisões Unidimensionais ............................................................................................................................... 11
Colisões com Grande Diferença de Massa ....................................................................................................... 16
Colisões Bidimensionais ................................................................................................................................. 20

QUESTÕES DE PROVA COMENTADAS ..................................................................................................... 26

LISTA DE QUESTÕES............................................................................................................................... 45

GABARITO ............................................................................................................................................. 69

RESUMO DIRECIONADO ......................................................................................................................... 72

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Aula 04 – Quantidade de Movimento, Conservação da


Quantidade de Movimento e Colisões

Introdução

E aí, meus queridos? Nessa aula vamos passar por alguns dos meus assuntos favoritos no mundo da
física!

Na parte final, quando falaremos sobre colisões, precisaremos dos conceitos de energia que vimos na
aula anterior, então eu recomendo dar uma conferida na última aula para dar aquela relembrada básica!

Bem, você com certeza já chutou uma bola ou então jogou bilhar, certo? Então você já viu colisões! Em
cada um desses exemplos nós conseguimos ver vários dos diferentes conceitos dessa aula!

Quantidade de movimento, Impulso e Colisões

Quantidade de Movimento

Nesse trecho, vou explicar mais uma propriedade vetorial: A quantidade de movimento. Também
conhecida como momentum linear essa propriedade possibilita o estudo das “transferências” de movimento
entre corpos.

Olha, Robson, funciona assim,


a quantidade de movimento (QDM) de
um corpo que se move a velocidade 𝑣⃗é
dada por:

⃗⃗⃗ = 𝒎. 𝒗
𝑸 ⃗⃗

Agora, sabendo da fórmula da quantidade de movimento de um corpo podemos estender essa


propriedade para a quantidade de movimento de um sistema com vários corpos (como o da imagem abaixo,
por exemplo).

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Para um sistema de n móveis a quantidade de


movimento do sistema é igual à soma das quantidades de
movimento de todos eles:

⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑸 ⃗⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝒔𝒊𝒔 = 𝑸𝟏 + 𝑸𝟐 + ⋯ + 𝑸𝒏

Conservação da Quantidade de Movimento

Bem, lembra de quando te mostrei como funciona a conservação da energia? Então, a conservação da
QDM funciona de maneira análoga:

Atenção !!
Em um sistema livre de perturbações externas, a quantidade de
movimento desse sistema se mantém constante!

Agora, para que você realmente entenda como funciona isso, vou mostrar um exemplo bem completo
sobre isso (a parte realmente importante desse trecho é o exemplo).

EXEMPLO:
Uma granada inicialmente em repouso explode em três pedaços de mesma massa que voam nas direções
mostradas na figura abaixo:

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Sabendo que |𝑣
⃗⃗⃗⃗⃗|
1 = 𝑣, qual é o valor de |𝑣
⃗⃗⃗⃗⃗|
3 e |𝑣
⃗⃗⃗⃗⃗|?
2

RESOLUÇÃO:

Leia atentamente essa resolução porque ela é importantíssima para a compreensão da matéria!

Como você já deve estar imaginando, utilizaremos a conservação da quantidade de movimento:


Sabendo que no início a granada estava em repouso, temos que a QDM era:

⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑸𝟎 = 𝟎𝑵. 𝒔

Após a explosão, pela conservação da QDM, temos que ela continua nula, logo:

Na horizontal,

𝒎 𝒎 √𝟐
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑸 ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝟎𝒙 = 𝑸𝑭𝒙 = 𝟎 = . (−𝒗) + . (𝒗𝟑 . )
𝟑 𝟑 𝟐
Logo:

𝒗𝟑 = 𝒗. √𝟐
E, na vertical,

𝒎 𝒎 √𝟐
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑸𝟎𝒚 = ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑸𝑭𝒚 = 𝟎 = . (−𝒗𝟐 ) + . (𝒗𝟑 . )
𝟑 𝟑 𝟐

𝒎 𝒎 √𝟐
=> 𝟎 = . (−𝒗𝟐 ) + . (𝒗. √𝟐. )
𝟑 𝟑 𝟐
Logo:

𝒗𝟐 = 𝒗

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Gabarito: 𝒗𝟑 = 𝒗. √𝟐 e 𝒗𝟐 = 𝒗

Impulso

Vimos sobre uma situação bem “bonitinha” ali em cima (quando não há forças externas agindo no
sistema).

Ótima pergunta, Bianca! Quando há forças externas


perturbando o sistema, a quantidade de movimento sofre
variação e essa variação é chamada de impulso.

Ou seja:

⃗⃗⃗
𝑰⃗ = ∆𝑸

Até aí tudo bem, mas, e se eu disser que existe outro jeito de representar o impulso?
Esse outro jeito nada mais é do que a relação entre o impulso e a força que o causou, que é dada por:

𝑰⃗ = 𝑭
⃗⃗. ∆𝒕

Nessa fórmula, 𝐹⃗ é a força em questão e ∆𝑡 é o intervalo de tempo durante o qual a força atua.
Pense numa bola de futebol cuja massa é 1kg que é chutada por um jogador, imagine que o pé do
jogador troca uma força de 300N durante 0,3s, qual será a velocidade da bola logo após o chute?

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Esse caso é mais um caso de simples aplicação de fórmulas:

𝑰⃗ = 𝑭 ⃗⃗⃗ => 𝟑𝟎𝟎. 𝟎, 𝟑 = 𝟗𝟎 = 𝟏. (𝒗 − 𝟎) => 𝒗 = 𝟗𝟎𝒎/𝒔


⃗⃗. ∆𝒕 = ∆𝑸

Excelente pergunta! Nesse caso o


impulso valerá o valor da área do gráfico
da força pelo tempo!

Veja o exemplo abaixo para


entender melhor:

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EXEMPLO:

Uma força variável atua num móvel de massa 3kg conforme o gráfico abaixo:

Qual será a velocidade do móvel em t=8s?

RESOLUÇÃO:

Podemos separar o gráfico em 2 triângulos (representados em azul e em vermelho):

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A área do triângulo azul é dada por:

𝑨𝒍𝒕𝒖𝒓𝒂 𝟓𝑵
𝑨𝟏 = 𝑩𝒂𝒔𝒆 × = 𝟔𝒔 × = 𝟏𝟓𝑵. 𝒔
𝟐 𝟐

A área do triângulo vermelho é dada por:

𝑨𝒍𝒕𝒖𝒓𝒂 −𝟑𝑵
𝑨𝟐 = 𝑩𝒂𝒔𝒆 × = (𝟖 − 𝟔)𝒔 × = −𝟑𝑵. 𝒔
𝟐 𝟐

Logo, o impulso resultante sobre o móvel é:

𝑰 = 𝑨𝟏 + 𝑨𝟐 = 𝟏𝟓 + (−𝟑) = 𝟏𝟐𝑵. 𝒔

Sabendo que o impulso é igual à variação da quantidade de movimento:

𝟏𝟐
𝑰 = ∆𝑸 = 𝒎. ∆𝒗 => 𝟏𝟐 = 𝒎. ∆𝒗 = 𝟑. ∆𝒗 => ∆𝒗 = = 𝟒𝒎/𝒔
𝟑

Como o movel parte do repouso, temos:

∆𝒗 = 𝒗𝒇 − 𝒗𝟎 => 𝟒 = 𝒗𝒇 − 𝟎 => 𝒗𝒇 = 𝟒𝒎/𝒔

Gabarito: 𝒗𝒇 = 𝟒𝒎/𝒔

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Colisões Unidimensionais

Nós vimos ali em cima um exemplo de um sistema recebendo um impulso, mas, sabemos que existem
outros exemplos de como isso pode acontecer e um desses exemplos é uma colisão. Para facilitar o
entendimento, daqui pra baixo utilizaremos como exemplos colisões entre bolas de bilhar!
Pense comigo: O que pode acontecer quando duas bolas de bilhar iguais alinhadas colidem? Bem,
existem três respostas diferentes para essa pergunta, veja nos desenhos abaixo:

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Ótima pergunta! Existe uma propriedade


chamada coeficiente de restituição que nos dá essa
resposta!

