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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Estratégia de Reforma da Gestão de Finanças Públicas

Cristina Ismael Chissingue

Maxixe, Junho, 2022


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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Estratégia de Reforma da Gestão de Finanças Públicas

Trabalho de Campo de Gestão


de Finanças Publicas, a ser
submetido na Coordenação do
Curso de Administração
Pública do UNISCED.

Tutor:

Cristina Ismael Chissingue

Maxixe, Junho, 2022


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Índice

1.Introdução ................................................................................................................................ 4

1.1.Objectivos ............................................................................................................................. 4

1.1.1.Geral: ................................................................................................................................. 4

1.1.2.Específicos:........................................................................................................................ 4

1.2.Metodologia .......................................................................................................................... 4

2. Estratégia de Reforma da Gestão de Finanças........................................................................ 5

2.1.Pertinência e eficácia da implementação do RGF ................................................................ 5

2.2.Visão da ERGFP 2022-2025 ................................................................................................ 6

2.3. Objectivo especifico da ERGFP 2022-2025 ........................................................................ 6

3.Consideracoes finais ................................................................................................................ 9

3.Referências Bibliográfica ...................................................................................................... 10


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1.Introdução

O presente trabalho de Gestão de Finanças Publicas tem como tema de partida: Estratégia de
Reforma da Gestão de Finanças. No discorrer do trabalho trar-se-á fundamentos teórico-
históricos das Finanças Públicas, demonstrando com exemplos empíricos-validatórios os seus
impactos na promoção do bem-estar social e melhoria das condições de vida no município de
Massinga.

Uma das principais trajectórias das reformas da administração pública se concentra na gestão

das finanças públicas, abrangendo inovações em orçamento, contabilidade e auditoria. As


reformas concernentes a essa área de gestão visam conseguir um nível de organização e
qualidade capaz de contribuir para o principal objectivo das reformas gerenciais: “fazer mais
com menos”, isto é, lidar com a escassez de recursos financeiros também no sector público.

1.1.Objectivos
1.1.1.Geral:
 Conhecer as Estratégia de Reforma da Gestão de Finanças em vigor no Município de
Massinga.

1.1.2.Específicos:
 Discorrer fundamentos teórico-históricos das finanças públicas;
 Descrever as estratégias de reforma da gestão de finanças;
 Aferir outras estratégias.

1.2.Metodologia

Para a realização do presente trabalho de campo recorreu-se a pesquisa bibliográfica, onde


foram compilados diversas obras científicas relacionadas com a temática e que a referência
bibliográfica encontra-se listada na última página do presente trabalho.
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2. Estratégia de Reforma da Gestão de Finanças

Os recursos financeiros também devem ser gerenciados para optimizar a produção de output e
outcomes da administração pública, juntamente com outros tipos de recursos (materiais,
humanos, informacionais, tecnológicos). Nesse sentido, Pollitt e Bouckaert (2004) explicam
que há algumas trajectórias convencionais nas reformas gerenciais, que têm como objeto:
finanças, pessoal, organização e mensuração de desempenho. Quanto às reformas na gestão
financeira, os autores as separam em três grupos: orçamento, contabilidade e auditoria

O sistema financeiro na administração pública pacificamente não visa o lucro. O objetivo dele
pode ser ilustrado na expressão cunhada por Jean Baptista Say (citado por Giacomoni, 2003:
38): “o melhor de todos os planos financeiros é gastar pouco, e o melhor de todos os tributos é
o que for o menor possível”. Em outras palavras, apesar das organizações governamentais não
visarem receitas maiores que despesas, elas devem compreender a escassez de recursos
financeiros existentes no mercado e os efeitos perversos de cargas tributárias descontroladas.