O valor desse coeficiente varia entre 0 e 1 e,


dependendo do seu valor, a colisão tem uma “cara”
diferente.

Nossa, Bianca, você está empolgada com essa matéria, não é


mesmo?

Preste atenção então que agora vou mostrar a parte que você
tanto estava esperando: As contas!

O coeficiente de restituição mede a razão entre a velocidade


de afastamento e a velocidade de aproximação dos móveis, ou seja:

|𝒗𝒂𝒇𝒂𝒔𝒕 |
𝒆=
|𝒗𝒂𝒑𝒓𝒐𝒙 |

Olha só, essa simples fórmula serve para calcular um dos valores mais importantes em uma colisão.
Agora vamos dar uma olhadinha em como funcionam os diferentes casos:

1) e=0

Também conhecida como colisão inelástica, esse caso acontece quando |𝒗𝒂𝒇𝒂𝒔𝒕 |=0, ou seja, quando
após a colisão ambos os móveis seguem grudados como na figura abaixo:

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Nesse caso existe uma propriedade interessante:

Em uma colisão cujo coeficiente de restituição é nulo (igual a 0)


Atenção !! há perda de energia pelo sistema e essa perda é a máxima possível.
Além disso, esse tipo de colisão é chamado de colisão inelástica!

2) 0<e<1

Nesse caso a colisão recebe o nome de colisão parcialmente elástica. Para entender um pouco melhor
esse fenômeno, preste atenção no exemplo abaixo:

EXEMPLO:
Uma bola de bilhar se aproxima de outra bola idêntica (essa segunda em repouso) com velocidade de
5m/s. Supondo que ocorra uma colisão entre as duas com coeficiente de restituição e=0,5, qual será a
velocidade final da bola que inicialmente estava em movimento?

RESOLUÇÃO:

O sistema formado pelas duas bolas não sofre influências externas, logo, há conservação da quantidade
de movimento.

Da conservação da QDM:

𝒎. 𝟓 + 𝒎. 𝟎 = 𝒎. 𝒗𝟏 + 𝒎. 𝒗𝟐 => 𝒗𝟏 + 𝒗𝟐 = 𝟓

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Do coeficiente de restituição:

|𝒗𝟐 − 𝒗𝟏 |
𝟎, 𝟓 = => 𝒗𝟐 − 𝒗𝟏 = 𝟐, 𝟓
𝟓

Das duas equações acima, temos que:

𝒗𝟏 = 𝟏, 𝟐𝟓𝒎/𝒔 𝒆 𝒗𝟐 = 𝟑, 𝟕𝟓𝒎/𝒔

Gabarito: 𝒗𝟏 = 𝟏, 𝟐𝟓𝒎/𝒔 𝒆 𝒗𝟐 = 𝟑, 𝟕𝟓𝒎/𝒔

3) e=1

Nesse caso a colisão é chamada de colisão elástica (ou perfeitamente elástica) e a energia
mecânica permanece toda no sistema (não ocorre dissipação).
Esse tipo de colisão possui uma propriedade interessantíssima:

Numa colisão elástica em que as massas dos dois corpos


Atenção !! envolvidos são iguais, temos que os corpos “trocam” as velocidades
durante a colisão.

Caso você queira a prova de que isso ocorre, veja o exemplo abaixo:

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EXEMPLO:

Uma bola de bilhar se aproxima de outra bola idêntica. As velocidades das bolas são, respectivamente,
10m/s e 5m/s no sentido positivo. Supondo que ocorra uma colisão entre as duas com coeficiente de restituição
e=1, qual será a velocidade final da bola que inicialmente estava em movimento?

RESOLUÇÃO:

O sistema formado pelas duas bolas não sofre influências externas, logo, há conservação da quantidade
de movimento.

Da conservação da QDM:

𝒎. 𝟏𝟎 + 𝒎. 𝟓 = 𝒎. 𝒗𝟏 + 𝒎. 𝒗𝟐 => 𝒗𝟏 + 𝒗𝟐 = 𝟏𝟓

Do coeficiente de restituição:

|𝒗𝟐 − 𝒗𝟏 |
𝟏= => 𝒗𝟐 − 𝒗𝟏 = 𝟓
𝟏𝟎 − 𝟓

Das duas equações acima, temos que:

𝒗𝟏 = 𝟓𝒎/𝒔 𝒆 𝒗𝟐 = 𝟏𝟎𝒎/𝒔

Gabarito: 𝒗𝟏 = 𝟓𝒎/𝒔 𝒆 𝒗𝟐 = 𝟏𝟎𝒎/𝒔

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Colisões com Grande Diferença de Massa

Você já brincou de quicar uma bola no chão? Aposto que sim! Como você deve ter visto, após
colidir com o solo, a bola sobe e a Terra continua parada, você consegue imaginar por que isso acontece?

Isso mesmo! Como a diferença entre as massas é


muito grande, a quantidade de movimento transferida para a
Terra é algo tão pequeno frente à massa da Terra que pode ser
desprezada!

Para entender melhor isso, vou mostrar como isso funciona matematicamente:

EXEMPLO:

Imagine que uma bola de ping pong é jogada em um caminhão que se afasta com velocidade V. Considere
que a bola tem massa m e o caminhão tem massa M. Se a bola está com velocidade v perpendicular ao
caminhão antes de colidir com ele e a colisão é elástica, qual é velocidade da bolinha após a colisão com o
caminhão?

RESOLUÇÃO:

E, pela colisão ser elástica e por sabermos que a bola de ping pong inverte o sentido do seu movimento,
temos:

𝒗−𝑽
=𝟏 (𝑰𝑰)
−𝒗𝟏 − 𝒗𝟐

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Mas, do nosso conhecimento prático, sabemos que a bolinha de ping pong não altera a velocidade do
caminhão de maneira significativa, ou seja:

𝑽 ≅ 𝒗𝟐 (𝑰𝑰𝑰)

Substituindo (III) em (II), temos:

𝒗𝟏 = −𝒗 + 𝟐𝑽

A equação acima é a resposta para a questão, mas, vamos pensar em um caso mais específico: E se o
caminhão estiver parado???

Bem, a resposta ainda será a mesma, mas, nesse caso:

𝒗𝟏 = −𝒗 + 𝟐𝑽 = −𝒗 + 𝟐. 𝟎 = −𝒗

Vamos pensar agora no exemplo da bola quicando no chão! Novamente temos um exemplo com
grande diferença de massas em que o corpo de maior massa está em repouso, mas, e se tomarmos um caso em
que o coeficiente de restituição e é diferente de 1?

E é mesmo um exemplo muito bom! Vamos ver abaixo uma propriedade muito interessante
sobre a velocidade do móvel nesse tipo de colisão:

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EXEMPLO:

Imagine que uma bola de basquete é abandonada de uma altura 𝒉0 acima do solo. Considere que a bola
tem massa m. Considerando que o coeficiente de restituição da colisão da bola com o solo vale e, qual será a
velocidade da bola após a n-ésima colisão com o solo?

RESOLUÇÃO:

Bem, para descobrirmos a velocidade da bola após a colisão devemos primeiro descobrir a velocidade da
bola antes da colisão, para isso utilizaremos a conservação da energia mecânica:

𝒗𝟐𝒊 𝒗𝟐𝟎
𝑬𝒊 = 𝑬𝟎 => 𝒎. 𝒈. 𝒉𝟎 + 𝒎. = 𝒎. 𝒈. 𝟎 + 𝒎. => 𝒗𝟐𝟎 = 𝟐. 𝒈. 𝒉𝟎 => 𝒗𝟎 = √𝟐. 𝒈. 𝒉𝟎
𝟐 𝟐

Agora que nós sabemos a velocidade do móvel antes da 1ª colisão, nós podemos calcular sua velocidade
após essa colisão pelo coeficiente de restituição:

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𝒗𝟏
𝒆= => 𝒗𝟏 = 𝒗𝟎 . 𝒆
𝒗𝟎

Do mesmo modo, temos:

𝒗𝟐
𝒆= => 𝒗𝟐 = 𝒗𝟏 . 𝒆 = 𝒗𝟎 . 𝒆. 𝒆 = 𝒗𝟎 . 𝒆²
𝒗𝟏

𝒗𝟑
𝒆= => 𝒗𝟑 = 𝒗𝟐 . 𝒆 = 𝒗𝟎 . 𝒆². 𝒆 = 𝒗𝟎 . 𝒆³
𝒗𝟐

Percebeu o padrão, né? Após a n-ésima colisão, teremos:

𝒗𝒏 = 𝒗𝟎 . 𝒆𝒏

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Colisões Bidimensionais

Agora que já viu a teoria sobre colisões em uma só dimensão, vamos ver como funcionam as colisões
bidimensionais.

Imagine que agora as bolas não estão mais alinhadas e que a colisão acontece como na imagem abaixo:

Parece complicado, não? E se eu te disser que na prática esse problema é quase tão simples quanto a
colisão unidimensional?

Bem, a verdade é que a colisão ocorre perpendicular à superfície de contato entre os corpos.

Desculpa! Acho que me atropelei de novo! Sabe como fica


legal de entender? Desenhando!

Aqui embaixo vou colocar um exemplo que funciona como


“manual” de como proceder nesse tipo de problema.

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EXEMPLO:

Uma bola de bilhar se aproxima de outra bola idêntica (que está em repouso) com velocidade 5m/s
conforme a figura abaixo. Supondo que ocorra uma colisão entre as duas com coeficiente de restituição e=1,
qual será a velocidade final da bola que inicialmente estava em movimento?

(figura do instante imediatamente anterior à colisão, o ângulo entre v e N é 30°).

RESOLUÇÃO:

Como você consegue ver, na figura estão desenhados dois eixos:

- eixo perpendicular à superfície de colisão

-eixo da superfície de colisão

Lembra quando eu disse que esse tipo de problema é tão simples quanto uma colisão unidimensional?
Então, isso porque, na prática, a colisão ocorre somente na direção indicada por N na figura!

Ora, Robson, tenho certeza de que você já percebeu o que devemos fazer: Uma decomposição do vetor
velocidade nas direções N e tg!

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Da trigonometria:

√𝟑
|𝒗
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗|
𝟏𝑵 = 𝟓. 𝐜𝐨𝐬(𝟑𝟎°) = 𝟓. ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗|
𝒎/𝒔 𝒆 |𝒗 𝟏𝒕𝒈 = 𝟓. 𝐬𝐞𝐧(𝟑𝟎°) = 𝟐, 𝟓𝒎/𝒔
𝟐

Agora vem o “pulo do gato”: Se a colisão ocorre na direção N, as velocidades na direção tg (que é
perpendicular a N) não mudam!

O sistema formado pelas duas bolas não sofre influências externas, logo, há conservação da quantidade
de movimento.

Da conservação da QDM em N:

√𝟑 √𝟑
𝒎. 𝟓. + 𝒎. 𝟎 = 𝒎. 𝒗′𝟏𝑵 + 𝒎. 𝒗′𝟐𝑵 => 𝒗′𝟏𝑵 + 𝒗′𝟐𝑵 = 𝟓.
𝟐 𝟐

Do coeficiente de restituição:

|𝒗′𝟐𝑵 − 𝒗′𝟏𝑵 | √𝟑
𝟏= => 𝒗′𝟐𝑵 − 𝒗′𝟏𝑵 = 𝟓.
√𝟑 𝟐
𝟓. −𝟎
𝟐

Das duas equações acima, temos que:

√𝟑
𝒗′𝟏𝑵 = 𝟎𝒎/𝒔 𝒆 𝒗′𝟐𝑵 = 𝟓. 𝒎/𝒔
𝟐

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Repare bem, como e=1 e as massas dos corpos são iguais, eles “trocaram” de velocidades na direção
normal!

No fim, temos que a situação é:

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Terminamos a parte teórica da aula. Agora vamos resolver algumas questões de prova!

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Questões de prova comentadas

1. Perito Criminal– PC/PI (NUCEPE– 2012)

Um atirador próximo dispara com uma espingarda de ar comprimido um pequeno chumbinho de


borracha com massa igual a 0,002kg. O projétil desloca-se com velocidade aproximadamente horizontal igual
a 50m/s e atinge uma pequena partícula esférica de massa 0,03kg, inicialmente parada. A partícula esférica está
posicionada na extremidade de uma corda de comprimento igual a L = 2.0m, conforme pode ser visto na figura
abaixo. Assumindo que a colisão entre o projétil e a partícula seja perfeitamente elástica, determine qual deve
ser a altura aproximada h adquirida pela partícula após a colisão.

a) 2m
b) 1,95m

c) 1,65m
d) 1,50m

e) 1,25m

RESOLUÇÃO:

Como a colisão é perfeitamente elástica, sabemos que a energia se conserva (além da QDM)

Logo, temos duas equações:

Conservação da QDM:

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𝟎, 𝟎𝟎𝟐. 𝟓𝟎 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟐. 𝒗𝟏 + 𝟎, 𝟎𝟑𝒗𝟐

Do coeficiente de restituição:

|𝒗𝟐 − 𝒗𝟏 |
=𝟏
𝟓𝟎

Pela situação:

𝒗𝟐 − 𝒗𝟏 = 𝟓𝟎

Logo, temos que:

𝟐𝟓
𝒗𝟐 = 𝒎/𝒔
𝟒

Analisando a conservação da energia da partícula:

𝒗𝟐 𝟐 𝟐𝟓 𝟐
𝒎. = 𝒎. 𝒈. 𝒉 => ( ) = 𝟏𝟎. 𝒉 => 𝒉 ≅ 𝟏, 𝟗𝟓𝒎
𝟐 𝟒

Gabarito: B

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2. Perito Criminal– PC/PI (NUCEPE– 2012)

As bolas de bilhar A e B possuem a mesma massa e podem se mover sem atrito em um plano horizontal
(mesa). Na Figura 1, tem-se o arranjo antes da colisão, em que a bola 1 move-se a 5 m/s em direção à bola 2, a
qual está em repouso. As irregularidades da mesa não permitem determinar exatamente que ponto da bola 2
a 1 irá tocar. Observe os movimentos apresentados na Figura 2.

Dos resultados apresentados na Figura 2, são fisicamente possíveis, após a colisão das bolas:

a) (i) e (ii), apenas.


b) (i) e (iii), apenas.
c) (ii) e (iii), apenas.

d) (i) e (ii) e (iii).

RESOLUÇÃO:

Vamos analisar cada uma das imagens:

(i) Possível!

Seja 1 o valor do coeficiente de restituição dessa colisão e imagine que elas colidem no ponto destacado
na imagem abaixo:

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Nesse caso, por terem a mesma massa e o coeficiente de restituição ser 1, as bolas trocam de velocidade
no eixo vertical e a bola 1 mantém sua velocidade horizontal.