Um sistema de Gestão de Finanças aberto e ordenado é um elemento necessário para alcançar


os objectivos estabelecidos na estratégia do Governo, suportados pelos três resultados que são
a disciplina fiscal agregada, pela via do controle orçamental e a gestão dos riscos fiscais, a
alocação estratégica de recursos com base no planeamento, orçamentação e execução
orçamental de acordo com as prioridades do Governo e a prestação eficiente de serviços
públicos, feita pela via da utilização de receitas de acordo com as previsões orçamentais.

2.1.Pertinência e eficácia da implementação do RGF

A implementação das reformas GFP precedentes demonstra uma certa pertinência em relação
com as necessidades, marcadas pela relativamente baixa eficiência da execução orçamental,
por um dispositivo institucional não sempre adequado, resultando numa melhoria em limitada
da eficiência da GFP no país.

Visando resolver os problemas diagnosticados dentro das instalações na gestão das finanças
públicas, o plano de acção do órgão municipal foi baseado em um conjunto de objectivos
estratégicos, levando em conta o quadro institucional de coordenação e monitoria, as
prioridades fundamentais, a sequência de acções a serem tomadas e, finalmente, a
identificação de áreas em que uma assistência técnica era necessária.

Até então o plano desenhado desempenha com eficácia as suas funções e impulsiona a
implementação da reforma GFP cada vez mais. A grande amplitude do plano, que cobria todo
o Sistema da Gestão das Finanças Publicas, a nível central, desconcentrado e descentralizado,
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foi um factor agravante para a eficiência da implementação das reformas. Adicionalmente, as


equipas que implementaram as reformas, financiadas pelo Banco de Moçambique e outros
parceiros internos, sofreram pela sua inexperiência e pela grande rotatividade dos técnicos,
funcionando de maneira independente, sem a coordenação directa do gabinete de reforma de
finanças públicas, debilitando a eficiência do Governo na implementação das reformas.

A finalidade é assim criar um quadro integrado para o planeamento, coordenação,


implementação e monitoria do conjunto de medidas previstas no Plano de Acção da Reforma
das Finanças Públicas, que a sustenta.

Ela articula o engajamento do Governo em implementar um conjunto de reformas


coordenadas e sequenciais visando aumentar a responsabilização financeira, assegurar uma
gestão financeira forte e uma boa governança, criando uma das condições para um
crescimento económico sólido ao maximizar o impacto das despesas públicas e uma melhor
qualidade de serviço aos cidadãos.

A Estratégia de Reformas Gestão de Finanças Pública 2022-2025 é composta pela descrição


dos seus objectivos com a respectiva cadeia de resultados, afim de realizar a visão do
Governo de criar um sistema de GFP eficiente para alcançar os seus objectivos estratégicos,
em Massinga.

2.2.Visão da ERGFP 2022-2025

A nova estratégia de reforma GFP tem como visão uma Gestão das Finanças Públicas do Pais
efectiva, transparente e responsável, com o fito de atingir os objectivos estratégicos do
governo. A implementação desta estratégia será realizada pela implementação do Plano de
Acção para a Reforma da Gestão das Finanças Publicas.

2.3. Objectivo especifico da ERGFP 2022-2025

A ERGFP tem como objectivo a melhoria da eficiência das seguintes 8 áreas estratégicas da
GFP : (1) Planeamento médio prazo e orçamentação com base em politicas (incluindo os
Governos Subnacionais); (2) Gestão da receita; (3) Gestão da Dívida Pública e da Tesouraria;
(4) Monitoria e Governança das Entidades Extra-orçamentais e Empresas Públicas; (5) Gestão
do Investimento Público; (6) Execução Orçamental, Controlo e Auditoria interna; (7)
Contabilidade e Relato Financeiro (incluindo as prestações de contas dos Governos Sub-
nacionais); (8) Escrutínio e auditoria externa.
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Para cada uma das 8 áreas estratégicas pretende-se atingir os seguintes objectivos específicos
pela via de um Programa Operacional correspondente:

(1) Melhorar a qualidade do planeamento a médio prazo e orçamentação com base em


politicas;
(2) Melhorar a gestão da receita;
(3) Operacionalizar os sistemas e mecanismos da gestão da Dívida Pública e Tesouraria;
(4) Elaborar os mecanismos de Monitoria e Governança das Entidades Extra-orçamentais
e Empresas Publicas;
(5) Optimizar a gestão do Investimento Público;
(6) Aumentar o alcance e a abrangência da Contabilidade e do Relato Financeiro;
(7) Melhorar a execução orçamental, o controlo e a auditoria interna;
(8) Reforçar o escrutínio e a auditoria externa

Os 8 objectivos específicos (OE) serão alcançados por intermédio dos programas


operacionais, sendo estes compostos por um conjunto de acções, visando atingir os resultados
esperados, que serão monitorizados e medidos pelos indicadores de produto e de efeito, que
permitirão e ancoragem dos resultados da GFP aos indicadores específicos do plano.

Os programas operacionais do plano que concretizará a estratégia de reformas do Governo


são os seguintes:

Objectivos específicos Programas operacionais

OE 1- Planeamento a médio Melhoria da qualidade do planeamento a médio prazo e


prazo e orçamentação com base orçamentação com base em políticas (incluindo os
em políticas Governos Subnacionais)

OE 2- Gestão da receita Melhoria do processo de gestão e arrecadação da receita

OE 3- Gestão da Dívida Pública Operacionalização dos sistemas e mecanismos para a


e Tesouraria gestão da Dívida Pública e Tesouraria

OE 4-Monitoria e Governança
Elaboração dos mecanismos de monitoria e de governança
das Entidades Extra-
das
orçamentais e Empresas
Entidades Extra-orçamentais e Empresas Públicas
Públicas.

OE 5-Gestão do Investimento
Optimização da gestão do Investimento Público
Público
8

OE 6- Execução Orçamental e
Melhoria da execução orçamental e Aumento da
mecanismo de controlo e
abrangência dos controlos internos e da auditoria internos
auditoria internos

OE 7- Contabilidade e Relato
Aumento do alcance e da abrangência da Contabilidade e
Financeiro (incluindo as
do Relato Financeiro (incluindo as prestações de contas
prestações de contas dos
dos Governos Subnacionais)
Governos Subnacionais)

OE 8 - Escrutínio e auditoria
Reforço do escrutínio e da auditoria externa
externa

O Plano de Acção para a Reforma da Gestão das Finanças Pública é implementado pelo
Governo, considerando (i) a gestão dos Riscos para a sua implementação, (ii) o desenho
organizacional para a sua implementação, (iii) a complementaridade.
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3.Consideracoes finais

A gestão das finanças públicas é um dos pilares necessários para o desenvolvimento


económico e social da Vila municipal de Massinga dos esforços, desenvolvimento esse que se
pretende que seja sustentável e inclusivo. Assim, um sistema de Gestão das Finanças Públicas
coeso e forte é importante porque reforça a disciplina fiscal agregada, assegura que a alocação
estratégica de recursos esteja alinhada com as prioridades do país do Governo e que a
prestação de serviços ao cidadão é eficiente. Do mesmo passo, e não menos importante,
assegura a transparência na discussão, aprovação e execução do orçamento, de modo a que os
cidadãos possam saber qual o caminho seguido pelo Governo.
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3.Referências Bibliográfica

Giacomoni, James (2003), Orçamento Público, São Paulo, Brasil.

Pitschas, Rainer (2003) “Reformas da administração pública na União Européia: porque


necessitamos de mais ética no serviço público”, em Juan Mozzicafreddo, João Salis Gomes e
João S. Batista (orgs.), Ética e Administração: como modernizar os serviços públicos, Oeiras,
Celta Editora.

Pollitt, Christopher e Geert Bouckaert (2004), Public Management Reform: a Comparative


Analysis, Oxford, Oxford University Press.

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