Como o ângulo é 45°, as componentes são 5√2, logo esse caso é possível!

(ii) Possível!

Novamente, basta o coeficiente de restituição valer 1, mas, nesse caso os centros de massa devem estar
unidos pelo eixo ao qual a velocidade pertence (assim trocarão de velocidade).

(iii) Impossível!

Nesse caso, a velocidade relativa de afastamento é maior que a de aproximação, logo e>1, ou seja, é
impossível!

Gabarito: A

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3. Professor– Colégio Pedro II-(Colégio Pedro II– 2016)

O gráfico a seguir corresponde à variação da força resultante que age sobre um objeto entre os instantes
t0 = 0 e t4. Em t0 sua velocidade é nula e a força resultante age sempre na mesma direção de seu movimento.

O instante em que o objeto atinge velocidade máxima é

a) t1

b) t2
c) t3
d) t4

RESOLUÇÃO:

Essa questão não envolve contas, basta pensar até quando o objeto acelera e quando passa a ser freado!

A velocidade máxima ocorre no último instante em que a força ajuda a aumentar a velocidade (força
positiva), logo, esse instante é t3.

Gabarito: C

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4. Policial Rodoviário Federal–PRF-(CESPE-2013)

Uma bala de revólver de massa igual a 10g foi disparada com velocidade v na direção do bloco de massa
igual a 4kg, suspenso por um fio, conforme ilustrado na figura acima. A bala ficou encravada no bloco e o
conjunto subiu até uma altura h igual a 30cm.

Considerando essas informações assumindo que a aceleração da gravidade seja igual a 10m/s², julgue o
item abaixo.

Se toda a energia cinética que o conjunto adquiriu imediatamente após a colisão fosse transformada em
energia potencial, a velocidade do conjunto após a colisão e a velocidade com que a bala foi disparada seriam,
respectivamente, superiores a 2,0 m/s e a 960 m/s.

RESOLUÇÃO:

Bem, nesse caso a massa do bloco é muito maior que a massa do projétil, logo, podemos representar a
soma das massas somente pela massa do bloco!

Vamos descobrir se a velocidade após a colisão deve ser 2m/s:

𝒗𝟐 𝒗𝟐
𝒎. = 𝒎. 𝒈. 𝒉 => = 𝟏𝟎. 𝟎, 𝟑 => 𝒗 = √𝟔𝒎/𝒔
𝟐 𝟐

Portanto, essa parte da assertiva é verdadeira! v> 2𝑚/𝑠!

Vamos agora descobrir a velocidade do projétil antes da colisão:

Como a colisão é inelástica, a conservação da QDM fica:

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𝒎. 𝒗 = (𝑴 + 𝒎). 𝒗′

Como m<<M, podemos considerar M+m≅ 𝑀:

𝟏𝟎. 𝟏𝟎−𝟑 . 𝒗 = 𝟒. √𝟔 => 𝒗 = 𝟒𝟎𝟎. √𝟔𝒎/𝒔

Logo, v>960m/s

Gabarito: Certa

5. Perito Criminal–Polícia Científica/PE-(CESPE-2016)

Em um estande de tiro, um perito, para estimar a velocidade de um projétil de arma de fogo, atirou contra
um pêndulo balístico, conforme ilustrado na figura precedente, e mediu a altura máxima atingida pelo pêndulo
após o choque.

Sabendo-se que esse projétil possui massa de 50 g, que o bloco possui massa de 5 kg, que o projétil ficou
alojado no bloco após o choque, que a altura máxima medida pelo perito foi de 20 cm e que a aceleração da
gravidade no local era de 10 m/s2, é correto afirmar que a velocidade com que o projétil atingiu o bloco foi de

a) 206 m/s

b) 208 m/s

c) 200 m/s

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d) 202 m/s

e) 204 m/s

RESOLUÇÃO:

Pela conservação da energia, a energia do sistema logo após a colisão é igual à energia do sistema no
ponto mais alto, logo:

𝒗𝟐
(𝑴 + 𝒎). = (𝑴 + 𝒎). 𝒈. 𝒉 => 𝒗𝟐 = 𝟐. 𝟏𝟎. 𝟎, 𝟐 => 𝒗 = 𝟐𝒎/𝒔
𝟐

Agora, para calcular a velocidade do projétil antes da colisão, basta lembrar que a QDM antes e depois da
colisão tem o mesmo valor:

𝒎. 𝒗 = (𝑴 + 𝒎). 𝟐

𝟓𝟎𝟓𝟎
=> 𝒗 = . 𝟐 = 𝟐𝟎𝟐𝒎/𝒔
𝟓𝟎

Gabarito: D

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6. Professor de física – UFRN- (COMPREVE– 2011)


A Figura abaixo mostra duas esferas sólidas, A e B, de massa M e 2M, respectivamente, penduradas em
um teto por cordas de tamanho L:

A esfera A é deslocada para o lado esquerdo e para uma altura h0 em relação à esfera B como mostrado
na Figura, e é em seguida liberada. A esfera A então colide com a esfera B e as duas deslocam-se juntas para a
direita e para cima até atingirem uma altura h igual a

a) 1/3 h0
b) 1/12 h0

c) 1/2 h0

d) 1/9 h0

RESOLUÇÃO:

Trata-se de mais um caso de colisão inelástica!

Sabendo disso, a questão passa a ser um mero problema de conservação da QDM em uma colisão em que
os móveis seguem grudados logo após e de conservação da energia.

Calculando a velocidade de M antes da colisão:

𝒗𝟐
𝑴. 𝒈. 𝒉𝟎 = 𝑴. => 𝒗 = √𝟐. 𝒈. 𝒉𝟎
𝟐

Conservando a QDM:

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𝑴. √𝟐. 𝒈. 𝒉𝟎 = (𝑴 + 𝟐𝑴). 𝒗 => 𝒗 = √𝟐. 𝒈. 𝒉𝟎 /𝟑

Agora, conservando a energia:

𝟐
√𝟐. 𝒈. 𝒉𝟎
( 𝟑 )
3𝑀. = 𝟑𝑴. 𝒈. 𝒉
𝟐

=> 𝒉 = 𝒉𝟎 /𝟗

Gabarito: D

7. Perito Criminal-PC-MA-(FGV-2012)

Em uma seção de fisioterapia, um dos exercícios propostos, consiste em rebater uma bola de tênis de
massa igual a 50 g com uma raquete. Ao entrar em contato com a raquete, a velocidade 𝑣0 da bola é
perpendicular a ela e de módulo igual a 36 km/h. Após a rebatida, ao perder o contato com a raquete, a
velocidade 𝑣⃗ da bola tem a mesma direção que , mas o sentido contrário, e seu módulo é igual ao de ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑣0 .

Suponha que o módulo da força 𝐹⃗ exercida pela raquete sobre a bola varia em função do tempo durante
o contato, como mostra o gráfico abaixo

Sendo assim, o valor máximo do módulo da força durante o contato foi:

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a) 5N

b) 10N
c) 15N

d) 20N

e) 25N

RESOLUÇÃO:

Bom, sabemos que o impulso é igual à variação da QDM, logo:

𝟕𝟐
(𝟑𝟔 − (−𝟑𝟔))𝒌𝒎 𝟕𝟐𝒌𝒎 (𝟑, 𝟔) 𝒎
−𝟑
𝑰 = ∆𝑸 = 𝒎. ∆𝒗 = 𝟓𝟎. 𝟏𝟎 𝒌𝒈. = 𝟎, 𝟎𝟓𝒌𝒈. = 𝟎, 𝟎𝟓𝒌𝒈. = 𝟏𝑵. 𝒔
𝒉 𝒉 𝒔

Mas, também sabemos que o impulso é numericamente igual à área do gráfico da força pelo tempo:

𝑨𝒍𝒕𝒖𝒓𝒂
𝑰 = 𝑩𝒂𝒔𝒆 × = 𝟎, 𝟏. 𝑭
𝟐

Em que F é o módulo máximo atingido pela força.

Logo:

𝑰 = 𝟎, 𝟏. 𝑭 = 𝟏 => 𝑭 = 𝟏𝟎𝑵

Gabarito: B

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8. Docente – IF-Farroupilha-RS- (FCM– 2016)

Constantes Físicas

Aceleração da gravidade terrestre: g = 10 m/s²

Constante da Gravitação Universal: G = 6,70 x 10-11 N.m²/kg²

π = 3,0

Densidade do ar: ρ = 1,3 kg/m³

Massa da Terra: MT= 6,0 x 1024 kg

Em um crash test (teste de colisão), um automóvel de 1,5 toneladas colidiu frontalmente com uma parede. A
velocidade do automóvel, imediatamente anterior ao impacto, era de 15 m/s. Imediatamente após o impacto,
o veículo foi jogado no sentido contrário com velocidade de 3 m/s. A colisão durou 0,15 s.

O módulo da força média, em kgf, exercida sobre o automóvel, durante a colisão, vale

a) 30000
b) 18000

c) 15000
d) 13000

e) 10000

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RESOLUÇÃO:

Bom, sabemos que o impulso é igual à variação da QDM, logo:

(𝟏𝟓 − (−𝟑))𝒎
𝑰 = ∆𝑸 = 𝒎. ∆𝒗 = 𝟏𝟓𝟎𝟎𝒌𝒈. = 𝟏𝟓𝟎𝟎𝒌𝒈. 𝟏𝟖𝒎/𝒔 = 𝟐𝟕𝟎𝟎𝟎𝑵. 𝒔
𝒔

Mas, também sabemos que o impulso é numericamente igual ao produto entre a força que atua no corpo
e o tempo pelo qual ela age:

𝑰 = 𝑭. ∆𝒕 => 𝟐𝟕𝟎𝟎𝟎 = 𝑭. 𝟎, 𝟏𝟓 => 𝑭 = 𝟏𝟖𝟎𝟎𝟎𝟎𝑵

Como 1kgf=10N:

𝟏𝟖𝟎𝟎𝟎𝟎
𝑭= = 𝟏𝟖𝟎𝟎𝟎𝒌𝒈𝒇
𝟏𝟎

Gabarito: B

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9. Papiloscopista – POLITEC-MT- (UFMT– 2017)

Dois automóveis de mesma massa deslocavam-se na mesma direção e no mesmo sentido em uma
autoestrada, quando colidem. Considere desprezíveis as forças externas no instante da colisão. Se, após a
colisão, a velocidade dos dois é a mesma, é correto afirmar que a colisão é:

a) Inelástica, pois não conserva o momento linear.

b) Elástica, pois conserva momento linear.

c) Elástica, pois conserva energia mecânica total.

d) Inelástica, pois não conserva energia mecânica total.

RESOLUÇÃO:

Bom, se os móveis seguem com a mesma velocidade a colisão é do tipo “bate e gruda”. Como sabemos,
esse tipo de colisão é inelástica e a energia mecânica desse sistema não se conserva.

Gabarito: D

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10. Controlador de Tráfego Aéreo – DECEA- (CESGRANRIO– 2012)

Um automóvel de massa 1.000 kg, inicialmente a 15 m/s, colide contra uma parede e para, conforme
mostram as Figuras abaixo.

Sabendo-se que a colisão durou 0,20 s, qual é, aproximadamente, em N, o módulo da força média da parede
sobre o carro durante a colisão?

a) 1330

b) 3000

c) 6660
d) 15000

e) 75000

RESOLUÇÃO:

Bom, sabemos que o impulso é igual à variação da QDM, logo:

(𝟏𝟓 − (𝟎))𝒎
𝑰 = ∆𝑸 = 𝒎. ∆𝒗 = 𝟏𝟎𝟎𝟎𝒌𝒈. = 𝟏𝟎𝟎𝟎𝒌𝒈. 𝟏𝟓𝒎/𝒔 = 𝟏𝟓𝟎𝟎𝟎𝑵. 𝒔
𝒔

Mas, também sabemos que o impulso é numericamente igual ao produto entre a força que atua no corpo
e o tempo pelo qual ela age:

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𝑰 = 𝑭. ∆𝒕 => 𝟏𝟓𝟎𝟎𝟎 = 𝑭. 𝟎, 𝟐

Logo:

𝟏𝟓𝟎𝟎𝟎
𝑭= = 𝟕𝟓𝟎𝟎𝟎𝑵
𝟎, 𝟐

Gabarito: E

11. Policial Rodoviário Federal – PRF- (FUNRIO– 2009)

Uma condição necessária e suficiente para que um veículo de 1000 kg apresente uma quantidade de
movimento NULA é que

a) esteja trafegando em uma trajetória retilínea.

b) esteja somente em queda livre.


c) esteja parado, ou seja, em repouso.

d) apresente velocidade constante e diferente de zero.

e) seja nula a resultante de forças que nele atua.

RESOLUÇÃO:

Bom, sabemos que a quantidade de movimento de um corpo é dada por:

𝑸 = 𝒎. 𝒗

Como m é diferente de zero, teremos:

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𝑸 = 𝒎. 𝒗 = 𝟎 => 𝒗 = 𝟎

Gabarito: C

12. Perito Criminal – SEGPLAN-GO- (FUNIVERSA– 2015)

Um policial necessita de instruções e cursos para o aprimoramento de técnicas de tiro. Durante a


instrução, e (ou) curso, o policial adquire conhecimentos necessários para o correto manuseio de armas no
intuito de buscar a padronização de procedimentos operacionais bem como de garantir maior segurança, tanto
para o policial, quanto para os envolvidos na ação policial. Durante a instrução, os policiais efetuam disparos de
várias distâncias e enfrentam situações que se assemelham à realidade encontrada no serviço diário visando ao
melhor atendimento, durante ocorrências, envolvendo confronto armado.

Ao efetuar um disparo, o recuo da arma está relacionado com o princípio da conservação do momento
linear (quantidade de movimento). Nesse caso, o recuo ocorre para compensar a quantidade de movimento
adquirido pelo projétil. Normalmente, a quantidade de movimento do retrocesso é absorvida pelo corpo do
policial que dispara a arma. Com base no princípio da conservação do momento linear, uma das armas
utilizadas pela polícia brasileira é a Carabina ponto 40. Supondo que essa arma, quando completamente
carregada, tenha massa de 3,5 kg e dispare um projétil de massa 10,0 g com velocidade inicial estimada em 450
m.s-1, assinale a alternativa que apresenta o valor, aproximado, em metros por segundo, da velocidade de
recuo da arma.

a) 2/7 m.s-1
b) 2/9 m.s-1

c) 7/9 m.s-1
d) 9/7 m.s-1

e) 10/9 m.s-1

RESOLUÇÃO:

Conservação da QDM:

𝒎𝟏 . 𝒗𝟏 + 𝒎𝟐 . 𝒗𝟐 = 𝒎𝟏 . 𝒗′𝟏 + 𝒎𝟐 . 𝒗′𝟐 => 𝟎 = 𝟑, 𝟓. 𝒗′𝟏 + 𝟏𝟎. 𝟏𝟎−𝟑 . 𝟒𝟓𝟎

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Logo:

𝟒, 𝟓
𝒎 𝟗
𝟑, 𝟓
𝒗′𝟏 = = 𝒎/𝒔
𝒔 𝟕

Gabarito: D

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Lista de questões

1. Professor de física – SEDU/ES (FCC– 2016)-ADAPTADA


Duas esferas A e B movem-se na mesma direção e sentido sobre uma mesa horizontal. As massas das esferas
são mA = 1,5 kg e mB = 2,5 kg, respectivamente. Elas colidem anelasticamente e, no instante da colisão, suas
velocidades eram VA = 20 m/s e VB = 16 m/s. Imediatamente após a colisão, suas velocidades serão,
respectivamente,

a) 16m/s e 20m/s.

b) 20m/s e 16m/s.

c) 18m/s e 18m/s.
d) 17,5m/s e 17,5m/s.
e) 18m/s e 12,5m/s.

2. Perito Criminal-PC-MA-(FGV-2012)

Em uma seção de fisioterapia, um dos exercícios propostos, consiste em rebater uma bola de tênis de
massa igual a 50 g com uma raquete. Ao entrar em contato com a raquete, a velocidade 𝑣0 da bola é
perpendicular a ela e de módulo igual a 36 km/h. Após a rebatida, ao perder o contato com a raquete, a
velocidade 𝑣⃗ da bola tem a mesma direção que , mas o sentido contrário, e seu módulo é igual ao de ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑣0 .

Suponha que o módulo da força 𝐹⃗ exercida pela raquete sobre a bola varia em função do tempo durante
o contato, como mostra o gráfico abaixo

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Sendo assim, o valor máximo do módulo da força durante o contato foi:

a) 5N

b) 10N

c) 15N
d) 20N

e) 25N

3. Professor-SEDF-(CESPE-2017)

Quando um foguete se movimenta no espaço vazio, seu momento é modificado porque parte de sua
massa é eliminada na forma de gases ejetados. Como esses gases adquirem algum momento, o foguete recebe
um momento compensador no sentido oposto, sendo, portanto, acelerado como resultado da propulsão dos
gases ejetados. As figuras apresentadas ilustram o sistema de propulsão idealizado pelo cientista russo
Konstantin Tsiolkovsky: um foguete de massa inicial m + Δm, que se desloca com velocidade v, sofre, em certo
instante, um acréscimo de velocidade Δv ao ejetar parte da sua massa (Δm) em alta velocidade (ve). A
velocidade inicial do foguete é muito menor que a velocidade da massa ejetada (v < ve). Tendo como referência
as informações precedentes, julgue o item subsequente, assumindo que o momento linear do sistema se
conserva e que as massas m e Δm não estão sujeitas a forças externas ou de campo.
O acréscimo de velocidade adquirida pelo foguete devido à ejeção contínua de sua massa depende das
massas final e inicial do foguete.

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4. Perito Criminal-PC-MA-(CESPE-2018)

Imediatamente após a colisão, carro e moto permaneceram parados e um quarto da energia cinética
do carro foi transferido para o motociclista, que foi arremessado de uma altura de 1 m, a uma velocidade Vm
igual 20 m/s. Após a colisão, o motociclista descreveu uma trajetória oblíqua, mostrada na figura II, percorrendo
na direção horizontal, até atingir o solo, uma distância igual a D.

Sabendo que considere que 10 m/s2 seja o módulo da aceleração da gravidade e despreze a resistência
do ar.

Com base nas informações e nas figuras apresentadas no texto 5A1AAA, o módulo da velocidade com
que o carro atingiu a moto é igual a

a) 4,0m/s

b) 8,0m/s
c) 16,0m/s

d) 0,8m/s
e) 3,2m/s

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5. Professor-SAEB-BA-(CESPE-2011)

A figura acima ilustra um arranjo utilizado para demolição de parede. Nesse arranjo, uma esfera de massa
M, considerada idealmente como uma partícula, encontra-se pendurada por um cabo de aço inextensível de
comprimento L preso a uma argola sem atrito. O cabo L faz um ângulo θ com relação a direção vertical e a
massa M se encontra, inicialmente, à distância D do anteparo A (parede).

Considerando essa situação, julgue o item que se segue.

Considere que, ao se chocar com o anteparo A, a partícula de massa M fique em repouso, e posicionada
na mesma altura que estava ao ser liberada. Nesse caso, o trabalho realizado pelas forças dissipativas que
atuam entre o anteparo e a partícula será igual a M⋅v² /2, em que v é o módulo da velocidade imediatamente
antes do choque.

6. Professor de física – SEDU/ES (FCC– 2016)

Um homem de massa 83 kg está parado sobre um pequeno vagão de massa 1000 kg, em repouso nos trilhos
horizontais. O homem dá alguns passos e salta numa direção paralela aos trilhos com velocidade de 6,0 m/s.
Imediatamente após o salto, a velocidade do vagão tem módulo, em m/s
a) 0,50

b) 3,0

c) 1,5

d) 2,0
e) 1,0

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7. Geofísico Júnior – Petrobras- (CESGRANRIO– 2018)

A variação do momento (quantidade de movimento) linear no tempo para um sistema com massa variável é
igual à:

a) aceleração
b) força
c) variação de massa versus velocidade

d) massa versus aceleração

e) energia cinética de translação

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8. Técnico em Perícias – IGP-RS- (FUNDATEC– 2017)

Um projétil, de 5g, é disparado por uma pistola a uma velocidade de 350 m/s contra um alvo metálico disposto
sobre uma base móvel de massa total de 65g. Sabendo que a bala fica alojada no alvo, desprezando a
resistência do ar e supondo a distância de disparo suficientemente curta a ponto de ignorarmos efeitos
gravitacionais sobre a bala, qual a velocidade aproximada do recuo do alvo?

a) 23 m/s

b) 25 m/s

c) 27 m/s

d) 30 m/s

e) 32 m/s

9. Papiloscopista – POLITEC-MT- (UFMT– 2017)

Dois automóveis de mesma massa deslocavam-se na mesma direção e no mesmo sentido em uma
autoestrada, quando colidem. Considere desprezíveis as forças externas no instante da colisão. Se, após a
colisão, a velocidade dos dois é a mesma, é correto afirmar que a colisão é:

a) Inelástica, pois não conserva o momento linear.

b) Elástica, pois conserva momento linear.

c) Elástica, pois conserva energia mecânica total.


d) Inelástica, pois não conserva energia mecânica total.

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10. Professor – IFB- (IFB– 2017)

Um projétil de massa m e velocidade inicial Vo atinge um bloco de massa M inicialmente parado. O projétil
atravessa o bloco e sai com uma velocidade igual a Vo/3 no mesmo sentido da velocidade inicial. Qual é a
velocidade final do bloco?

a) m.𝑣0 /3.M

b) 2.m.𝑣0 /3.M

c) 3.m.𝑣0 /M

d) 3.m.𝑣0 /2.M

11. Professor-SEDF-(Quadrix-2017)

Utilizando como referência o gráfico força (F) versus tempo (t) apresentado acima, julgue o item
subsequente.

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O valor do impulso produzido pela força no intervalo de tempo de 0 a 20 s é igual a 7 103 N s.

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12. Técnico de Laboratório – UFJF- (COPESE– 2017)

Um experimento didático consiste em dois carrinhos que podem se movimentar sem atrito em um trilho de
ar. O movimento da extremidade esquerda de cada um é descrito pelas tabelas ao lado, obtidas no mesmo
sistema de referência.

Sabendo que a massa do carrinho 1 é de 1 kg, e a do carrinho 2 é de 2 kg, e que ambos têm 10 cm de
comprimento, podemos considerar que ocorreu o seguinte fenômeno:

a) Colisão completamente inelástica entre os dois carrinhos


b) Colisão completamente elástica entre os dois carrinhos.

c) Os carrinhos não colidiram.

d) Houve uma colisão parcialmente inelástica


e) Os dois carrinhos descrevem movimentos uniformemente acelerados.

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13. Docente – IF-Farroupilha-RS- (FCM– 2016)

Constantes Físicas

Aceleração da gravidade terrestre: g = 10 m/s²

Constante da Gravitação Universal: G = 6,70 x 10-11 N.m²/kg²

π = 3,0

Densidade do ar: ρ = 1,3 kg/m³

Massa da Terra: MT= 6,0 x 1024 kg

Em um crash test (teste de colisão), um automóvel de 1,5 toneladas colidiu frontalmente com uma parede. A
velocidade do automóvel, imediatamente anterior ao impacto, era de 15 m/s. Imediatamente após o impacto,
o veículo foi jogado no sentido contrário com velocidade de 3 m/s. A colisão durou 0,15 s.

O módulo da força média, em kgf, exercida sobre o automóvel, durante a colisão, vale

a) 30000

b) 18000
c) 15000

d) 13000
e) 10000

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14. Docente – SEARH-RN- (IDECAN– 2016)

Uma pessoa e uma carga de 50 kg encontram‐se em movimento retilíneo uniforme em um trenó cuja massa
é de 125 kg. Considere que o trenó se desloca num plano horizontal com velocidade de 10 m/s e que num dado
instante a pessoa arremessa a carga para trás com velocidade de 9 m/s fazendo com que o trenó passe a se
deslocar com velocidade de 15 m/s. A massa dessa pessoa é de:

a) 60kg
b) 65kg

c) 70kg
d) 75kg

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15. Perito Criminal – SPTC-GO- (FUNIVERSA– 2010)

O esquema representado na figura a seguir é de um pêndulo balístico utilizado para periciar projéteis de
armamentos. Uma perícia realizada em dois projéteis de massas iguais a 10 g pode indicar a arma utilizada
em um crime em que o primeiro projétil, após ser disparado contra o pêndulo, deslocou este de uma altura h
= 20 cm. Considerando que o segundo projétil deslocou o pêndulo de uma altura h = 25 cm e que a massa do
bloco é M = 4 kg, assinale a alternativa correspondente às velocidades dos projéteis v1 e v2. Assuma a
aceleração da gravidade igual a 10 m/s².

a) v1 = 1.203 m/s e v2 = 802 m/s.


b) v1 = 1.203 m/h e v2 = 802 m/h.
c) v1 = 802 cm/s e v2 = 1.203 cm/s.

d) v1 = 802 m/s e v2 = 802 m/s.


e) v1 = 802 m/s e v2 = 1.203 m/s.

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16. Controlador de Tráfego Aéreo – DECEA- (CESGRANRIO– 2012)

Um automóvel de massa 1.000 kg, inicialmente a 15 m/s, colide contra uma parede e para, conforme
mostram as Figuras abaixo.

Sabendo-se que a colisão durou 0,20 s, qual é, aproximadamente, em N, o módulo da força média da parede
sobre o carro durante a colisão?

a) 1330

b) 3000
c) 6660

d) 15000

e) 75000

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17. Controlador de Tráfego Aéreo – DECEA- (CESGRANRIO– 2012)

Na questão , caso seja necessário, considere as seguintes informações.

1) As grandezas vetoriais estão representadas por letras em negrito. Por exemplo, a letra F (em negrito)
indica o vetor força, enquanto a letra F (sem negrito) indica o módulo do vetor força.

2) As expressões trigonométricas estão abreviadas da seguinte forma:

seno = sen

cosseno = cos
tangente = tg

3) A aceleração da gravidade está representada por g = 10 m/s².

Um projétil de massa m é lançado contra um pêndulo elástico cuja massa é M. Quando a massa do
pêndulo está em sua altura máxima, a haste faz um ângulo θ com a direção vertical. O comprimento da haste
é L. Com base nessas informações e na figura apresentada, a velocidade do projétil é expressa por

𝑀
a) (1 + )√2𝑔𝐿(1 − cos(𝜃))
𝑚
𝑀
b) (1 + 𝑚)√𝑔𝐿

c) (𝑀 + 𝑚)√𝑔𝐿(1 − cos(𝜃))
𝑀
d) (𝑚)√2𝑔𝐿 cos(𝜃)
𝑀
e) (𝑚)√𝑔𝐿 cos(𝜃)

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18. Policial Rodoviário Federal – PRF- (FUNRIO– 2009)

Uma condição necessária e suficiente para que um veículo de 1000 kg apresente uma quantidade de
movimento NULA é que

a) esteja trafegando em uma trajetória retilínea.

b) esteja somente em queda livre.

c) esteja parado, ou seja, em repouso.

d) apresente velocidade constante e diferente de zero.

e) seja nula a resultante de forças que nele atua.

19. Engenheiro de Equipamento Júnior – Petrobrás- (CESGRANRIO– 2011)

No que se refere ao movimento de um corpo rígido no plano, analise as proposições a seguir.

I - Durante o movimento do corpo, não ocorre movimento relativo entre suas partículas.

II - A aceleração angular do corpo depende do momento a ele aplicado e de seu momento de inércia de
massa.

III - Se o movimento do corpo for de translação pura, a resultante das forças sobre ele atuantes é nula.
Está correto APENAS o proposto em

a) I

b) II

c) I e II

d) I e III
e) II e III

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20. Professor – SEDUC-RJ- (CEPERJ– 2011)

Duas pequenas esferas de mesmas dimensões que se deslocam sobre uma guia horizontal, com atritos
desprezíveis, com movimento uniforme em sentidos opostos, vão colidir direta e frontalmente. Antes da
colisão, a esfera A, de massa igual a 3kg, move-se para a direita com uma velocidade de módulo igual a 2m/s,
enquanto que a esfera B, de massa igual a 1kg, move-se para a esquerda com uma velocidade de módulo igual
a 10m/s, como ilustra a figura acima. Se a colisão não for perfeitamente elástica, haverá um decréscimo no valor
da energia cinética do sistema constituído pelas duas esferas. No caso dessa colisão, esse decréscimo poderá
ser, no máximo de:

a) 12 J

b) 24 J
c) 44J
d) 54J

e) 56J

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21. Professor – SEDUC-RJ- (CEPERJ– 2013)

A figura abaixo representa os gráficos posição - tempo de duas pequenas esferas, (1) e (2), que, movendo-se
sobre o eixo das abscissas OX, colidem frontal e diretamente.

A razão E'C / EC entre as energias cinéticas do sistema constituído pelas duas pequenas esferas, (1) e (2),
após a colisão ( E'C) e antes da colisão ( EC ), é:

a) 1/3

b) 1/6
c) 1/8

d) 1/9

e) 1/10

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22. Professor – SEDUC-RJ- (CEPERJ– 2013)

Dois veículos, movendo-se ao centro de duas vias perpendiculares de mesma largura, chocaram-se no
centro de um cruzamento, mantendo-se unidos após o choque. Sabe-se que o veículo A tinha o dobro da
massa do veículo B, e que o veículo A movia-se com a metade da velocidade do veículo B.

Após o choque, desconsiderando o atrito e outras forças r esistentes ao movimento, e admitindo que os
carros possam ser associados a pontos materiais, a direção do movimento dos veículos unidos tem sentido
orientado para

a) 2

b) 5
c) 1
d) 3

e) 4

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23. Perito Criminal – SEGPLAN-GO- (FUNIVERSA– 2015)

Um policial necessita de instruções e cursos para o aprimoramento de técnicas de tiro. Durante a


instrução, e (ou) curso, o policial adquire conhecimentos necessários para o correto manuseio de armas no
intuito de buscar a padronização de procedimentos operacionais bem como de garantir maior segurança, tanto
para o policial, quanto para os envolvidos na ação policial. Durante a instrução, os policiais efetuam disparos de
várias distâncias e enfrentam situações que se assemelham à realidade encontrada no serviço diário visando ao
melhor atendimento, durante ocorrências, envolvendo confronto armado.

Ao efetuar um disparo, o recuo da arma está relacionado com o princípio da conservação do momento
linear (quantidade de movimento). Nesse caso, o recuo ocorre para compensar a quantidade de movimento
adquirido pelo projétil. Normalmente, a quantidade de movimento do retrocesso é absorvida pelo corpo do
policial que dispara a arma. Com base no princípio da conservação do momento linear, uma das armas
utilizadas pela polícia brasileira é a Carabina ponto 40. Supondo que essa arma, quando completamente
carregada, tenha massa de 3,5 kg e dispare um projétil de massa 10,0 g com velocidade inicial estimada em 450
m.s-1, assinale a alternativa que apresenta o valor, aproximado, em metros por segundo, da velocidade de
recuo da arma.

a) 2/7 m.s-1

b) 2/9 m.s-1
c) 7/9 m.s-1

d) 9/7 m.s-1
e) 10/9 m.s-1

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24. Professor – SEDUC-AM- (FGV– 2014)

Considere o movimento de um planeta em sua trajetória elíptica em torno do Sol, suposto um referencial
inercial. A esse respeito, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.

( ) O momento linear do planeta permanece constante durante o movimento, pois sua trajetória é fechada.

( ) O módulo do momento angular do planeta em relação ao Sol varia durante o movimento, de acordo com
a 2ª lei de Kepler (Lei das Áreas).

( ) A energia potencial gravitacional do sistema Sol-planeta permanece constante durante o movimento, pois
a força gravitacional é conservativa. As afirmativas são, respectivamente,

a) F, F e F
b) F, F e V

c) F, V e V

d) V, V e V
e) V, V e F

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25. Técnico de Laboratório – FUB- (CESPE– 2016)

Com o objetivo de avaliar o sistema de segurança de seus produtos, uma indústria automobilística nacional
submeteu um automóvel de 900 kg de massa a um procedimento conhecido como teste de impacto,
constituído de duas fases: na primeira, denominada arrancada, o automóvel é acelerado, por 10 s, partindo
do repouso até atingir a velocidade de 36 km/h; na segunda fase, identificada como colisão, o veículo, ainda
com a velocidade da fase anterior, colide com um bloco de concreto não deformável e para após 0,1 s, tendo
sua estrutura sido danificada após o choque.

A partir dessa situação hipotética, julgue o item a seguir, considerando que o módulo da aceleração da
gravidade seja de 10 m/s².

Na primeira fase do teste, o automóvel deslocou menos de 100 m.

26. Técnico de Laboratório – FUB- (CESPE– 2016)

Com o objetivo de avaliar o sistema de segurança de seus produtos, uma indústria automobilística nacional
submeteu um automóvel de 900 kg de massa a um procedimento conhecido como teste de impacto,
constituído de duas fases: na primeira, denominada arrancada, o automóvel é acelerado, por 10 s, partindo
do repouso até atingir a velocidade de 36 km/h; na segunda fase, identificada como colisão, o veículo, ainda
com a velocidade da fase anterior, colide com um bloco de concreto não deformável e para após 0,1 s, tendo
sua estrutura sido danificada após o choque.

A partir dessa situação hipotética, julgue o item a seguir, considerando que o módulo da aceleração da
gravidade seja de 10 m/s².

A velocidade média do automóvel, na primeira fase do teste, foi superior a 15 m/s.

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27. Técnico de Laboratório – FUB- (CESPE– 2016)

Com o objetivo de avaliar o sistema de segurança de seus produtos, uma indústria automobilística nacional
submeteu um automóvel de 900 kg de massa a um procedimento conhecido como teste de impacto,
constituído de duas fases: na primeira, denominada arrancada, o automóvel é acelerado, por 10 s, partindo
do repouso até atingir a velocidade de 36 km/h; na segunda fase, identificada como colisão, o veículo, ainda
com a velocidade da fase anterior, colide com um bloco de concreto não deformável e para após 0,1 s, tendo
sua estrutura sido danificada após o choque.

A partir dessa situação hipotética, julgue o item a seguir, considerando que o módulo da aceleração da
gravidade seja de 10 m/s².

Na fase da colisão, os danos causados na estrutura do automóvel se explicam por que as forças trocadas
entre o automóvel e o bloco de concreto têm intensidades diferentes, uma vez que o automóvel estava em
movimento e o bloco de concreto estava em repouso.

28. Analista Judiciário – TJ-CE- (CESPE– 2014)

Se um caminhão de 16 toneladas se deslocar à velocidade de 2 m/s e colidir com um anteparo elástico


cuja constante mola seja k = 800 kN/m, então o anteparo poderá, no máximo, sofrer compressão

a) entre 8 e 13 cm.

b) entre 13 e 18 cm.

c) entre 18 e 22 cm.

d) maior que 22 cm.


e) menor que 8 cm.

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29. Professor – SEDU-ES- (CESPE– 2010)

Acerca de impulso e quantidade de movimento, julgue o item a seguir.

Considere que uma bola de 0,2 kg lançada com velocidade escalar de 30 m•s -1 bata e seja rebatida
por um taco de beisebol voltando com velocidade de 40 m•s-1. Nessa situação, o impulso fornecido à bola
é superior a 6 kg•m•s-1.

30. Perito Criminal Especial – PC-ES- (CESPE– 2011)

Com relação aos princípios da física e suas aplicações, julgue os itens a seguir.

Considere que um objeto de massa 10 M, em estado de repouso, sofra uma explosão interna ao
sistema e fragmente-se em dois corpos de massas 3 M e 7 M. Nesse caso, sabendo-se que o corpo de
massa 7 M encontra-se a 6 km da posição original do objeto, então a distância entre os fragmentos é de 20
km.

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Gabarito

1. D
2. B
3. Certo
4. B
5. Certo
6. A
7. C
8. B
9. D
10. B
11. Errado
12. B
13. B
14. B
15. E
16. E
17. A
18. C
19. B
20. D
21. D
22. D
23. D
24. A
25. Certo
26. Errado
27. Errado
28. D
29. Certo
30. Certo

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Resumo direcionado

Quando o assunto é quantidade de movimento, temos as seguintes fórmulas:

⃗𝑸
⃗⃗ = 𝒎. 𝒗
⃗⃗

𝑰⃗ = 𝑭 ⃗⃗⃗
⃗⃗. ∆𝒕 = ∆𝑸

Ainda falando sobre impulso, temos a propriedade do gráfico:

O módulo do impulso valerá o valor da área do gráfico da força


Atenção !! pelo tempo!

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E, sobre colisões, sabemos que:

|𝒗𝒂𝒇𝒂𝒔𝒕 |
𝒆=
|𝒗𝒂𝒑𝒓𝒐𝒙 |

Numa colisão elástica em que as massas dos dois corpos


Atenção !! envolvidos são iguais, temos que os corpos “trocam” as velocidades
durante a colisão.

E, por fim, sabemos que:

Se e=0, a colisão é inelástica

Se 0<e<1, a colisão é parcialmente elástica

Se e=1, a colisão é perfeitamente elástica

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